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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Cine Especial: Conhecendo 'Sussurros do Coração'

Quando se pensa no estúdio Ghibli logo vem em nossa mente obras primas cuja fantasia nos conquista, como foi no caso do clássico "A Viagem de Chihiro" (2001). Porém, é curioso observar como o mesmo estúdio realizava obras bem próximas que levantasse dilemas vindos de nossa realidade, mas jamais se esquecendo de um toque mágico. "Sussurros do Coração" (1995) é um desses casos em que a fantasia fica em segundo plano, mas fazendo a gente se dar conta o quanto o nosso mundo real pode sim ser verdadeiramente fantástico.

Dirigido por Yoshifumi Kondō, que infelizmente viria a falecer quando entregou esse filme, a trama conta a história de Shizuku Tsukishima, uma estudante de 14 anos, muito leitora e frequentadora de bibliotecas, que mora com seus pais e sua irmã mais velha. Enquanto lia seu cartão para verificar o dia da entrega de seus livros à biblioteca, algo a deixa intrigada, o nome Amasawa Seiji aparece em todos os livros emprestados à menina. A partir deste momento, ela resolve investigar quem é essa pessoa que compartilha de seu mesmo gosto literário.

O filme já começa de uma forma bastante curiosa, já que as primeiras cenas são embaladas pela música "Country Road" que originalmente é de John Denver. A escolha da canção por Miyazaki foi proposital, com base na crítica sobre asfaltar as colinas fazendo as pessoas terem cada vez menos contato com a natureza.  


Estrada do interior  

Sinto como se esta longa estrada  

Sempre levasse àquela cidade  

Estrada do interior  

Mesmo que venham momentos difíceis  

Eu nunca vou derramar uma lágrima  

Sem coração, eu vou pegar logo o jeito  

E apagarei as memórias  

Estrada do interior  

Esta estrada leva até minha cidade natal  

Eu quero ir, mas não vou  

Estrada do interior  

Estrada do interior  

Amanhã continuarei sendo eu  

Quero voltar, mas não posso  

Adeus  

Estrada do interior  


A música sintetiza a beleza com relação a natureza alinhada com a arquitetura da cidade onde a protagonista vive. É impressionante os detalhes de cada cena, como se os realizadores do estúdio tivessem escolhido cada local de forma específica para então ser adaptado para a tela. O resultado é um mosaico cheio de detalhes, onde cada ponto pode ter um maior significado, principalmente com relação à figura de um gato. Curiosamente, a figura de um gato fofo terá um papel fundamental dentro da trama, assim como um gato de cerâmica que possui uma incrível história.

É a partir dele, por exemplo, que a nossa pequena protagonista decide criar a sua própria história para, não somente fugir dos dilemas com relação ao mundo real, como também se encontrar consigo mesmo. É neste ponto que o filme dá espaço ao gênero fantástico tão conhecido pelo estúdio, sendo que ele surge de forma esporádica, mas em momentos que fazem toda a diferença para a protagonista. Vale salientar que a figura de cerâmica do gato possui uma das mais belas histórias de amor que eu assisti em um anime, mas só assistindo para compreenderem isso.

Acima de tudo, é um filme que cada um se identificará de uma forma diferente. Se você assiste a esse longa quando novo irá ter uma perspectiva completamente diferente quando revê-lo, principalmente quando você for ainda mais velho. É um longa que levanta questões sobre o que você quer ser na vida, se você quer ser realmente você mesmo, ou seguir um caminho que outros ditam. Não é um filme que nos diz que é preciso mudar de vida, mas sim aproveitar ela.

Lançado recentemente em DVD especial pelo selo Obras Primas do Cinema, "Sussurros do Coração" é um filme que eu conheci somente recentemente, mas que fala muito sobre mim e da maioria de nós que busca o seu lugar neste mundo mágico e cheio de mistério.

