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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 2 de junho de 2022

Cine Dica: CINEMATECA CAPITÓLIO - PROGRAMAÇÃO 03 A 08 DE JUNHO DE 2022

 CINEMA IRANIANO NA SESSÃO PLATAFORMA

Depois do sucesso da exibição lotada de Memoria de Apichatpong Weerasethakul, a segunda edição do ano da Sessão Plataforma apresenta no dia 04 de junho, às 20h, o longa-metragem Crime Culposo, do diretor iraniano Shahram Mokri, lançado no Festival de Veneza em 2020, na prestigiada seção competitiva Orizzonti. Todos podem pagar meia entrada (R$ 8,00) na sessão.

Mais informações: http://www.capitolio.org.br/novidades/5086/destaque-do-ira-na-sessao-plataforma/


SESSÃO VAGALUME APRESENTA E.T. DE SPIELBERG

A próxima Sessão Vagalume exibirá um dos maiores clássicos do cinema que comemora 40 anos em 2022: ET - O Extraterrestre está de volta em cartaz na Cinemateca Capitólio! As sessões dubladas acontecem nos dias 4 e 5 de junho, sábado e domingo, às 16h. O valor do ingresso é R$ 4,00.

Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/5093/sessao-vagalume-e-t-o-extraterrestre-visita-guiada/


DOCUMENTÁRIO CUBANO EM PRÉ-ESTREIA

O Último País, documentário realizado pela diretora cubana Gretel Marín Palácio, ganha duas sessões de pré-estreia na Cinemateca Capitólio nos dias 03 e 05 de junho. O valor do ingresso é R$ 16,00.

Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/5095/o-ultimo-pais/


CLÁSSICO DE ANTHONY MANN EM EXIBIÇÃO

O Preço de um Homem, obra-prima do fabuloso ciclo de faroestes do diretor Anthony Mann com o astro James Stewart, ganha exibições na Cinemateca Capitólio entre os dias 7 e 15 de junho. O valor do ingresso é R$ 10,00.  

Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/5098/o-preco-de-um-homem/


MOSTRA MURNAU! EM CARTAZ

Os clássicos de F. W. Murnau seguem em exibição na Cinemateca Capitólio até o dia 08 de junho. Todos podem pagar meia entrada nas sessões (R$ 5,00).

Mais informações: http://www.capitolio.org.br/novidades/5062/murnau-100-anos-de-nosferatu-e-outras-obras-primas/


GRADE DE HORÁRIOS

03 a 08 de junho de 2022


02/06 (quinta)

não há sessão


03/06 (sexta)

16h – Aurora

18h – Caminhada Noite Adentro

19h30 – O Último País


04/06 (sábado)

16h – Sessão Vagalume: E. T. – O Extraterrestre

18h – Fausto

20h – Sessão Plataforma: Crime Culposo


05/06 (domingo)

16h – Sessão Vagalume: E. T. – O Extraterrestre

18h – O Pão Nosso de Cada Dia

19h30 – O Último País


07/06 (terça)

15h – Aurora

17h – A Última Gargalhada

19h – O Preço de um Homem


08/06 (quarta)

15h – Tabu

17h – Fausto

19h – O Preço de um Homem

quarta-feira, 1 de junho de 2022

Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre: 'O Fabuloso Destino de Amélie Poulain'

NOTA: O filme terá exibição especial amanhã no evento "Quinta Cafeinada" e com a presença do Clube de Cinema. Saiba mais sobre esse evento clicando aqui. 

Sinopse: Amélie é uma jovem do interior que se muda para Paris e logo começa a trabalhar em um café. Num belo dia, ela encontra uma caixinha dentro de seu apartamento e decide procurar o dono. A partir daí, sua perspectiva de vida muda radicalmente. 

Eu me lembro que entre o final dos anos noventa e o começo desse novo século parecia que havia um certo preconceito contra o cinema francês por parte do público. Ao meu ver, esse mesmo público desconhecia a farta história que esse cinema tinha ao longo da história, sendo que o movimento Nouvelle vague foi responsável por influenciar até mesmo o cinema norte americano. Porém, o cenário mudou através de dois títulos franceses que tomaram por assalto nos cinemas mundiais que foi "Pacto dos Lobos" (2001) e principalmente "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain" (2001).

