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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 20 de abril de 2022

Cine Dica: Streaming: 'Morte no Nilo'

Sinopse: As férias do detetive belga Hercule Poirot a bordo de um glamouroso cruzeiro no Egito se transforma em uma caçada a um assassino quando a lua de mel de um famoso casal é interrompida. 

Kenneth Branagh gosta de dirigir adaptações de clássicos literários, pois basta pegarmos "Hamlet" (1996) e "Frankenstein de Mary Shelley" (1994) como belos exemplos a serem conferidos e analisados. No universo da escritora Agatha Christie, por exemplo, o diretor foi a fundo na adaptação de "Assassinato no Expresso Oriente" (2017), sendo que em termos de comparação se tornou até mesmo superior se formos comparar com a versão de 1974. Em "Morte no Nilo" (2022) o diretor não perde o compasso nesta continuação e fazendo a gente desejar para que ele retorne em uma possível terceira parte.

Em "Morte no Nilo", durante sua viagem de lua de mel pelo rio Nilo, o casal Linnet Ridgeway (Gal Gadot) e Simon Doyle (Armie Hammer), convidaram os entes mais queridos para embarcar no barco Karvak e celebrar a união do casal. Porém a rica herdeira é misteriosamente morta de noite e por quase todos os passageiros têm motivos para matá-la. Mas um dos convidados, por coincidência, é o mais famoso detetive do mundo, Hércules Poirot (Kenneth Branagh), que começa a investigar o caso. Enquanto as investigações têm início no próprio barco, novas mortes acontecem com o intuito de encobrir a verdade e o caso acaba sendo mais difícil de se solucionar a cada tempo que passa.

Hércules Poirot talvez seja um dos personagens mais interessantes da literatura, mas que somente nas mãos de um cineasta como Branagh pode torna-lo mais verossímil do que se imagina. Para começar, ele não é um Sherlock Holmes inabalável, ao ponto de ele não conseguir esconder certos sentimentos, assim como também certas cicatrizes físicas e emocionais que jamais deixaram de sangrar. Não é à toa, portanto, que o prólogo acaba se tornando muito importante, ao revelar uma faceta mais humana e falha do protagonista.

Aliás, vale destacar essa abertura, pois Branagh pode enganar o público em geral, mas não o cinéfilo com olho vivo de plantão. Nos primeiros minutos, por exemplo, vemos uma referência não somente do filme "1917" (2019)" do qual foi dirigido pelo seu amigo Sam Mendes, como também do ótimo "Dunkirk" (2017) do diretor Christopher Nolan. Além dessas pequenas referencias, vale destacar a ótima fotografia em preto e branco que o diretor incrementa nesta hora, mas que isso se deve graças ao diretor de fotografia Haris Zambarloukos e que posteriormente ambos trabalhariam juntos no maravilhoso "Belfast" (2021).

Curiosamente, é interessante observar como essa abertura possui um peso fundamental dentro da história. Ela não possui uma ligação direta com o principal crime da trama, mas é algo que afeta Hércules Poirot diretamente e é então conhecemos a origem do seu estravagante bigode. Um momento dramático e do qual Branagh atua e dirige belamente.

Com relação a trama principal, o cineasta novamente arrisca tudo o que tem direito, ao inserir sua visão autoral na direção e cuja a sua câmera passeia pelos belos cenários em que ocorre a trama, seja ela nas paisagens naturais do Egito, ou simplesmente dentro do barco em que ocorrerá o assassinato. Branagh, aliás, retorna com o seu fetiche básico, ao fazer um giro de 360º graus com a sua câmera em meio aos atores e sendo algo ainda mais frenético do que foi visto em potência máxima anos atrás em "Frankenstein de Mary Shelley". Um diretor que não mede esforços para obter a nossa atenção e que consegue fazer isso com certo êxito.

Assim como o filme anterior, a obra é recheada de grandes astros, que vai do próprio Branagh a Gal Gadot e a veterana Annette Bening. Cada um interpreta um personagem que se torna peça fundamental desse jogo de gato e rato, ao ponto de alguns participarem do crime mesmo que indiretamente. A investigação vai cada vez mais a fundo, a ponto de ocorrer novas mortes e fazendo do barco um verdadeiro cenário claustrofóbico.

Talvez a solução do crime estivesse bem na nossa frente e tornando a revelação assim não tão surpreendente. Mas talvez isso não seja culpa de Kenneth Branagh, ou tão pouco culpa da escritora Agatha Christie, mas sim pelo fato de que crescemos assistindo e lendo outros crimes e dos quais muitos se inspiraram nos principais clássicos da escritora. Talvez as copias possam vir a ser melhores do que a original, mas nunca é demais irmos direto ao ponto onde tudo começou.

Com um epílogo em que vemos Hércules Poirot com um visual inesperado, "Morte no Nilo" é uma ótima pedida para aqueles que buscam uma boa história investigativa, além de nos despertar o desejo de irmos na livraria mais próxima. 

