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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Cine Dica: Curso online REPENSANDO A NOUVELLE VAGUE

INSCRIÇÕES ABERTAS!

APRESENTAÇÃO

O Curso online REPENSANDO A NOUVELLE VAGUE, ministrado por Milton do Prado, vai analisar e repensar o movimento cinematográfico francês a partir do contexto histórico da época de sua criação e seus principais realizadores. O cinema inovador de transgressão às normas tradicionais, que influenciou diversas cinematografias internacionais, ainda encontra reflexos no cinema francês contemporâneo? 

Esta resposta será objeto de investigação do curso que fará comparações entre filmes da origem da Nouvelle Vague e filmes franceses contemporâneos. Ao longo da atividade, entre as aulas, os participantes serão convidados a assistir filmes indicados pelo professor para posterior análise, estudo e discussão durante os encontros. 

Mais informações e inscrições clique aqui. 


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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

LUTO: Christopher Plummer (1929 - 2021)

Quando eu pensava em Christopher Plummer me lembrava de um olhar que falava por si e cuja a sua presença roubava atenção de todos em sua volta. Um ator completo em todos os sentidos, onde o próprio levou a sério a sua profissão até os últimos dias de sua vida e, acima de tudo, dando o melhor de si. Assim foi  Christopher Plummer, onde a humildade e profissionalismo em sua area andavam de mãos dadas.

Talvez o primeiro grande papel de sua carreira tenha sido realmente no épico romano "A Queda do Império Romano" (1964), onde ele interpretava de forma assombrosa o imperador enlouquecido Commodus. Vale lembrar que o mesmo personagem voltaria aos cinemas no já clássico "Gladiador" (2000), agora interpretado por Joaquin Phoenix e que com certeza o mesmo buscou inspiração na atuação de Pummer no filme de Anthony Mann. Porém, o próprio Plummer jamais suspeitaria que logo em seguida iria estrelar aquele que se tornou dos melhores filmes de sua carreira.

"A Noviça Rebelde" (1965) não só deu uma revitalizada no gênero musical na época como também conquistou uma geração inteira graças a sua singela história. O filme se passa no final da década de 1930, na Áustria, quando o pesadelo nazista estava prestes a se instaurar no país. Uma noviça (Julie Andrews) que vive em um convento mas não consegue seguir as rígidas normas de conduta das religiosas, vai trabalhar como governanta na casa do capitão Von Trapp (Christopher Plummer), que tem sete filhos, viúvo e os educa como se fizessem parte de um regimento. Sua chegada modifica drasticamente o padrão da família, trazendo alegria novamente ao lar da família Von Trapp e conquistando o carinho e o respeito das crianças. Mas ela termina se apaixonando pelo capitão, que está comprometido com uma rica baronesa.

Vencedor de cinco Oscar, incluindo de melhor filme, "a Noviça Rebelde" bateu de frente com outro grande lançamento da época que foi "Doutor Jivago" (1965) e conseguindo obter um grande público. Fora isso, o ator é também lembrado por filmes como "Jornada nas Estrelas VI: A Terra Desconhecida" (1991), "Os 12 macacos" (1995), "O informante" (1999) e "Uma mente brilhante" (2001). Indicado pela primeira vez a um prêmio da Academia em 2010, ganhou seu primeiro e único Oscar, como ator coadjuvante, dois anos depois. Em "Toda forma de amor", ele interpretou Hal, um homem idoso com câncer terminal que revela ao filho que está namorando um homem.

Entre os últimos filmes que lançou, estão o drama de guerra "Verdade e honra" (2019) e a comédia de detetive "Entre facas e segredos" (2019). Ele também estava no elenco de dubladores da animação "Heroes of the golden masks", que tinha lançamento previsto para 2021. Enfim, Christopher Plummer sai de cena após conseguir obter uma carreira completa no cinema e ganhando o respeito e carinho de várias gerações ao longo das décadas. 

