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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: 'Longe da Árvore' - Direito e Igualdade Para Todos

Sinopse: Acompanhamos o dia a dia de várias pessoas que, embora diferentes uma da outras, lutam pelo direito de se inserir na sociedade.  
  
Embora em pleno século vinte um, muitas pessoas ainda sofrem devido ao preconceito, seja pelo fato de possuir um físico diferente, alguma deficiência ou oriental sexual que se difere das outras. Porém, a partir do momento em que aceitamos adentrar ao mundo particular dessas pessoas, percebemos que eles são tão humanas quanto qualquer outra. "Longe da Árvore" procura nos passar um pouco desse universo particular daqueles que são diferentes perante os olhos da sociedade e que merecem também um lugar ao sol.
Dirigido pela cineasta Rachel Dretzin, o documentário é baseado no livro Andrew Solomo, onde acompanhamos uma criança com síndrome de down, um altista, um gay, um casal de estatura pequena e assim por diante. Cada um é apresentado de uma forma delicada, particular e genuinamente humana.  

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Rachel Dretzin procura não interferir muito no dia a dia dessas pessoas quando ela os visita, mas sim para que elas possam agir normalmente na frente das câmeras. É notório, por exemplo, o grande esforço dos pais dessas pessoas em tentar aceitar, compreender e fazer com que os seus filhos, mesmo com os problemas que eles carregam, possam sim ter uma vida normal perante os obstáculos e assim conseguir dribla-los. Através de cenas caseiras, observamos o lado intimo delas e fazendo com que nos identificamos facilmente com elas.  
Curiosamente, observamos como alguns se achavam solitários dentro de suas bolhas, mas logo se dando conta de como havia vários parecidos como eles fora dela. Na medida que alguns começam a conhecer outras pessoas que nem eles, o filme ganha contornos mais alegres, como se aquela tristeza que eles sentiam era pura bobagem e testemunhando grande mundo que poderiam explorar. Não deixa de ser maravilhoso ao acompanharmos um casal de estatura pequena se unirem para realizar vários sonhos e nos surpreender até o último momento do documentário. 
Em tempos em que o preconceito tenta reagir por meios políticos, em contrapartida, o documentário vem para nos dizer o quanto eles estão errados. As pessoas vistas na tela não possuem a intenção de mudar a história, mas sim ter o direito de continuarem vivendo e da maneira como vieram ao mundo. “Longe da Árvore” é um pequeno mosaico onde se encontra pessoas especiais e das quais elas têm muito a nos dizer e ensinar a todos nós.  

Nota: Nos dias 21 e 22 de Setembro haverá sessões gratuitas de "Longe da Árvore" na sala Itaucinema de Porto Alegre - Bourbon Country.



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Cine Dica: Kiyoshi Kurosawa, Akira Kurosawa, Lav Diaz e Sessão Acessível (19 a 25 de setembro)

NOVAS SESSÕES DE DERSU UZALA E NORTE, O FIM DA HISTÓRIA FILME DE KIYOSHI KUROSAWA ENTRA EM CARTAZ
 O Fim da Viagem, o Começo de Tudo

A Cinemateca Capitólio Petrobras promove uma reprise de Dersu Uzala, de Akira Kurosawa, neste sábado, 21 de setembro, às 16h. O filme Norte, o Fim da História de Lav Diaz, que teve uma sessão cancelada por problemas técnicos, ganha uma nova exibição no domingo, 22 de setembro, às 14h.

Na quinta-feira, 19 de setembro, O Fim da Viagem, o Começo de Tudo, o novo filme de Kiyoshi Kurosawa entra em cartaz.

Na sexta-feira, 20 de setembro, às 20h, a Cinemateca Capitólio Petrobras apresenta uma sessão especial com filmes em 16mm dos australianos Dianna Barrie e Richard Tuohy. Os cineastas participam de um debate após a sessão. Entrada franca.

A sessão do Pacto Alegre marcada para terça-feira, 24 de setembro, foi cancelada. A grade atualizada está divulgada neste e-mail.

No Coração do Mundo, de Gabriel e Maurílio Martins, e Cassandro, O Exótico, de Marie Losier ganham novas sessões até o dia 25 de setembro.