Enquanto o primeiro era um filme baseado em fatos verídicos moldado com ingredientes de ação e terror, o filme de Jean-Pierre Jeunet, por sua vez, é puramente surpreendente, tanto no seu visual como também no seu enredo que nos encanta desde o primeiro minuto. Protagonizado por Audrey Tautou, a mesma interpreta Amélie, que no começo da história muda-se para o bairro parisiense de Montmartre, onde começa a trabalhar como garçonete. Certo dia encontra uma caixa escondida no banheiro de sua casa e, pensando que pertencesse ao antigo morador, decide procurá-lo ­ e é assim que encontra Dominique (Maurice Bénichou). Ao ver que ele chora de alegria ao reaver o seu objeto, a moça fica impressionada e adquire uma nova visão do mundo. Então, a partir de pequenos gestos, ela passa a ajudar as pessoas que a rodeiam, vendo nisto um novo sentido para sua existência. Contudo, ainda sente falta de um grande amor.

Com uma narração ao fundo, o filme é cheio de inúmeros detalhes, onde o narrador nos conta um pouco, não somente sobre a origem da protagonista, como também de seus personagens em volta e do próprio bairro parisiense de Montmartre. Aliás, o cenário que se passa o filme rouba a cena na maior parte da trama, sendo que as cores quentes, moldadas com verde e vermelho, nos passa uma sensação de pintura em movimento, principalmente nas cenas em que a protagonista se encontra jogando pedras em cima da ponte como um belo exemplo. Vale destacar que essa fotografia foi inspirada pelas pinturas do artista brasileiro Juarez Machado.

Com uma edição frenética, quase como um vídeo clipe, o filme ganha contornos quase cartunescos, como se nos passasse a sensação de que os personagens centrais estariam em uma realidade quase inverossímil devido a tantas situações que beiram ao surreal. Porém, o mundo real é muito mais surpreendente do que qualquer outra ficção e é exatamente isso que Jean-Pierre Jeunet deseja passar para nós, pois as pequenas situações que Amélie Poulain participa, por exemplo, se tornam uma verdadeira aventura, pois nunca sabemos ao certo onde ela irá parar em seguida. A partir do momento em que ela ajuda um desconhecido a reaver sua caixa cheia de lembranças isso se torna a válvula de escape para a protagonista se interagir e invadir as vidas das pessoas sempre com boas intenções.

Na época do seu lançamento, Audrey Tautou mal sabia que estava embarcando no maior sucesso de sua carreira e interpretando uma das personagens femininas mais queridas desse início de século. Sua Amélie Poulain nos passa inocência e curiosidade com relação ao mundo em sua volta, sendo que as pequenas coisas que surgem na sua frente, desde ao fato de enfiar a mãos dentro de um saco de sementes, ou de contar quantos casais tiveram um orgasmo em determinada hora do dia, fazem do seu dia a dia mais colorido na medida certa. Claro que não poderia faltar a possiblidade de um possível romance que ela anseia no fundo obter e ela consegue através do enigmático personagem Nino, interpretado por Mathieu Kassovitz e que tem a curiosa mania de montar fotos rasgadas de pessoas que tiram fotos em uma determinada cabine de uma estação de trem.

Mas antes mesmo dos personagens se unirem os mesmos acabam contracenando com outras figuras sendo uma mais interessante do que a outra. Na cafeteria em que a protagonista trabalha, por exemplo, há personagens que surgem ali com uma história já bem enraizada, mas que aos poucos vão nos sendo apresentadas. E se por um lado o pai da protagonista possui certa obsessão pelo seu anão de argila, por outro lado, o vizinho de Amélie acaba se tornando o personagem secundário mais interessante de toda a trama e que se tornará peça fundamental para que a protagonista tome uma importante decisão em sua vida.