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quinta-feira, 6 de novembro de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'A Meia-Irmã Feia'

Sinopse: uma releitura sombria do conto de fadas Cinderela, onde Elvira, uma jovem que não se encaixa nos padrões de beleza da corte, luta para conquistar o príncipe, rivalizando com sua bela meia-irmã, Agnes (Cinderela).  

Os contos de fadas, principalmente aqueles escritos pelos irmãos Grim, possuem um teor bastante sombrio e sendo verdadeiro contraste se formos comparar com as suas adaptações feitas pela Disney. No conto original da "Pequena Sereia", por exemplo, Ariel morre e sendo que o próprio Disney quando ainda era vivo desejava que a sua versão fosse a mais fiel ao conto. "A Meia-Irmã Feia" (2025), porém, vai pôr um outro caminho sobre o conto de Cinderela, mas com um teor pesado, com humor ácido e que chocou as plateias que tiveram coragem de assistir.

Dirigido por Emilie Blichfeldt, essa produção norueguesa conta a história de uma viúva chamada Rebekka, que tem duas filhas, Elvira e Alma; um viúvo mais velho, Otto, tem uma filha chamada Agnes. Endividados e cada um confundindo o outro com dinheiro, Otto e Rebekkah se casam e unem suas famílias. As esperanças de riqueza e privilégio de Rebekka são frustradas quando, na noite de núpcias, Otto morre e a família descobre que ele, na verdade, não tem um tostão. Rebekka usa todos os meios para que Elvira se torne uma bela mulher para conquistar o príncipe local, mas transformando a vida da jovem em um verdadeiro inferno.

O filme possui elementos do já clássico "Cisne Negro" (2009) e do mais recente "Substância" (2024) que deu o que falar. Em comum se percebe que as protagonistas lutam em busca da perfeição e aqui no caso não é diferente, pois vemos Elvira lutar para mudar o seu nariz, assim como também emagrecer e usando um método, por vezes, sinistro para se dizer o mínimo. A protagonista participa de cenas que são difíceis de encarar, sendo que Emília Blichedt trata tudo isso como uma espécie de metáfora dos tempos não tão distantes em que as mulheres se sujeitam de todas as maneiras para agradar homens que não valiam os seus esforços.

Vale destacar o papel do homem visto aqui na trama, sendo que na maioria dos casos não passam de assediadores, mesquinhos e manipuladores. Neste cenário vemos, portanto, mulheres lutando para sobreviverem, mas perdendo a sua dignidade e se entregando aos meros prazeres que a ala masculina tanto anseia. Neste cenário temos então Elvira que sonha com o seu príncipe encantado, mas logo descobre que tudo é espantado pelo vento.

Lea Myren nos brinda com uma das interpretações mais perturbadoras e intensas do ano, pois a sua Elvira nos transmite, tanto lucidez como também traços de loucura através do seu olhar que não esconde suas cicatrizes emocionais que ganha no decorrer do tempo. Pode-se dizer que a sua Elvira transita entre o lado meigo para um teor sombrio do qual a própria procura enfrentar para não despertar. Porém, os obstáculos que ela enfrenta desencadeiam tantas situações absurdas que muitas aderem ao puro gore e fazem a gente recuar os olhos por alguns momentos.

Curiosamente, Alma, interpretada pela atriz Flo Fagerli possui um papel significativo no ato final, principalmente pelo fato da própria encarar o terrível status em que a sua irmã se encontra e tomando espécie de esperança em meio ao pesadelo que Elvira se encontra. Embora pouco explorada no decorrer da trama, Alma se torna uma espécie de força matriz para que Elvira se salve antes que perca a sua sanidade. Os minutos finais, por sua vez, servem como alívio, mas não tirando o peso que foi jogado diante dos nossos olhos no decorrer da projeção.

Com uma fotografia deslumbrante, assim como uma edição de arte e figurino que nos enche os olhos, o filme tem chamado atenção por onde passa e surpreendendo os desinformados que até então não imaginavam que se tratava de uma versão sombria do conto de Cinderela. Em tempos em que a figura do Príncipe encantado se torna cada vez mais banal, o filme vem para dar um verdadeiro tapa na cara para aqueles que ainda acreditam em conto de fadas, sendo que os contos raízes já nos dizia que o mundo, por vezes, é cruel e que não é necessário um lobo atrás da porta nos esperando, pois já existe muitos em volta. O filme, portanto, vem nos dizer que não adianta esperar pelo príncipe lhe beijar para acordar, pois é você mesma sozinha que precisa se levantar.