Filmografia: 

2020 The Last Full Measure

2019 Entre Facas e Segredos

2018 Limites

2017 A Estrela de Belém

2017 A Exceção

2017 O Homem que Inventou o Natal

2017 Todo o Dinheiro do Mundo

2016 Little Mizz Innocent

2015 Memórias Secretas

2015 Não Olhe para Trás

2014 Elsa & Fred

2014 Hector e a Procura da Felicidade

2014 O Impostor

2013 A Lenda de Sarila

2013 A Maior Luta de Muhammad Ali

2011 Millennium - Os Homens Que Não Amavam as Mulheres

2011 Padre

2010 Toda Forma de Amor

2009 9 - A Salvação

2009 A Última Estação

2009 O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus

2009 Up - Altas Aventuras

2007 Aritmética Emocional

2006 A Casa do Lago

2006 O Plano Perfeito

2006 Um Amor para Toda Vida

2005 O Novo Mundo

2005 Syriana - A Indústria do Petróleo

2004 A Lenda do Tesouro Perdido

2004 Alexandre

2004 Procura-se um Amor que Goste de Cachorros

2002 Ararat

2002 Garganta do Diabo

2002 O Herói da Família

Ralph Nickleby 3,7

2001 Um Golpe de Sorte

2001 Uma Mente Brilhante

Doctor Rosen 4,6

2000 Drácula 2000

1999 O Informante

1998 O Poder da Notícia

1997 O Mundo Encantado dos Brinquedos

1995 Eclipse Total

1995 Os 12 Macacos

1994 Lobo

1992 Malcolm X

1991 Jornada nas Estrelas VI - A Terra Desconhecida

1990 Onde Está o Coração

1987 Dragnet - Desafiando o Perigo

1987 The Cosby Show - Temporada 4

1986 Fievel - Um Conto Americano

1984 Punição para a Inocência

1983 O Escarlate e o Negro

1983 Pássaros Feridos - Temporada 1

1981 Testemunha Fatal

1980 Em Algum Lugar do Passado

1978 Duplo Triunfo

1977 Jesus de Nazaré

1977 O Desaparecimento

1975 A Volta da Pantera Cor de Rosa

1975 O Homem Que Queria Ser Rei

1974 After the Fall

1969 A Batalha da Grã-Bretanha

1967 A Noite dos Generais

1965 A Noviça Rebelde

1964 A Queda do Império Romano

1958  Stage Struck


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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Cine Especial: Cine Debate: 'Se Algo Acontecer... Te Amo' e 'Mudando as Baterias' (2014)

NOTA: Os curtas serão debatidos no próximo Cine Debate dia 09/02/21. Para participar basta entrar em contato com Maria Emília Bottini clicando aqui. 


Não é preciso necessariamente de diálogos para se criar uma narrativa, pois as imagens, se elas forem bem dirigidas, nos dizem muito mais do que meras palavras ditas. Se no primeiro ato de "Up: Altas Aventuras" (2009) as imagens falam por si, por outro lado, o curta "O Avião de Papel" (2012) era uma prova que uma boa história pode sim ser moldada para um curto espaço de tempo. Em apenas 12 minutos, "Se Algo Acontecer...Te Amo" (2020) nos arranca lágrimas com facilidade e nos deixa sem chão por alguns minutos após a sua exibição.  

Produzido pela atriz Laura Dern, e escrito e dirigido por Michael Govier e Will McCormack – este último co-roteirista de Toy Story 4 -, "Se Algo Acontecer… Te Amo" abre com um casal fazendo uma refeição em lados opostos da mesa, distantes. Através de suas sombras, que simbolizam as emoções, o filme passa a impressão de que será sobre as cicatrizes e o afastamento de um relacionamento matrimonial. Aos poucos, o espectador vai percebendo o que os levou a chegar em tal situação. 

Confira a minha crítica completa já publicada clicando aqui. 

