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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 17 de maio de 2011

Cine Dicas: Em Cartaz: A Guerra dos Vizinhos

CUIDADO COM QUEM MORA AO LADO

Sinopse: Adélia (Eva Wilma), Dircinha (Vera Mancini) e Beatriz (Karin Rodrigues) são as irmãs Coleratti e uma vez juntas, elas são capazes de tocar o maior rebu. Por conta disso, depois de tanto incomodarem os vizinhos com calúnias e ofensas, o trio é condenado pela Justiça à prestação de serviços comunitários. Mas a pena não parou por aí porque elas terão - também - que manter as bocas fechadas. E para ficar em silêncio, sem poderem conversar durante o cumprimento da pena, usarão máscaras cirúrgicas. Será que isso vai dar certo?
É triste quando certos filmes brasileiros não ganham tanta repercussão como outros, que por vezes, nem merece tamanho fuzuê. Enquanto outros que realmente mereciam ganhar prestigio, caem no esquecimento por sua distribuição mal feita, como no caso desse genial filme de Rubens Xavier. Ao se inspirar em fatos verídicos, o filme presta não só homenagem aos filmes de comedias brasileiras de antigamente como também a comedia clássica Italiana.
O embate de vizinhos devido a problemas típicos como barulho ao lado ou musica alta, são retratados no filme de uma forma muito divertida com truques simples de imagem, mas eficientes. Isso fora os momentos surrealistas quando determinados personagens sonham com seus desejos não realizados, rapidamente me lembrou alguns dos filmes de Frederico Fellini. Délia (Eva Wilma), Dircinha (Vera Mancini) e Beatriz (Karin Rodrigues) roubam a cena ao retratarem irmãs unidas e rabugentas, que apesar do tom cômico quase cartunesco de cada uma delas, não esconde certo tom de realismo de cada uma. O filme em si, muito embora em vários momentos pareça surreal de um modo para entreter o espectador de todas as idades, em muitos momentos (principalmente no atrito de ambos os lados) são de uma forma tão realista ao ponto que cada pessoa que for assistir, ira se identificar facilmente, porque ninguém nesta vida escapou de ter um vizinho chato.
Se a uma falha no filme é justamente em seu ato final em que tenta rapidamente terminar a saga de ambos os lados, mas que com isso o destino de determinados personagens ficou em aberto. Nada que atrapalhe o resultado final de uma boa sessão para ser assistida com toda a família e rir bastante de situações realistas do dia a dia de quem sobre com vizinhos inconvenientes.

Em cartaz em Porto Alegre: Cinebancários, rua  Rua General Câmara, nº 424 - Centro. Sessões as 15horas, 17horas e as 19horas.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Cine Dicas: Estréias no final de semana (13 05 11)

E ai gente. Como todos podem ver (quem acompanha meu blog) voltamos a normalidade, mas como falei anteriormente, uma ultima matéria minha acabou sendo deletada, assim como aconteceu com outros blogs devido a manutenção que os funcionários da Google fizeram no Blogger, que por sua vez deve ter acontecido algo mais grave e o problema então se estendeu até agora.
Mas fazer o que né, pelo menos o serviço se normatizou, quanto a minha ultima matéria que caiu no limbo paciência, mais cedo ou mais tarde irei traze-la de volta porque ela esta bem guardada na minha cabeça.
Neste final de semana estarei a tarde no Cinebancários de Porto Alegre para assistir o filme brasileiro A Guerra dos Visinhos, uma ótima comedia mas que infelizmente não teve passagem nos nossos cinemas gaúchos mas que pelo menos chega agora nesta ótima sala.
Chega também o adiado (e esperado) Os Agentes do Destino, elogiado filme estrelado por Matt Damon e baseado na obra de Philip k Dick (Blade Runner).

Confiram essas e outras estréias neste final de semana:

Os Agentes do Destino
Sinopse: David Norris é um político prestes a ganhar seu lugar no Senado americano. Conhece então uma dançarina de balé chamada Elise Sellas que acredita ser a mulher dos seus sonhos. Quando circunstâncias misteriosas os impedem de ficar juntos Norris fica determinado a descobrir o que porquê.


A Guerra dos Vizinhos
Sinopse: Adélia (Eva Wilma), Dircinha (Vera Mancini) e Beatriz (Karin Rodrigues) são as irmãs Coleratti e uma vez juntas, elas são capazes de tocar o maior rebu. Por conta disso, depois de tanto incomodarem os vizinhos com calúnias e ofensas, o trio é condenado pela Justiça à prestação de serviços comunitários. Mas a pena não parou por aí porque elas terão - também - que manter as bocas fechadas. E para ficar em silêncio, sem poderem conversar durante o cumprimento da pena, usarão máscaras cirúrgicas. Será que isso vai dar certo?