Onde Assistir: Star+ 

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terça-feira, 10 de novembro de 2020

Cine Especial: Cine Debate: 'O Destino de Uma Nação'

Sinopse: Com a Grã-Bretanha à beira de perder a guerra para a Alemanha, Winston Churchill sofre pressão para fazer um acordo com Hitler para estabelecer o estado como parte do território do Terceiro Reich, mas resiste à pressão.

Em 2006 Clint Eastwood  surpreendeu muita gente ao dirigir e lançar em um curto espaço de tempo dois filmes sobre a Segunda Guerra Mundial, mais precisamente sobre o conflito entre americanos e japoneses na ilha de Iwo Jima.  Se no filme  "A Conquista da Honra" (2006) mostrava os soldados americanos invadindo aquela ilha e hasteando a bandeira americana, por outro lado, em "Cartas de Iro Jima" (2006) mostra o outro lado do front e focando os japoneses derrotados numa guerra sem sentido. Essa façanha de nós assistirmos a dois filmes em que mostra dois lados diferentes da mesma história em menos de um ano novamente se repete, pois a pouco tempo havia sido lançado "Dunkirk"(2017), filme de guerra do diretor Christopher Nolan e agora chegamos ao "O Destino de uma Nação" (2017) e do qual retrata o outro lado da mesma história mas em menor grau em termos de espetáculo.

Dirigido por Joe Wright, do filme "Desejo e Reparação" (2007) a trama se passa em 1940, onde acompanhamos os primeiros dias de Winston Churchill (Gary Oldman, ótimo) como Primeiro-Ministro da Grã-Bretanha, cargo que assume quase que de forma acidental. E ele tem que encarar uma pedreira: decidir se aceita os termos de um suspeito acordo de paz com Hitler (para o qual é pressionado), ou se confronta o ditador, o que culmina com a retirada das tropas inglesas na batalha de Dunkirk. 

Não creio que até a pouco tempo a maioria das pessoas de hoje conheciam essa figura histórica que foi Winston Churchill.  Porém, ele se tornou conhecido recentemente  pelos amantes da séries da Netflix, mais precisamente na série "The Crown", onde na primeira temporada ele havia sido interpretado pelo ator John Lithgow (Footloose - Ritmo Louco).  Agora em "O Destino de uma Nação" temos a chance de revê-lo  na pele de Gary Oldman que, desde já, entrega uma de suas grandes atuações da carreira.

Sendo apresentado como uma pessoa pouco sociável, e ao mesmo tempo muito rude, esse Churchill vai mudando suas atitudes quando começa a perceber que não é alguém intocável mas sim somente humano. Oldman cria inúmeras camadas complexas desse personagem histórico, onde conseguimos enxergar um conflito interno a todo momento e pronto para estourar na frente dos nossos olhos. Além de uma maquiagem perfeita é uma interpretação assombrosa  e que faz com que o ator brilhe do começo ao fim durante o longa.

Infelizmente o longa depende exclusivamente do desempenho do  ator, já que o restante do elenco não passam de meros figurantes e que pouco tem algo para acrescentar durante a trama. Nem mesmo a veterana  Kristin Scott Thomas como esposa do protagonista ajuda muito nessa situação. Mesmo com uma ótima reconstituição de época, é um filme que depende muito do trabalho do seu protagonista, pois sentimos a todo momento que não houve interesse por parte do cineasta e roteirista em querer desenvolver melhor os demais personagens e dos quais poderiam ter acrescentado algo significativo para o longa. 

O filme se torna relevante a partir do momento em que a trama se direciona no jogo político entre os dois lados da Câmara dos Deputados e que culminou na nomeação de Churchill como Primeiro-Ministro. Esse cenário entre os poderes se torna ainda mais interessante no momento em que o protagonista tenta a todo custo fazer um jogo de cintura e tentar salvar o maior número de soldados, dos quais se encontram presos na praia de Dunkirk e encurralados pelo exército alemão. Se no filme de Nolan assistimos a ação, além da conclusão desse conflito, aqui testemunhamos os bastidores e as cordas que puxaram os eventos para o seu imprevisível final.

Apesar de suas falhas acentuadas, "O Destino de uma Nação" vale pela interpretação assombrosa de Gary Oldman, mesmo em uma produção da qual poderia ter sido melhor elaborada.  

Onde Assistir: NETFLIX. 

NOTA SOBRE A LIVE:

Mais informações de como participar da live com Maria Emília Bottini clicando aqui. 


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quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Cine Dica: Warner Bros. Pictures anuncia 'Festival Nolan' com filmes do diretor nos cinemas

 Parte das ações de retomada das salas de cinema brasileiras, Festival Nolan traz de volta às telonas quatro sucessos de Christopher Nolan

A partir de 15 de outubro, os cinéfilos e fãs do aclamado diretor Christopher Nolan poderão assistir (ou reassistir) a quatro de seus sucessos de bilheteria nas telonas do Brasil. O Festival Nolan apresentará os seguintes filmes: A Origem, que comemora seu aniversário de 10 anos de lançamento, Dunkirk, Interestelar e Batman - O Cavaleiro das Trevas. O Festival também será um aquecimento para o mais novo lançamento de Christopher Nolan, Tenet, com a exibição de um material especial e inédito de bastidores, com 10 minutos de duração. Com estreia prevista para 29 de outubro no Brasil, o filme é um espetáculo de ação e ficção científica, em que o protagonista, vivido por John David Washington, está armado com apenas uma palavra - Tenet - e lutando pela sobrevivência de todo o mundo, enquanto viaja por um obscuro mundo de espionagem internacional em uma missão que se desdobra em algo além do tempo real.

