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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS 23 DE FEVEREIRO a 01 DE MARÇO

 ESTREIA:

MATO SECO EM CHAMAS

MATO SECO EM CHAMAS

Direção: Adirley Queirós e Joana Pimenta

Brasil/ Drama/ 153min./

Sinopse:Léa conta a história das Gasolineiras de Kebradas, tal como ecoa pelas paredes da Colméia, a Prisão Feminina de Brasília, Distrito Federal, Brasil.

Elenco: Joana Darc Furtado, Lá Alves da Silva, Andréia Vieira, Débora Alencar, Gleide Firmino, Mara Alves.



EM CARTAZ:


ANDANÇA -OS ENCONTROS E AS MEMÓRIAS DE BETH CARVALHO

Direção: Pedro Bronz

Brasil/ Documentário/2022/115min.

Sinopse: Beth Carvalho, a “Madrinha do Samba”, foi uma das maiores sambistas do Brasil, ajudou a revelar grandes nomes e a revitalizar o gênero musical. Seus outros talentos e sua sensível capacidade de percepção da realidade que a cercava fez com que ela própria documentasse os ilustres encontros ao longo dos 53 anos de palcos e pagode. As imagens do documentário são parte desse vasto acervo nas mais diferentes mídias: super-8, vh-s, mini-dv, k7 e fotos. O filme se debruça sobre esse material de Beth Carvalho para traçar um recorte único, íntimo da carreira e da vida dessa singular figura da cultura nacional.

HORÁRIOS DE 23 DE FEVEREIRO A 01 DE MARÇO DE 2023 (Não há sessões nas segundas-feiras):


14H20: MATO SECO EM CHAMAS

17h: ANDANÇA -OS ENCONTROS E AS MEMÓRIAS DE BETH CARVALHO

19h: MATO SECO EM CHAMAS


Os ingressos podem ser adquiridos por R$ 12,00 na bilheteria do cinema . Idosos, estudantes, bancários sindicalizados, jornalistas sindicalizados, portadores de ID Jovem, trabalhadores associados em sindicatos filiados a CUT-RS e pessoas com deficiência pagam R$ 6,00.Aceitamos Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.

CINEBANCÁRIOS :Rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre -Fone: 30309405/Email: cinebancarios@sindbancarios.org.br

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Cine Dica: Streaming - 'Jurassic World: Domínio'

Sinopse: Quatro anos após a destruição da Ilha Nublar, os dinossauros agora vivem e caçam ao lado de humanos em todo o mundo. Esse frágil equilíbrio remodela o futuro e deve determinar de uma vez por todas se os seres humanos continuarão sendo a espécie dominante em um planeta que agora compartilham com as criaturas mais temíveis da história.  

Steven Spielberg nunca se interessou muito em dirigir as continuações dos seus grandes sucessos, mas foi somente pela insistência do Universal, por exemplo, que ele havia dirigido "O Mundo Perdido - Jurassic Park" (1997), sequência do seu surpreendente "Jurassick Park" (1993). Embora o resultado tenha sido morno ele foi mais do que o suficiente para haver uma terceira parte em 2001 e assim se encerrando como uma trilogia, mas que revista hoje podemos concluir que o primeiro e grande clássico já era mais do que o suficiente.

Mas estamos falando de Hollywood, a máquina obcecada atualmente por franquias e que, embora tenha demorado para realização de novos filmes dos dinos, era uma questão de tempo para que esses grandes repteis retornassem a tela grande. Dirigido por Colin Trevorrow "Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros" (2015) pegou todo mundo de surpresa, pois embora abrace em alguns momentos a fórmula da nostalgia, o filme se sustenta sozinho como uma ótima aventura. Lógico, veio então "Jurassic World: Reino Ameaçado" (2018) que me arrisco a dizer que chega a ser tão bom quanto se comparado ao filme anterior, já que a visão autoral e sombria de Juan Antônio Bayona se sobressai em alguns momentos. Para se encerrar com uma segunda trilogia chega então "Jurassic World: Domínio" (2022), filme que sustenta ainda mais pela nostalgia, mas não significa que essa fórmula seja 100% eficácia.