Caminho da Liberdade
Sinopse: Em 1940 pegos pelo regime stalinista sete prisioneiros aproveitam-se da nevasca para fugir de Gulag Soviético. A liberdade desses homens tem um preço: ele tem poucas chances de chegarem a um lugar seguro sem serem pegos novamente e correm risco de morte.


Como arrasar um Coração
sinopse: Alex (Roman Duris) e sua irmã administram juntos um negócio inusitado: uma agência especializada em romper relacionamentos. Os negócios vão bem e eles recebem um novo desafio que é fazer fracassar o casamento de Juliette (Vanessa Paradis) filha de um milionário que os contrata para ver essa história terminada de uma vez por todas. Será que eles conseguem?



O Noivo da minha melhor amiga
Sinopse: Rachel uma advogada muito certinha está prestes a completar 30 anos. Na comemoração ela acaba bebendo demais e vai para a cama com Dex amigo de faculdade e também noivo da sua melhor amiga Darcy. Sentindo-se péssima com a situação as coisas parecem piorar a cada momento pois Rachel será madrinha do casamento e vai ter que lidar com os preparativos da festa seus sentimentos por Dex e ainda a sua amizade cultivada desde a infância com a noiva traída.



Padre 3D
Sinopse: O longa se passa em um mundo destruído pela guerra de séculos entre homens e vampiros. A trama mostra um Padre guerreiro sobrevivente da última Guerra dos Vampiros que agora vive escondido entre as pessoas comuns em uma cidade comandada pela igreja. Quando sua sobrinha é seqestrada por um grupo de vampiros o religioso se vê obrigado a quebrar um juramento sagrado ir contra a vontade da Igreja e fugir da cidade em busca de sua família.



Reencontrando a Felicidade
Sinopse: Becca e Howie Corbett formavam uma família feliz mas suas vidas viraram do avesso após a morte do filho Danny num acidente de carro. Depois de largar a carreira de executiva para virar dona de casa ela tenta redefinir sua vida se cercando dos amigos e pessoas bem intencionadas. É quando começa uma amizade com o jovem Jason motorista do carro no fatídico acidente. Enquanto isso Howie mergulha no passado buscando apoio em estranhos.

























VOLTAMOS

Pois é pessoal, ontem perto do final da tarde, os serviços da blogger passaram para uma manutenção que por sua vez acabou tendo a situação piorada e coisa se entendeu até neste momento, ou seja, quase 24 horas fora do ar.
Felizmente o serviço voltou o ruim, é que alguns post que foram publicados (como um meu) foram deletados infelizmente.
Mas não adianta chorar por leite derramado e seguimos em frente.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: O VENCEDOR

CHISTIAN BALE SE SUPERA EM TODOS OS ASPECTOS
Sinopse: Dicky Ecklund (Christian Bale) é uma lenda do boxe que desperdiçou o seu talento e a sua grande chance. Agora o seu meio-irmão Micky Ward (Mark Wahlberg) tentará se tornar uma nova esperança de campeão e superar as conquistas de Dicky. Treinado pela família e sem obter sucesso em suas lutas Micky terá que escolher entre seus familiares e a vontade de ser um verdadeiro campeão. O Vencedor é inspirado em uma emocionante história real onde a maior luta de nossas vidas é a conquista dos nossos próprios sonhos.
Nos últimos filmes em que Christian Bale era o protagonista algo de interessante acontecia: Os personagem coadjuvantes roubavam a cena, mas não tinha como reclamar muito se pensarmos por exemplo em Batman: Cavaleiro das Trevas onde heath ledger roubava a cena de todo mundo mesmo, mas o que dizer quando Bale perde a cena para um ator sem expressão (Sam Worthington) em O Exterminador do Futuro 4?
Isso fora o fato que o ator sofreu por problemas familiares e profissionais entre 2008 e 2009 mas tudo isso se dissipa quando ele surge em O Vencedor. Embora Mark Wahlberg (Os Infiltrados) seja protagonista, Christian Bale apresenta uma atuação impressionante que faz qualquer ator que contracene com ele acaba por desaparecer, principalmente Wahlberg que nunca achei um grande ator. Contudo o filme não vive apenas por ele, duas atrizes de gerações diferentes e indicadas ao Oscar, Amy Adams (Julie & Julia) e Melissa Leo (Rio Congelado) roubam a cena a cada momento que aparecem, principalmente a ultima que faz uma perua e mãe dominadora.
Com inúmeros trejeitos esquisitos, tanto no corpo como no rosto, Bale se torna infalível para fazer o papel de um ex-boxeador viciado em crack, e com isso, o ator perdeu peso de uma maneira assustadora, algo que não se via desde O Operário e ganhando o próximo Oscar seria uma espécie de vitoria contra tudo que ele passou, seja vida profissional ou pessoal.
Se a um ponto falho no filme de David O. Russell (Três Reis) é justamente as cenas das lutas de boxe que não empolgam nenhum pouco mas isso é compensado graças a carismáticos personagens que buscam, acima de tudo, uma segunda chance na vida