Onde Assistir: Netflix

'Mudando as Baterias' (2014) 

Trata-se de uma bela animação vinda da Malásia, que conta a comovente história de uma senhora de idade que vive sozinha em sua casa, até a chegada de uma encomenda curiosa: um pequeno robô para ser seu amigo eletrônico.

O curta metragem serve para refletir, não apenas sobre o poder da amizade, como também da  simbologia universal da bateria como representação desta força vital, da energia que nos mantém vivos, viver e renovar a esperança com relação a vida vida, na amizade e no amor. Impossível não pensar na vida atual, em que solitários se relacionam cada vez mais com pessoas virtuais, via redes sociais. Que muitos perfis falsos nas redes sociais são inclusive robôs que servem para disseminar propagandas ou vírus. Que muitos agem como autômatos diante de um fone celular, um tablet, notebook, quando conectados ao mundo digital.

O mais comovente na história é esta sutil ironia de a máquina ter a consciência de que todos somos alimentados por baterias, e quando a dele acaba, a sua amiga idosa sempre troca a gasta por uma nova, permitindo que ele viva eternamente. Entretanto, quando a situação se inverte, é tocante ver uma máquina colocando suas pilhas novas e usadas no bolso da idosa, tentando reanimá-la. Um pequeno robô que age como uma ingênua criança descobrindo os mistérios da vida.

Assista abaixo completo pelo Youtube. 


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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Cine Especial: Cine Debate: 'Bao'

NOTA: O curta será debatido no próximo Cine Debate dia 09/02/21. Para participar basta entrar em contato com Maria Emília Bottini clicando aqui. 

Sinopse: Sofrendo com a ausência do filho, uma mãe volta a ver sentido na vida quando um dos bolinhos que preparou ganha vida. 

Quando se analisa os filmes da Pixar cada vez mais se percebe que eles são feitos para o público adulto. Se por um lado o visual dos seus filmes é fofo com relação aos seus personagens cativantes, do outro, se percebe que há uma carga madura em que é explorado diversas questões sobre cruzada da vida. "Bao" (2018) é um curta metragem surpreendente, sobre a relação de uma dona de casa com o seu bolinho que cria vida, mas a peça central se encontra mais embaixo do que se imagina.

Com um visual que presta uma homenagem e respeito a cultura japonesa, o filme presta todo um cuidado para que os seus personagens aparentam serem fofos aos nosso olhos, mas cujo os seus sentimentos é muito próximo da realidade dos seres humanos do lado de cá da tela. A relação de amor e alto proteção da mãe com o seu bolinho seria uma espécie de metáfora da passagem da vida inocente de uma criança para uma vida adulta, mas tendo que enfrentar o negacionismo da mãe que não aceita tais mudanças. Com situações que transitam para o humor e momentos até mesmo mais sérios, o ato final se torna um dos mais corajosos do estúdio e nos pegando desprevenidos.

Resumidamente, é um curta sobre a realidade crua e difícil sobre o fato dos pais terem que deixar os seus filhos livres para seguirem o seu próprio caminho, mas não conseguindo esconder a dor com relação a isso. Psicologicamente falando, o filme consegue passar muito bem isso em uma trama que transita entre o sonho e a realidade e onde ambos se cruzam em um momento criativo para os nossos olhos. "Bao" é e sempre será um curta gostoso e reflexivo para ser visto analisado ao longo dos anos. 

Onde Assistir: Disney+ 


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Cine Curiosidade: Indicados ao Globo de Ouro 2021

Nomadland

A Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA) anunciou hoje (3) os indicados ao Globo de Ouro 2021. O evento costuma acontecer nas primeiras semanas do ano, mas foi adiado por conta da pandemia de Covid-19 e será realizado em 28 de fevereiro.

