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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 13 de março de 2020

Cine Dica: "NÓIS POR NÓIS” ESTREIA DIA 12 DE MARÇO NA SESSÃO DAS 19H NO CINEBANCÁRIOS

Novo longa de de Aly Muritiba e Jandir Santin acompanha a vida de jovens da periferia


“Nóis Por Nóis”, que  acompanha a vida de jovens da Vila Sabará, comunidade da periferia de curitiba que têm seus destinos selados após uma festa,  ESTREIA DIA 12 DE MARÇO NA SESSÃO DAS 19H NO CINEBANCÁRIOS.
Dirigido pela dupla Aly Muritiba e Jandir Santin o longa de ficção trabalha com atores naturais e traz no casting jovens da cidade que pertencem ao movimento negro e do RAP “Fizemos um amplo processo de casting e depois de preparação com a molecada do RAP e do movimento negro da cidade, que junto com atores e atrizes profissionais nos ajudaram a dar forma ao roteiro”, complemente Muritiba.
A ideia de fazer um filme com jovens da periferia, mais especificamente da Vila Sabará, a maior ocupação urbana da cidade de curitiba e que tem um longo histórico de luta, partiu do Jandir Santin, que atuava como educador na comunidade trabalhando com audiovisual. Como Aly Muritiba já realizava um cinema político e tinha alguma experiência com atores naturais, ele fez o convite para Muritiba pensar e escrever a história com ele. A ideia original era retratar o cotidiano de meninas e meninos que tentam sobreviver e criar naquele ambiente adverso.
Depois de falar sobre bullying virtual e no universo jovem com “Ferrugem”, Muritiba revisita esse universo com “Nóis por Nóis”, mas com diferentes questões “As questões que atravessam os jovens periféricos são de outra natureza, são mais urgentes e diretas, menos existencialistas e mais de natureza da existência física mesmo. O simples fato de estar no mundo, de se locomover nas ruas, já constitui uma situação de insegurança quando se é preto, pardo ou mina. Então era importante em "Nóis por Nóis" dar a ver esta situação, mas não apenas como diagnóstico, mas apontando caminhos de resistência também. É por isso que neste filme os corpos estão nas ruas, ocupando e reivindicando o direito à existência. Em ‘Ferrugem’ os corpos juvenis estão nos condomínios, nas escolas, atrás de muros. Aqui não”, explica o Muritiba.

Ficha técnica:
2018 | Brasil | DCP| 89 min.
Com Ma Ry (Mari), Matheus Moura (Japa), Maicon Douglas (Gui), Otávio Linhares (Cabo Rocha), Luiz Bertazzo (Nando), Matheus Correa (Café), Stephanie Fernandes (Jana), Felipe Shat (Shat)

Classificação indicativa: a verificar
Sinopse: O Baile rola solto e enquanto o RAP ecoa das caixas de som, quatro amigos vagam pela pista com objetivos bem distintos. O que eles não sabem é que seus destinos estarão selados para sempre após esta noite.
Os ingressos podem ser adquiridos por R$ 12,00 na bilheteria do cinema ou no site ingresso.com . Idosos, estudantes, bancários sindicalizados, jornalistas sindicalizados, portadores de ID Jovem, trabalhadores associados em sindicatos filiados a CUT-RS e pessoas com deficiência pagam R$ 6,00. Aceitamos Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.

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quinta-feira, 12 de março de 2020

Cine Dica: Em Cartaz: 'Fim de Festa' - Brasil em melancólica

Sinopse: Breno e Penha conhecem Ângelo e Indira, um casal que veio da Bahia para festejar o Carnaval. Em uma confraternização, os quatro jovens se reúnem na casa de Breno, mas a Quarta-Feira de Cinzas traz uma má notícia. 

