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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Cine Dica: Em Cartaz:Maze Runner - Correr ou Morrer



Sinopse: Em um mundo pós-apocalíptico, o jovem Thomas (Dylan O'Brien) é abandonado em uma comunidade isolada formada por garotos após toda sua memória ter sido apagada. Logo ele se vê preso em um labirinto, onde será preciso unir forças com outros jovens para que consiga escapar.
Tanto na literatura como para o cinema, Jogos Vorazes abriu uma nova fase para os jovens que curtem, tanto uma boa leitura como uma ida para o cinema em que as tramas lhe fazem pensar. Isso se encontra agora nas ficções (literária e cinema) para jovens adultos que vem ganhando uma boa fatia do público. Jogos Vorazes, Divergente e Ender's Game - O Jogo do Exterminador tem em comum em colocar sempre jovens protagonistas perante um futuro pessimista em meio ao confronto de um sistema intolerante e aliado a um voyeurismo constante.
Escrito por James Dashner, o livro Maze Runner - Correr ou Morrer se parece e muito com as obras já citadas, mas se diferencia pelo teor ainda mais adulto e não dar espaço para os jovens gradativamente amadurecerem, mas sim amadurecer de imediato. Assim como no livro, o filme já deixa claro que não há espaço para sutilezas, mas sim em tomar providencias para sobreviver a cada dia que passa. O protagonista Thomas (Dylan O'Brien), no momento que se vê preso numa comunidade formada por garotos, imediatamente quer sair de lá o quanto antes e se lembrar de quem é, mas para isso terá que encarar um misterioso e gigantesco labirinto. 
Já de início fica claro que aquela comunidade de jovens está mais do que acomodada com a situação que estão vivendo e pensar em ser livre fora daquele lugar se torna um sonho cada vez mais distante. Porém, Thomas se torna uma espécie de desequilíbrio desse comodismo e inicia, tanto uma iniciativa pessoal, como também uma liderança involuntária para aquela comunidade que até então estava conformada com a situação. É aquela velha história do protagonista ser o escolhido para liderar as ovelhas para o caminho da luz, mas que felizmente sempre moldado por uma historia diferente.
Na medida em que Thomas avança e enfrenta novos desafios dentro do labirinto, surgem também novos problemas para aquela comunidade que se sente cada vez mais acuada e não desejando novas mudanças. Isso é muito bem representado pelo personagem Gally (Will Poulter) que não mede esforços em tentar frear Thomas na sua busca pela liberdade. A relação dos dois nada mais é do que uma metáfora, tanto de pessoas acomodadas ao sistema intolerante em que vive, como daqueles que desejam enfrentá-la custe o que custar.
Na medida em que a trama avança, se descasca inúmeras revelações por vezes desconcertantes e faz com que todos os protagonistas fiquem na duvida, até mesmo com relação ao próprio protagonista. Novas revelações surgem no momento que aparece a única garota da trama (Kaya Scodelario) que aparentemente tem alguma ligação com o passado esquecido de Thomas. Isso tudo acaba gerando tensão até mesmo para o próprio cinéfilo, que na medida em que a trama avança, faz com que nos importemos cada vez mais com os destinos de cada um dos personagens.
Embora com um orçamento apertado (pouco mais de 30 milhões de dólares) é de se tirar o chapéu para o diretor estreante Wes Ball em conseguir criar cenas de ação eficazes dentro do labirinto, com direito a efeitos especiais convincentes e que não devem nada a uma produção de grande orçamento. Embora violento, com direito a morte de personagens que até então estávamos simpatizando, as cenas não beiram ao chocante, muito embora sintetizem o lado hostil daquele mundo opressor. Neste caso, a produção acaba se tornando por vezes até mais corajosa que Jogos Vorazes, mesmo possuindo em alguns pontos de semelhança na trama.
Mas estamos falando do início de uma nova franquia para o cinema e embora Maze Runner - Correr ou Morrer tenha um final em que mostre o fim daquela jornada suicida daqueles jovens, os minutos finais os levam para uma nova etapa e para novas revelações que irão surgir no decorrer do tempo. Embora já esperássemos por isso, o filme consegue o feito de nos fazer querer esperar ansiosamente para a próxima etapa e só criando esse efeito já merece o meu respeito.    
 
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Cine Dicas: Estreias do final de semana (25/09/14)



Sin City 2 - A Dama Fatal - 3D


Sinopse: Continuação de Sin City - A Cidade do Pecado. O longa será mais uma vez baseado em três histórias de Frank Miller com a diferença que apenas uma já foi lançada comercialmente em quadrinhos: A Dama Fatal. Não se sabe muito acerca das outras histórias somente que uma delas se chamará The Long Bad Night.

A Bela e a Fera


Sinopse: Jovem é aprisionada no castelo de um monstro e mostra a ele o lado bom da vida

                         O Batismo                                                   

Sinopse:Varsóvia, Polônia. Após deixar o mundo do crime, Michal (Wojciech Zielinski) consegue recomeçar do zero e levar uma vida honesta. Ele é casado com a bela Magda (Natalia Rybicka), acabou de ser pai e agora cuida dos negócios de sua própria empresa. Porém, Michal se vê assombrado por seu passado clandestino. A máfia o jurou de morte às vésperas do batizado de seu filho e ele terá de se proteger antes que seja tarde demais.


