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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 30 de agosto de 2022

Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre - 'IL Buco'

 Nota: Filme exibido para os associados no último dia 28/08/2022 

Sinopse: No fundo do Abismo Bifurto, 700 metros dentro da terra, é alcançado pela primeira vez. Os exploradores passam despercebidos dos habitantes da cidade local, mas não pelo pastor do planalto Pollino, onde sua vida solitária e rotineira começa a entrelaçar com a dos viajantes. 

O cinema documental e ficção atual se encontra separado somente em uma pequena camada fina, já que foram lançados nos últimos anos obras que quando assistimo mal sabemos distinguir o que é real e o que é reconstituição. São casos que nos é apresentado uma proposta para que despertemos a nossa atenção sobre o que se passa e até que ponto as cenas são realmente verídicas. "IL Buco" (2022) é um longa que reconstitue um possível evento que ocorreu no passado, mas que nos surpreende com seu teor quase documental.

Dirigido por Michelangelo Frammartino, o filme se passa no tempo do boom econômico italiano em 1960, onde o prédio mais alto da Europa está sendo construído no norte da Itália. Já no canto oposto, o Sul, jovens espeleologistas exploram a caverna mais funda do continente, no interior da Calábria. No fundo do Abismo Bifurto, 700 metros dentro da terra, é alcançado pela primeira vez. Os exploradores passam despercebidos dos habitantes da cidade local, mas não pelo pastor do planalto Pollino, onde sua vida solitária e rotineira começa a entrelaçar com a dos viajantes.

Com um belíssimo plano aberto de um morro já na abertura do longa, Michelangelo Frammartino procura interligar aquela natureza natural com a figura de um senhor de idade que acompanha os sons do seu rebanho em volta. logo em seguida vemos empresários desfrutarem da paisagem de um arranha céu enquanto as pessoas de baixo se tornam cada vez mais pontos distantes na medida que o elevador avança. Um verdadeiro contraste de uma beleza natural colorida vinda da natureza, mas cuja a corrida pelo avanço econômico pode ameaçá-la.

Neste último caso, talvez isso nem seja percebido pelo grupo de jovens que começam a descer no fundo da caverna que posteriormente se tornaria a terceira maior do mundo. Na medida em que eles vão rumo as profundezas daquele lugar eles começam achar recursos naturais até então inéditos e fazendo que eles adentrem ainda mais naquela escuridão. É nesses momentos, por exemplo, que o filme ganha um teor ainda mais documental, como se um Werner Herzog se aventurasse naquela caverna assim como ele fez em "Caverna dos Sonhos Esquecidos"(2010).

Ao mesmo tempo, quanto mais aqueles jovens vão ao fundo, imediatamente o senhor de idade começa a passar mal e sendo socorrido pelos seus familiares. No meu entendimento, quanto mais o ser humano mexe em algo que não precisava ser tocado algo de importante nesta terra acaba morrendo aos poucos. O progresso pode trazer futuros frutos, mas jamais substitui o que a natureza já nos havia apresentado.

É um filme que procura nos passar poucas palavras, mas com muitas imagens que falam mais por si do que a gente imagina. Uma obra contemplativa, das quais as suas muitas imagens naturais podem ser interpretadas como simbolismos de tempos mais simples, onde a corrida pela riqueza não era tão viciante e cuja a simplicidade era o nosso maior recurso em vida. Ao invés disso, o progresso avançou, colocando a gente em pura aceleração e fazendo a gente não enxergar mais, tanto o nosso céu, como também as planícies verdejantes que anseiam que nós voltemos a olha-las como antigamente.

"IL Buco" é um curioso e rico filme sobre o lado misterioso das profundezas da natureza, mas que talvez não deveríamos ter tido a ambição de exploradas. 



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Cine Dica: Próxima Sessão do Clube de Cinema de Porto Alegre - 'A Viagem de Pedro'

Boa noite

Segue a programação do Clube de Cinema no próximo final de semana.