Acima de tudo, "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain" é um daqueles filmes que nos passa uma sensação gostosa, como se despertasse em nós o desejo de ir na tabacaria mais próxima, para desfrutar de um bom café e observar o ambiente e as pessoas em volta. Um filme que nos passa uma bela lição sobre desfrutarmos das mais simples situações do nosso dia a dia, pois nem sempre elas estarão lá para nos animar e, portanto, precisamos degusta-las ao máximo haja o que houver.  "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain" é sem sombra de dúvida um dos melhores filmes do início do século e que após assisti-lo nos deixa com o espirito fortalecido. 

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Cine Dica: Filmes Amigos de Risco e O Último País estreiam no CineBancários

 Semana de 2 a 8 de junho também terá sessão gratuita de Formigueiro – A Revolução Cotidiana das Mulheres, no sábado.


A semana de 2 a 8 de junho no CineBancários terá a estreia do filme brasileiro Amigos de Risco e do documentário O Último País, coprodução entre Brasil, Cuba e Angola, além da sessão extra de Formigueiro – A Revolução Cotidiana das Mulheres. O documentário independente registra histórias de luta das mulheres por seus corpos e territórios em 10 estados do Brasil, e será exibido gratuitamente no sábado, dia 4, às 10h30.

Dirigido pela cineasta cubana Gretel Marin, O Último País foi filmado em 2015, quando a diretora decidiu voltar a Cuba para testemunhar as mudanças que estavam acontecendo na “sua ilha” e questionar o que elas significavam para amigos, vizinhos e a população em geral. Ao investigar a transformação de sua terra natal, a diretora faz uma viagem interior e se questiona sobre o patriotismo que lhe foi ensinado, sobre a esperança de um país que deixou de ser o que era e sobre pertencer àquele lugar. “Eu sabia que Cuba precisava se abrir ao mundo, mas temia que com essa renovação o melhor de um sistema cheio de contradições e utopias também desapareceria”, diz Gretel.

Em Amigos de Risco, o pernambucano Daniel Bandeira nos convida a refetir sobre o peso e o preço da amizade com um tenso encontro de amigos que, após uma noitada, atravessam a cidade e a madrugada - sendo tomados por vários sustos ao longo desse trajeto - para levar um deles ao hospital, após um mal súbito. O filme surge a partir de elementos da realidade vivenciada pelo próprio diretor, como a vida na periferia, o submundo recifense, as noitadas no Recife Antigo, a efervescência do movimento Manguebeat e a necessidade de atravessar a cidade para voltar para casa de bacurau (ônibus da madrugada) ou de metrô.

Com o ator Irandhir Santos no elenco, Amigos de Risco foi extraviado em 2008 e chega ao circuito nacional em 2022 depois de passar por uma extensa batalha travada para obter nova cópia. Mesmo com a distância temporal entre criação e estreia em salas, o filme mantém seu caráter atual e a narrativa original.

O Último País será exibido na sessão das 15h e Amigos de Risco na sessão das 19h. O colombiano Tantas Almas segue em cartaz, mas passa para a sessão das 16h30.


Sessão extra de Formigueiro

No sábado, dia 4 de junho, às 10h30, o CineBancários recebe a exibição gratuita do documentário Formigueiro – A Revolução Cotidiana das Mulheres. Longa-metragem independente que registra histórias de luta das mulheres por seus corpos e territórios em 10 estados do Brasil, o filme foi produzido por meio de um financiamento coletivo e será exibido pela primeira vez em Porto Alegre.

Além de acompanhar o dia a dia dos movimentos populares, Formigueiro é um registro histórico do período pré-impeachment a partir da base da sociedade. “Sete anos se passaram e as histórias daquelas mulheres permanecem profundamente atuais. Em tempos de tanto desencanto, esperamos que Formigueiro possa ajudar a reacender a chama da esperança”, afirma Bruna Provazi, co-diretora.

A pré-estreia será seguida de debate com as diretoras Bruna e Tica Moreno e integrantes da Marcha Mundial das Mulheres.



PROGRAMAÇÃO

De 2 a 8 de junho

15h: O ÚLTIMO PAÍS

16h30: TANTAS ALMAS

19h: AMIGOS DE RISCO


4 de junho

10h30: Pré-estreia do filme FORMIGUEIRO

Na sequência, haverá debate com as diretoras Bruna Provazi e Tica Moreno


*Não há sessões nas segundas-feiras


Ingressos

Os ingressos podem ser adquiridos a R$ 12,00 na bilheteria do CineBancários. Idosos (as), estudantes, bancários (as), jornalistas sindicalizados (as), portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 6,00. São aceitos cartões nas bandeiras Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.

