“O CLUBE DOS CANIBAIS”, de Guto Parente, estreia dia 03 de outubro, na sessão das 19h no CineBancários
“O Clube dos Canibais”, de Guto Parente, fez sua estreia mundial no Festival de Rotterdam e já foi exibido em mais de 30 festivais internacionais ao longo de 2018 como BAFICI, BFI London FF, Scream Singapore, Fantasy Filmfest, Strasbourg European Fantastic FF, entre outros. Já foi vendido para diversos territórios, com distribuição garantida em países como EUA, Alemanha, Japão, Inglaterra, Suécia, Noruega, Dinamarca.
O filme conta história de Otávio e Gilda, um casal rico da elite brasileira que tem o hábito de comer seus empregados. Otávio possui uma empresa de segurança privada e é um membro notável do Clube dos Canibais, uma organização secreta formada por homens poderosos adeptos do canibalismo. Quando Gilda acidentalmente descobre um segredo de um poderoso deputado e líder do Clube, a vida dela e a de seu marido passam a correr perigo.
Todo filmado no estado do Ceará - em Fortaleza e na belíssima praia de Guajiru - a primeira ideia para o longa surgiu a partir de uma história real que aconteceu em Porto Alegre. Guto conheceu a história a partir da leitura de “O Maior Crime da Terra”, do escritor e historiador Décio Freitas. O livro aborda assassinatos que aconteceram em Porto Alegre entre anos anos de 1864 e 1865, conhecidos como Crimes da Rua do Arvoredo, onde um casal atraia suas vítimas para casa, as matava, as esquarteja e produzia linguiças de carne humana. As linguiças eram vendidas em um açougue da cidade e muito apreciadas pela população. As vítimas eram homens seduzidos por Catarina Palse, que os fazia acreditar que ela iria para a cama com eles, mas que acabavam assassinados por seu marido, José Ramos.
“Esse jogo sexual perverso e fetichista do casal foi o que eu peguei emprestado dessa macabra história real para criar os personagens e práticas do Clube dos Canibais, que aponta para um lugar talvez mais exagerado e absurdo ainda, por envolver questões de classe e poder. A ideia de um casal canibal também ganha camadas muito particulares quando esse casal faz parte da alta elite brasileira, dos que mandam no país,” explica o diretor
Como um filme de terror e suspense, “O Clube dos Canibais” tem traços de Gore ao mesmo tempo que a origem dos personagens na narrativa complexifica a leitura e acrescenta elementos de crítica social. “Durante a minha adolescência eu vi todos os filmes de terror disponíveis na locadora perto da minha casa, era uma obsessão. Depois essa fase passou, mas continuei sentindo uma atração pelo gênero. E já faz algum tempo que venho querendo realizar filmes de suspense e terror. Em 2013/14 eu e a Ticiana rodamos um terror romântico chamado ‘A Misteriosa Morte de Pérola’, filmado na França, enquanto estávamos morando por lá. E foi nessa época que surgiu a ideia do Clube dos Canibais e o primeiro tratamento do roteiro”, complementa Guto.
Ficha técnica do filme
O Clube do Canibais
2018 | Brasil | ficção | 81 min.
Direção: Guto Parente, Produção: Ticiana Augusto Lima, roteiro: Guto Parente, produção executiva: Ticiana Augusto Lima, diretor de fotografia: Lucas Barbi, elenco: Ana Luiza Rios (Gilda),Tavinho Teixeira (Otávio), Pedro Domingues (Borges), Zé Maria Jonas), Bruno Prata (Josimar), Galba Nogueira (Lucivaldo), LC Galetto (Ramirez), Fátima Muniz (Cecília), produtora: Tardo Filmes, distribuidora: Olhar Distribuição
Sinopse: A maneira correta de temperar um churrasco a partir da carne dos empregados é uma das poucas preocupações na vida luxuosa do casal Otávio e Gilda. Até que Gilda acidentalmente descobre um segredo de Borges, líder do Clube e poderoso deputado, e a vida dela e de seu marido passam a correr perigo.