Após o golpe político de 2016 o Brasil vive uma espécie de transe, ou na melhor das hipóteses de uma ressaca moral. A sensação que se dá é que o povo participou de uma espécie de orgia das grandes, onde se podia extravasar tudo o que podia, mas se sentindo arrependido, mesmo nunca admitindo. "Fim de Festa" fala de uma sociedade desorientada, mas que tenta manter do pouco que havia sido construído em um passado mais dourado.
Dirigido por Hilton Lacerda, do filme "Tatuagem", (2013), o filme conta a história de Breno (Gustavo Patriota) e Penha (Amanda Beça) que conhecem Ângelo (Leandro Villa) e Indira (Safira Moreira), um casal que veio da Bahia para festejar o carnaval. Em uma confraternização, os quatro jovens se reúnem na casa de Breno, mas a quarta-feira de cinzas traz uma má notícia: uma jovem francesa é brutalmente assassinada por asfixia. O crime faz com que o pai de Breno (Irandhir Santos), um policial civil, retorne mais cedo de suas férias para investigar o caso.
Prestando pequenas homenagens ao clássico "O Bandido da Luz Vermelha" (1968), Hilton Lacerda cria um pequeno mosaico sobre os desdobramentos após o misterioso assassinato da francesa. O legal disso é que o realizador consegue criar uma boa crítica ao jornalismo sensacionalista, principalmente em tempos em que a internet cheia de fake news acaba tendo mais relevância do que um jornalismo profissional. Devido a isso sentimos uma sensação de fadiga entre os personagens principais e cujo o tal crime acaba se tornando irrelevante em algumas ocasiões.
Ao mesmo tempo o filme revela a face hipócrita do povo brasileiro, principalmente aquele que se diz cidadão de bem, mas que detesta o que a democracia havia criado, seja a liberdade de expressão, ou no direito de ir e vir da maneira como quer. A trama se passa horas após o encerramento do carnaval de Pernambuco, onde todos podiam fazer o que bem entender, mas revelando o lado até mesmo pouco patriótico de determinadas pessoas que se dizem brasileiras, mas que odeiam a nossa cultura. Há, por exemplo, figuras que desejam morar em países que se dizem civilizados, ou aqueles que se viram obrigados a voltar a uma terra que um dia havia sido a sua casa.
Nesse cenário, portanto, o crime acaba ficando em segundo plano na linha narrativa, mas ganhando relevância graças ao desempenho de Irandhir Santos em cena. Seu personagem, aliás, nada mais é do que uma representação de uma parcela do povo brasileiro que se encontra cansado perante a tanta hipocrisia e das mudanças diversas que ocorrem, tanto em sua vida pessoal, como também na realidade de fora do seu círculo natural. Porém, Breno é também uma representação daquele brasileiro que tenta manter ainda com o que tem, mesmo quando as mudanças invadem a sua vida, mas contornando a situação com certa desenvoltura.
O ato final transita pelo lado previsível, mas ao mesmo tempo sendo algo esperado, principalmente por querer dialogar com realidade do lado de cá da tela. O que vemos, portanto, são personagens seguindo em frente em um Brasil saído dos trilhos, mas tendo que continuarem sobrevivendo, mesmo quando outros lhe dizem ao contrário. Ao final a sensação é melancólica, mas ao mesmo tempo justa.
"Fim de Festa" fala sobre um povo brasileiro cansado, mas que se vê disposto em seguir em frente mesmo em meio aos destroços. 


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Cine Dica: FOTOGRAFAÇÃO’,DE LAURO ESCOREL, ESTREIA NOCINEBANCÁRIOS EM 12 DE MARÇO NA SESSÃO DAS 17H