"A Meia-Irmã Feia" é um verdadeiro soco no estômago para aqueles que ainda sonham acordados na espera do seu Príncipe Encantado. 


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Cine Dica: Clube de Cinema de Porto Alegre: Conselhos de um Serial Killer Aposentado (08/11) na Cinemateca Paulo Amorim

Nosso encontro deste sábado será às 10h15 da manhã, na Sala Eduardo Hirtz da Cinemateca Paulo Amorim, com a exibição de Conselhos de um Serial Killer Aposentado, produção dirigida pelo cineasta turco Tolga Karaçelik e estrelada por John Magaro, Britt Lower e Steve Buscemi.


🎬 SESSÃO DE SÁBADO NO CLUBE DE CINEMA

📅 Data: Sábado, 08/11/2025, às 10h15 da manhã

📍 Local: Sala Eduardo Hirtz, Cinemateca Paulo Amorim

Conselhos de um Serial Killer Aposentado (Psycho Therapy: The Shallow Tale of a Writer Who Decided to Write About a Serial Killer)

EUA / Turquia, 2024, 102 min, 16 anos 

Direção: Tolga Karaçelik 

Elenco: John Magaro, Britt Lower, Steve Buscemi    

Sinopse: Um escritor em crise criativa e às voltas com seu divórcio, faz amizade com um serial killer aposentado. O novo amigo assume dois papéis importantes: durante o dia ele é terapeuta conjugal e, à noite, atua como consultor para um novo livro. Com toques de suspense e humor irreverente, o filme ganhou o prêmio do público no Festival de Cinema de Tribeca.


Esperamos por você!

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quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Cine Dica: Streaming - 'A Vizinha Perfeita'

Sinopse: Imagens de câmeras policiais revelam como uma antiga briga de vizinhos acabou em morte nesta obra sobre medo, preconceito e a lei de legítima defesa nos EUA.   

Há onze anos eu participei de um curso do Cine Um intitulado "O que é um Documentário?" e que foi ministrado pelo jornalista Rafael Valles. Na atividade eu testemunhei os mais diversos tipos de longas deste formato, tanto de pessoas se pronunciando na frente das câmeras, como simplesmente as imagens nos conduzindo em determinados eventos e fazendo com que o realismo assuma o comando como um todo. Assistir ao documentário "A Vizinha Perfeita" (2025) me fez relembrar dessa atividade e de como certos projetos podem ir muito além do obvio.

Dirigido por Geeta Gandbhir, o documentário explora os atritos de vizinhos que resultaram em uma pessoa sendo morta a tiros no estado da Flórida, nos Estados Unidos. Através das imagens obtidas pelos policiais que usavam câmeras corporais, testemunhamos as primeiras brigas entre os vizinhos, que aos poucos vai se encaminhando para algo imprevisível. Além disso, o documentário explora diversos assuntos, desde o preconceito, como também leis estaduais norte-americanas, inclusive a Stand Your Ground.

Diferente da maioria dos documentários tradicionais a que nós assistimos, aqui não há uma interação entre a cineasta e os envolvidos. A realizadora, por outro lado, opta em somente coletar informações através das imagens que foram liberadas para ela, desde as câmeras que os policiais usam em serviço, como também as que se encontram nas principais casas onde ocorrem os principais acontecimentos do documentário. O resultado é uma obra crua, onde não há nada inventado de forma forçada, mas sim somente ação e reação de pessoas reais perante situações verdadeiras, mesmo quando elas beiram a tragédia.