Confira os Indicados: 


MELHOR FILME DE DRAMA

Meu Pai

Mank

Nomadland

Bela Vingança (Promising Young Woman)

Os 7 de Chicago


MELHOR ATRIZ EM FILME DE DRAMA

Viola Davis - A Voz Suprema do Blues

Andra Day - Estados Unidos Vs Billie Holiday

Vanessa Kirby - Pieces of a Woman

Frances McDormand - Nomadland

Carey Mulligan - Bela Vingança (Promising Young Woman)


MELHOR ATOR EM FILME DE DRAMA

Riz Ahmed - O Som do Silêncio

Chadwick Boseman - A Voz Suprema do Blues

Anthony Hopkins - Meu Pai

Gary Oldman - Mank

Tahar Rahim - The Mauritanian


MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM FILME

Glenn Close - Era uma Vez um Sonho

Olivia Colman - Meu Pai

Jodie Foster - The Mauritanian

Amanda Seyfried - Mank

Helena Zengel - Relatos do Mundo


MELHOR ATOR COADJUVANTE EM FILME

Sacha Baron Cohen - Os 7 de Chicago

Daniel Kaluuya - Judas e o Messias Negro

Jared Leto - Pequenos Vestígios

Bill Murray - On The Rocks

Leslie Odom Jr. - Uma Noite em Miami


MELHOR DIREÇÃO EM FILME

Emerald Fennell - Bela Vingança (Promising Young Woman)

David Fincher - Mank

Chloé Zhao - Nomadland

Regina King - Uma Noite em Miami

Aaron Sorkin - Os 7 de Chicago


MELHOR ROTEIRO EM FILME

Bela Vingança (Promising Young Woman)

Mank

Os 7 de Chicago

Meu Pai

Nomadland


MELHOR ANIMAÇÃO

Os Croods 2: Uma Nova Era

Dois Irmãos - Uma Jornada Fantástica

A Caminho da Lua

Soul

Wolfwalkers


MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA

Another Round - Dinamarca

A Maldição da Chorona - França, Guatemala

Rosa e Momo - Itália

Minari - Em Busca da Felicidade - EUA

Nós Duas - EUA, França


MELHOR TRILHA SONORA EM FILME

O Céu da Meia-Noite

Tenet

Relatos do Mundo

Mank

Soul


MELHOR CANÇÃO EM FILME

"Fight for You" - Judas e o Messias Negro

"Hear My Voice" - Os 7 de Chicago

"Io Sí (Seen)" - Rosa e Momo

"Speak Now" - Uma Noite em Miami

"Tigress & Tweed" - Estados Unidos Vs Billie Holiday


MELHOR FILME DE COMÉDIA OU MUSICAL

Borat: Fita de Cinema Seguinte

Hamilton

Music

Palm Springs

A Festa de Formatura (The Prom)


MELHOR ATRIZ EM FILME DE COMÉDIA OU MUSICAL

Maria Bakalova - Borat: Fita de Cinema Seguinte

Kate Hudson - Music

Michelle Pfeiffer - French Exit

Rosamund Pike - I Care a Lot

Anya Taylor-Joy - Emma


MELHOR ATOR EM FILME DE COMÉDIA OU MUSICAL

Sacha Baron Cohen - Borat: Fita de Cinema Seguinte

James Corden - A Festa de Formatura (The Prom)