FOTOGRAFAÇÃO, novo trabalho de Lauro Escorel, fez sua estreia no 24º Festival Internacional de Documentários – É Tudo Verdade 2019 e chega ao circuito comercial emPorto Alegre no dia 12 de março, no CineBancários, na sessão das 17h.O documentário propõe um olhar sobre a fotografia brasileira, desde seu surgimento aos dias atuais, passando pelos principais nomes dessa arte, até o impacto das novas tecnologias e da fotografia digital na sociedade contemporânea.
Escorel, que atuou como diretor de fotografia em filmes de Leon Hirszman, Cacá Diegues e Hector Babenco, entre muitos outros, teve a ideia do documentário em 2014. “Foi do desejo de mostrar a um público mais amplo as belas imagens guardadas nos principais acervos do país que nasceu a ideia de fazer um documentário sobre a história da nossa fotografia. Vi ali a possibilidade de narrar como se deu a apresentação do Brasil aos brasileiros (e ao mundo) por meio da fotografia", explica.
Durante o processo de pesquisa que durou mais de três anos, concebeu, além do longa FOTOGRAFAÇÃO, a série para TV “Itinerários do Olhar”. Anteriormente, dirigiu “Sonho Sem Fim” e diversos documentários, com destaque para o premiado “Libertários”. Mais recentemente codirigiu com Paulo Beti e Eliane Jardinni “A Fera na Selva”.
“Busquei valorizar o trabalho daqueles fotógrafos que nos ajudaram a construir a imagem do país que trazemos conosco, valorizando seu olhar humanista”, comenta Escorel, que buscou os elos de ligação entre os fotógrafos e suas imagens, para construir sua narrativa e selecionar os que seriam abordados no filme.
Unindo sua experiência profissional e pessoal, o diretor apresenta os primeiros fotógrafos a atuarem no Brasil, ainda no século XIX, como Marc Ferrez e Augusto Malta, passa pelos registros fotográficos do modernista Mário de Andrade e detém-se nos principais praticantes da fotografia moderna: Hildegard Rosenthal, José Medeiros, Marcel Gautherot e Pierre Verger.
O documentário também se vale de algumas imagens de filmes brasileiros, em que Escorel participou como diretor de fotografia, para apresentar a conexão entre a fotografia e o cinema brasileiros, para então chegar aos dias de hoje, no qual observa os resultados da atual proliferação da imagem digital. “Fotografar agora parece estar ligado a se mostrar, postar na rede e talvez lembrar. Não é mais sobre a imagem, sobre a ideia de captar um momento único, um quadro, uma composição”.
Diante deste quadro o cineasta se pergunta: “Como seremos lembrados por meio destas fotografias no futuro?”.
“FOTOGRAFAÇÃO” é uma produção de Zita Carvalhosa, da Cinematográfica Superfilmes, uma coprodução da Spcine e contou com o apoio dos acervos fotográficos do Instituto Moreira Salles, da Fundação Pierre Verger e do Instituto de Estudos Brasileiros da USP. A distribuição no Brasil é da Pandora Filmes.

SINOPSE
"FOTOGRAFAÇÃO" é um documentário sobre momentos marcantes da História da Fotografia Brasileira, construído através do olhar de Lauro Escorel, atuante diretor de fotografia do cinema brasileiro. O filme focaliza a representação do País no trabalho de diversos fotógrafos e reflete sobre o impacto da fotografia digital na sociedade contemporânea.

FICHA TÉCNICA
Direção: Lauro Escorel
Roteiro: Evaldo Mocarzel e Lauro Escorel
Pesquisa: Antonio Venancio
Direção de Fotografia: Carlos Ebert, Guy Gonçalves, Jacques Cheuiche e Lúcio Kodato
Montagem: Idê Lacreta
Desenho de Som: Ricardo Reis
Edição de Som: Miriam Biderman
Música Original: Zé Nogueira
Produção Executiva: Zita Carvalhosa
Produtor: Cinematográfica Superfilmes
Produtora Associada: Cinefilmes
Idioma: Português
Gênero: Documentário
Ano: 2019
Duração: 76 min
País: Brasil
Classificação: livre

FILMOGRAFIA DO DIRETOR
Primeiro de Maio, 1972
Teatro de la calle, 1974
Libertários, 1976
Arraes de Volta, 1979
Sonho sem Fim, 1986
Improvável Encontro, 2016