terça-feira, 10 de maio de 2011

Cine Especial: Encarando o terror de frente


Sábado passado, o SBT surpreendeu a todos com a exibição do clássico O Exorcista e surpreendentemente ficou por alguns momentos em primeiro lugar em audiência, provando que o filme ainda atrai seguidores e não seguidores. Mas o que torna essa produção tão contagiante? Seria pelos acidentes e mortes que ocorreram durante as filmagens? Seria pelo fato, em parte, do filme ser baseados em fatos reais? No meu caso o que me atraiu em assistir a trama não foi pelo fato das cenas de terror ou tão pouco pelo tema de possessão e sim pelo fato da trama criar o verdadeiro retrato dos pais perante o sofrimento de seus filhos e simplesmente não conseguirem tirar eles dessa horrível situação. Retrato de situação muito bem liderado pela atriz Ellen Burstyn que aqui tem seu melhor desempenho de toda a sua carreira. É incrível a dor que ela transmite ao encarar os horrores que a filha passa e simplesmente não conseguir compreender porque esta acontecendo isso, ao ponto que não lhe resta mais nada, a não ser recorrer à fé.

A primeira vez
Quando o filme completou 20 anos em 1998, imediatamente foi feita uma matéria especial do filme no programa do Fantástico (esse ninguém se esquece) que fala, não só do filme, mas do caso de possessão real que serviu de base para a criação do livro que por sua vez deu origem ao filme. Claro que com toda aquela divulgação e pelo fato de eu já ser um cinéfilo de carteirinha, não poderia ficar de fora, então fui alugar o filme, escondido alias, já que minha mãe tinha o maior medo da trama.
Assisti, achei arrepiante e consegui sobreviver na sessão toda. Realmente o filme é único pelo fato de ser uma trama com o pé no chão. Na época, quando o filme foi lançado (1973) o publico ainda estava acostumado a ver filmes com casas mau assombradas ou castelos góticos de Drácula, mas no caso desse não. Era um filme que retratava o dia a dia de pessoas normais em um ambiente normal e que de uma hora para outra tudo vira do avesso quando uma simples menina (Linda Blair assustadoramente ótima) começa a agir de um modo estarrecedor e demoníaco. William Friedkin (Operação França) faz aqui seu filme como se fosse o ultimo da carreira e não poupou esforços, tanto que colocava o elenco a beira da loucura e do nervosismo, principalmente quando trazia nos sets armas para disparar no ar e deixar o seu elenco em frangalhos dos nervos. Bom exemplo disso é quando o jovem padre Karras (Jason Miller) leva um susto com a famosa cena do toque do telefone. O rosto dele é de realmente assustado, já que o próprio diretor havia dado um tiro perto da cabeça do ator, um pequeno exemplo do que rolava na produção. Fora o fato que por coincidência ou não, alguns dos que trabalharam na produção morreram misteriosamente o que acabou levantando mais a aura de mistério ao redor do filme.
Mesmo com tudo isso na época, o filme arrastou milhões de pessoas no mundo todo, arrecadando só nos estados unidos mais de R$ 60 milhões de bilheteria, uma quantia exorbitante para época e levou para casa quatro Globos de Ouro (incluindo melhor filme) e dois Oscar (incluindo melhor roteiro adaptado).