Por conta disso, ficamos somente testemunhando os fatos, cujas câmeras trêmulas e sempre em movimento nos conduz aos acontecimentos e moldando a situação para que possamos aos poucos compreender o que está acontecendo. O simples atrito de duas vizinhas em qualquer cidade dos EUA acaba se tornando um exemplo sobre como as leis de lá facilitam que certas tragédias como essa aconteçam. Além do uso fácil do porte de armas, as pessoas têm o direito de se defender usando algo letal contra opositor, mas correndo o risco da situação se tornar algo fora do controle.

Curiosamente, eu não me senti no direito de escolher um lado da situação, mas sim na obrigação de analisar os fatos que ocorreram. Susan Lorincz, responsável pela morte de Ajike "AJ" Shantrell, é que tem o maior destaque em cena, ao sempre chamar a polícia devido à invasão do seu quintal pelos filhos da vítima. Nota-se, por exemplo, que Susan não quer contato nenhum com eles, demonstrando não somente uma posição racista não velada, como também alguém que foi moldada através do medo e da paranoia.

Por mais que aparenta ser uma pessoa simples, ela não esconde um ser que pode cometer um ato hediondo unicamente pela falta de informação e comunicação pelo próximo. Não há cercas no cenário dos acontecimentos, mas sim somente o preconceito que separam aquelas pessoas e gerando assim o atrito que os levaram ao caminho sem volta. Embora apareça pouco em cena, Ajike "AJ" Shantrell, se torna não somente uma vítima, como também mais um símbolo de resistência perante o preconceito e do qual precisa ser combatido.

No final das contas, não há mocinho e bandido que surgem na tela, mas sim pessoas normais cujo seus costumes foram moldados por um sistema de leis ultrapassados e que precisam ser modificados. O certo e errado acabam se tornando um mero detalhe quando determinadas leis facilitam as pessoas a cometerem atos que se acham no direito de colocar em prática, quando na verdade as fazem atravessar uma linha que pode lhe custar muito. Cabe não somente julgarmos as pessoas neste caso, como também as leis que moldam esse mundo.

"Uma Vizinha Perfeita" é um retrato cru e realista de uma situação que poderia ser evitada, mas cujo estado foge da situação para não ser analisada. 

Onde Assistir: Netflix

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Cine Dica: Cinesemana de 6 a 12 de novembro de 2025

A cinesemana de 6 a 12 de novembro marca a estreia do aguardado longa O AGENTE SECRETO, de Kleber Mendonça Filho, um dos principais filmes brasileiros deste ano. Para quem ainda não viu, seguimos com as exibições de ENTERRE SEUS MORTOS, o novo terror do brasileiro Marco Dutra e com Selton Mello como protagonista, e do impactante INCÊNDIOS, dirigido pelo canadense Denis Villeneuve e que voltou aos cinemas em versão 4K. 

Entrando em sua décima semana, o longa brasileiro O ÚLTIMO AZUL segue entre os preferidos do público da Cinemateca Paulo Amorim, enquanto o francês UMA MULHER DIFERENTE se destaca por conta do debate sobre a questão do autismo na vida adulta. Também seguem em cartaz MALÊS, projeto encabeçado pelo ator e diretor Antonio Pitanga, e o documentário A HISTÓRIA DE ERROLL GARNER, sobre um dos principais pianistas do jazz norte-americano.

Confira a programação completa no site oficial da cinemateca clicando aqui. 

terça-feira, 4 de novembro de 2025

Cine Dica: Streaming - 'Kasa Branca'

Sinopse: Dé é um adolescente negro da periferia do Rio de Janeiro que descobre que sua avó está na fase terminal da doença de Alzheimer. Ele tem a ajuda de seus dois melhores amigos para enfrentar o mundo e aproveitar os últimos dias de vida da mulher.

Em um determinado momento de "O Vento Frio que a Chuva Traz" (2015), há uma mensagem subliminar com relação ao futuro do Brasil em tempos que antecederam o advento da extrema direita no país. Passado estes tempos temos então uma sensação sobre qual o próximo passo, independente de qual classe a pessoa pertence. "Kasa Branca" (2025)  é sobre uma geração perdida entre os altos e baixos no coração do RJ.