SESSÃO CLUBE DE CINEMA

Local: Sala Eduardo Hirtz, Cinemateca Paulo Amorim, Casa de Cultura Mario Quintana

Data: 03/09/2022, sábado, às 10:15 da manhã 


"A Viagem de Pedro"

Brasil, 2022, 105 min, 14 anos

Direção:  Laís Bodanzky

Elenco:  Cauã Reymond, Luise Heyer, Victoria Guerra, Isabél Zuaa 

Sinopse:  O ano é 1831. Rejeitado pelos brasileiros, Dom Pedro deixa o Brasil independente e volta a Portugal, disposto a enfrentar o irmão Miguel na disputa pelo trono do país onde nasceu. No meio do Atlântico, a bordo de uma fragata inglesa, misturam-se membros da corte, oficiais, serviçais e negros escravizados, numa babel de línguas, culturas e posições sociais. Pedro tenta reunir forças para a guerra fratricida que se aproxima, mas ele está doente e teme a morte. Nesta situação, o ex-imperador revive diversos momentos da sua vida, como a infância, o casamento, os filhos e as relações com o irmão.



Atenciosamente,

Carlos Eduardo Lersch

Diretor de Programação CCPA.

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segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre - 'O Destino de Haffmann'

Nota: Filme exibido para os associados no último dia 2708/2022.  

Sinopse: Em 1942, Paris, o assistente de um joalheiro e seu empregador enfrentam a ocupação alemã. 

A Segunda Guerra Mundial serviu para colocar para fora o melhor e o pior do ser humano. Durante as ocupações na França, por exemplo, muitos se venderam em prol do nazismo para sobreviver, nem que para isso lhe custasse a própria alma. "O Destino de Hafflmann" (2022), fala sobre até que ponto a pessoa vai para se manter viva, nem que para isso tenha que destruir tudo o que sonhou construir um dia.

Dirigido por Fred Cavayé, a trama se passa em Em 1942, onde François Mercier é um homem comum que só aspira a constituir família com a mulher que ama, Blanche. Ele também é funcionário de um talentoso joalheiro, Sr. Haffmann. Mas diante da ocupação alemã, os dois homens não terão outra escolha senão concluir um acordo cujas consequências, ao longo dos meses, perturbarão o destino deles.

O filme é uma adaptação cinematográfica da peça de Jean-Philippe Daguerre, porém, mesmo a gente obtendo essa informação a gente já tem uma suspeita quando a gente vai acompanhando a obra. Boa parte da trama se passa na joalheria e fazendo com que os eventos sobre a ocupação nazista fiquem somente em nossos pensamentos enquanto os nossos olhos acompanham o desenrolar dos eventos principais daquele pequeno cenário. Na medida em que a história avança, vamos conhecendo a personalidade dos três personagens principais, ao ponto que há sempre uma nova peça do tabuleiro sobre as suas reais virtudes e vindo até mesmo nos surpreender em determinadas passagens.

Se Haffmann é uma pessoa altruísta e fiel a sua família, por outro lado, François Mercier dá sinais de instabilidade no decorrer da história, principalmente quando o assunto é a questão de sua sobrevivência e de sua esposa. Essa última, aliás, demonstra certa inocência perante a realidade em sua volta, mas que aos poucos vai desabrochando um outro lado de sua pessoa na medida que vai conhecendo mais a fundo as duas figuras masculinas da história. Ela demonstra sinais que deseja sobreviver de uma forma ou de outra, mas não significa que irá tolerar o nascimento da insanidade e medo vindos do ser humano.

Fred Cavayé acerta em cheio na construção gradual da personalidade de cada um dos personagens, sendo que a gente simpatiza com eles em um primeiro momento, mas logo colocamos a mão no freio na medida em que François, por exemplo, vai perdendo o foco e logo se revelando alguém ambicioso mesmo não admitindo para consigo próprio. Não há na obra pessoas realmente boas ou más, mas sim somente pessoas que se tornam como elas são de acordo com as sus ações e que, infelizmente, acabam selando os seus próprios destinos.

Tecnicamente, o filme oscila entre momentos dramáticos e até mesmo de suspense, principalmente pelo fato de ficarmos apreensivos na possibilidade de Haffmann ser pego a qualquer momento. Porém, o próprio descobre que, ao ser usado como um instrumento para uma grande mentira, logo percebe que não adianta manter a sua vida quando está perdendo a sua verdadeira pessoa. Portanto, a cena em que vemos o mesmo tentando se livrar da mentira indo de encontro perante os próprios nazistas se torna o melhor mais tenso momento do filme como um todo.

"O Destino de Hafflmann" é um curioso conto sobre seres humanos comuns que se tornam o que são pelas suas ações perante o horror do nazismo. 