A exibição dos longas nos cinemas é mais uma opção para os espectadores dentro do calendário de lançamentos da retomada do setor cinematográfico, e só estará disponível em cidades em que os protocolos de segurança autorizam a exibição e funcionamento das salas de cinema.

Confira abaixo spot que celebra os 10 anos do lançamento de A Origem .


Sobre A Origem

O aclamado diretor Christopher Nolan dirige um elenco estelar internacional em A Origem, filme de ação original que viaja ao redor do mundo e também pelo íntimo e infinito mundo dos sonhos.

Dom Cobb é um talentoso ladrão, o melhor na arte de arrancar sonhos na origem: rouba segredos valiosos do profundo subconsciente durante o sono das pessoas, quando a mente está em seu estado mais vulnerável. A rara habilidade de Cobb o tornou um jogador hábil neste novo e escorregadio mundo da espionagem corporativa, porém também fez dele um fugitivo internacional e lhe custou tudo o que ele sempre amou na vida. Agora, Cobb tem a chance de se redimir. Um último trabalho poderá lhe devolver sua vida, se ele conseguir o impossível: acesso à origem das informações. Em vez do roubo perfeito, Cobb e sua equipe de especialistas têm de fazer o oposto; a tarefa deles não é roubar uma ideia, e sim plantá-la. Se eles conseguirem realizá-la, poderá ser o crime perfeito.

Mas todo cuidado, planejamento ou experiência são pouco para que a equipe consiga lidar com o perigoso inimigo que parece prever cada um de seus movimentos. Um inimigo que apenas Cobb consegue detectar.

Sobre Dunkirk

Dunkirk começa com centenas de milhares de soldados ingleses e aliados cercados por forças inimigas. Encurralados na praia, com o mar em suas costas, eles enfrentam uma situação impossível à medida que o inimigo se aproxima.

A história se desenvolve em terra, no mar e no ar. Aviões de combate da RAF - Força Aérea Real Britânica - assumem o combate ao inimigo no céu sobre o Canal da Mancha, na tentativa de proteger os soldados indefesos na praia. Enquanto isso, centenas de pequenos barcos conduzidos por militares e civis preparam uma ação desesperada de resgate, arriscando suas vidas numa corrida contra o tempo para salvar mesmo que uma pequena fração de seu exército.

Sobre Interestelar

Interstelar narra as aventuras de um grupo de exploradores que fazem uso de uma recém-descoberta fenda espacial (wormhole) para superar as limitações das viagens humanas pelo espaço e vencer as grandes distâncias envolvidas em uma viagem interestelar.


Sobre Batman - O Cavaleiro das Trevas

Continuação do sucesso "Batman Begins", Batman - O Cavaleiro das Trevas reúne novamente o diretor Christopher Nolan e o ator Christian Bale, que reprisa o papel de Batman/Bruce Wayne em sua luta contra o crime.

Com a ajuda do tenente Jim Gordon e do promotor público Harvey Dent, Batman prepara-se para acabar com o crime organizado em Gotham de uma vez por todas. O triunvirato se mostra eficiente, mas logo todos se descobrem vítimas de um genial criminoso em ascensão conhecido Coringa, que transforma Gotham em uma anarquia e força o Cavaleiro das Trevas a caminhar na linha tênue entre herói e justiceiro.

O ator indicado para o Oscar Heath Ledger ("O Segredo de Brokeback Mountain"), estrela como o arqui-inimigo do Homem Morcego e Aaron Eckhart interpreta o promotor público Harvey Dent. Maggie Gyllenhaal une-se ao elenco no papel de Rachel Dawes. Retomando seus papéis de "Batman Begins" estão Gary Oldman como tenente Jim Gordon; o ator vencedor do Oscar Michael Caine ("Regras da Vida") como Alfred; e o ator vencedor do Oscar Morgan Freeman ("Menina de Ouro") como Lucius Fox.

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quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Cine Especial: OS FILMES VÃO À LUTA: O CINEMA NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

Nos dias 22 e 23 de Setembro eu estarei na Cinemateca Capitólio, participando do curso Os Filmes vão a Guerra: O Cinema na Segunda Guerra Mundial, criado pelo Cine Um e ministrado pelo roteirista e diretor Luis Mário Fontoura. Enquanto atividade não chega eu destaco aqui o meu top 10 dos melhores filmes sobre a Segunda Guerra Mundial. 