A Cinemateca Capitólio Petrobras promove duas Sessões Acessíveis no mês de setembro, com entrada franca. As exibições dos longas-metragens Mulher do Pai e Djon África integram as dez sessões acessíveis da programação especial da Cinemateca Capitólio Petrobras com patrocínio master da Petrobras e produção cultural da Fundacine e Prefeitura Municipal de Porto Alegre, através da Coordenação de Cinema e Audiovisual da Secretaria da Cultura. No dia 21 de setembro, às 14h, o público poderá conferir Mulher do Pai, de Cristiane Oliveira. Já no dia 28, também às 14h, é a vez de Djon Àfrica, dirigido por Filipa Reis e João Miller Guerra. As atividades contam com interpretação em Libras feita pela Óvni Acessibilidade Universal, parceira cultural do projeto.

INGRESSOS (meia entrada para estudantes e idosos)
Dersu Uzala R$ 16,00
Norte R$ 16,00
Cassandro, o Exótico R$ 10,00
O Fim da Viagem, o Começo de Tudo R$ 10,00
No Coração do Mundo R$ 10,00
Sessão Acessível Entrada Franca

GRADE DE HORÁRIOS
19 a 25 de setembro de 2019

19 de setembro (quinta-feira)
14h – Cassandro, O Exótico       
16h – No Coração do Mundo
18h30 – Cassandro, O Exótico   
20h – O Fim da Viagem, o Começo de Tudo

20 de setembro (sexta-feira)
14h – O Fim da Viagem, o Começo de Tudo
16h – No Coração do Mundo
18h30 – Cassandro, O Exótico 
20h – Bodies in Space + debate com Dianna Barrie e Richard Tuohy

21 de setembro (sábado)
14h – Sessão Acessível: Mulher do Pai
16h – Dersu Uzala
18h30 – Cassandro, O Exótico 
20h – O Fim da Viagem, o Começo de Tudo

22 de setembro (domingo)
14h – Norte, o Fim da História
18h30 – Cassandro, O Exótico     
20h – O Fim da Viagem, o Começo de Tudo

24 de setembro (terça-feira)
14h – Cassandro, O Exótico        
16h – No Coração do Mundo
18h30 – Cassandro, O Exótico        
20h – O Fim da Viagem, o Começo de Tudo

25 de setembro (quarta-feira)
14h – Cassandro, O Exótico       
16h – No Coração do Mundo
18h30 – Cassandro, O Exótico       
20h – O Fim da Viagem, o Começo de Tudo

A Cinemateca Capitólio Petrobras conta, em 2019, com o projeto Cinemateca Capitólio Petrobras programação especial 2019 aprovado na Lei Rouanet/Governo Federal, que será realizado pela FUNDACINE – Fundação Cinema RS e possui patrocínio master da PETROBRAS. O projeto contém 26 diferentes atividades entre mostras, sessões noturnas e de cinema acessível, master classes e exposições.

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Cine Dica: 'Torre Das Donzelas' e 'Os Jovens Baumann' Chegam No Cinebancários

Dia 19 de setembro, às 19h30m, estreia no CineBancários o premiado e emocionante documentário TORRE DAS DONZELAS, de Susanna Lira.

Com passagens em diversos festivais e mostras de cinema pelo mundo, o filme recebeu o Prêmio Especial do Júri no Festival de Cinema de Brasilia, Prêmio de Melhor direção de documentário; Melhor direção e Júri popular de Melhor Documentário no Festival de Cinema do Rio de Janeiro, Prêmio de Melhor Filme pelo Júri no Festival de Cinema do Uruguay e Prêmio Melhor documentário do Júri Popular na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.

Sinopse: Há desejos que nem a prisão e nem a tortura inibem: liberdade e justiça. Há razões que nos mantêm íntegros mesmo em situações extremas de dor e humilhação: a amizade e a solidariedade. O filme traz relatos inéditos da ex-presidente Dilma Rousseff e de suas ex-companheiras de cela do Presídio Tiradentes em São Paulo. TORRE DAS DONZELAS é um exercício coletivo de memória feito por mulheres que acreditam que resistir ainda é um único modo de se manter livre. 