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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEMATECA CAPITÓLIO 1 a 7 de setembro de 2022

 Zarafa


ZARAFA NA SESSÃO VAGALUME

Nos dias 3 e 4 de setembro, a Sessão Vagalume exibirá a animação franco-belga Zarafa, de Jean Christophe Lie e Rémi Bezançon! O filme é inspirado na história real da primeira girafa trazida da África para a França, um presente oferecido pelo Paxá do Egito ao rei francês Carlos X. A sessão é uma parceria com a mostra Ecofalante.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/5374/sessao-vagalume-zarafa-2/


NEW WAVE ROMENA NA SESSÃO PLATAFORMA

A Sessão Plataforma de setembro apresenta o novo filme de Radu Muntean, um dos principais nomes da New Wave Romena dos anos 2000. Exibido pela primeira vez no Festival de Cannes, Întregalde é um thriller ambientado em vilarejos isolados na Transilvânia. Sessão única no sábado, 03 de setembro, às 19h.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/5348/sessao-plataforma-intregalde/


SARAH MALDOROR NO PROJETO RAROS

Na sexta-feira, 02 de setembro, às 19h30, a Cinemateca Capitólio apresenta uma edição especial do Projeto Raros, em parceria com a mostra Ecofalante, com Uma Sobremesa para Constance, comédia ácida produzida para a televisão francesa por Sarah Maldoror. Entrada franca.


Mais informações:  http://www.capitolio.org.br/eventos/5350/projeto-raros-especial-uma-sobremesa-para-constance/


GRADE DE HORÁRIOS

1 a 7 de setembro de 2022


1 de setembro (quinta)

14h40 – Memoria

17h – Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku Usam Drone e Celular para Resistir às Invasões + Kaapora – O Chamado das Matas + Husek

19h30 – Apenas um Movimento


2 de setembro (sexta)

15h – Diários de Otsoga

17h – Natureza Moderna + Lavra

19h30 – Projeto Raros: Uma Sobremesa para Constance


3 de setembro (sábado)

15h – Sessão Vagalume: Zarafa

17h – Koyaanisqatsi

19h – Sessão Plataforma: Întregalde


4 de setembro (domingo)

15h – Sessão Vagalume: Zarafa

17h – Ocupagem + Muribeca

18h30 – Adeus, Capitão


6 de setembro (terça)

15h – Diários de Otsoga

17h – O Céu de Agosto + O Bem Virá

19h – Domando o Jardim


7 de setembro (quarta)

14h40 – Memoria

17h – Aurora + Portugal Pequeno + Panorama

19h – Mil Incêndios

sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Cine Especial: 'Better Call Saul - O Fim de Uma Era'

Sinopse: Jimmy McGill, também como conhecido como Saul Goodman, tenta ser um homem honesto e construir uma carreira de respeito. Mas há um lado seu que só quer aplicar golpes e se tornar um advogado picareta 

Na minha opinião, se "Breaking Bad" existe e se tornou o que ela é muito se deve a greve dos roteiristas que ocorreu nos EUA, da qual iniciou em 5 de novembro de 2007 e se encerrou em 12 de fevereiro de 2008. Ela ocorreu não somente pelo fato de os roteiristas estarem escrevendo muito e ganhando pouco, como também eles se viam sendo obrigados a fazerem tramas desnecessárias para séries tv e para que as mesmas se prolongassem até o 24º episódio de cada temporada. A partir daí algo de interessante aconteceu.

Com menos episódios e liberdade maior na criação das tramas, os roteiristas abriram um leque de possibilidades, principalmente pelo fato de atrair cineastas autorais para as tvs, sendo que os mesmos estavam cada vez mais perdendo liberdade na criação de determinados filmes para o cinema, mas enxergando na telinha a chance de obter liberdade criativa maior que até então nunca haviam conseguido obtê-la. A partir de então, as séries de tv começaram a ganhar uma linguagem mais cinematográfica, coisa que talvez não se via muito desde que David Lynch havia virado a tv norte americana do avesso com o seu "Twin Peaks" (1990) e tendo temporadas com um número cada vez menor de episódios, porém, com melhor conteúdo a ser degustado. "Breaking Bad" foi um desses primeiros bons exemplos, ao retratar o professor de química Walter White que, ao descobrir que tem câncer, decide criar drogas para vender e assim obter dinheiro para dar a sua família caso venha falecer.