Encarando na tela grande
O Exorcista já e um filme assustador na tela pequena, mas como teria sido no telão? Li muito sobre o fato de muitas pessoas desmaiarem ou vomitarem de medo durante a projeção em 1973 e a pergunta que pairava no ar era: Será que teria o mesmo efeito no publico atual? Entre 2001 e 2002, o filme voltou em cartaz no cinema com 11 minutos a mais até então inéditos (como a famosa cena da aranha da escada) e com o som remasterizado. Mesmo tendo o filme em VHS em casa, não resisti e fui assistir no cinema para encarar terror na tela grande e ver como o publico atual (principalmente o jovem) se comportaria atualmente. Durante a projeção eu pude ouvir algumas risadas em cenas nas quais não entendia a graça, como a cena em que ela urinava na festa, ou a cena em que ela vomita na cara de Karras. São momentos que chacoalharam o publico de 1973 mas que pelo visto virou piada para o publico atual, Porem, não importa qual época, há partes que ainda impressionam e marcam a pessoa ao assistir, como a estarrecedora cena do crucifixo, esse foi o momento que todos do cinema ficaram chocados, é aquele momento que o publico fica mudo e simplesmente não sabe descrever o que viu.
Então chega a tão famosa cena do exorcismo, onde acontece de tudo um pouco, desde cabeça girando ou o diabo falando palavrões a torto a direito. O publico em si, continuava rindo em alguns momentos, mas ao mesmo tempo se impressionava com as cenas. Com o termino do filme, créditos sobem, eu levanto e vejo jovens ainda sentados, algumas garotas chorando e nervosas ao lado dos namorados, uns saindo rapidamente arrependidos de ter gastado o dinheiro, mas esses que agiram dessa forma com certeza não estavam prestando atenção durante a projeção. Pelo menos foi assim na sessão que eu fui, na inesquecível sala Imperial do centro de Porto Alegre.

Conclusões

O Exorcista pertence a uma lista de bons titulos dos anos 70 que simplesmente ainda não envelheceram com o tempo e se não impressionam alguns jovens de hoje que estão acostumados a filmes de terror aos montes é porque eles simplesmente não tem noção do verdadeiro significado de qualidade de uma boa trama, e o Exorcista é isso, assustador não somente pelas imagens explicitas mas por saber mexer dentro de nos, nos nossos terrores mais profundos. Entendemos muito bem a mensagem sr Friedkin, pode abaixar a arma.

Cine Dicas: Em DVD: DOIS IRMÃOS

E NOSSOS HERMANOS SURPREENDEM DE NOVO
Sinopse Eles precisam um do outro, mas não conseguem ficar juntos por muito tempo. Susana (Graciela Borges), uma agente imobiliária egoísta, possessiva e dominante, que parece ser incapaz de entender o irmão, Marcos (Antonio Gasalla), que protege a mãe, é bondoso, sensível e amigo de seus amigos.
O diretor argentino Daniel Burman estreou no cinema bem cedo, aos 25 anos em 1988 surpreendendo a todos. Mesmo jovem, surpreendeu pelo olhar maduro em filmes em que explorava muito bem as relações humanas como Leis de Família e Abraço Partido. Em Dois Irmãos ele explora a fragilidade com um bom humor refinado de uma dupla de irmãos de terceira idade.
A dupla formada por dois veteranos do teatro e cinema por lá, Graciela Borges e Antonio Grasalla acabam esbanjando versatilidade e um talento enorme no qual ambos estão em igualdade um com outro. O curioso esta no fato da trama conseguir fazer ambos os personagens se detestarem, mas se darem conta que não conseguem viver um sem o outro mesmo com suas brigas do dia a dia. Atenção para a cena que ambos escutam o visinho através de copos na parede, hilária, inventiva e contagiante. Com um filme como esse, mais O Segredo dos Seus Olhos e Abutres, o cinema argentino definitivamente prova que veio pra ficar.



sexta-feira, 6 de maio de 2011

Cine Especial: Quem foi melhor na mordida?

Nem 007, nem Tarzan, talvez o personagem que mais teve interpretes ao longo da historia do cinema foi realmente Drácula. Do expressionismo alemão ao filme de 1992, o vampiro mais famoso do mundo colecionou uma infinidade de interpretes de altos de baixos, mas qual deles foi o melhor? Essa é uma resposta difícil de ser respondida, mas que eu mesmo tentei responder para mim mesmo. Abaixo solto uma lista dos cinco melhores interpretes desse vampiro que ainda hoje conquista inúmeros fãs com os seus caninos.
Klaus Kinski
Nem Bela Lagosi, nem Christopher Lee, o melhor Drácula até hoje foi realmente Kkaus Kinski em Nosferatu: O Vampiro da Noite (1979) dirigido pelo genial Werner Herzog (A cólera dos Deuses). Mesmo sendo uma refilmagem do clássico Nosferatu (1922) o filme de Werner fala por si graças a sua direção segura e ousada para os padrões convencionais já que o seu filme não tem pressa em agilizar a historia e com isso testemunhamos cenas incomuns como a abertura onde a câmera mostra inúmeras múmias de verdade antecipando o terror que estaria por vir. Contudo o filme não seria nada graças a intensidade quase sobrenatural de interpretação de Klaus Kinski onde faz um Drácula trágico horripilante e inesquecível. Tanto Klaus como Werner se digladiavam durante as filmagens, uma briga de ego não só nesse filme como em outros como Fitzcarraldo (1982), mas por mais estranho que pareça isso, ajudava para que cada um botasse para fora o melhor de cada um e normalmente nestas brigas é que Klaus se sobressaia de tal forma que em muitos momentos parecia ele que estava dirigindo o filme. Portanto muitos momentos de interpretação de Nosferatu (como a morte do vampiro) são idéias do próprio ator que exigia de si próprio, como se o papel fosse o ultimo da sua carreira.