Dirigido por Luciano Vidigal, o filme conta a história de Dé (Big Jaum), Adrianim (Diego Francisco) e Martins (Ramon Francisco), três adolescentes negros que vivem na periferia da Chatuba, em Mesquista, no Rio de Janeiro. O filme inspirado em histórias reais apresenta a relação de cuidado e amor entre Dé e sua avó Dona Almerinda. Sem nenhuma estrutura familiar, o rapaz é o único encarregado de cuidar da idosa, que vive com Alzheimer, e da subsistência dos dois.

Luciano Vidigal já havia explorado o universo de quem vive nos morros do RJ através de um dos capítulos do longa "5x Favela - Agora por Nós Mesmos" (2010). Porém, eram tempos em que o cinema nacional buscava um novo sucesso após "Cidade de Deus" (2002), e cuja temática era quase sempre com relação ao tráfico e a violência. Aqui temos uma análise mais verossímil com relação aos que moram no morro nos últimos tempos, onde a pobreza e a violência se encontram presentes, mas não se tornando o foco principal da obra como um todo.

O que vemos é a união de três jovens que não tem nada na vida, a não ser ajuda um do outro em tempos complexos. Dé, por exemplo, faz de tudo para ajudar a sua avó que se encontra enferma, nem que para isso a causa se torne perdida. Enquanto isso, Adrianim e Martins são dois lados da mesma moeda, entre idas e vindas com relação a relacionamentos, incertezas com relação ao futuro, mas acima de tudo se prestando em ajudar Dé a qualquer preço.

O filme nos surpreende pelas paisagens que Luciano Vidigal explora durante a projeção, sendo que sintetiza o fato que são jovens que passam por necessidade, mas ao menos conseguem desfrutar de um belo cenário natural e do qual nem a classe alta possa obter. É um filme que remete elementos até mesmo quase documentais, assim como foi visto no longa "A Vizinhança do Tigre" (2014), mas mantendo um lado mais poético, mesmo sendo inspirado em casos reais que o próprio realizador havia testemunhado. Ao final, constatamos que o destino do trio principal da trama fica em aberto, mas ao menos temos a certeza de que sempre continuaram juntos entre os altos e baixos.

Com participação especial de Babu Santana, Kasa Branca, é um filme delicado e verossímil sobre aqueles que convivem com pouco, mas que se mantêm firmes para obter os seus objetivos.


Onde Assistir: Telecine, Amazon Prime e Apple TV.

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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS 06 A 12 DE NOVEMBRO

"O Agente Secreto” e “Enterre seus Mortos” estreiam dia 6 de novembro no CineBancários

Sala exibe também o filme "O Filho de Mil Homens", baseado no romance de Valter Hugo Mãe

Depois de muitos prêmios e repercussão internacional, chega ao CineBancários em 6 de novembro “O Agente Secreto”, novo filme de Kleber Mendonça Filho. “Enterre seus Mortos”, filme com Selton Mello e Marjorie Estiano, baseado em livro de Ana Paula Maia, também estreia na sala da Casa dos Bancários, e “O Filho de Mil Homens” segue em cartaz na sessão das 17h.


Política, memória e afetos

Ambientado em Recife, em 1977, “O Agente Secreto” acompanha Marcelo (Wagner Moura), um especialista em tecnologia que retorna a Recife após anos fora em busca de paz, apenas para descobrir que sua cidade natal esconde perigos e segredos inquietantes.

O elenco do thriller político reúne ainda grandes nomes do cinema brasileiro, incluindo Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone, Carlos Francisco, Alice Carvalho, Roberto Diogenes, Hermila Guedes, entre outros grandes artistas. A produção é assinada por Emilie Lesclaux, da brasileira Cinemascópio, em coprodução com MK Productions (França), Lemming Film (Holanda) e One Two Films (Alemanha).