SOBRE A PANDORA FILMES
A Pandora é uma distribuidora de filmes independentes que há 30 anos busca ampliar os horizontes da distribuição de filmes no Brasil revelando nomes outrora desconhecidos no país, como Krzysztof Kieślowski, Theo Angelopoulos e Wong Kar-Wai, e relançando clássicos memoráveis em cópias restauradas, de diretores como Federico Fellini, Ingmar Bergman e Billy Wilder. Sempre acompanhando as novas tendências do cinema mundial, os lançamentos recentes incluem “O Apartamento”, de Asghar Farhadi, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro; e os vencedores da Palma de Ouro de Cannes: “The Square – A Arte da Discórdia”, de Ruben Östlund e “Parasita”, de Bong Joon Ho.
Paralelamente aos filmes internacionais, a Pandora atua com o cinema brasileiro, lançando obras de diretores renomados e de novos talentos, como Ruy Guerra, Edgard Navarro, Sérgio Bianchi, Beto Brant, Fernando Meirelles, Gustavo Galvão, Armando Praça, Helena Ignez, Tata Amaral, Anna Muylaert, Petra Costa, Pedro Serrano e Gabriela Amaral Almeida.

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quarta-feira, 11 de março de 2020

Cine Dica: Cartaz: 'Inaudito' - Uma dose de prepotência

Sinopse: Documentário realizado com Lanny Gordin, guitarrista fundamental da Tropicália, que “eletrizou” Gal Costa, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Jards Macalé, dentre outros. Lanny nos revela o seu processo libertário de composição e pensamento atual, embarcando em uma insólita odisseia pelo Brasil e pela China, seu país de nascimento.  

Existem várias formas de se fazer um bom documentário, desde fazer entrevistas, como também as imagens falarem por si sobre determinado tema. O problema se encontra quando o projeto não vai de um lugar para o outro, mas sim sendo sucumbido pela prepotência do protagonista como um todo. "Inaudito" fala mais ou menos sobre isso, cuja a obra é curiosa pela sua proposta, mas sucumbe perante a própria presença constante do protagonista.
Dirigido por Gregorio Gananian, o filme fala sobre  Lanny Gordin, que fez carreira como músico no Brasil, durante as décadas de 60 e 70. Neste período, trabalhou em discos e shows de Gal Costa, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Erasmo Carlos, Jards Macalé e outros ícones da música popular brasileira. O ostracismo veio no final da década de 70, associado ao desenvolvimento de esquizofrenia. Aos 65 anos, Lanny relata sua chegada ao país e revela seus pensamentos sobre a vida e, especialmente, sua relação com a música.
Transitando entre a arte cinematográfica e artes plásticas, o filme é moldado pelos pensamentos e ideias do cantor, cuja a figura não esconde as marcas que a vida lhe deu, mas usando isso para nos passar uma ideia sobre a sua superação. Com isso, ficamos transitando entre a sua música, poemas e pensamentos sobre a vida e da qual ele prega com um alto grau de autoestima. Porém, há uma prepotência em abundância vindo de sua parte e cuja essa sensação que eu tive é o que me fez achar a obra cansativa.
Não que eu não goste de um cinema experimental brasileiro, pois basta pegar, por exemplo, os tempos do nosso "cinema marginal" para constatarmos que havia ali algo de precioso. Porém, este documentário fica somente preso, tanto na figura do cantor, como também em imagens, por vezes, abstratas e que talvez queira passar uma representação da mente do protagonista. Embora conheçamos sobre a sua vida somente por cima, ao menos, algumas cenas de arquivo revelem os prelúdios que o fizeram dele se tornar o que ele é agora.
O que me fez sentir falta também foi entrevista de determinadas pessoas para falarem sobre essa figura curiosa da música. Se houvesse, por exemplo, um Caetano Veloso tentando nos explicar e analisar sobre a figura de Lanny Gordin garanto que a obra se tornaria muito mais rica. Ao invés disso, ficamos sendo sugados pela proposta do próprio musico doa o que doer e cabe paciência e a boa vontade de quem for assistir.
"Inaudito" nos convida para conhecermos um artista, mas fazendo a gente correr sério risco de nos aborrecermos com a sua proposta. 