As sessões serão realizadas com todas as medidas preventivas e protocolos sanitários recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como limitação da ocupação da sala, uso obrigatório de máscara, higienização do espaço após o término de cada filme e disponibilização de álcool gel na recepção do cinema. Antes das sessões será exigida a apresentação de comprovante de vacinação contra Covid.

Mais informações pelo telefone (51) 3030.9405 ou pelo e-mail cinebancarios@sindbancarios.org.br


AMIGOS DE RISCO

Brasil, 88 min, 2007

Ficha técnica:

Roteiro, Direção e Montagem: Daniel Bandeira. Produtoras: Símio Filmes, Cinemascópio e Vilarejo Filmes. Produção: Kika Latache, Lívia de Melo, Sarah Hazin, Juliano Dornelles, Cátia Oliveira, Daniel Bandeira. Produtores Associados: Plano 9 Produções e Leo Falcão. Elenco: Rodrigo Riszla, Paulo Dias, Irandhir Santos, Jr. Black, Lilian Kelen, Pierre Leite, Raimundo Branco, Regina Carmem. Assistente de direção: Marcelo Lordello. Diretor de Fotografia: Pedro Sotero. Direção de Arte: Juliano Dornelles e Ananias de Caldas. Som Direto: Phelippe Cabeça. Música Original: Tomaz Alves Souza e Chambaril. Figurino: Ingrid Mata. Preparação de Elenco: Amanda Gabriel. Distribuição: Inquieta Cine. Imprensa: Noticittà Assessoria| Leticia Pontes

Sinopse: Início dos anos 2000. Após um tempo distante da cidade natal, Joca (Irandhir Santos) está de volta. Para comemorar, nada melhor que uma noitada com seus últimos bons amigos, Nelsão (Paulo Dias) e Benito (Rodrigo Riszla). Mas o alegre reencontro vira um pesadelo quando Joca subitamente passa mal. Sem dinheiro, transporte ou comunicação, seus amigos o carregam pela cidade deserta, onde cada esquina guarda surpresas capazes de abalar os mais firmes laços de amizade.


Trailer: https://bityli.com/lDsJE


O ÚLTIMO PAÍS

Brasil | Cuba | Angola, 2018, 70 min

Ficha técnica:

Direção e Roteiro: Gretel Marín

Produção Executiva: Belém de Oliveira, Gretel Marín Palacio, Jorge Cohen

Música Original: Rogério Sobreira

Desenho Sonoro: Belém de Oliveira

Direção de Fotografia: Charles Alexander Ucha Juncal

Montagem: Gretel Marín Palacio

Distribuição: CUP Filmes

Sinopse: O que parecia ser uma viagem de regresso ao seu país de origem, num momento de muitas mudanças, acaba sendo uma viagem interior da diretora, cheia de contradições e questionamentos sobre sua identidade cubana. O Último País é um filme-catarse.

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=MVMO4dihQww


TANTAS ALMAS

Drama / Colômbia, Brasil, Bélgica e França / 2019 / 137 min.

Ficha Técnica: 

Direção: Nicolás Rincón Gille; Roteiro: Nicolás Rincón Gille; Produção: Hector Ulloque Franco & Manuel Ruiz Montealegre; Coprodutores: Aurélien Bodinaux, Oualid Baha, Larissa Figueiredo, Rafael Urban. Elenco: Arley de Jesús Carvallido Lobo. Direção de Fotografia: Juan Sarmiento G. (ADFC); Direção de Arte: Laís Melo; Som: Vincent Nouaille; Desenho de Som: Edson Secco; Montagem: Cedric Zoenen.

Sinopse: O pescador José atravessa o rio Magdalena, o maior da Colômbia, em busca dos corpos de seus dois filhos, assassinados pelos paramilitares. Apesar de sua dor, José está determinado a encontrá-los, para dar o enterro que merecem e, assim, impedir que permaneçam como almas errantes. Em sua jornada, José revela a magia de um país despedaçado, o que, de diferentes maneiras, evoca o Brasil de hoje.