1º) Lista de Schindler (1993)

Sinopse: Ao comprar em 1939 uma fábrica na Polônia dominada pela Alemanha, Oskar Schindler usa da suas boas relações com altos funcionários nazistas, para recrutar trabalhadores judeus do gueto da Cracóvia e, subornando alguns oficiais, salvando-os dos campos de extermínio. Baseado no livro de Thomas Keneally.

Uma das mais corajosas adaptações de um livro para o cinema. Baseado no romance de Thomas Keneally que, por sua vez, é baseado em fatos verídicos. Com um preto e branco maravilhoso (de Janusz Kaminski) e atuações impecáveis de todo o elenco, em especial, para Liam Neeson e Ralph Fiennes, em seus primeiros grandes papeis na carreira. Talvez, o melhor filme adulto de Steven Spielberg e que exorcizou de uma vez por todas a aura de ser somente tachado como um diretor do gênero fantástico. Com isso, levou sete Oscar, incluindo melhor filme e melhor diretor. Há inúmeros momentos delicados tratados com muita sensibilidade, assim como as cenas de grande impacto emocional em estado puro.


2º) O Resgate do Soldado Ryan (1998)

Sinopse: Depois de descobrir que os três irmãos do soldado Ryan morreram na guerra, o governo tenta localizá-lo para trazê-lo de volta para casa. O problema é que eles não sabem se ele está vivo ou nas mãos dos inimigos.

Em alguns momentos, o filme discute a missão de arriscar oito vidas para salvar somente uma, apenas para atender o preceito étnico familiar das Forças Armadas. Mas está e outras questões não são aprofundadas pelo diretor, que também não criou nenhuma situação triunfalista para os personagens. Ele se empenhou em retratar com realismo o horror físico causado pela guerra. Neste sentido, então, o diretor logrou com grandes momentos do cinema ao detalhar as mutilações sofridas pelos soldados na seqüência do dia D e na longa batalha final. Comoventes também as cenas de angustia e duvida do capitão Miller (Hanks em forte atuação novamente). Vencedor de cinco, incluindo o segundo Oscar de melhor diretor para Spielberg.
Curiosidade: Este é o 1º de 3 filmes em que o diretor Steven Spielberg e o ator Tom Hanks trabalham juntos.


3º) O Grande Ditador  (1940)

Sinopse: Em meio à Segunda Grande Guerra Mundial, Chaplin interpreta o ditador Adenoid Hynkel e o barbeiro Judeu, criando uma obra-prima anti-guerra para o cinema.

Este filme, cujas cenas do ditador carregando o globo terrestre ficaram imortalizadas, causou a Chaplin à expulsão dos Estados Unidos. Porém, isso não foi o suficiente para que tirassem o brilho dessa obra prima, que é uma verdadeira declaração contra o preconceito, ódio e acima de tudo contra uma guerra tão inútil como foi a Segunda Guerra Mundial. Atenção para o discurso final do personagem que, desde já, é um dos momentos mais importantes da história do cinema.

4º) Vá e Veja (1985) 

Sinopse: O filme é uma experiência de dor e perda. Considerado selvagem e lírico, confira a trajetória de Florya, um jovem separado de seus comandantes durante a Segunda Guerra Mundial.

Durante suas duas horas e vinte, é na morte da inocência, nos eventos traumáticos que Florya presenciará que o filme se apoia ao contar sua história: a majestosa direção de Klimov nos insere e torna toda a experiência extremamente imersiva, os longos takes, o realismo dos efeitos e da violência tornam todo o sofrimento do filme extremamente realístico, apoiada pela noção de textura dos seus ambientes e personagens. Os planos-sequência apresentados pelo filme são exemplares, aproveitam a iluminação natural e os demais elementos em cena como poucos fazem, de modo à intensificar ainda mais a noção de imersão por meio da destruição rítmica e progressiva.

5º) Bastardos Inglórios (2009)

Sinopse: No primeiro ano da ocupação da França pela Alemanha, Shosanna Dreyfus testemunha a execução de sua família pelas mãos do coronel nazista Hans Landa (Waltz). Shosanna escapa por pouco e parte para Paris, onde assume uma identidade falsa e se torna proprietária de um cinema. Em outro lugar da Europa, o tenente Aldo Raine (Pitt) organiza um grupo de soldados americanos judeus para praticarem atos violentos de vingança. 

Misturando elementos dos seus filmes com outros do gênero como, por exemplo,  Rastros do Ódio e Doze Condenados, Tarantino cria uma trama de vingança de duas frentes, onde  ambas tem um único objetivo e onde os lados se cruzam num único lugar em um clímax de proporções avassaladoras. Claro que, antes do ato final, não faltam às características do diretor em fazer um filme e que estão todas lá, desde os diálogos afiados, referencias ao mundo pop, humor negro e etc. E não importa se a trama se passa na Segunda Guerra Mundial, isso para o diretor é um mero detalhe, sendo que  não impede de suas características sejam bem aproveitadas em outra época. O curioso é o tema que o diretor anda fazendo muito nos seus últimos filmes que é a vingança e suas conseqüências, sendo que isso começou em Kill Bill e que, se naquela saga isso foi retratado na história da personagem á noiva, aqui é bem retratado pela personagem Shosanna Dreyfus (Melanie Laurent). E por falar nos personagens como uma boa historia, não poderia faltar também um ótimo elenco. Brad Pitt é o laço que leva o publico em geral a embarcar nesta aventura, mas é o resto do elenco que rouba a atenção do publico.
Christoph Waltz (Palma de ouro de melhor ator no festival de Cannes) é com certeza o melhor vilão dos últimos anos Carismático, violento e divertido, o ator faz do seu personagem Coronel Hans Landa, o típico personagem que o espectador não sabe se o ama ou odeia. Completamente imprevisível e com palavras afiadas de tal forma, que o espectador se encolhe a toda vez que ele aparece em cena, e com certeza entra para a lista dos melhores personagens tarantinescos.