Sucesso de público e elogiado pela crítica, a série abocanhou diversos prêmios ao longo dos anos, mas muitos fãs ficaram órfãos quando ela havia se encerrado. Porém, o programa tinha diversos personagens surpreendentes e dos quais facilmente poderiam ser usados em um possível derivado e muitos ficavam se perguntando como seria uma série protagonizada pelo advogado trambiqueiro Saul Goodman e do qual foi interpretado brilhantemente pelo ator Bob Odenkirk. Eis que em 2015 chega e a Netflix lança então a série "Better Call Saul", programa que se encerrou recentemente e que nos surpreendeu em cada episódio pela sua qualidade, tanto em suas tramas engenhosas como também na forma de filma-las.

Ao longo de seis temporadas, acompanhamos Saul em seu exílio como foragido, ao vermos o mesmo trabalhando vendendo sorvete em um grande shopping, mas jamais se esquecendo do que ele foi um dia no passado. Todas as temporadas começam neste ponto, cuja a fotografia em preto e branco fria sintetiza um protagonista adormecido, mas pronto para despertar o seu talento, mesmo quando o mesmo era usado para métodos nenhum pouco limpos. As tramas foram prosseguindo, onde fomos conhecendo a transição do protagonista para o mundo da advocacia, assim como o seu irmão Chuck, brilhantemente interpretado por Michael McKean e sua namorada e também advogada Kim Wex (Rhea Seehorn).

Ao mesmo tempo, velhos conhecidos nossos de "Breaking Bad" foram reaparecendo ao longo da série como Mike (Jonathan Banks), Gus (Giancario Esposito) e trazendo consigo todo o seu conflito com a máfia do tráfico controlada pelos Salamancas. Isso fez com que acompanhássemos duas linhas da mesma história, ao vermos a transformação gradual de Jimmy para o Saul como nós havíamos conhecido, como também a guerra que os Salamancas haviam orquestrado antes dos eventos da série original. Embora todos nós já sabíamos quais seriam os destinos da maioria desses personagens, os roteiristas foram engenhosos em sempre terem mantido o nosso interesse sobre as raízes de Saul e sobre o destino da sua companheira Kim que foi se revelando uma das melhores personagens do programa ao longo desse tempo.

Eis então que a sexta e última temporada chega de uma forma arrasadora, onde os diretores usaram e abusaram da melhor forma possível para filmar a história e cuja a mesma sela com um laço forte todos os eventos vistos anteriormente em "Breaking Bad". E sim, os personagens Walter White (Bryan Cranston) e Jesse Pinkman (Aaron Paul) finalmente aparecem em participações especiais, porém, bastante importantes ao colaborar em nos apresentar a real faceta de Saul. Embora todos os eventos das duas séries tenham construído a sua pessoa, vale salientar que essa última temporada nos passa a ideia de que ele sempre foi assim, uma pessoa que joga os dois lados da moeda da Justiça desde sempre para sobreviver, mas tendo total consciência de possíveis consequenciais que poderiam vir a seguir.

Portanto, ao vermos o mesmo jogando suas cartas na manga, mesmo correndo o sério risco de ser enclausurado pelo resto da vida, é o ápice de toda a construção da jornada desse personagem, que lutou das mais diversas formas, até mesmo sujas, para se safar perante a justiça e contra aqueles que poderiam facilmente terem dado um tiro em sua cabeça. Ao final, vemos o mesmo ao lado de Kim, aquela que ele sempre amou, admirou e cujo o enquadramento da última cena dos dois juntos, alinhado com uma belíssima fotografia em preto branco, com certeza entrará facilmente para um dos momentos mais importantes dos seriados de tv norte americanos e isso eu falo sem exagero.

Com uma criativa homenagem ao clássico literário "Máquina do Tempo" de H. G. Wells, "Better Call Saul" se encerrou de uma forma extraordinária, com uma linguagem cinematográfica autoral de ponta a ponta e por ter criado em nós uma sensação de estarmos órfãos por longas horas. 


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Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (25/08/2022)

 Não! Não Olhe!

Sinopse: Em Não! Não Olhe! uma cidade do interior da Califórnia começa a ter eventos bizarros e extraterrestres. Uma dupla de irmãos interpretado por Keke Palmer (True Jackson e Alice) e Daniel Kaluuya (Corra e Judas e o Messias Negro), possuem um rancho de cavalos e são vizinhos de um parque de diversões de uma série de televisão do personagem interpretado por Steven Yeun, inspirada no velho oeste. 