Novamente dirigido por Colin Trevorrow, a trama se passa quatro anos após a destruição da Ilha Nublar, onde os dinossauros agora vivem - e caçam - ao lado de humanos em todo o mundo. Contudo, nem todos répteis consegue viver em harmonia com a espécie humana, trazendo problemas graves. Esse frágil equilíbrio remodelará o futuro e determinará, de uma vez por todas, se os seres humanos continuarão sendo os principais predadores em um planeta que agora compartilham com as criaturas mais temíveis da história em uma nova era. Os ex-funcionários do parque dos dinossauros, Claire (Bryce Dallas Howard) e Owen (Chris Pratt) se envolvem nessa problemática e buscam uma solução, contando com a ajuda dos cientistas experientes em dinossauros, que retornam dos filmes antecessores.

É claro que depois de quase trinta anos desde o lançamento do filme original seria praticamente impossível que esse novo filme pudesse manter algum tipo de frescor em termos de enredo. Claro que é sempre ótimo assistirmos aos dinossauros realistas, sendo que aqui os animatrônicos surgem mais em cena do que os bonecos digitais em si e criando assim um grau maior de verossimilhança. Mas o problema nem sequer são os dinossauros, mas sim a falta deles em cena.

Ao invés de explorar ainda mais essa divisão do mundo do qual se encontra dominado entre os humanos e os dinos, os roteiristas inventam uma história de teorias da conspiração através de gafanhotos geneticamente modificados e que podem provocar um desiquilíbrio na vida da terra. A situação se torna ainda mais bizarra pelo fato que o filme ganha ares de “filme espionagem”, me lembrando até mesmo a franquia "Missão Impossível" e deixando os dinossauros em alguns momentos de lado. Mas o pior está pelo fato de terem trazido os protagonistas originais de volta para essa trama.

Nada contra aos personagens interpretados por Sam Neill, Laura Dern e Jeff Goldblum, pois nós crescemos admirando-os através do clássico e são figuras que entraram facilmente para a história do cinema. O problema é que eles simplesmente foram jogados dentro da trama para despertar em nós aquela carga de nostálgica, sendo que o roteiro poderia ter fluido melhor somente com a presença do casal central interpretados por Chris Pratt, Bryce Dallas Howard e com a sua filha adotiva e clone interpretada pela jovem Isabella Sermon. O que resta para os veteranos é somente fazerem frases de efeito, disparar palavras que nos soam familiares, além de piadas que chegam até mesmo ser uma crítica acida as continuações da franquia.

Não que esse terceiro filme dessa segunda trilogia possa ser facilmente jogado fora, já que ele possui algumas cenas de ação e perseguição caprichadas, além de algumas situações de puro suspense que nos prende na cadeira. Mas nada disso é o suficiente para tirar de nós aquela sensação de desgaste e que faz somente o filme original se tornar ainda mais dourado na medida em que o tempo vai passando. "Jurassic World: Domínio" é somente um bom entretenimento, porém, serve também como exemplo de que determinadas franquias possuem certo limite e essa chegou ao seu absoluto esgotamento. 

Onde Assistir: Google Play, Apple TV, Amazon Prime Vídeo. 

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Cine Especial: Próxima Sessão do Clube de Cinema de Porto Alegre - "Os Banshees de Inisherin"

Segue a programação do Clube de Cinema de Porto Alegre no próximo final de semana. E para marcar o retorno do CCPA ao Espaço de Cinema do Bourbon Country convidamos os associados para um bate-papo numa cafeteria após a projeção.