Sobre o diretor
Guto Parente nasceu em 1983, em Fortaleza, Ceará. Terminou seus estudos de cinema em 2008 na Escola de Audiovisual de Fortaleza - Vila das Artes e de 2008 até 2016 foi membro do coletivo de artistas e produtora Alumbramento, período em que escreveu e dirigiu sete curtas e seis longas, a maioria realizado com equipes pequenas, filmagens rápidas e baixíssimos orçamentos. Ao final desse período, Guto Parente e Ticiana Augusto Lima – sua produtora e parceira criativa desde 2011 – fundaram a produtora Tardo Filmes, ao passo que a Alumbramento chegava ao seu fim. Os filmes de Guto Parente tiveram exibições em importantes festivais internacionais como Rotterdam, Locarno, Viennale, AFI, FidMarseille, Bafici, entre outros; assim como foram premiados em festivais nacionais como Tiradentes, Janela, Panorama e Semana.
Sobre a Olhar Distribuição
A Olhar Distribuição nasceu em parceria com o Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba e em consonância com seu propósito de buscar filmes que dialogam com a contemporaneidade. Nosso objetivo é respeitar o universo próprio a cada filme, suas cores, sua cultura, seus sorrisos. Transpor as fronteiras que limitam tais mundos, ficcionais ou reais, e levá-los a outros olhares, cercados de realidades distintas, a fim de provocar a reflexão e a sensibilização.
Informações para a imprensa:
Genco Assessoria | Karina Almeida
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'DOMINGO’ CHEGA AO CINEBANCÁRIOS A PARTIR DE 3 DE OUTUBRO, NA SESSÃO DAS 15H, APÓS PASSAR POR CIRCUITO DE FESTIVAIS INTERNACIONAIS
'Domingo’ nasceu a partir de um roteiro original, criado por Lucas Paraizo a partir de suas memórias de infância no Sul do Brasil. Escrito há mais de uma década, o material chegou a Clara Linhart (‘La Manuela’) e Fellipe Barbosa (‘Gabriel e a Montanha’, ‘Casa Grande’), que partiram então para o primeiro trabalho em que assinam juntos a direção. Estrelado por Ítala Nandi e Camila Morgado, o filme estreia no próximo dia 3 de outubro após percorrer um circuito de festivais ao redor do mundo.
‘Domingo’ é uma produção da República Pureza Filmes, Gamarosa Filmes e Damned Films, coproduzido por Arte France Cinéma, Globo Filmes e Canal Brasil. O longa acompanha uma família burguesa do interior gaúcho durante um dia emblemático: 1o de janeiro de 2003. Durante a posse do Presidente Lula, parentes, agregados e empregados se reúnem em uma velha e decadente casa de campo para um churrasco regado a segredos, frustrações e anseios. É o ponto de partida inicial para um retrato da classe burguesa naquele contexto de transição política.
A escolha do momento histórico veio por conta de um novo governo que, na época, simbolizava a antítese dos valores tradicionais burgueses. Em uma das cenas, a matriarca se refere à eleição como uma “vingança dos pobres”. Não à toa, as relações entre os patrões e os empregados da família são um dos pontos de grande tensão da história. ‘Domingo’ foi rodado em uma antiga charqueada gaúcha, em Pelotas.
‘É como se os antigos fantasmas rondassem aquela propriedade e, em algum momento, pudessem assombrar os personagens do filme’, analisa Clara Linhart. A locação, aliás, foi frequentada por Lucas Paraizo na infância, quando passou férias na casa de campo. ‘Para escrever esse filme tive que recorrer às minhas memórias de infância. Não é uma autobiografia, mas uso personagens e arquétipos da minha vida para colocar personagens de diferentes gerações de uma família sob um mesmo teto’, completa o roteirista.