Christopher Lee
Os estúdios Hammer foi sem duvida nenhuma responsável por trazer dignidade ao gênero de terror que estava completamente desgastado, depois de inúmeras bombas que a Universal foi fazendo com os monstros de terror, ao ponto que cada filme se tornou cada vez mais ridículo e não transmitia mais nenhum terror para o publico. Com o Vampiro da Noite de 1958 dirigido pelo veterano dos filmes de horror Terence Fisher, o terror voltou aos bons tempos, revitalizado com a violencia mais explicita, visual gotico e colorido, mas acima de tudo, com interpretes de peso como no caso de Christopher Lee. Um ano antes ele ja havia feito um outro mosntro conhecido do cinema para o estudio que foi A Maldição de Frankenstein, mas foi como Drácula que Lee ficou marcado para sempre. Dono de uma presença magnética (com mais de dois metros de altura), Lee passava medo com a sua cara de mal e olhos vermelhos de puro sangue, nunca Drácula parecia tão assustador como foi naquela época, e com isso, o ator retornaria mais seis vezes para interpretá-lo, isso fora outros filmes que ele atuou para o estúdio, onde na maioria das vezes atuava ao lado do seu companheiro de set Peter Cushing.

Gary Oldman
Para muitos Drácula de Bram Stoker é a melhor adaptação já feita sobre o livro, isso graças ao diretor Francis Ford Coppola que fez mais do que uma adaptação, fez uma verdadeira homenagem ao cinema em si, principalmente se referindo aos anos dourados do cinema. Isso é visto durante a produção onde o diretor usou os recursos antigos da época para criar a historia, até mesmo uma cena onde prestava homenagem ao cinematografo. Pelo fato do filme se destacar mais pela forma que foi criada, muitos dos desempenhos dos atores (principalmente de Keanu Reeves) ficaram em segundo plano, contudo, Gary Oldman foi a grande exceção da produção. Mesmo que por alguns momentos era envolvido por uma pesada maquiagem, o ator roubava a cena de todos a cada momento que aparecia. Alguns até hoje falam que foi injusto ele não ter sido indicado ao Oscar de melhor ator na época e com razão, pois pela primeira vez na historia, sentimos medo, mas ao mesmo tempo pena dele por ter caído na escuridão devido ao seu amor perdido no passado.

Béla Lugosi
Assistir Dracula (1931) atualmente da a nitida impressão de estarmos assistindo a um teatro filmado, mas não é pra mesmo. Para começar os EUA estavam sofrendo a quebra da bolsa e por causa disso a produção não poderia sair cara e com isso, os produtores decidirão que a produçao seria inspirada mais no teatro cuja a trama ja vinha fazendo sucesso. Com isso, era questão de logica então trazer o ator que estava fazendo sucesso como Dracula no teatro, então entrou em cena Bela Lagosi, o primeiro ator oficial como Dracula no cinema. Bela era um otimo ator e sua presensa e olhar penetrante com certeza deve ter assustado muitas pessoas que assistiram na epoca, mas visto atualmente, a interpretação dele soa por vezes um tanto que forçada mas muito longe de ser ridicula como alguns falam por ai.

Max Schreck
Ta certo que o nome do vampiro de Nosferatu: Uma Sinfonia de Horror (1922) se chama Conde Orlok mas esta na cara que o filme é inspirado na obra de Bram Stoker, mas como a viuva não havia vendido os direitos de adaptação na epoca, o diretor Murnau então decidiu auterar os nomes dos personagens principais para nao haver comparação, o que acabou sendo um tiro no pé pois logo apos o filme ter estreado acabou sendo rapidamente tirado de cartaz e quase todas as copias foram destruidas, felismente muitas foram salvas e hoje o filme é de dominio publico. Com isso, temos o privilegio de ver a perfomance intrigante de Max Schreck como o vampiro e diferente dos interpretes posteriores, Max era um Dracula monstruoso, parecendo mais um meio homem e meio rato em alguns momentos, mas que combinava perfeitamente com o visual gotico do expressionismo alemão criado pelo diretor Murnau na época.