SESSÃO CLUBE DE CINEMA

Local: Espaço de Cinema, Bourbon Shopping Country

Data: 25/02/2023, sábado, às 10:15 da manhã


"Os Banshees de Inisherin" (The Banshees of Inisherin)

Reino Unido/ EUA/ Irlanda, 2022, 114 min, 16 anos

Direção: Martin McDonagh 

Elenco: Barry Keoghan, Kerry Condon, Brendan Gleeson, Colin Farrell 

Sinopse: Os Banshees de Inisherin se passa na ilha fictícia de Inisherin, em 1923, durante a Guerra Civil Irlandesa. Pádraic (Colin Farrell) é um homem extremamente gentil cujo ser inteiro é abalado depois de experimentar a crueldade abrupta e casual de Colm (Breendan Gleeson), dois amigos de longa data cuja amizade é quebrada após o conflito surgir no país. Pádraic, confuso e devastado, tenta reatar o relacionamento com o apoio de sua irmã Siobhan (Kerry Condon), que junto com Dominic (Barry Keoghan), filho do policial local, tem suas preocupações dentro da pequena ilha. Mas quando Colm lança um ultimato chocante para tornar suas intenções realidade, os eventos começam a se intensificar. 

Sobre o Filme: Martin McDonagh é um cineasta autoral que começa a carreira de forma mansa, porém, logo vai chamando atenção por onde passa. O ápice de sua jornada ocorreu em "Três Anúncios de Um crime" (2017), trama policial peculiar em que um crime do passado afeta diversos personagens ao longo do percurso e principalmente pelo fato de não ter sido solucionado. Em "Os Banshees de Inisherin" (2022) ele fala sobre os conflitos em que os seres humanos se envolvem e dos quais nem ao menos entendem como adentraram neles.

A trama se passa na ilha fictícia de Inisherin, em 1923, durante a Guerra Civil Irlandesa.  Pádraic (Colin Farrell) é um homem extremamente gentil cujo ser inteiro é abalado depois de experimentar a crueldade abrupta e casual de Colm (Breendan Gleeson), dois amigos de longa data cuja amizade é quebrada após o conflito surgir no país. Pádraic, confuso e devastado, tenta reatar o relacionamento com o apoio de sua irmã Siobhan (Kerry Condon), que junto com Dominic (Barry Keoghan), filho do policial local, tem suas preocupações dentro da pequena ilha. Mas quando Colm lança um ultimato chocante para tornar suas intenções realidade, os eventos começam a se intensificar. 

Confira a minha crítica completa já publicada clicando aqui. 


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terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Cine Dica: Streaming - 'Pantera Negra: Wakanda Para Sempre'

Sinopse: Rainha Ramonda, Shuri, M'Baku, Okoye e Dora Milaje lutam para proteger sua nação das potências mundiais intervenientes após a morte do rei T'Challa. 

Quando Chadwick Boseman morreu em decorrência ao câncer que ele havia ocultado o mundo acabou pego desprevenido, pois até a pouco tempo ele havia sido o protagonista de um dos filmes mais importantes dos últimos anos. Mais do que uma outra adaptação de HQ de super-heróis, "Pantera Negra" (2018) se tornou representante de um povo que até hoje sofre discriminação vinda do homem branco colonizador e tendo finalmente consigo um símbolo forte a ser seguido. Porém "Pantera Negra: Wakanda Para Sempre" (2022) fala sobre superar a dor para seguirmos em frente, para protegermos a todo o custo os que ficaram e seguirmos firmes com relação ao que realmente acreditamos.

No filme, após a despedida do Rei  T'Challa, a Rainha Ramonda (Angela Bassett), Shuri (Letitia Wright), M'Baku (Winston Duke), Okoye (Danai Gurira) e as Dora Milage lutam para proteger a nação fragilizada de outros países. Enquanto o povo de Wakanda se esforça para continuar em frente neste novo capítulo, a família e amigos do falecido rei precisam se unir com a ajuda de Nakia (Lupita Nyong'o), integrante dos Cães de Guerra, e Everett Ross (Martin Freeman). Em meio a isso tudo, Wakanda ainda terá que aprender a conviver com a nação debaixo d'água, Talokan, e seu rei Namor (Tenoch Huerta).