AFTER Depois da Promessa

Sinopse: O casal "Hessa" está crescendo e pode nunca mais ser o mesmo. Embora já tenham encarado inúmeras adversidades, o capítulo final trará um desfecho de conto de fadas ou destruirá o relacionamento apaixonado e tóxico? Tessa não é mais a garota doce e ingênua de antes. Ela entende todas as emoções que estão se formando em Hardin e sabe que é a única que pode acalmá-lo quando ele explode. Ele precisa dela, mas ela precisa dele?


MARIA, NINGUÉM SABE QUEM SOU EU

Sinopse: Em um depoimento inédito e exclusivo gravado no teatro do Hotel Copacabana Palace, a cantora Maria Bethânia, que completou 55 anos de carreira em 2020, fala sobre assuntos importantes na sua trajetória. O documentário conta com a participação da atriz Fernanda Montenegro, que narra cinco textos marcantes de autores como Ferreira Gullar e Caio Fernando Abreu, sobre Bethânia, ilustrados com imagens de fãs e de arquivo, além de registros raros de ensaios e shows da cantora.


DE VOLTA À BORGONHA

Sinopse: Após uma ausência de dez anos, Jean volta a sua cidade natal quando seu pai fica doente. Reunindo-se com sua irmã, Juliette, e seu irmão, Jérémie, eles precisam reconstruir seu relacionamento e confiar um no outro novamente para dar continuidade à vinícola da família.


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quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS DE 25 A 31 DE AGOSTO

 Mostra Ecofalante exibe filmes de 27 países em Porto Alegre e cineastas Jacques Perrin e Sarah Maldoror são homeageados 

CineBancários é uma das salas que recebe a mostra, um dos mais importantes eventos sul-americanos dedicado à temática socioambiental

Considerado o mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado às temáticas socioambientais, a 11ª Mostra Ecofalante será exibida em quatro diferentes espaços de Porto Alegre, de 25 de agosto a 13 de setembro. O CineBancários é uma das salas que receberá a programação, com exibições de 25 a 31 de agosto. O festival tem entrada franca.

Entre as atrações da mostra, estão as homenagens aos cineastas Jacques Perrin e Sarah Maldoror, a competição latino-americana, o Panorama Internacional Contemporâneo, o Concurso Ecofalante e as sessões especiais. Este ano, o programa Panorama Internacional Contemporâneo está organizado a partir dos eixos Ativismo, Biodiversidade, Economia, Emergência Climática, Povos & Lugares e Trabalho.

Este ano, o programa Panorama Internacional Contemporâneo está organizado a partir dos eixos Ativismo, Biodiversidade, Economia, Emergência Climática, Povos & Lugares e Trabalho. Dentre os destaques da programação, no eixo Ativismo, está o longa premiado em Sundance “O Território”, de Alex Pritz, que mostra a luta do povo Uru-Eu-Wau-Wau pela posse de seu território. O Panorama traz ainda um eixo especial, Sociedade & Redes, com dois títulos tratando do impacto das redes sociais nas relações humanas: “Geração Z”, de Liz Smith e “Searchers: O Amor Está nas Redes”, de Pacho Velez. Entre os filmes exibidos nos diversos eixos temáticos estão os indicados ao Oscar "Ascensão" e "Escrevendo com Fogo" (este também premiado em Sundance), além de filmes premiados nos festivais de Locarno (“Mil Incêndios”) e HotDocs (“Escola da Esperança” e “Ostrov - A Ilha Perdida”).

Da Competição Latino-Americana, participam o argentino “Esqui", prêmio da crítica na seção Fórum do Festival de Berlim, e “A Montanha Lembra” (Argentina/México), ganhador da competição internacional de curtas do É Tudo Verdade. Competem ainda obras premiadas no Festival de Cannes (“Céu de Agosto”, de Jasmin Tenucci), no Bafici-Buenos Aires (“A Opção Zero”, uma coprodução Cuba/Colômbia) e no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (“Rolê - Histórias dos Rolezinhos”, de Vladimir Seixas, “Lavra”, de Lucas Bambozzi, e “Ocupagem”, de Joel Pizzini).

Clássico, cult e considerado um marco do cinema de viés socioambiental, o documentário “Koyaanisqatsi”, de Godfrey Reggio, é um dos destaques das Sessões especiais da Mostra Ecofalante, que celebra os 40 anos de seu lançamento. Tendo estreado no Festival de Berlim, este ensaio visual é o primeiro trabalho do diretor norte-americano Godfrey Reggio. O filme é uma crítica sobre o impacto da dita civilização e de seus padrões de consumo sobre o planeta e a natureza. Tem grande destaque sua trilha musical, assinada por Philip Glass, um dos compositores mais influentes do final do século 20.