6º)Roma, Cidade Aberta (1945)

Sinopse:Roma, 1944. Um dos líderes da Resistência, Giorgio Manfredi (Marcello Pagliero), é procurado pelo nazistas. Giorgio planeja entregar um milhão de liras para seus compatriotas. Ele se esconde no apartamento de Francesco (Francesco Grandjacquet) e pede ajuda à noiva de Francesco, Pina (Anna Magnani), que está grávida. 

Os críticos de ontem e hoje definem  Roma, Cidade Aberta como um filme mais capitado do que representado. Roberto Rossellini fez o primeiro longa do chamado neorrelismo Italiano onde ele simplesmente filmou os efeitos que a Itália sentiu durante a guerra. Numa Roma devastada pela chegada  das tropas aliadas, em 1945, o cineasta, com uma câmera na mão  e restos de negativo que não seriam utilizados, filmou uma trama fictícia  inspirada em fatos verídicos  mostrando a força do povo contra a ocupação alemã. Usando atores amadores, rodado nas ruas, sem nenhum retoque, Rossellini criou imagens cruas, sujas, retratando uma realidade de material pessimista e que jamais foi visto anteriormente no cinema.
O impacto   foi tão arrasador, que o cineasta passou a ser cultuado por uma série de realizadores ao redor do mundo como Jean Luc Godard. Roma, Cidade Aberta foi uma experiência inovadora  para as plateias que estavam acostumadas ao cinema plástico norte americano. Rosseline, mais radical que Vitorio De Sica (O Ladrão de Bicicleta, de 1948), menos preso a dramaturgia e ás facilidades que um ator pode carregar no rosto, radicalizaria esse procedimento naquele que é o mais neo-realista dos filmes Alemanha ano Zero (1948), em que a desgraça de um menino perambula por uma Berlim destruída é filmada como um documentário de observação.
Mais tarde faria trabalhos extraordinários, menos ou mais encenados, como Stromboli (1950) e a obra prima viagem a Italia (1954), ambos estrelados por Ingrid Berman, sua esposa. Mas a imagem ficou na historia do cinema  é a de Anna Magnani caindo na rua, abatida por soldados alemães, em Roma, Cidade Aberta. 

7º) O Pianista (2002)

Sinopse: O pianista polonês Wladyslaw Szpilman (Adrien Brody) interpretava peças clássicas em uma rádio de Varsóvia quando as primeiras bombas caíram sobre a cidade, em 1939. Com a invasão alemã e o início da 2ª Guerra Mundial, começaram também restrições aos judeus poloneses pelos nazistas. 

Talves um dos melhores filmes do diretor Roman Polanski e um dos melhores ao retratar o horror do holocausto. Devido ao fato de sua mãe ter morrido no gueto na época, era óbvio que o diretor faria um filme como esse só que ninguém imaginava que faria de maneira tão fantástica. Adrien Broody (King Kong) levou um merecido Oscar por seu ótimo desempenho como judeu que sobrevive graças ao seu talento com o piano. Indispensável para qualquer cinéfilo.

Curiosidades: O Pianista Ganhou 3 Oscars, nas seguintes categorias: Melhor Diretor, Melhor Ator (Adrien Brody) e Melhor Roteiro Adaptado. Foi ainda indicado nas seguintes categorias: Melhor Filme, Melhor Fotografia, Melhor Figurino e Melhor Edição.Roman Polanski não compareceu na entrega do Oscar para receber seu prêmio de melhor diretor pelo O Pianista. Desde final dos anos 70 ele está fora dos EUA devido a acusação contra ele de estupro a uma menor de idade, se ele voltasse para lá seria preso.

8º) Casablanca (1942)

Sinopse: Casablanca é a rota obrigatória de quem está fugindo dos nazistas na Segunda Guerra Mundial. É lá que Rick (Humphrey Bogart) vai reencontrar Ilsa (Ingrid Bergman), anos depois de terem se apaixonado e se perdido em Paris.

Clássico dos clássicos de 1942, o filme possui um dos finais mais conhecidos da historia. Cinema do mais alto nível, romance, intriga, suspense, a inesquecível As Time Goes By, cantada por Dooley Wilson e um ótimo elenco. Um clássico para ver e rever sempre. Oscar de melhor filme, roteiro adaptado e direção.