Antes de mais nada é preciso destacar que esse é o filme mais adulto do MCU, sendo que as piadas rotineiras são quase raras e quando elas surgem não atrapalham a história. Criticada devido a sua fase 4, o estúdio Marvel pelo visto juntou todos os seus esforços para elaborar um belo filme de aventura que fala sobre a superação perante o luto, ao levantar a bandeira de paz entre as nações e sabendo debater sobre o preconceito que vários povos sofrem devido as suas origens. Na abertura, por exemplo, há uma das mais belas cenas filmadas do estúdio em anos, que não somente presta uma homenagem ao Chadwick Boseman, como também a ideia de que a morte não é o fim, mas uma nova maneira de recomeçar.

Porém, diferente do que muitos imaginam, o filme consegue muito bem andar com as suas próprias pernas mesmo sem a presença do Rei T'Challa. Ao começar pelo fato de personagens coadjuvantes do filme anterior terem maior destaque como no caso da   Rainha Ramonda e interpretada de forma poderosa pela veterana Angela Bassett. Pelo fato de ter perdido o marido e filho, a personagem possui uma forte presença em cada cena em que surge, sendo que Bassett não se pouca ao transmitir para nós uma mulher forte, porém, com o coração em frangalhos ao ver a sua família partindo aos poucos. Não é à toa que tem se tornado favorita na categoria de atriz coadjuvante no próximo Oscar e se caso venha a vencer é mais do que merecido.

Contudo, não há como negar que a verdadeira evolução se encontra na personagem Shuri e da qual é interpretada com intensidade pela jovem atriz  Letitia Wright. No filme anterior eu já havia notado nela um grande potencial que tinha, mas do qual estava reduzido por ser a irmã do protagonista mesmo tendo o papel fundamental como a grande cientista de Wakanda. Aqui a situação muda, já que a personagem enfrenta não somente o luto, como também pelo fato de não ter consigo salvar o seu irmão e por estar dividida entre a lógica e a fé que os seus ancestrais sempre acreditaram ao longo dos séculos. Portanto, é mais do que lógico que ela viria a ser predestinada em ser a nova Pantera Negra, mas até lá a estrada é árdua.

Ryan Coogler e os demais realizadores tiveram a proeza de inserir um dos personagens mais importantes e complexos da Marvel e conseguindo o feito de atualizá-lo para os novos tempos. Interpretado por Tenoch Huerta, Namor não é um super-herói, mas tão pouco é um simples vilão, sendo ele o Rei da nação submarina Talocan e cuja mesma é desconhecida pelos homens da superfície e sabendo o que eles podem fazer não medirá esforços para proteger o seu povo, nem que para isso provoque atos irreversíveis para dizer o mínimo. Por conta disso, aguardem por momentos inusitados e dos quais nos pegará desprevenidos.

Embora seja algo que possa ser visto independente de ter visto ou não aos outros filmes da Marvel, "Pantera Negra: Wakanda Para Sempre" apresenta personagens que irão surgir ao longo dos anos. Dominique Thorne consegue nos cativar com sua Coração de Ferro, personagem que havia surgido como sucessora de Tony Stark nas HQ e que aqui se torna a principal causa entre o conflito entre Wakanda e Talocan. Infelizmente personagens como a da atriz Lupita Nyong'o tem a sua participação reduzida, porém, sendo responsável por uma grande revelação ao final da projeção.

Em termos de ação o filme também não faz feio, principalmente pelo fato que os efeitos visuais são absurdamente superiores se forem comparados ao primeiro filme e sendo que essa parte técnica foi justamente o único ponto negativo do filme anterior. Aqui a situação é inversa, já que há todo um cuidado na apresentação, tanto de Talocan, como também os novos cenários de Wakanda e dos quais os mesmos enchem os nossos olhos devido aos seus diversos detalhes vastos e dos quais não são capitados em uma única sessão. A cena do ataque contra Wakanda é sem sombra de dúvida uma das melhores partes do filme e nos reservando um dos momentos mais angustiantes.