Trailer: https://www.dropbox.com/sh/1p75upw2d2is0ya/AADfuC-UuRtDpRCn_PdDt534a?dl=0


FORMIGUEIRO

Brasil, 95 min, 2022

Ficha Técnica:

Direção: Bruna Provazi e Tica Moreno. Roteiro: Bruna Provazi e Julia Gimenes. Consultoria de Roteiro: Iana Cossoy Paro. Argumento: Bruna Provazi. Produzido por: Maria Baderna Filmes. Produção Executiva: Tica Moreno. Montagem: Julia Gimenes e Yasmin Thomaz. Imagens: Bruna Provazi, Felipe Manoel Fernandes, Tica Moreno e Yasmin Thomaz. Som Direto: Ana Paula Farias Rocha, Bruna Provazi, Felipe Manoel Fernandes, Tica Moreno, Yasmin Thomaz e Sônia Maria dos Santos. Edição de Som e Mixagem: Helena Duarte. Trilha Sonora Original: Trilheiras. Conforme cor: Felipe Manoel Fernandes. Finalização: Yasmin Thomaz. Motion: Hilda - Produtora de Animação


Sinopse: Um filme sobre as lutas das mulheres por seus corpos e territórios, em toda a sua diversidade de cores, sotaques e amores. Uma viagem por 10 estados do Brasil pré-impeachment que ajuda a pensar o país hoje. Do levante negro no Rio de Janeiro à resistência indígena no Mato Grosso do Sul. Do enfrentamento às mineradoras em Minas Gerais à batalha contra os parques eólicos no Rio Grande do Norte. FORMIGUEIRO registra a 4ª Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, realizada em 2015. Sete anos depois, o horizonte pelo que aquelas mulheres lutavam parece um sonho ainda mais distante. Mas os caminhos percorridos por  elas apontam saídas possíveis para o Brasil.

Classificação indicativa: 12 anos

Assista ao trailer:

https://www.youtube.com/watch?time_continue=2&v=PKPJWAyEN74&feature=emb_title


C i n e B a n c á r i o s 

Rua General Câmara, 424, Centro 

Porto Alegre - RS - CEP 90010-230 

Fone: (51) 34331205

terça-feira, 31 de maio de 2022

Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre: 'A Noite do Triunfo'

 Nota: Filme exibido para associados no último Domingo (29/05/2022

Sinopse: O desiludido ator de teatro Etienne recebe um convite curioso, porém desafiador: dar aulas de encenação a um grupo de detentos num presídio francês. A turma é composta por cinco homens, cuja pena a cumprir, o professor prefere não saber. São penas graves. Porém, a caminho de terminar. 

Na abertura do filme a "A Sombra do Vampiro" (2000), atriz Greta Schoder (Catherine McCormack) reclama com diretor Murnau (John Malkovich) de que está perdendo os papeis de teatro, onde o público dá vida a ela, enquanto a câmera do cineasta suga, segundo ela, a sua vida. Nunca me esqueço dessa abertura, pois ela nos diz que que o cinema, embora seja uma arte, a mesma não possui o mesmo desafio que numa peça de teatro, onde os atores e atrizes tem o grande desafio de atuarem ao vivo enquanto milhares pessoas presenciam os seus talentos. "A Noite do Triunfo" (2022) fala um pouco do poder dessa arte da interpretação nos palcos e de como o mesmo pode ajudar determinadas pessoas a exorcizar os seus próprios demônios.  

Dirigido por Emmanuel Courcol, o filme conta a história de Etienne (Kad Merad), um ator que não consegue muitos trabalhos, isso até que um dia ele decide se juntar a uma oficina de teatro na prisão. Encarregado de ajudar os encarcerados a atuar, o grupo parece estar relutante em continuar na oficina, mas quando Etienne fala que eles irão encenar a peça Esperando Godot, de Samuel Beckett, a turma começa a ficar mais motivada. A oficina, no entanto, ficará apenas algumas semanas em funcionamento, mas Etienne acaba conseguindo que o diretor da prisão aceite que a oficina fique mais seis meses em funcionamento a fim de finalizar o grande espetáculo.  