Um arrebatamento final se aproxima

Inspirado no livro homônimo de Ana Paula Maia (duas vezes vencedora do prêmio São Paulo de Literatura), um dos principais nomes da literatura contemporânea, “Enterre seus Mortos” narra a rotina de Edgar Wilson, um homem encarregado de remover animais mortos nas rodovias da fictícia cidade de Abalurdes. Trabalhando ao lado de Tomás (Danilo Grangheia), um ex-padre excomungado, e com sua chefe Nete (Marjorie Estiano), Edgar vê seu cotidiano tomar rumos inesperados quando sinais de um possível apocalipse começam a surgir ao redor.

No elenco, Selton Mello (“O Palhaço”, “O Cheiro do Ralo” e o vencedor do Oscar “Ainda Estou Aqui”), Marjorie Estiano (“Paraíso Perdido” e da série “Sob Pressão”), Danilo Grangheia (“Homem com H”), Betty Faria (“Chega de Saudade” e das novelas "Tieta" e “A Dona do Pedaço”) e grande elenco.


PROGRAMAÇÃO DE 6 A 12 DE NOVEMBRO

ESTREIAS:


ENTERRE SEUS MORTOS

Brasil/ Drama/2024/130min.

Direção: Marco Dutra

Sinopse: Na pequena cidade de Abalurdes, Edgar Wilson trabalha como recolhedor de animais mortos nas estradas para mantê-las funcionando. Junto dele está Tomás, ex-padre excomungado que distribui extrema unção aos seres moribundos que cruzam seu caminho, e sua chefe Nete – com quem Edgar tem um relacionamento incipiente, além do desejo de fugir de Abalurdes. Ao redor deles, o mundo parece dar sinais de que um arrebatamento final se aproxima.

Elenco: Selton Mello, Marjorie Estiano, Danilo Grangheia, Betty Faria


O AGENTE SECRETO

Brasil/França/Holanda/Alemanha /Drama/2024/ 158 min.Direção: Kleber Mendonça Filho

Sinopse: O longa é um thriller político, que acompanha Marcelo (Wagner Moura), um especialista em tecnologia que foge de um passado misterioso e volta ao Recife em busca de paz, mas logo percebe que a cidade está longe de ser o refúgio que procura.

Elenco: Wagner Moura, Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone, Carlos Francisco, Hermila Guedes, Alice Carvalho, Roberto Diogenes


EM CARTAZ:


O FILHO DE MIL HOMENS

Brasil/Drama/ 2025/126min.

Direção: Daniel Rezende

Sinopse: Primeira adaptação do romance de Valter Hugo Mãe, o filme conta a estória de Crisóstomo, pescador solitário de 40 anos que sonha em ser pai e encontra o menino órfão Camilo. Unidos pelo destino, formam uma família não convencional e descobrem juntos o amor.

Elenco: Rodrigo Santoro, Johnny Massaro, Miguel Martines e Rebeca Jamir



HORÁRIOS DIA 06 DE NOVEMBRO:

13h30:  ENTERRE SEUS MORTOS

15h45:   O FILHO DE MIL HOMENS

18h:  O AGENTE SECRETO – Sessão Cineclube Matinal, com debate após o filme conduzido pelos críticos Roger Lerina e Marcelo Perrone


HORÁRIOS DIAS 07 A 12 DE NOVEMBRO(não há sessões nas segundas):

14h40:  ENTERRE SEUS MORTOS

17h:   O FILHO DE MIL HOMENS

19h15:  O AGENTE SECRETO


Ingressos

Os ingressos podem ser adquiridos a R$ 14 na bilheteria do CineBancários. Idosos (as), estudantes, bancários (as), jornalistas sindicalizados (as), portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 7. São aceitos cartões nas bandeiras Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.

Na quinta-feira, a meia-entrada (R$ 7) é para todos e todas.


CineBancários

Rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre

Mais informações pelo telefone (51) 3030.9405 ou pelo e-mail cinebancarios@sindbancarios.org.br


C i n e B a n c á r i o s 

Rua General Câmara, 424, Centro 

Porto Alegre - RS - CEP 90010-230 

Fone: 51- 30309405