Homenagens

A Homenagem a Jacques Perrin (1941-2022), célebre ator e diretor francês, que atuou em dezenas de filmes, trabalhando com os mais renomados diretores de sua geração, traz ao público quatro de seus sucessos como diretor e/ou produtor. São filmes que exprimem sua preocupação com as causas ambientais. Em “Microcosmos” (1996), ele é produtor e narrador. Dentre os filmes que codirigiu, fazem parte desta homenagem “As Estações”, “Oceanos” e “Migração Alada”, este último indicado ao Oscar. A programação também inclui uma conversa entre a jornalista Flávia Guerra e o parceiro frequente de Perrin atrás das câmeras, Jacques Cluzaud, disponível online nas entrevistas exclusivas realizada pela Mostra este ano.

A Homenagem a Sarah Maldoror se dá no marco dos 50 anos de "Sambizanga" (1972), obra-prima vencedora de dois prêmios no Festival de Berlim. O filme, sobre o movimento de libertação angolano, é o primeiro longa-metragem filmado na África por uma mulher. No ano passado, ele ganhou uma restauração em 4K dentro do projeto African Film Heritage, da Film Foundation, FEPACI e UNESCO. Graças a essa iniciativa, o filme pode voltar a circular numa bela cópia, pronta para conquistar novos públicos. Essa versão é exibida no Brasil pela primeira vez na Mostra Ecofalante.


Panorama Internacional Contemporâneo

Reunindo em Porto Alegre um total de 24 longas-metragens, representando 21 países, o Panorama Internacional Contemporâneo está organizado em eixos temáticos. Os eixos Biodiversidade, Trabalho e Povos & Lugares são exibidos na Cinemateca do Capitólio; os eixos Emergência Climática, Economia e Sociedade & Redes acontecem na Cinemateca Paulo Amorim; o Cine Bancários exibe os eixos Ativismo e Economia.

O documentário “Uma Vez Que Você Sabe” (2020), de Emmanuel Cappellin, é um dos destaques que integram o eixo Emergência Climática. Trata-se de um alerta: para um grupo de cientistas, a oportunidade de evitar mudanças climáticas catastróficas já passou. A obra, exibida em eventos na Itália, Reino Unido e Hong Kong, coloca a pergunta: como se adaptar ao colapso?

Vencedor do prêmio especial do júri e prêmio do público no Festival de Sundance, entre outras láureas, “O Território” (2022) fala da luta do povo indígena Uru-eu-wau-wau e de ativistas como Neidinha Suruí para proteger a terra indígena e a floresta da invasão por grileiros. Produzido por Daren Aronofsky (diretor de “Réquiem para um Sonho” e “Mãe!”), o filme é dirigido pelo norte-americano Alex Pritz e é parte do eixo Ativismo. Na mesma programação está “Escrevendo Com o Fogo” (2021), sobre o primeiro e único jornal diário da Índia dirigido por mulheres. Sua equipe tem quebrado paradigmas, ao figurar na linha de frente da cobertura de temas urgentes que atingem a região onde vivem, mas que também concernem o país, como crimes ambientais e violência de gênero. Dirigido por Rintu Thomas e Sushmit Ghosh, o filme foi vencedor do prêmio do público e prêmio especial do júri no Festival de Sundance, tendo ainda sido eleito como melhor documentário no Festival de São Francisco.

Dentre os destaques do eixo Biodiversidade está “Animal” (2021), a mais recente obra do diretor – e conhecido escritor – francês Cyril Dion, que conquistou reputação internacional com “Amanhã” (2015), documentário que levou mais de um milhão de franceses ao cinema. Aqui, ele aborda, a partir de dois jovens ativistas, uma geração convencida de que seu futuro está em perigo. O longa foi lançado no Festival de Cannes. Na mesma seção está “Birds of America” (2021), de Jacques Loeuille, selecionado para o Festival de Roterdã, na Holanda. O longa focaliza a obra do naturalista John James Audubon (1785-1851), que revolucionou o mundo da ornitologia com seu livro antológico “Birds of America”. É ainda um alerta ao mostrar o quanto nessa área foi perdido em um tempo relativamente curto pela industrialização, ganância e indiferença.