O filme começa de uma forma bem lenta, onde Emmanuel Courcol faz questão de mostrar quem é realmente Etienne e sua real natureza com relação ao teatro. Porém, basta os detentos entrarem em cena para que a trama se acelere, ao ponto de não vermos o tempo passar, já que a interatividade entre os mesmos acaba se tornando o chamariz da obra como um todo. Isso deve, principalmente, ao fato de cada personagem ali ser muito bem construído, com as suas personalidades distintas e que a maioria tem muito a dizer sobre a sua própria história.  

Com uma edição quase frenética da metade do segundo ato até o final, Emmanuel Courcol constrói para a sua obra uma transição curiosa de momentos dramáticos para comédia e, porque não, até mesmo para momentos de pura tensão, pois torcemos para que os personagens consigam atuar na frente do grande público, pois o qualquer deslize pode acarretar grande dano. O filme em si é uma bela homenagem a esse universo do teatro, onde o lado imprevisível nos momentos da atuação é o que pode traçar o destino de um interprete e é exatamente isso que acontece no ato final da trama.  

Embora os atores que interpretam os detentos estejam ótimos em seus respectivos papeis, é Kad Merad que realmente rouba a cena nos momentos em que o personagem transita entre o descontrole e a serenidade que obtém em momentos em que a sua profissão mais exige. O final é sem sombra de dúvida só dele, pois em um momento que poderia ter dado tudo errado, o seu personagem nos brinda com um dos finais mais imprevisíveis que se possa imaginar e indo contra as nossas próprias expectativas. Claro que, por estarmos acostumados com o cinemão norte americano, ficamos esperando por eventual momento que acabamos moldando em nossos cérebros, mas cujo o resultado final nos agrada ainda mais e fazendo a gente agradecer por estarmos errados.  

Baseados em fatos verídicos que realmente aconteceram na Suécia, "A Noite do Triunfo" é uma prova que histórias vindas do mundo real se tornam muito mais surpreendentes do que qualquer mera ficção. 


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Cine Dica: Sessão Plataforma: Crime Culposo

 DESTAQUE CONTEMPORÂNEO DO IRÃ NA SESSÃO PLATAFORMA

Depois do sucesso da exibição lotada de Memoria de Apichatpong Weerasethakul, a segunda edição do ano da Sessão Plataforma apresenta no dia 04 de junho, às 20h, o longa-metragem Crime Culposo, do diretor iraniano Shahram Mokri, lançado no Festival de Veneza em 2020, na prestigiada seção competitiva Orizzonti.

Na noite de 19 de agosto de 1978, quatro homens incendiaram o Cinema Rex, na cidade de Abadan, matando mais de 400 pessoas que assistiam a uma projeção de “The Deer”, de Masoud Kimiai. Marco da revolta popular que meses depois derrubaria o governo monárquico, o episódio traumático é revisitado em um jogo ficcional labiríntico que imagina a repetição do crime na sala escura. Ao vislumbrar o risco do infinito na história iraniana, Crime Culposo circunscreve o cinema como um protagonista ao mesmo tempo incontornável e desconcertante.

Nas palavras do diretor, a obra é sobre "um impensado ato criminoso que tenta recriar significativos eventos históricos. Mas o filme não tenta reencenar a história; em vez disso é sobre o próprio Cinema."

Sessão Plataforma retorna sua programação em 2022 ressaltando a importância da experiência imersiva do cinema como potência e transformação coletiva. Atenta aos desafios do circuito de salas comerciais e da força dos serviços de streaming após a pandemia, o objetivo da sessão é proporcionar uma oportunidade única de assistir na telona da Cinemateca Capitólio renomados e impactantes filmes internacionais recentes sem distribuição garantida nos cinemas brasileiros, incluindo também importantes obras lançadas apenas em serviços de streaming.


Serviço:

Crime Culposo

(Careless Crime)

Irã, 2021, 134 minutos, DCP

Direção: Shahram Mokri

Neste filme baseado em fatos reais, quatro homens decidem colocar fogo em uma sessão de cinema.



Exibição única no sábado, 04/06 às 20h na Cinemateca Capitólio.