Fellipe Barbosa assinala que a locação foi fundamental para desenvolver os climas da história. Citando referências como o cinema da argentina Lucrecia Martel (‘O Pântano’), peças de Tchekhóv (‘O Jardim das Cerejeiras’, ‘A Gaivota’) e clássicos de Luis Buñuel (“O Anjo Exterminador”, “O Discreto Charme da Burguesia”), o diretor conta que optaram por filmar em plano-sequência a quase totalidade das cenas.
‘Enquanto todas as revelações e conflitos ocupam as cenas dentro da casa, quando a câmera fica mais ‘nervosa’, no exterior temos a câmera no tripé e todos se comportam, até certo ponto, com as máscaras sociais. Nós assistimos ao teatro das aparências dessa família com distanciamento’, analisa o diretor.
Após produzir os outros trabalhos de Fellipe e dirigir o documentário ‘La Manuela’, Clara Linhart faz seu primeiro filme com o parceiro profissional de longa data. Os dois afirmam que filmar em uma locação tão impregnada de vivência e trabalhar com alguns improvisos dos atores foi determinante para o resultado final.
Tal atmosfera é garantida ainda por um elenco em sua maioria gaúcho, além de grande parte da equipe técnica local. ‘Domingo’ marca também o retorno ao cinema de Ítala Nandi, natural de Caxias do Sul, que completa 60 anos de carreira com o trabalho, que lhe rendeu o troféu de Melhor Atriz no último Festival do Rio. Ela interpreta Laura, a rígida matriarca da família, cuja aparição detona uma série de conflitos entre as personagens, a começar por Bete, sua nora vivida por Camila Morgado, entorpecida durante todo o almoço familiar, o que rende os momentos mais cômicos do filme.
‘Domingo’ passou por uma série de festivais internacionais e brasileiros antes de fazer a sua estreia oficial. Entre os muitos lugares por onde foi exibido, estão eventos como o Festival de Veneza (Jornada do Autor), Miami Film Festival, Filmfest de Munique, Festival de Cine de Lima, Festival do Rio, Mostra de SP e o Festival de Brasília.
Sinopse resumida: 1o de janeiro de 2003. Enquanto Brasília celebra a posse do Presidente Lula, duas famílias do interior gaúcho se reúnem em uma velha casa de campo para um churrasco regado a champanhe, segredos, anseios e frustrações. ‘Domingo’ poderia ser um dia qualquer – não fosse a tempestade repentina que despertará antigos fantasmas.
Clara Linhart, diretora, produtora, assistente de direção franco-brasileira, formada em Ciências Sociais pela PUC-RIO e em CinemaDocumentário pela FGV-Rio. Diretora do curta “Os Sapos”, apresentado em mais de 10 festivais no Brasil. Dirigiu também o curta “Luna e Cinara”, ganhador de menções honrosas no Panorama Coisa de Cinema e na Goiânia Mostra Curtas e do curta documentário “Em Paz”. Em 2017, lançou seu primeiro documentário longa- metragem, “La Manuela”, vencedor do prêmio de melhor documentário no Florianópolis Audiovisual Mercosul e exibido no Brasil, no Equador e na França.
Fellipe Barbosa é diretor e roteirista com mestrado pela Universidade de Columbia em NY. Realizou o documentário "Laura", vencedor do Festival de Hamptons e do DocTv América Latina. Seu primeiro longa de ficção, "Casa Grande”, estreou na competição do Festival de Rotterdam em 2014 e seguiu para San Sebastián, Londres, Havana, dentre outros. Dirigiu o longa “Gabriel e a Montanha”, que ganhou dois prêmios na Semana da Crítica do Festival de Cannes e foi o segundo filme latino-americano mais visto na França em 2017.
Lucas Paraizo é roteirista de cinema e TV. Formado em cinema pela “PUC-Rio” e pela “EICTV” – Escuela Internacional de Cine y Televisión, de Cuba; pós-graduado em roteiro pela “ESCAC” – Escola Superior de Cinema da Catalunya e Mestre em Artes Cênicas pela “UAB” – Universidad Autônoma de Barcelona. Na TV Globo, escreveu as séries “A Teia” (2014), “O Caçador (2015)”, “O Rebu” (2015) e “Justiça” (2016) – indicada ao Emmy International de melhor série de drama. Atualmente é redator final da série “Sob Pressão” — selecionada para o TIFF – Toronto International Film Festival 2017 e vencedor do FIPA D’Or 2018 na França – de melhor série, roteiro, ator e atriz – além dos troféus APCA e ABRA de melhor série de 2017.