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Cine Dica: Michel Ocelot, Albert Serra e Tsui Hark (12 a 18 de março)

DILILI EM PARIS E LIBERTÉ EM CARTAZ FILME BANIDO DE TSUI HARK NO PROJETO RAROS
Dilili à Paris

A partir de quinta-feira, 12 de março, a Cinemateca Capitólio apresenta dois filmes em cartaz: a animação Dilili em Paris, de Michel Ocelot, sucesso da Sessão Vagalume de março, e Liberté, a mais recente obra do consagrado diretor catalão Albert Serra. O valor do ingresso é R$ 16,00, com meia entrada para estudantes e idosos.
Na sexta-feira, 13 de março, às 20h, uma edição do Projeto Raros apresenta o polêmico Não Brinque com Fogo, de Tsui Hark, um dos grandes mestres do cinema de Hong Kong. Com entrada franca, a sessão conta com apresentação e comentários em vídeo do crítico e pesquisador Filipe Furtado, curador da mostra Cidade em Chamas: O Cinema de Hong Kong.
A sessão do Projeto Raros integra a programação da mostra 1980, que também apresenta nesta semana filmes de diretores como Martin Scorsese, John Carpenter, Paul Verhoeven, Dennis Hopper, Robert Altman, Brian De Palma, Michael Cimino e Clint Eastwood.

FILMES

LIBERTÉ
França/Portugal/Espanha/Alemanha, 2019, DCP, 132 minutos
Direção: Albert Serra
Distribuição: Zeta Filmes
Classificação: 18 anos
Em algum lugar entre Potsdam e Berlim, em 1774, pouco antes da Revolução Francesa, Madame de Dumeval, Duque de Tesis e Duque de Wand, libertinos expulsos da puritana corte de Luís XVI, pedem apoio ao lendário e sedutor Duque de Walchen, livre-pensador alemão, que vive solitário num país onde reinam a falsa virtude e a hipocrisia. A missão deles é exportar a libertinagem, filosofia do século das Luzes baseada na rejeição aos limites morais e às autoridades, mas, além disso, precisam encontrar um lugar seguro para realizarem seus jogos libertinos., nos quais a busca por prazer obedece apenas às leis ditadas pelos desejos não realizados.

DILILI EM PARIS
(Dilili à Paris)
França/Alemanha/Bélgica, 2018, DCP, 98 minutos
Direção: Michel Ocelot
Distribuição: Imovision
Versão dublada em português.
Classificação: livre
Durante sua primeira visita a Paris, a jovem Dilili precisa desvendar os misteriosos sequestros de várias meninas, que estão assombrando a cidade luz. Para isso, ela encontrará amigos extraordinários, como Monet, Rodin, Santos Dumont e muitos outros, que irão ajudá-la a combater os Mestres do Mal e resgatar as garotinhas.

NÃO BRINQUE COM FOGO
(Di yi lei xing wei xian)
Hong Kong, 1980, 95 minutos, digital com legendas em português Direção: Tsui Hark
Classificação: 16 anos
Brutal! Sádico! Niilista! Raivoso! O terceiro longa-metragem do líder da New Wave de Hong Kong, Tsui Hark, é uma severa acusação à civilização moderna, encontrando malícia em todos os aspectos da humanidade, da alma dos indivíduos aos coletivos, como famílias e sociedades, à globalização que já estava se formando em 1980. A história dos delinquentes juvenis que perdem o controle de suas travessuras é alimentada por um realismo absurdo. O filme foi tão perturbador para a época que acabou banido pelo governo colonial, e não foi lançado até que um relutante Tsui fizesse mudanças drásticas no corte. A cópia exibida no Projeto Raros é a mais próxima da versão original. A sessão conta com apresentação e comentários em vídeo do crítico e pesquisador Filipe Furtado, curador da mostra Cidade em Chamas: O Cinema de Hong Kong.

GRADE DE HORÁRIOS
12 a 18 de março de 2020

12 de março (quinta)
14h – Dilili em Paris
15h40 – Liberté
18h – Popeye
20h – Anos de Rebeldia

13 de março (sexta)
14h – Dilili em Paris
15h40 – Liberté
18h – A Bruma Assassina
20h – Projeto Raros: Não Brinque com Fogo

14 de março (sábado)
14h – Dilili em Paris
15h40 – Liberté
18h – Vestida Para Matar
20h – Touro Indomável

15 de março (domingo)
14h – Dilili em Paris
15h40 – Liberté
18h – O Portal do Paraíso