Todos podem pagar meia na sessão (R$ 8,00), os ingressos serão vendidos a partir de terça-feira, 31 de maio, nos horários de funcionamento da bilheteria da Cinemateca. 

Sessão Plataforma tem curadoria e produção de Davi Pretto e Paola Wink, realizada em parceria com a Coordenação de Cinema e Video da Prefeitura de Porto Alegre. Entre 2013 e 2016, a Plataforma apresentou, em sessões programadas na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro, filmes inéditos na cidade, de diversas nacionalidades, durações e bitolas, sem distribuição garantida no Brasil. Foram apresentados filmes de realizadores como Pedro Costa, Pascale Ferran, Mati Diop, Nadav Lapid, Jem Cohen, Miguel Gomes, Dominga Sotomayor, Sergei Loznitsa, Corneliu Porumboiu, entre muitos outros.

segunda-feira, 30 de maio de 2022

Cine Especial: Próximo Cine Debate: 'A Felicidade Nas Pequenas Coisas'

"A Felicidade Nas Pequenas Coisas" será debatido amanhã na live do Cine Debate. Participe. 

Sinopse: O professor Ugyen Dorji, de 20 e poucos anos, sonha em se mudar para a Austrália e ser um cantor famoso. Em seu último ano de contrato com o governo, ele é mandado para Lunana, onde deve assumir uma escola infantil. 

Atualmente estamos convivendo com uma realidade em que não nos damos mais conta da beleza em nossa volta, pois estamos cada vez mais presos em nossos celulares, trabalho e a corrida contra o tempo do dia a dia. São casos cada vez mais raros em que paramos por um momento para olharmos em volta e nos darmos conta que estamos perdendo o que mais vale a pena na vida. "A Felicidade das Pequenas Coisas" (2021) é lindo de se assistir, profundo sobre o que nos quer passar e despertando em nós o desejo de explorar esse mundo que não estamos mais conseguindo enxergar.

Dirigido pelo estreante Pawo Choyning Dorji, o filme conta a história de Ugyen, que está terminando a formação de professor, mas não tem nenhuma vocação para ensinar. Seu sonho é conseguir um visto para a Austrália, onde poderá cantar nos bares de Sydney. No entanto, é enviado pelo governo à "escola mais remota do mundo", em Lunana, no topo de uma imensa montanha. Ugyen detesta esta vida pacata e sem tecnologia, até descobrir o prazer da vida simples.

Confira a minha crítica já publicada clicando aqui e participem da live sobre o filme amanhã. 


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sexta-feira, 27 de maio de 2022

Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre 'Contatos Imediatos do Terceiro Grau'

Nota: O filme será exibido para os associados amanhã (28/05/22) na Cinemateca Capitólio.   

Sinopse: Um grupo de pessoas tenta entrar em contato com uma inteligência alienígena. Roy Neary não apenas viu um objeto voador não identificado: ele tem uma marca de queimadura para provar. Roy se recusa a aceitar uma explicação para o que viu e está disposto a dar a sua vida para descobrir a verdade sobre OVNIs. 

Steven Spielberg cresceu assistindo em sua casa e no cinema filmes de ficção cientifica e aventura dos anos cinquenta, sendo que no primeiro caso havia muitos títulos sobre invasão alienígena contra a terra. Revisto hoje, notasse que se trata de uma metáfora sobre a paranoia norte americana de possíveis invasões comunistas dentro do país e fazendo dos ETs os verdadeiros vilões de boa parte desses filmes. "Guerra dos Mundos" (1953), por exemplo, talvez tenha sido o ponta pé inicial dessa mania e fazendo com que os estúdios criassem mais obras como essa para alimentar a massa.

Dentre tantos títulos que somente serviram para entreter o público e persuadi-lo, porém, houve em 1951 o filme "O Dia Em Que a Terra Parou", onde mostrava um alienígena tentando enviar uma mensagem de alerta e paz para os terráqueos, para que eles parem de lutar um contra os outros, ou então acabarão sendo destruídos. O filme pode ser considerado até mesmo a frente do seu tempo, já que a Guerra Fria a recém estava se iniciando, mas pelo visto os realizadores da obra já estavam prevendo que boa coisa desse conflito não sairia em hipótese alguma. Foi a partir dos anos sessenta em que houve um apelo ainda maior para a paz entre as nações e fazendo com que isso criasse uma nova perspectiva com relação a uma possível chegada de alienígenas na terra.