Curiosidades: Durante a seqüência em que o Major Strasser desembarca no aeroporto, os oficiais vistos de cima foram interpretados por anões, para que a pista parecesse maior.Casablanca custou US$ 900 mil aos cofres da Warner Bros. Sua estréia estava inicialmente prevista para junho de 1943, mas como em novembro de 1942 os Aliados desembarcaram no norte da África e libertaram a verdadeira Casablanca, a Warner resolveu por lançar o filme imediatamente.

9º) Dunkirk (2017)

Sinopse:Durante a Segunda Guerra Mundial acontece a Batalha de Dunquerque. É nessa cidade da França que forças britânica e francesa são encurraladas pelos alemães. Dessa forma entra em ação a Operação Dínamo, que visa evacuar pelo mar mais de 300 mil soldados.

Em certa ocasião eu estava assistindo a uma entrevista de Steve Spielberg e da qual ele reconheceu que boa parte do sucesso do seu clássico Tubarão se deve a sua trilha sonora composta pelo compositor John Williams. Há filmes que sobrevivem com o tempo, mas não somente graças ao elenco pela história, mas sim graças a sua parte técnica e que, na maioria das vezes, a trilha sonora se destaca e dando alma a obra. Dunkirk, talvez venha a ser lembrado, não só como mais um ótimo filme de Christopher Nolan (Cavaleiro das Trevas), mas como também pela sua trilha que eleva o seu filme em uma potência máxima sem precedentes.
Baseado em fatos verídicos, o filme se passa no início da Segunda Guerra Mundial, onde acompanhamos 300 mil soldados (ingleses e franceses) isolados em uma praia da cidade de Dunkirki e esperando por resgate. O problema é que eles são encurralados pelo exército alemão e eles não tem como retrocederem para a cidade ou avançarem para o mar. Cabe ajuda que vem, tanto pelo mar, como também pelo ar, para contornar essa situação e salvar então o maior número de vidas possíveis. 
Leia a minha crítica completa sobre o filme clicando aqui. 

10º) A Um Passo Da Eternidade (1953)

Sinopse: Em 1941, Robert E. Lee Prewitt (Montgomery Cliff) pede transferência do exército e vai parar na base militar de Schofield, no Havaí. Seu novo capitão, sabendo que ele é um exímio boxeador, deseja que ele faça parte da equipe de boxe, mas ele se recusa terminantemente. Irritado, o capitão consegue que seus subordinados transformem a vida do novo recruta em um inferno.

Baseado no Best Seller de James Jones, o filme reproduz com categoria o clima da época e se tornou um dos grandes clássicos do cinema americano. Conquistou oito Oscar, incluindo melhor filme, diretor, atores coadjuvantes (Reed e Sinatra, este no papel que reergueu sua abalada carreira), roteiro adaptado, fotografia, som e montagem. Inesquecível a cena de amor na praia reunindo Kerr (em um papel recusado por ninguém menos que Rita Hayworth e Joan Crawford) e Lancaster.

Curiosidades: A atriz Joan Crawford recusou-se a participar de A um Passo da Eternidade por ter odiado os figurinos do filme.Na época do lançamento de A um Passo da Eternidade surgiu um rumor de que todas as cenas em que o ator George Reeves aparecia foram retiradas do filme na edição final, já que nas pré-estréias realizadas o público o reconhecera como sendo o intérprete do Superman na TV. De acordo com o diretor Fred Zinnemann, o roteirista Daniel Taradash e o diretor-assistente Earl Bellamy, tais rumores são falsos e todas as cenas gravadas por Reeves foram incluídas no filme.

Mais informações sobre o curso cliquem aqui. 


segunda-feira, 19 de março de 2018

Cine Especial: Narrativa Cinematográfica: Extra



 A Chegada

Nesse último final de semana ocorreu na Cinemateca Capitólio de Porto Alegre o curso Narrativa Cinematográfica, criado pelo Cine Um e ministrado pela pesquisadora e professora de história de cinema Fatimarlei Lunardelli. Em dois dias, Fatimarlei nos convidou para embarcarmos nas inúmeras maneiras de se contar uma história na tela do cinema e de como alguns títulos nos pegam desprevenidos na sua maneira de apresentá-las. Curiosamente, títulos clássicos, por exemplo, foram revisitados durante a aula e fazendo a gente se dar conta de como construtivos e a frente dos seus tempos eles foram com relação apresentação de suas respectivas  tramas.
Se títulos memoráveis como Cidadão Kane foram pioneiros na apresentação de sua narrativa, é preciso tirar o chapéu de filmes menores como, por exemplo, o filme noir A Dama do Lago, onde o protagonista se apresenta de uma forma que se quebra a quarta parede já no início da trama e para que logo em seguida a câmera se tornar o seu próprio olhar com relação aos eventos que nos são apresentados no decorrer da obra. Falando em câmera, não tem como deixar de nos esquecermos de títulos do mestre Alfred Hitchcock como Janela Indiscreta, em que a câmera do cineasta, por vezes, nos apresentava situações que nos colocava a frente do protagonista com relação aos eventos que nos eram apresentados. 
 Janela Indiscreta