No eixo curatorial Economia, estão “Ascensão”, de Jessica Kingdon, e “A Rota do Mármore”, de Sean Wang. Indicado ao Oscar de melhor documentário, “Ascensão” (2021) oferece um impressionante retrato do “Sonho Chinês”, expressão cunhada pelo Secretário-Geral do Partido Comunista e presidente da China Xi Jinping. A obra expõe a busca paradoxal por riqueza e progresso na China do século 21. Já “A Rota do Mármore” (2021) percorreu os mais prestigiosos festivais internacionais de documentários – como IDFA-Amsterdã, Visions du Réel (Suíça), CPH:DOX (Dinamarca) e Hot Docs (Canadá). O documentário acompanha a odisseia do mármore branco, extraído em larga escala na Grécia e cujo consumo global é impulsionado pelo mercado interno chinês. É também uma investigação sobre o papel da China enquanto “compradora do mundo”.

Eleito como o documentário mais inovador do ponto de vista estético-formal da Semana da Crítica do Festival de Locarno, “Mil Incêndios” (2021), do cineasta palestino-britânico Saeed Taji Farouky, conta a história de uma família de Mianmar que pratica a extração manual de petróleo. A obra está incluída no eixo Povos & Lugares.

No eixo curatorial Trabalho, destacam-se duas produções. “The Gig Is Up: O Mundo É uma Plataforma” (2021) traz à tona as histórias dos trabalhadores por trás dos trabalhos da economia GIG, que engloba as formas de emprego alternativo. São milhões de pessoas atuando desde os serviços de entrega de comida e transporte por aplicativo até a marcação de imagens para a inteligência artificial. Dirigido pela canadense Shannon Walsh, o longa percorreu o circuito internacional de documentários, sendo exibido nos prestigiosos festivais IDFA-Amsterdã, Hot Docs (Canadá), CPH:DOX (Dinamarca) e Docufest (Kosovo). “Regresso a Reims (Fragmentos)", documentário de montagem, baseado no livro de Didier Eribon, é um elogiado estudo sociológico da classe trabalhadora francesa do pós-guerra. A atriz e ativista LGBTQIA+ Adèle Haenel (premiada no Festival de Berlim) é responsável pela interpretação dos textos incluídos no filme, que participou da Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes. Seu diretor, Jean-Gabriel Périot, assinou 28 títulos a partir de 2000, incluindo “Nos Défaites” (2019), vencedor do Prêmio C.I.C.A.E. no Festival de Berlim.


Competição Latino-Americana

A Competição Latino-americana da 11ª Mostra Ecofalante de Cinema é exibida integralmente em Porto Alegre. São 35 títulos, sendo 15 longas e 20 curtas-metragens. Eles representam seis países da região: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba e México. Estão incluídos na lista dos exibidos os vencedores da seção: O Bem Virá (Melhor Longa-metragem pelo Júri), A Opção Zero (Menção Honrosa na categoria Longa-metragem), Rolê - Histórias dos Rolezinhos (Menção Honrosa na categoria Longa-metragem), Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku Usam Drone e Celular para Resistir às Invasões (Melhor Curta-metragem pelo Júri), Terra Nova (Menção Honrosa na categoria Curta-metragem).


Serviço

11ª Mostra Ecofalante de Cinema - Porto Alegre

25 de agosto a 13 de setembro

CineBancários – 25 de agosto a 31 de agosto

Entrada gratuita em todas as atividades do evento

Patrocínio: Basf | apoio: IHS Brasil | produção: Doc & Outras Coisas | coprodução: Química Cultural | realização: Ecofalante, Secretaria Especial de Cultura e Ministério do Turismo


Salas (endereços)

Cinemateca do Capitólio: R. Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro Histórico, Porto Alegre

Cinemateca Paulo Amorim: R. dos Andradas, 736 - Centro Histórico, Porto Alegre

CineBancários: R. Gen. Câmara, 424 - Centro Histórico, Porto Alegre

Sala Cine Redenção: Av. Paulo Gama, 110 - Farroupilha, Porto Alegre


www.youtube.com/mostraecofalante

www.instagram.com/mostraecofalante


PROGRAMAÇÃO NO CINEBANCÁRIOS:


25/08, quinta-feira

15:00

Neguinho l Diego Bauer l Brasil l 2020 l 20 min l Livre

Lua, Mar l Agua l Brasil l 2021 l 25 min l 12 anos

O Andar de Cima l Tomás Fernandes da Silva l Brasil l 2021 l 23 min l 12 anos


16:45

Flores da Planície l Mariana X. Rivera l México l 2021 l 19 min l Livre

CRUZ l Teresa Camou Guerrero l México l 2021 l 99 min l 16 anos


19:00

As Formigas e o Gafanhoto l Raj Patel, Zak Piper l Malawi l 2021 l 76 min l Livre


26/8, sexta

15:00

OKOFÁ l Daniela Caprine, Mariana Bispo, Pedro Henrique Martins, Rafael Rodrigues, Thamires Case l Brasil l 2021 l 7 min l 14 anos

Como Respirar Fora d'Água l Júlia Fávero e Victoria Negreiros l Brasil l 2021 l 16 min l 14 anos

Não Me Chame Assim l Diego Migliorini l Brasil l 2020 l 16 min l 14 Anos

Crescer Onde Nasce o Sol l Xulia Doxágui l Brasil l 2021 l 13 min l Livre

Elos Positivos l Eduardo Oliveira l Brasil l 2021 l 18 min l 12 anos


17:00

Ocupagem l Joel Pizzini l Brasil l 2021 l 12 min l Livre

Muribeca l Alcione Ferreira, Camilo Soares l Brasil l 2020 l 78 min l Livre


19:00

Escrevendo com Fogo l Rintu Thomas, Sushmit Ghosh l Índia l 2022 l 93 min l 10 anos


27/08, sábado

15:00

Lixo Mutante l Dani Minussi & Adriano Caron l Brasil l 2022 l 67' l Livre

16:45

A Montanha Lembra l Delfina Carlota Vazquez l Argentina/México l 2021 l 21 min l 14 anos

Povo 'Tzu' - Noite Branca l Tania Ximena, Yollotl Alvarado l México l 2021 l 72 min l Livre


19:00

O Território l Alex Pritz l Brasil, Dinamarca, EUA l 2022 l 86 min l 12 anos


28/8, domingo

15:00

Zarafa l Rémi Bezançon, Jean-Christophe Lie l França / Bélgica, l 2013 l 78' l 10 anos


17:00

Ser Feliz no Vão l Lucas H. Rossi dos Santos l Brasil l 2020 l 12 min l 14 Anos

Rolê - Histórias dos Rolezinhos l Vladimir Seixas l Brasil l 2021 l 82 min l 14 anos


19:00

As Sementes de Vandana Shiva l Camilla Becket, James Becket l EUA, Austrália l 2021 l 88 min l Livre


0/08, terça-feira

15:00

Papa-Jerimum l Harcan Costa e Clara Leal l Brasil l 2021 l 15 min l Livre

Quem Saiu Para Entrega? l Leonardo Roque Machado, Evaldo Cevinscki Neto, Paula Roberta de Souza. l Brasil l 2021 l 20 min l Livre

Tá Foda l Aline Golart, Denis Souza, Fernanda Maciel, Icaro Castello, Ligia Torres e Victoria Sugar l Brasil l 2020 l 5 min l 10 Anos

[O Vazio Que Atravessa] l Fernando Moreira l Brasil l 2021 l 23 min l 10 anos


16:30

LOOP l Pablo Polledri l Argentina/Espanha l 2021 l 8 min l Livre

Vai Acabar l David Blaustein, Andrés Cedrón l Argentina l 2020 l 115 min l 14 anos


19:00

Um Céu Tão Nublado l Alvaro Fernandez-Pulpeiro l Colombia, Espanha, RU, Venezuela l 2020 l 84 min l Livre


31/08, quarta-feira

15:00

O Abebé Ancestral l Paulo Ferreira l Brasil l 2020 l 20 min l Livre

Meu Arado, Feminino l Marina Polidoro l Brasil l 2021 l 21 min l Livre

Yãy Tu Nunãhã Payexop: Encontro de Pajés l Sueli Maxakali l Brasil l 2021 l 26 min l Livre


16:45

0,2 Miligramas de Ouro l Diego Quindere de Carvalho l Brasil l 2021 l 24 min l Livre

Montanha Dourada l Cassandra Oliveira l Brasil l 2021 l 54 min l Livre

Curupira e a Máquina do Destino l Janaina Wagner l Brasil l 2021 l 25 min l Livre


19:00

Adeus, Capitão l Vincent Carelli e Tita l Brasil l 2022 l 175 min l Livre