Lin-Manuel Miranda - Hamilton

Dev Patel - The Personal History of David Copperfield

Andy Samberg - Palm Springs


MELHOR SÉRIE DE DRAMA

The Mandalorian

The Crown

Lovecraft Country

Ozark

Ratched


MELHOR ATRIZ EM SÉRIE DE DRAMA

Emma Corrin - The Crown

Olivia Colman - The Crown

Jodie Comer - Killing Eve

Laura Linney - Ozark

Sarah Paulson - Ratched


MELHOR ATOR EM SÉRIE DE DRAMA

Jason Bateman - Ozark

Josh O'Connor - The Crown

Bob Odenkirk - Better Call Saul

Matthew Rhys - Perry Mason

Al Pacino - Hunters


MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM SÉRIE

Gillian Anderson - The Crown

Helena Bonham Carter - The Crown

Julia Garner - Ozark

Annie Murphy - Schitt's Creek

Cynthia Nixon - Ratched


MELHOR ATOR COADJUVANTE EM SÉRIE

John Boyega - Small Axe

Brendan Gleeson - The Comey Rule

Daniel Levy - Schitt's Creek

Jim Parsons - Hollywood

Donald Sutherland - The Undoing


MELHOR SÉRIE DE COMÉDIA OU MUSICAL

Emily em Paris

The Flight Attendant

Schitt's Creek

The Great

Ted Lasso


MELHOR ATRIZ EM SÉRIE DE COMÉDIA OU MUSICAL

Lily Collins - Emily em Paris

Kaley Cuoco - The Flight Attendant

Elle Fanning - The Great

Catherine O'Hara - Schitt’s Creek

Jane Levy - Zoey e sua Playlist Extraordinária


MELHOR ATOR EM SÉRIE DE COMÉDIA OU MUSICAL

Don Cheadle - Black Monday

Nicholas Hoult - The Great

Eugene Levy - Schitt's Creek

Jason Sudeikis - Ted Lasso

Ramy Youssef - Ramy


MELHOR MINISSÉRIE OU FILME PARA TV

Normal People

O Gambito da Rainha

Small Axe

The Undoing

Nada Ortodoxa


MELHOR ATRIZ EM MINISSÉRIE OU FILME PARA TV

Cate Blanchett - Mrs. America

Daisy Edgar-Jones - Normal People

Shira Haas - Nada Ortodoxa

Nicole Kidman - The Undoing

Anya Taylor-Joy - O Gambito da Rainha


MELHOR ATOR EM MINISSÉRIE OU FILME PARA TV

Bryan Cranston - Your Honor

Jeff Daniels - The Comey Rule

Hugh Grant - The Undoing

Ethan Hawke - The Good Lord Bird

Mark Ruffalo - I Know This Much is True


PRÊMIO CECIL B. DE MILLE

Jane Fonda


PRÊMIO CAROL BURNETT

Norman Lear


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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Cine Especial: Cine Debate: 'Umbrella'

NOTA: O curta será debatido no próximo Cine Debate dia 09/02/21. Para participar basta entrar em contato com Maria Emília Bottini clicando aqui.

Sinopse:  Inspirado em eventos reais, enquanto uma menina visitava um lar de crianças ela conhece Joseph, um menino que sonha em ter um guarda-chuva amarelo. Esse encontro inesperado desperta as memórias do passado dele.  

O cinema brasileiro de animação tem uma história farta de bons títulos, mas que não são muito reconhecidos pelo grande público nosso. Porém, bastou ser lançado o ótimo "O Menino e o Mundo" (2016) para que o público brasileiro se dar conta que a palavra criatividade é o que dá ordem na casa nesta forma de contar boas história. Embora com meros oito minutos, "Umbrella" nos emociona pela sua singela história criativa e cuja própria não está muito distante da realidade de muitas pessoas.

Dirigido por Helena Hilario e Mario Pece, o curta "Umbrella" conta a história de um pequeno órfão que, sem motivo aparente algum, encanta-se por um guarda-chuva amarelo, pertencente a uma mulher que visita o orfanato em que ele vive. Embora comum, o garoto descobre que o objeto pode fazer muito mais do que apenas protegê-lo da chuva. A partir daí, a história transita entre, o passado, presente e o futuro.

Embora não tenha a mesma qualidade de um estúdio Pixar, os realizadores se empenharam em criar um visual rico de detalhes, onde a trama se passa em uma cidade não especifica, porém, extremamente familiar. A computação gráfica chama atenção pelas suas qualidades, porém, é preciso dar destaque nos momentos em que a mesma dá lugar, tanto ao desenho tradicional, como também ao velho stop motion mesmo em um curto espaço de tempo. Uma forma bem vinda para nos dizer que as velhas fórmulas de contar boas histórias em animação nunca ficaram esgotadas.