Outro momento analisado durante atividade foi o fato de alguns títulos terem duas ou mais linhas narrativas num único longa metragem. Se Pulp Fiction foi lembrado de uma forma rápida, Amnésia, As Horas e os recentes A Chegada e Dunkirk foram analisados por nos pegarem desprevenidos em suas linhas narrativas e da maneira com que elas se cruzavam na reta final dos respectivos longas. Uma das alunas, por exemplo, reconheceu como o cineasta Denis Villeneuve foi criativo na adaptação do conto A Chegada para o cinema, já que no livro não há uma grande revelação em seu ato final, mas o cineasta difere esse problema na adaptação, ao colocar as linhas narrativas indo e voltando durante o decorrer da obra e fazendo com que ela nos faça montar um quebra cabeça e pensarmos e repensarmos sobre o que havíamos testemunhado. 
 Amnésia

Embora em tempos atuais, em que cada vez mais se desenvolve tramas das quais tentam nos surpreender, a narrativa clássica ainda é moldada e apresentada para os novos públicos. Fatimarlei destaca então Menina de Ouro, do veterano Clint Eastwood, em que a trama com o seu começo, meio e fim, da qual é apresentado de uma forma familiar, nos surpreende pela inserção de assuntos até mesmo espinhosos que perduram até hoje, mas com que fazem serem aceitos e gerar inúmeros momento de reflexão após o encerramento da sessão.
Novamente um curso criativo, do qual nos faz dar conta que, embora com mais de cem anos de vida, o cinema ainda nos surpreende na construção e apresentação de determinados filmes que são lançados anos após anos.
 Menina de Ouro
 

E que venha o curso sobre o cinema Russo.      

Leia mais sobre o meu especial Narrativa Cinematográfica clicando aqui.

segunda-feira, 5 de março de 2018

Cine Curiosidade: Vencedores do Oscar 2018



 A Forma da Água: Melhor filme 

Até a noite de ontem se dizia que essa edição do Oscar seria uma das mais imprevisíveis dos últimos tempos. Embora em parte isso seja verdade, é preciso salientar que Guilherme Del Toro fez o seu dever de casa com o seu filme A Forma da Água, ao não abandonar o gênero fantástico que ele tanto explora, mas moldá-lo com ingredientes que os membros da academia sempre gostam. Portanto meus votos foram para ele desde o princípio, mesmo com o fundo de dúvida até o ápice da premiação.
De previsível, era mais do que óbvio que, pelo menos, Corra levaria o Oscar de melhor roteiro original, pois em termos de originalidade, não havia outro concorrente de peso que batesse o seu favoritíssimo. Ainda na categoria de roteiro, embora no fundo torcesse por Logan, a vitória de Me Chame Pelo Seu Nome na categoria de roteiro adaptado era outra barbada. Na área de interpretação tudo foi previsível, mesmo torcendo cegamente pela vitória para Willem Dafoe pela sua maravilhosa atuação pelo pequeno grande filme Projeto Flórida, mas que acabou não se concretizando.
E se a vitória de Blade Runner 2049 na categoria efeitos visuais foi, para mim pelo menos, uma surpresa, a vitória do Chinelo Mulher Fantástica na categoria de melhor filme estrangeiro foi sem sombra de dúvida a principal grande surpresa da noite. Num tempo em que a diversidade fala mais alto, essa vitória é bem vista, não somente pela comunidade LGBT, como também demonstra a força do cinema latino cada vez mais crescendo no decorrer do tempo.

Abaixo confira a lista de todos os vencedores;  

   

Melhor Filme



    Me Chame Pelo Seu Nome
    O Destino de Uma Nação
    Dunkirk
    Corra!
    Lady Bird - A Hora de Voar
    Trama Fantasma
    The Post - A Guerra Secreta 
    A Forma da Água (VENCEDOR) 
    Três Anúncios Para um Crime



Melhor Direção



    Dunkirk - Christopher Nolan
    Corra! - Jordan Peele
    Lady Bird - A Hora de Voar - Greta Gerwig
    Trama Fantasma - Paul Thomas Anderson 
    A Forma da Água - Guillermo del Toro (VENCEDOR)



Melhor Atriz

    Sally Hawkins - A Forma da Água 
    Frances McDormand - Três Anúncios Para um Crime (VENCEDORA) 
    Margot Robbie - Eu, Tonya
    Saoirse Ronan - Lady Bird - A Hora de Voar
    Meryl Streep - The Post - A Guerra Secreta




Melhor Ator

    Timotheé Chalamet - Me Chame Pelo Seu Nome
    Daniel Day Lewis - Trama Fantasma
    Daniel Kaluuya - Corra! 
    Gary Oldman - O Destino de Uma Nação (VENCEDOR) 
    Denzel Washington - Roman J. Israel, Esq.