O Protetor


Sinopse: Conta a história de um antigo comandante que fingiu sua morte e agora está vivendo uma vida calma. Retorna a atividade para resgatar uma prostituta. 


Será Que?


Sinopse: Wallace (Daniel Radcliffe) está sozinho há um ano, após terminar com a namorada depois de vê-la com outro homem. Encerrado o período de luto pelo fim do relacionamento, ele acredita que é hora de seguir em frente. Um dia, em uma festa organizada pelo melhor amigo Allan (Adam Driver), ele conhece Chantry (Zoe Kazan), a prima dele. Não demora muito para que o papo entre eles flua naturalmente e Wallace se ofereça para levá-la até em casa. Mas, ao chegar, ele descobre que Chantry tem um namorado, Ben (Rafe Spall), o que o desanima. Dias depois, Wallace e Chantry se reencontram por acaso e, após uma rápida conversa, decidem ser apenas amigos. A partir de então, eles andam juntos por tudo quanto é canto, apesar de Wallace nutrir um sentimento romântico por ela.


A História do Homem Henry Sobel


Sinopse: História do polêmico líder religioso Henry Sobel. Várias facetas do rabino seram reveladas desde sua chegada ao Brasil até o clássico incidente envolvendo o roubo das gravatas.




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Cine Especial: II Festival de Curtas A Hora do Cinema: Parte 1



Nos dias 19, 20 e 21 de novembro desse ano, ocorrerá o segundo festival de curtas metragens de A Hora do Cinema (Santander Cultural – Porto Alegre RS). Enquanto o festival não chega, por aqui estarei postando o que eu achei dos curtas metragens exibidos no ano passado. Confiram:      



Fio da Navalha 

Sinopse:"Por vezes você vê tudo se desmanchando, mas não sabe se é fora ou dentro de você"O Autor

Assista o trailer clicando aqui. 


Produção gaúcha com inúmeras doses de reflexão, onde mostra o protagonista se apresentando com uma narração off e dizendo sempre os motivos que o levam ao desespero do seu interior atual. A câmera em si é o segundo protagonista da produção, que por vezes testemunha as ações do personagem principal. Mas ao mesmo tempo a câmera se torna a visão dele e enxergando então a sua perspectiva, com relação ao que vê, sendo uma realidade pessimista e por vezes sem esperança. Com uma fotografia sombria e que sintetiza a alma do personagem, Fio da Navalha possui um final pessimista, mas que lhe faz pensar e se colocar no lugar do protagonista.


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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Cine Dica: Em Cartaz: De menor



Sinopse: Helena é uma advogada recém-formada que divide sua rotina entre ser defensora pública de menores no Fórum de Santos e cuidar do jovem Caio um adolescente com quem vive uma relação de cumplicidade e harmonia. O relacionamento dos dois é colocado em cheque quando Caio comete um delito.


A redução da maioridade penal é tema recorrente em inúmeros debates pelo país, devido o alto índice de criminalidade colocado em pratica por menores. Quando ocorre isso, sempre uma ou outra pessoa tenta apontar um culpado, mas na maioria dos casos jamais se coloca no lugar da pessoa que sofre com essa situação. De Menor é um pequeno retrato desses pontos de interrogação que até hoje não obtém respostas concretas.
Em seu primeiro filme na direção, Caru Alves coloca essas questões na tela, ao criar a historia de dois jovens irmãos: Helena (Rita Barata) é uma advogada recém formada, que divide sua rotina entre ser defensora pública de menores no Fórum de Santos e cuidar do seu jovem irmão Caio (Giovanni Gallo) com quem tem uma relação harmoniosa. A relação rui, no momento que o jovem se torna cada vez mais rebelde e suspeito de um grave crime.
Basicamente o filme possui  dois ambientes: a vara judiciária onde Helena trabalha e sua casa onde convive com o seu irmão. Em ambos os casos, Caru Alves cria inúmeros planos sequências elegantes com a sua câmera em meio aos cenários, criando no principio uma apresentação daquele ambiente realístico, porém pouco reconfortante. Na medida em que a historia avança e a realidade Helena que vive no controle se estilhaça, ambos os cenários se tornam opressivos, ao ponto dela não saber mais se mantém o seu lado profissional falar mais alto, ou o seu lado sentimental com relação ao seu irmão.
O filme é um retrato da alienação familiar com relação à fase adolescente do jovem, que na maioria das vezes sempre vive na corda bamba e que se não houve uma orientação desde sempre, capaz de então cair num buraco sem fim. Por não terem pais, o filme passa a sensação no ar de que, embora unidos, os dois irmãos se sentem sozinhos em mundo estranho, que por vezes se torna sombrio e sem grandes perspectivas para o futuro. O único sinal de luz é vindo da própria Helena, que demonstra obstinada em ajudar as crianças infratoras nos seus casos, mas que infelizmente acaba não dando conta de sua própria com quem convive no dia a dia em sua casa.
Com ótimas interpretações de Rita Barata e Giovanni Gallo, De Menor possui um final pessimista, cru, mas que corresponde com a realidade dos jovens brasileiros de hoje perante a justiça brasileira atual. 


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