SOBRE O FILME
Há desejos que nem a prisão e nem a tortura inibem: liberdade e justiça. Há razões que nos mantêm íntegros mesmo em situações extremas de dor e humilhação: a amizade e a solidariedade. Muito já se ouviu sobre as história daditadura no Brasil. Os grandes protagonistas da luta armada contra o sistema são conhecidos e documentados pelo cinema. Mas o que dizer das mulheres que pegaram em armas, foram presas e também construíram suas histórias a partir de sua atitude contrária ao governo ditatorial? TORRE DAS DONZELAS conta a história da luta das presas políticas no Brasil a partir da vida de mulheres militantes de esquerda e ex-companheiras de cela de Dilma Rousseff na ditadura militar. Elas estiveram presas juntas na década de 70 na Torre das Donzelas, como era chamado o conjunto de celas femininas no alto do Presídio.
Estima-se que centenas de mulheres passaram pela Torre, onde descobriram um novo sentido para as suas lutas e desejaram um país mais justo e democrático. Recontar esta história passa por dar voz a estas mulheres, mas através de uma proposta fílmica que foge ao documentário clássico.
Torre das Donzelas é um filme que se aventura pelo campo experimental do documentário de reinvenção, tomando como referência algumas ferramentas do psicodrama, articuladas num jogo de reconstrução cênica com o apoio de uma instalação de arte semelhante ao ambiente da prisão. A partir de desenhos feitos por cada uma das ex-presas , o filme cria um campo de subjetividade ao erguer um espaço cinematográfico em que silêncios, pausas e reticências são tão importantes quanto as palavras. Filmado em um grande estúdio, onde a prisão cenográfica se reergueu, as personagens e um elenco de jovens atrizes se misturam, formando um mosaico de corpos, vozes, sombras, silhuetas e sons.
Provocadas por esse ambiente, reconstituem os momentos mais densos e delicados vividos pelo grupo no ambiente da prisão. As presas, como agentes narrativos, e o elenco de atrizes como corpos dinâmicos trazem de volta as impressões do passado. A realização é da produtora MODO OPERANTE PRODUÇÕES que há 15 anos está no mercado audiovisual se destacando com documentários que abordam fortes questões sociais.

BIOFILMOGRAFIA
Susanna Lira é cineasta e pós-graduada em Direito Internacional e Direitos Humanos. Desde 2004 é sócia da Modo Operante Produções onde onde atua como diretora de filmes. Em 2018, fez a direção e criação da série "Rotas do ódio" para a Universal/ NBC. Entre seus filmes de maior destaque estão: CLARA ESTRELA (2017); INTOLERÂNCIA.DOC (2016); MATARAM NOSSOS FILHOS (2016);  LEVANTE! (2015); DAMAS DO SAMBA (2015); PORQUE TEMOS ESPERANÇA (2014); UMA VISITA PARA ELIZABETH TEIXEIRA (2011); POSITIVAS (2010); CONTRACENA (2009); CÂMERA, CLOSE! (2005).Em 2016, foi homenageada no Festival Internacional de Cinema independente de Mar del Plata, com uma mostra onde foram exibidos seus principais filmes.

Os Jovens Baumann, de Bruna Carvalho Almeida, estreia dia 19 de setembro, na sessão das 15h, no CineBancários.

Filme, com várias cenas gravadas em VHS, conta a história de oito primos desaparecidos misteriosamente durante o verão de 1992 em um caso não solucionado até hoje
A Sessão Vitrine e o CineBancários  lançam a partir de 19 de setembro, “Os Jovens Baumann”, longa de estreia de Bruna Carvalho de Almeida. O filme mistura a linguagem de arquivos familiares em VHS com imagens documentais em HD. Ambientada em 1992, a trama narra a história de oito primos que passavam as férias de verão na fazenda da família, em Santa Rita d’Oeste, no sul de Minas Gerais, quando, da noite para o dia, uma grande tragédia acontece: todos eles desapareceram.
Sem solução, o caso foi arquivado, deixando como únicas possíveis pistas, algumas fitas VHS encontradas em 2017, com imagens feitas por Isadora Baumann, a mais nova entre os primos e quem filma tudo. As gravações mostram momentos descontraídos entre a mais jovem geração desta que já foi uma das famílias cafeeiras mais importantes do estado. Como se não estivessem preocupados com nada além de estarem ali, Jota, Ana Paula, Caio, Fred, Tito, Bia, Debby e Isadora apenas se divertem como quaisquer outros adolescentes.
O longa, gravado em estilo found footage (falso documentário), tem uma ruptura de tempo. Vinte e cinco anos após o ocorrido, as fitas produzidas durante as férias dos primos são resgatadas pela filha de um antigo funcionário da fazenda, cuja infância foi marcada pelo desaparecimento dos jovens Baumann, e que depois de tanto tempo, procura nessas imagens caseiras uma explicação para o acontecido. De volta aquele verão, os jovens agora parecem melancólicos, sombrios. A medida que a narradora rememora o passado, os primos parecem imitar o cotidiano daqueles que viveram ali quase um século antes deles. Passado e presente se misturam, e os jovens agora se despedem de sua juventude e da linhagem Baumann.
Sobre o genêro do filme, a diretora explica, “Eu tenho muita dificuldade com os termos mockumentary, ou falso documentário de arquivo, justamente por não gostar da palavra 'falso' para esse projeto. Enquanto eu fazia o filme, eu sempre tinha em mente que as narrativas se utilizam de determinados artifícios de linguagem para se contar. Nesse sentido, eu acredito que o VHS e o registro amador não servem para enganar o espectador quanto à sua veracidade, mas para fortalecer e potencializar essa história”.
“Os Jovens Baumann” é um longa nacional, com produção assinada pela SANCHO&PUNTA, que já levou aos cinemas filmes como, “Avanti Popolo”, “Invisível” e “Los Territorios”. A distribuição no Brasil é da Vitrine Filmes, por meio do projeto Sessão Vitrine, que tem ingressos mais baratos nos cinemas parceiros e estreia simultânea em plataformas digitais, como: Apple TV, Google Play/YouTube Premium, Now e Vivo Play.