Melhor Ator Coadjuvante

    Willem Dafoe - Projeto Flórida
    Woody Harrelson - Três Anúncios Para um Crime
    Richard Jenkins - A Forma da Água
    Christopher Plummer - Todo o Dinheiro do Mundo 
    Sam Rockwell - Três Anúncios Para um Crime (VENCEDOR)



Melhor Atriz Coadjuvante

    Mary J. Blige - Mudbound – Lágrimas sobre o Mississipi 
    Allison Janney - Eu, Tonya (VENCEDORA) 
    Laurie Metcalf - Lady Bird - A Hora de Voar
    Octavia Spencer - A Forma da Água
    Lesley Manville - Trama Fantasma

Melhor Roteiro Original

 

    Doentes de Amor 
    Corra! (VENCEDOR) 
    Lady Bird - A Hora de Voar
    A Forma da Água
    Três Anúncios Para um Crime




Melhor Roteiro Adaptado

  
 Artista do Desastre 
 Me Chame Pelo Seu Nome (VENCEDOR) 
 Logan
A Grande Jogada
Mudbound – Lágrimas sobre o Mississipi
Melhor Animação

O Poderoso Chefinho 
Viva - A Vida é uma Festa (VENCEDOR) 
O Touro Ferdinando
Com Amor, Van Gogh
The Breadwinner

Melhor Documentário em Curta-Metragem

  
Edith+Eddie 
Heaven is a Traffic Jam on the 405 (VENCEDOR) 
Heroin(e)
Kayayo: The Living Shopping Baskets
Knife Skills
Traffic Stop



Melhor Documentário em Longa-Metragem


Abacus: Pequeno o Bastante Para Condenar
Visages villages 
Ícaro (VENCEDOR) 
Últimos Homens em Aleppo
Strong Island



Melhor Filme Estrangeiro

Uma Mulher Fantástica (Chile) (VENCEDOR)
O Insulto (Líbano)
Sem Amor (Rússia)
The Square - A Arte da Discórdia (Suécia)
Corpo e Alma (Hungria)




Melhor Curta-Metragem

  
DeKalb Elementary
The Eleven O’Clock
My Nephew Emmett 
The Silent Child (VENCEDOR) 
Watu Wote/All of Us



Melhor Curta em Animação

Dear Basketball - Glen Keane e Kobe Bryant (VENCEDOR)

Garden Party - Victor Caire e Gabriel Grapperon
Lou - Dave Mullins e Dana Murray
Negative Space - Max Porter e Ru Kuwahata
Revolting Rhymes - Jakob Schuh e Jan Lachauer



Melhor Canção Original


"Remember Me" - Viva - A Vida é uma Festa - Kristen Anderson-Lopez e Robert Lopez (VENCEDOR) 
 "This is Me" - O Rei do Show - Benj Pasek e Justin Paul
 "Mighty River" - Mudbound – Lágrimas sobre o Mississipi - Mary J. Blige, Raphael Saadiq e Taura Stinson
 "Mystery of Love" - Me Chame Pelo Seu Nome - Sufjan Stevens
 "Stand Up for Something" - Marshall - Diane Warren e Lonnie R. Lynn



Melhor Fotografia

Blade Runner 2049 - Roger Deakins (VENCEDOR) 
O Destino de Uma Nação - Bruno Delbonnel
Mudbound – Lágrimas sobre o Mississipi - Rachel Morrison
 Dunkirk - Hoyte van Hoytema
A Forma da Água - Dan Laustsen



Melhor Figurino



    A Bela e a Fera

    O Destino de Uma Nação

    Trama Fantasma (VENCEDOR)

    A Forma da Água

    Victoria e Abdul - o Confidente da Rainha



Melhor Maquiagem e Cabelo



    O Destino de Uma Nação (VENCEDOR)

    Extraordinário

    Victoria e Abdul - o Confidente da Rainha



Melhor Mixagem de Som



    Em Ritmo de Fuga

    Blade Runner 2049

    Dunkirk (VENCEDOR)

    A Forma da Água

    Star Wars - Os Últimos Jedi



Melhor Edição de Som



    Em Ritmo de Fuga

    Blade Runner 2049

    Dunkirk (VENCEDOR)

    A Forma da Água

    Star Wars - Os Últimos Jedi



Melhores Efeitos Visuais



 Blade Runner 2049 (VENCEDOR)

 Guardiões da Galáxia Vol.2

 Kong - A Ilha da Caveira

 Star Wars - Os Últimos Jedi

 Planeta dos Macacos - A Guerra



Melhor Design de Produção



 A Bela e a Fera

 Blade Runner 2049

 O Destino de Uma Nação

 Dunkirk

 A Forma da Água (VENCEDOR)



Melhor Montagem



Em Ritmo de Fuga

Dunkirk (VENCEDOR)

Eu, Tonya

A Forma da Água

Três Anúncios Para um Crime



Melhor Trilha Sonora Original 

Dunkirk - Hans Zimmer
 Trama Fantasma - Jonny Greenwood 
A Forma da Água - Alexandre Desplat (VENCEDOR) 
Star Wars - Os Últimos Jedi - John Williams 
Três Anúncios Para um Crime - Carter Burwell


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