17 de março (terça)
14h – Dilili em Paris
15h40 – Liberté
18h – Apertem os Cintos… O Piloto Sumiu!
20h – Bronco Billy

18 de março (quarta)
14h – Dilili em Paris
15h40 – Liberté
18h – Gigolô Americano
20h – Agonia e Glória 

terça-feira, 10 de março de 2020

Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre: "Quando os Homens São Homens" (1971)

Sinopse: O apostador John McCabe (Warren Beatty) chega em uma comunidade de mineiros e decide abrir um bordel. Os residentes locais ficam impressionados com a autoconfiança do indivíduo, mas uma prostituta esperta, Constance Miller (Julie Christie) encontra uma forma de virar sócia de John no novo negócio.  

Robert Altman havia a recém colhido os louros pelo sucesso de "M.A.S.H" (1970), quando optou em voltar ao cenário de um gênero que ele mesmo frequentava no auge das séries de tv. Aqui, o retorno a esse cenário familiar não é voltada a nenhuma figura histórica, mas em vez disso o roteiro de Altman e Brian McKay se concentra em uma pequena cidade no oeste americano que se movimenta após a chegada de um jogador malandro (Warren Beatty) que monta um saloon e um prostíbulo no local. 
Sintetizar o dia a dia de pequenos cenários isolados do mundo sempre foi o ponto forte de Altman e como o olhar que o filme propõe sobre a conquista do oeste consiste em mostrar de forma um tanto mais crua a vida na cidade de Presbitherian Church, "Quando os Homens são Homens" acaba cedendo o espaço para o cineasta trabalhar em sua visão pessoal. Muito do que é inserido no filme são justamente pequenos elementos como a cena em que a mulher (Shelley Duvall) de um mineiro recém falecido e abordada para se tornar uma prostituta ou os as cenas entre Beatty e seu rival de negócios René Auberjonois. 
O olhar do cineasta como não poderia ser diferente é bastante crítico, mas o que se destaca é que aqui está crítica é desprovida do tom negativo que por vezes prejudica mesmo em algumas de suas melhores obras. No lugar dela entra um ar de melancolia que ronda toda a obra (reforçada pela bela trilha de Leonard Cohen). McCabe é mais ambicioso do que inteligente, pretencioso explicitamente nas façanhas que o público sabe que ele não cometeu, mas nunca é reduzido a uma caricatura ou é tratado com o tipo de ironia condescende que Altman costuma reservar para seus personagens. McCabe permanece como uma figura triste ao longo do filme, mas nunca digna de pena, que parece só encontrar alguma serenidade diante da morte que o aguarda.  
O cineasta sempre se interessou na pesquisa de gênero e parece se divertir muito manipulando os clichês que tinha que obedecer quando trabalhava para a televisão. A trama de "Quando os Homens são Homens" é tão batida que quando McCabe surge pela primeira vez na tela, o público já prevê a ascensão e queda que se seguirão. Se o percurso é conhecido, os detalhes e as ênfases mudam. Personagens não fazem o que deles se espera, o anti-herói se recusa a se redimir, o cenário segue desolado e coberto de neve, McCabe nunca deixa de ser apenas uma figura no meio do universo de personagens menores que seguem com seus próprios problemas. 
O filme todo converge rumo ao final onde McCabe é perseguido por um grupo de pistoleiros enquanto o resto da população tenta salvar a igreja em chamas. Altman filma a perseguição em planos gerais ou médios enquanto as cenas da igreja predominam planos americanos e closes, o que acaba intensificando o isolamento de McCabe. Este é o único momento do filme em que McCabe age como um herói de faroeste (e o faz surpreendentemente melhor do que a esta altura se esperava dele), ele consegue pegar todos os perseguidores mas não sem antes ser baleado e deixado para morrer sozinho enquanto o resto da cidade comemora. Há um estranhamento muito grande nestas últimas cenas um misto de tristeza e serenidade que intriga. Pode se dizer que é um dos finais mais positivos que Altman filmou. "Quando os Homens são Homens" não é tão famoso quanto “M.A.S.H”. ou “Nashville” (1975) mas não deixa nada a dever a estes ou qualquer outro dos filmes mais bem sucedidos do diretor. 