No cinema escreveu os longas “Laura”, de Fellipe Barbosa (Melhor documentário do Hemptons International Film Festival, NY, 2014); “Divinas Divas”, de Leandra Leal (Audience Award SXSW, 2016); “Gabriel e a Montanha”, também de Fellipe Barbosa (Prêmio Revelação Semana da Crítica Cannes, APCA melhor roteiro, 2017); “Aos Teus Olhos”, de Carolina Jabor (Melhor roteiro Festival do Rio, Melhor filme Mostra SP, Prêmio Signis Havana Film Festival, 2017); “Domingo”, de Fellipe Barbosa e Clara Linhart (Venice Film Festival 2018 – Giornate Degli Autori, Filme de abertura do Festival de Brasília, Festival do Rio, Havana Film Festival) “Divino Amor”, de Gabriel Mascaro (Sundance Film Festival e Festival de Berlin - Panorama), e “Macabro”, de Marcos Prado (em finalização).
É autor do livro “Palavra de Roteirista” (Ed.SENAC, 2015), professor de roteiro nos cursos de cinema da PUC-Rio e da EICTV – em Cuba e integrante do CILECT (Centre Internacional de Liaison des Ecoles de Cinéma et de Televisión).
Em 2018, Lucas foi eleito “Roteirista do Ano” pela Associação Brasileira de Autores
Roteiristas.
Ficha técnica: Filme: DOMINGO Duração: 95 min Gênero: Ficção/Cor Estado: Rio de Janeiro Ano de Produção: 2018
Direção: Clara Linhart e Fellipe Barbosa
Elenco: Ítala Nandi (Laura) Camila Morgado (Bete) Augusto Madeira (Nestor) Martha Nowill (Eliana) Michael Wahrmann (Eduardo) Ismael Caneppele (Miguel) Silvana Silvia (Inês) Clemente Viscaíno (José) Chay Suede (Mauro) Manu Morelli (Valentina) Maria Vitória Valença (Rita) João Pedro Prates (Marcelo) Francesco Fochesato (Carlos) Cecília Soares (Fernanda) Donald Marshall (Diego) oão Henrique Domingues (Mateus)
Produção: República Pureza Filmes, Gamarosa Filmes e Damned Films Produtores: Marcello Ludwig Maia e Yohann Cornu Coprodução: Arte France Cinéma, Canal Brasil e Globo Filmes Produtor Associado: Carlos Diegues Roteiro: Lucas Paraizo Fotografia: Louise Botkay Montagem e Edição de som: Waldir Xavier Som: Pedro Sá Earp Produção executiva: Pimenta Jr. Marquinhos Mendonça Distribuição: Arthouse International sales: Films Boutique
Participações e prêmios em Festivais e Mostras:
75o Festival de Veneza - XV Giornate degli Autori
20o Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro: Prêmio de melhor atriz para Ítala Nandi
22o Festival Luso-brasileiro de Santa Maria da Feira (Portugal): Prêmio dos Cineclubes e uma Menção Honrosa para a Direção de Arte de Rafael Faustini
11o Festival Internacional de Cinema da Fronteira, em Bagé: Prêmio São Sebastião, Prêmio de Melhor Filme pelo Júri Popular e Melhor Atriz para Ítala Nandi
35o Filmfest de Munique 2019
23o Festival de Cine de Lima PUCP
42a Mostra de São Paulo
36o Miami Film Festival
40o Festival del Nuevo Cine Latioamericano
X Panorama Internacional Coisa de Cinema
XI Janela Internacional de Cinema do Recife
51o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro
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