Ao final, a Marvel aprendeu na melhor e pior maneira possível em não cometer as mesmas falhas que foram vistas no decorrer da fase 4 e nos apresentando aqui um filme digno de nota, o mais maduro e reflexivo. Em tempos em que determinadas nações estão se digladiando em uma guerra que não faz o menor sentido, o filme vem em um momento de que é preciso abaixarmos as armas para só assim construirmos um futuro melhor para a humanidade antes que seja tarde. A ideia é antiga, mas ela é sempre bem-vinda em tempos de incertezas.

"Pantera Negra: Wakanda Para Sempre" não é somente uma bela aventura, como também é cheia de reflexões sobre o que pode ser resolvido em um mundo atual que ainda não aprendeu com os seus erros do passado e que precisam ser finalizados. 


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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania'

Sinopse: O Homem-Formiga e a Vespa lutam contra Kang, o Conquistador, no reino quântico. 

Os dois filmes anteriores do "Homem Formiga" nada mais eram do que filmes que nasceram para entreter e sem ter muito peso com relação a interligação com o universo do MCU. Porém, o protagonista se tornou peça fundamental em "Vingadores - Ultimato" (2019) e abrindo a possibilidade de que o seu papel teria participação de algo maior dentro desse universo compartilhado. Pois bem, "Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania" (2022) veio para se tornar uma peça importante da construção da saga do "Multiverso", mas nem por isso deixa de ser um passatempo divertido e com um belo visual a ser defendido.

Dirigido novamente por Peyton Reed, a trama acontece quando Cassie (Kathryn Newton), filha de Scott Lang (Paul Rudd), desenvolve um dispositivo que permitiria a comunicação com o reino quântico, o experimento termina em desastre: Cassie, Scott e sua companheira e heroína, Vespa, Hope van Dyne (Evangeline Lilly) involuntariamente se encontram no reino místico. Unindo forças com os pais de Hope, Hank Pym (Michael Douglas) e Janet van Dyne (Michelle Pfeiffer), o trio trabalha um caminho de volta enquanto os atrai para o misterioso mundo do Reino Quântico, onde encontram criaturas alienígenas e uma civilização oculta.

Como eu disse acima, diferente dos títulos anteriores, esse filme é elevado para um novo patamar, porém, não deixa de ser um filme leve para todas as idades, mesmo indo em direções que só se compara aos filmes dos "Vingadores". Mas o que deixa o filme leve é realmente atuação descontraída de Paul Rudd, do qual a sua veia humorística está quase sempre em destaque e se casando quase perfeitamente com a fórmula Marvel que o estúdio até hoje insiste em usar. Embora a fórmula esteja desgastada, é preciso reconhecer que a presença do ator faz com que tudo fique nos eixos e fazendo com que algumas piadas façam até mesmo  obter de nós alguns sorrisos.

Mas, embora o roteiro insista colocá-lo como protagonista, principalmente da maneira como é apresentado o prólogo e o epílogo, é preciso destacar o fato que Janet rouba a cena quando tudo se direciona a ela. E não é somente pelo fato dela ser interpretada pela veterana Michelle Pfeiffer, mas sim porque a personagem possui um arco dramático interligado com o reino quântico, do qual havia se iniciado no primeiro filme e se encerrando aqui de uma forma que ninguém imaginava. Aliás, é preciso destaca o visual do reino quântico, cujo efeitos visuais são primorosos, cheios de detalhes e baixando o tom dos críticos que até então estavam achando que o estúdio estava relaxando neste lado técnico.

Mas o filme como um todo pertence realmente ao vilão Kang e interpretado de forma intensa pelo ator Jonathan Majors. Até aqui, pode-se dizer que ele é a figura central da saga do Multiverso que o estúdio está criando aos poucos, já que a primeira versão do personagem foi vista na série Loki (2021) e aqui conhecemos sua outra contraparte e da qual não mede esforços para sair do reino quântico nem que para isso terá que matar muitos. Em determinado ponto, por exemplo, acreditamos que alguns dos heróis irão perecer durante o percurso, já que o vilão realmente nos convence que ele pode cometer tal feito.