Curiosamente, o filme toca até mesmo em assuntos delicados do mundo atual, que vai desde a imigração como também saber enxergar a dor do próximo. O jovem protagonista não diz nenhuma palavra, mas os seus desenhos escondidos em um armário falam por si e revelando uma jornada dolorosa em seus primeiros anos de vida. O final nos parte o coração, mas deixando um ar esperançoso e de que sempre haverá um novo recomeço.

"Umbrella" é uma pequena joia do nosso cinema brasileiro e se tornando uma grata surpresa para os nossos olhos. 

Onde Assistir: Gratuitamente pelo Youtube. 




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terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Cine Dica: Streaming: 'Hamilton'

Sinopse: Por meio da história de um dos principais fundadores americanos e primeiro secretário do Tesouro, Alexander Hamilton, a trilha sonora que mistura hip-hop, jazz, R&B e Broadway revoluciona o teatro no The Richard Rodgers Theatre, na Broadway, em junho de 2016. 

Shows da Broadway são comuns ao serem levados para telas do cinema e fazerem um grande sucesso. "Os Miseráveis" (2012), por exemplo, foi bem feito pelo fato de se manter fiel as suas raízes e criando uma obra dinâmica do começo ao final dela. "Hamilton" (2020) dá um passo muito além de sua proposta, ao colocar o cinéfilo dentro do palco e testemunhando o esforço do elenco ao manter um grande espetáculo.

Dirigido pelo próprio diretor da peça, Thomas Kail, "Hamilton" é um musical que conta a história da América por vozes americanas. Por meio da história de um dos principais fundadores americanos e primeiro secretário do Tesouro, Alexander Hamilton, a trilha sonora que mistura hip-hop, jazz, R&B e Broadway revoluciona o teatro no The Richard Rodgers Theatre, na Broadway, em junho de 2016.

Inicialmente pensado para ser adaptado para o cinema e ser lançado em 2021, o projeto acabou sendo engavetado devido a pandemia do ano passado. Porém, os estúdios Disney decidiram filmar o espetáculo em sua própria em sua casa, ou seja, a trama se passando realmente em um palco da Broadway. Para isso, foi convocado Thomas Kail para comandar a sua própria cria e o resultado não decepciona.

Para começar, Kail não erra ao utilizar os recursos de cinema para filmar as cenas e consegue como ninguém filmar com exatidão os momentos principais da trama. Ao mesmo tempo é um requinte único o figurino, a edição e o show de luzes e cores que moldam o filme como um todo e cuja as músicas que dão ritmo a trama empolga a todo momento. Há de destacar, logicamente, o esforço de cada um dos intérpretes/cantores, sendo que testemunhamos eles suarem a todo momento, mas nunca perdendo o ritmo dentro do palco.

Ao mesmo tempo, o filme é uma pequena aula sobre as raízes dos primeiros fundadores americanos, onde se discute direitos iguais do começo ao fim do conto. Notasse, porém, que Lin-Manuel Miranda é um tanto que limitado justamente ao interpretar o próprio protagonista, mas o diretor acabou sendo engenhoso ao escolher um elenco que pudesse ofuscar esse lado negativo. Leslie Odom Jr, por exemplo, está fenomenal como Burr, Phillipa Soo te emociona com um olhar de Eliza, Renée Elise Goldsberry é cativante e Daveed Diggs comanda o palco como ninguém, criando dois personagens, Lafayette e justamente Thomas Jefferson.

Claro que muitos irão acusar a produção de não ser um filme, mas sim apenas uma peça que acabou sendo filmada. Isso é um equívoco se chegarmos a esse ponto, já que o cinema em si nasceu como uma experiência experimental, da qual os irmãos Louis Lumière começaram a filmar o cotidiano do seu dia a dia e das demais pessoas. Portanto, eu enxergo o filme como uma espécie de retorno as velhas fórmulas de como se fazia um bom cinema e sem o uso da pirotecnia que tanto polui filmes que se dizem super produções hoje em dia.

"Hamilton" é a prova de um belo casamento entre a sétima arte e os grandes shows da Broadway.


Onde Assistir: Disney+

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