Nota: O filme será exibido para associados e não associados nesta terça-feira, as 19horas na Sala Redenção. Av. Paulo Gama, 110 - Farroupilha, Porto Alegre - RS 

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LUTO: Max von Sydow: 1929 -2020


Foi curiosa a forma como eu conheci o ator Max von Sydow. Lá estava eu em 1998 tentando alugar escondido a fita de VHS do filme "O Exorcista" (1973) para os meus pais não verem. Fiquei fascinado pelo elenco desse clássico de terror, principalmente pelo ator Max von Sydow. Mas o que mais me surpreendeu é que aquela não era a sua velhice natural, mas sim uma perfeita maquiagem. 
Ao saber que ele era mais novo do que aparentava naquele filme decidi então buscar mais informações sobre a sua carreira. Eis que então descobri que ele era um ator de prestigio na Suécia e sendo queridinho do cineasta autoral Ingmar Bergman. Ambos trabalharam em diversos filmes, mas com certeza todos os cinéfilos irão lembrar com carinho de sua atuação no filme "O Sétimo Selo" (1957) que, talvez, esteja facilmente na lista dos melhores filmes de todos os tempos.   
Max von Sydow também será lembrado pela sua diversificação, ao ponto de até mesmo ter atuado em adaptações de HQ como no caso de "Flash Gordon" (1980) e "Conan, o Bárbaro" (1982). Recentemente ele teve papel importante na sexta e melhor temporada de "Game Of Thrones", ao interpretar o importante e misterioso Corvo de três olhos. Max von Sydow com certeza lutou para continuar jogando xadrez contra a morte até o fim, mas continuará vivendo sempre em nossos corações. 

Filmografia: 
2018 Kursk - A Última Missão 
2016 Game of Thrones - Temporada 6 
2016 Primeiros e Últimos 
2015 Star Wars - O Despertar da Força 
2014 The Letters 
2013 Os Simpsons - Temporada 25 
2012 Liv & Ingmar - Uma História de Amor 
2011 Tão Forte e Tão Perto 
2010 Ilha do Medo 
2010 O Lobisomem 
2010 Robin Hood 
2009 Solomon Kane - O Caçador de Demônios 
2009 The Tudors - Temporada 3 
2008 Un Homme et Son Chien 
2007 A Hora do Rush 3 
2007 Aritmética Emocional 
2007 O Escafandro e a Borboleta 
2004 A Maldição do Anel 
2002 Minority Report - A Nova Lei 
2001 A Lenda de um Guerreiro 
1999 Neve Sobre os Cedros 
1998 Amor Além da Vida 
1995 A Che Punto è La Notte 
1995 O Juiz 
1993 Trocas Macabras 
1992 As Melhores Intenções 
1991 Até o Fim do Mundo 
1991 Europa 
1991 Oxen 
1991 Um Beijo Antes de Morrer 
1990 Tempo de Despertar 
1989 Os Caça-Fantasmas 2 
1987 Pelle, o Conquistador 
1986 Hannah e Suas Irmãs 
1985 George Stevens: A Filmmaker's Journey 
1984 Duna  
1983 007 - Nunca Mais Outra Vez 
1982 Conan, o Bárbaro 
1982 The Flight of the Eagle 
1981 Fuga para a Vitória 
1980 Flash Gordon 
1979 Furacão 
1977 O Exorcista II - O Herege 
1976 A Viagem dos Condenados 
1976 Cadáveres Ilustres 
1976 O Deserto dos Tártaros 
1975 Três Dias do Condor 
1973 O Exorcista 
1972 Nybyggarna 
1971 A Hora do Amor 
1971 The Emigrants 
1970 Carta ao Kremlin 
1969 A Paixão de Ana 
1968 Vergonha 
1967 A Hora do Lobo 
1966 Havaí 
1965 A Maior História de Todos os Tempos 
1963 Luz de Inverno 
1961 Através de um Espelho 
1960 A Fonte da Donzela 
1958  No Limiar da Vida 
1958 O Rosto 
1957 Morangos Silvestres 
1957 O Sétimo Selo 
1951 Senhorita Julia 

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