Sinopse: 1992. Os Jovens Baumann, últimos herdeiros de uma prestigiosa família de Santa Rita d’Oeste, sul de Minas Gerais, desapareceram sem deixar vestígios. 2017. Uma caixa com fitas VHS é encontrada, contendo registros caseiros de seus últimos momentos, durante suas férias na fazenda da família. Através da compilação desses arquivos familiares, o filme reorganiza os fragmentos de um mistério até hoje sem solução.

SOBRE A DIRETORA
Bruna Carvalho Almeida é de São Paulo, Brasil, e graduou-se em Audiovisual pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo em 2012. Durante sua graduação, trabalhou com curadoria e produção no Cinusp Paulo Emílio, organizou diversas mostras de cunho autoral, entre elas a mostra “Fragmentos da História – o cinema de compilação”, com participação do cineasta Eduardo Coutinho. Começou trabalhando no teatro em 2011 e estudou dramaturgia durante sua graduação em cinema. Escreveu o espetáculo 'A Peste Invade Atenas', do grupo 'Teatro da Peste', com direção da Júlia Burnier, sendo a mesma encenada em 2014 em diversos espaços como o Centro Cultural São Paulo, o Festival Isnard Azevedo, Florianópolis, SC, entre outros. Realizou diversos trabalhos como montadora, entre eles o longa-metragem ‘Fabiana’, da diretora Brunna Laboissière, vencedor do prêmio do público no 9º Olhar de Cinema – Curitiba Int’ Festival (2018), e o curta metragem ‘Mesmo com Tanta Agonia”, da diretora Alice Andrade Drummond, selecionado para Mostra Competitiva do 51º Festival de Brasília (2018). Realizou como diretora o curta metragem “Correspondências do Front”, exibido no 26º Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo 2015, no 9º CineBH, no Jakarta International Documentary and Experimental Film Festival 2016, e no 14º International Festival Signes De Nuit- Bangkok 2016. “Os Jovens Baumann” é seu primeiro longa-metragem como diretora.

SOBRE A SANCHO&PUNTA
A empresa se estabelece em São Paulo em 2016, através da parceria entre as produtoras Sancho Filmes e Punta Colorada de Cinema, com o objetivo de compartilhar uma plataforma de produção destinada à realização de projetos independentes de diretores brasileiros e internacionais. A Sancho Filmes foi criada em 2009 pelos cineastas Michael Wahrmann, Bruno Risas e Diogo Hayashi, com o intuito de desenvolver e produzir seus filmes autorais. A Punta Colorada de Cinema foi criada em 2014 pela produtora Julia Alves e a empresária Silvia Cruz, com o objetivo de desenvolver projetos brasileiros autorais e coproduções internacionais junto a realizadores promissores.
Ao aliar a experiência das duas empresas na criação, produção e distribuição de filmes independentes e à presença no mercado internacional, a SANCHO & PUNTA expande a diversidade de seus projetos e abre espaço para novos encontros cinematográficos.

SOBRE A SESSÃO VITRINE
Projeto de distribuição coletiva que lança um filme por mês, com sessões diárias e ingressos de valor reduzido, promovendo debates e maior acessibilidade aos filmes. Realizado pela Vitrine Filmes, destaca-se por sua preocupação em fomentar a formação de público e por uma curadoria que zela pelo fortalecimento de um audiovisual descentralizado. São lançados pelo projeto, simultaneamente nos cinemas e nas plataformas digitais, filmes realizados em diferentes estados, de diversos gêneros narrativos, que apresentam temáticas plurais e afirmativas. Dessa maneira, vem se consolidando como um projeto que atua na construção de um cinema diversificado.