Voltando ao reino quântico, é nítido que o estúdio está construindo o seu "Star Wars", já que o local é povoado pelos mais diversos tipos de seres interessantes, abrindo o leque com as mais diversas possibilidades e cuja cereja do bolo é a presença da figura de  M.O.D.O.K  e da qual sintetiza toda essa loucura construída. Mas isso não é novidade, já que desde "Thor: Ragnarok" (2017) essa é a real pretensão do estúdio e resta saber se ela irá se manter ao longo dos próximos anos. Neste último caso, o maior vilão que o estúdio terá que enfrentar talvez seja a sua própria ambição, da qual já é sentida algum tempo e que pode declinar a qualquer momento.

Neste último caso, isso faz com que o filme não esconda os seus defeitos, desde o fato que o título em si se encontra um tanto que errado, já que a Vespa de Evangeline Lilly se torna bastante secundária durante a trama. Já Cassie se torna uma mera promessa para o futuro do MCU, já que ela começa a usar o traje igual do seu pai, mas se tornando uma peça quase descartável dentro da trama. O ato final transita tanto para bons momentos para o lado previsível, mas fazendo com que tudo fique nos eixos e valendo assim o ingresso.

Com uma participação especial hilária de Bill Murray, "Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania" funciona com uma boa aventura espacial, mas da qual não se pode exigir muito dela, mesmo sendo parte de algo maior para o MCU. 


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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

Cine Especial: 'Feitiço do Tempo - 30 Anos Depois'

Sinopse: Phil, um arrogante meteorologista de um canal de televisão, fica preso em uma espécie de túnel do tempo, condenado a reviver indefinidamente o mesmo dia até que mude suas atitudes.  

Não é de hoje que temos aquela sensação de que o tempo passa ligeiro demais e fazendo com que não possamos desfrutar um pouco da vida e da qual ela é tão curta. Em tempos de internet, redes sociais e informações instantâneas parece que perdemos a noção do que é apreciar um pouco a realidade em nossa volta. Trinta anos já se passaram, mas "Feitiço do Tempo" (1993) continua mais atual do que nunca, pois a sua lição de vida é para ser vista e revista de uma forma relaxada e para que possamos compreender melhor a proposta da obra.

Dirigido por Harold Ramis, da clássica comédia "Férias Frustradas" (1983), o filme conta a história de um repórter (Bill Murray) de televisão que faz previsões de meteorologia vai a uma pequena cidade fazer uma matéria especial sobre o celebrado "Dia da marmota". Pretendendo ir embora o mais rapidamente possível, ele inexplicavelmente fica preso no tempo, condenado a vivenciar para sempre os eventos daquele dia.

Não é de hoje que o cinema explora em exaustão as viagens no tempo, pois são tramas que nos fazem pensar sobre o que aconteceria se voltássemos em determinadas épocas e se temos o direito ou não de alterá-las. No caso de "Feitiço do Tempo" acontece algo de especial, pois o protagonista volta no tempo, mais precisamente sempre no mesmo dia anterior e tendo que conviver com as mesmas situações que ele já havia presenciado. Se você possui várias teorias conspiratórias sobre a questão do Déjà vu o filme é um ótimo ponta pé inicial para analisar e debater o assunto de mente aberta.

O filme em si possui aquele tom de positividade bem típico dos filmes americanos dos anos noventa, mas que não cai para o lado da previsibilidade, não somente graças ao roteiro criativo, como também graças a presença ilustre de Bill Murray. Em um dos seus melhores desempenhos da carreira, Murray cria um personagem que dificilmente a gente gostaria de estarmos por perto, pois ele não passa de uma pessoa egoísta e que somente pensa sobre si. Uma vez que ele convive com o mesmo dia contra a sua vontade isso começa a mudar.