Em "2001 - Uma Odisseia No Espaço" (1968), do mestre Stanley Kubrick, vemos que a ligação entre a raça humana e possíveis vidas fora do nosso planeta podem estar muito mais ligadas do que se imagina. Embora seja fã dos filmes dos anos cinquenta, Steven Spielberg nunca escondeu certo desconforto da maneira de como as mensagens subliminares e paranoicas daqueles tempos eram colocadas dentro das tramas. Tendo uma visão mais próxima ao de Stanley Kubrick, o diretor lançou em então 1978 "Contatos Imediatos do Terceiro Grau", onde mostrava a chegada de discos voadores não de forma ameaçadora, mas sim encantadora.

A trama se passa em uma pequena cidade americana onde vive Roy Neary (Richard Dreyfuss), um chefe de família que, ao pressentir a chegada de alienígenas, tem o seu comportamento alterado. Ele fica obcecado pela ideia e começa a investigar a situação, buscando o local de contato dos ETs. Como ele, diversas outras pessoas sentem a presença extraterrestre e rumam para o local do pouso da nave. O resultado é um contato moldado de uma forma jamais vista.

Chegando um ano após ao estrondoso sucesso de "Star Wars" (1977), Spielberg foi de contra mão se formos compara-lo ao seu amigo George Lucas, já que aqui não há uma trama sobre mocinho contra um imperador e tão pouco naves disparando raios. Ao invés disso, o realizador opta por algo mais verossímil, sobre como seria o primeiro contato dos seres humanos com alienígenas e fazendo tudo um verdadeiro espetáculo, mas como se aquilo fosse realmente possível. Um filme com uma proposta até mesmo a frente do seu tempo, mas cuja a sua mensagem prevalece até mesmo nos dias de hoje.

Vale destacar o protagonismo de Richard Dreyfuss, que aqui interpreta um personagem que fica tão obcecado pela sua visão do cenário da chegada dos alienígenas que acaba deixando para trás a sua própria família. Anos depois Spielberg revelou que jamais faria algo parecido novamente, já que posteriormente ele construiu uma família e aquela visão pertencia somente a um jovem cineasta ousado e que queria se arriscar ao máximo em tudo. Vale lembrar que o cineasta sofreu com a separação dos pais e se isso é sentido nas entrelinhas desse filme o mesmo pode ser notado em "ET" (1982) e sintetizando o fato de que suas obras nada mais são do que os seus próprios sentimentos sendo levados para tela.

Vale destacar a presença da personagem Gilliam, interpretada pela atriz Melinda Dillon, e do seu pequeno filho que rouba cena no momento de pura tensão, onde o mesmo acaba sendo levado pelos discos voadores. Falando neles, Spielberg surpreende na técnica de efeitos visuais em um tempo que não havia ainda o CGI que nós conhecemos hoje em dia e ver os discos voadores com todas as suas luzes e cores surpreende ainda hoje. Mas é no ato final que se encontra toda alma do filme, principalmente pelo fato de não ser somente bem dirigido por Steven Spielberg, como também tendo a participação magistral de John Williams.

Responsável pela trilha sonora da obra, Williams foi responsável pela criação da famosa cinco notas em que os cientistas e militares da trama tentam se comunicar com os discos voadores. Assim como foi feito em 'Tubarão" (1975), a trilha e as notas do maestro se tornam peças fundamentais dentro da trama e quando nós a ouvimos parece que já tínhamos nascido com elas em nossos pensamentos. Vale destacar a participação mais do que especial do diretor francês François Truffaut, que aqui interpreta um cientista apaixonado pelo grande mistério dos discos voadores e protagonizando um dos mais belos finais da história do cinema.

"Contatos Imediatos do Terceiro Grau" é um dos mais belos e humanos filmes sobre a chegada de alienígenas na terra e que somente Steven Spielberg poderia elaborar essa grande façanha.  

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