A partir do momento em que começa essa situação inusitada ele começa a se sentir-se livre em fazer o que bem entender, desde em dirigir em alta velocidade, como também conhecer determinada garota diversas vezes para só assim conseguir levar ela para cama. Aos poucos, porém, ele descobre que não é tão simples conquistar as pessoas, mesmo ele conseguindo obter a chance de se conhecerem tão bem. Isso ele aprende da melhor maneira possível com a sua assistente Rita (Andie MacDowell), uma garota que vê a beleza nas coisas mais simples da vida e da qual desperta o lado humano do personagem Murray e do qual o próprio desconhecia.

O filme transita para momentos românticos e para o mais puro humor, principalmente pelo fato de o protagonista já saber como começa e como termina determinada situação, assim como também pelo fato de saber de antemão o que as pessoas irão dizer. Isso rende momentos hilários, desde a conversa dele com a dona da hospedaria como também o reencontro de um velho colega de escola e que agora é vendedor de seguros de vida. Tudo isso embalado com uma atuação sarcástica de Murray, mas que se casa com tamanha perfeição com a proposta da obra e o que torna é difícil imaginar outro ator no lugar dele na trama.

Aos poucos o filme se envereda para momentos até mesmo imprevisíveis, principalmente pelo fato dele tentar se matar para acabar com essa repetição, mas voltando para o mesmo ponto onde o dia recomeça de novo e de novo. A situação se torna até mesmo dramática quando ele dá atenção para um morador de rua, mas que acaba falecendo. Por mais que os dias se repitam ele não consegue salvá-lo, pois a vida dele havia realmente chegado ao fim.

É neste ponto que o personagem então decide virar um verdadeiro samaritano, ajudando aquelas pessoas que antes ele achava sem graça e se tornando alguém especial para a vida delas. O filme, portanto, nos passa a mensagem de que devemos pararmos por um momento de nossa rotina, mudar o caminho da rua que a gente atravessa e começarmos a prestarmos mais atenção com relação a realidade em nossa volta. Não é preciso a gente passar pelo mesmo dia diversas vezes, mas sim termos a iniciativa de colocarmos isso em prática e para sim podermos desfrutarmos mais de nossa vida tão preciosa.

"Feitiço do Tempo" é uma das melhores comédias de todos os tempos, cheia de humor, reflexiva e que nos faz pensar o que estamos perdendo na vida enquanto a gente se mantém presos em nossa rotina. 


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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (16/02/2023)

 A BALEIA

Um professor de inglês recluso que vive com obesidade severa tenta se reconectar com sua distante filha adolescente para uma última chance de redenção.



HOMEM-FORMIGA E A VESPA: QUANTUMANIA

Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania é a continuação da franquia de sucesso da Marvel, acompanhando Scott Lang (Paul Rudd) e Hope van Dyne (Evangeline Lilly) em suas jornadas como super-heróis. Scott e sua família são puxados para o Reino Quântico, onde eles percisarão enfrentar um novo e terrível vilão: Kang, o Conquistador e M.O.D.O.K.


AS MÚMIAS E O ANEL PERDIDO

As Múmias é uma divertida aventura de animação familiar que segue três múmias egípcias que acidentalmente entram no mundo moderno. O filme é repleto de humor, aventura e emoção – mostrando o verdadeiro valor da amizade, trabalho em equipe e acreditar em si mesmo.



CASAMENTO EM FAMÍLIA

Michelle (Emma Roberts) e Allen (Luke Bracey) estão juntos há algum tempo e Michelle está começando a querer dar o próximo grande passo e se casar. Mas Allen não tem tanta certeza e entra em pânico. Desesperados, os dois recorrem aos pais. Mas eles têm seus próprios segredos. Quando o casal decide que todos podem se encontrar para jantar, o caos se instala, pois ambos os pais parecem ter uma conexão com o parceiro um do outro.


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