SOBRE A VITRINE FILMES
Em nove anos, a Vitrine Filmes distribuiu mais de 140 filmes. Entre seus maiores sucessos estão "Aquarius" e "O Som ao Redor", de Kleber Mendonça Filho e "Hoje Eu Quero Voltar Sozinho", de Daniel Ribeiro. Mais recentemente a distribuidora lançou "Divinas Divas", dirigido por Leandra Leal, o documentário mais visto de 2017 e "O Processo", de Maria Augusta Ramos, que entrou para a lista dos 10 documentários mais vistos da história do cinema nacional. Entre os lançamentos de 2019 estão “Divino Amor”, dirigido por Gabriel Mascaro, e "Bacurau”, novo filme do diretor Kleber Mendonça Filho em parceria com Juliano Dornelles. Além disso a Vitrine Filmes segue pelo terceiro ano consecutivo com o projeto de distribuição coletiva de filmes Sessão Vitrine, que durante o ano todo irá lançar longas nacionais em diversas cidades do Brasil.

Assessoria de imprensa
Mariana Ribeiro – mariana@vitrinefilmes.com.br
Tel: (11) 3081.0968 (11) 99328.1101

C i n e B a n c á r i o s 
Rua General Câmara, 424, Centro 
Porto Alegre - RS - CEP 90010-230 
Fone: (51) 34331205

terça-feira, 17 de setembro de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: 'Midsommar' - O Mal Não Espera a Noite

Sinopse: Dani, que está de luto, convida-se para se juntar a Christian e seus amigos em uma viagem para um festival de verão único em uma remota vila sueca. O que começa como férias despreocupadas de verão toma um rumo sinistro.   

Ari Aster pegou o mundo desprevenido no ano passado com o seu filme "Hereditário" e se tornando a obra de horror queridinha da crítica especializada. Motivos é o que não faltam, pois a obra transitava entre horror psicológico, fantástico e nos conduzindo para um dos finais mais imprevisíveis do cinema recente. O cineasta, portanto, repete a dose com "Midsommar - O Mal Não Espera a Noite", filme que com certeza irá dominar os círculos de debates nos próximos meses.
O filme conta a história de Dani (Florence Pugh) do filme "Lady Macbeth" (2016) e de Christian, que formam um jovem casal americano com um relacionamento prestes a ruir. Mas depois de uma imprevisível tragédia, eles acabam ficando juntos e são convidados por amigos a participarem de uma viagem para um festival de verão único em uma remota vila sueca. O que começa como férias despreocupadas de verão em uma terra de luz eterna acaba se transformando algo perturbador na medida em que o tempo avança.

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Qualquer semelhança com o clássico "O Homem de Palha" (1973), de  Robin Hardy, não é mera coincidência, pois assim como a recente versão de "Suspiria", do diretor  Luca Guadagnino, Ari Aster segue cada vez mais essa tendência atual de um cinema como era visto nos anos  setenta, onde o horror, por exemplo, adquiria contornos mais verossímeis e falava sobre o que acontecia em tempos complexos e imprevisíveis. Abertura, aliás, é chocante pela sua verossimilhança e onde horror surge não através de algo fantasmagórico, mas sim através dos males vindos do mundo contemporâneo.  
Com uma belíssima fotografia de cores quentes, Ari Aster cria um verdadeiro contraste dentro do gênero, onde horror acontece na luz do dia e em meio a um paraíso quase que intocável. O horror, por sua vez, não acontece de imediato, mas sim de forma gradual, sem muitos recursos, mas fulminante, sem aviso, e para quem tem estomago forte. Embora lento em seu primeiro ato, o filme cada vez mais se torna sufocante do seu segundo ato em diante e fazendo a gente prever o que irá acontecer dali pra frente.  
Aliás, a palavra sufocante é muito bem representada pela protagonista Dani, interpretada com intensidade pela atriz Florence Pugh. Na já citada abertura, a sua personagem nos conduz para um clima claustrofóbico e do qual nós sentimos com exatidão através de sua expressão e olhar perdido perante uma situação em que a própria não pode controlar. Pode não possuir um desempenho tão extraordinário quanto de Toni Collette, estrela do filme anterior do cineasta, mas possui uma atuação distinta e que compartilha com a proposta principal da obra.  
Mas assim como "Hereditário", o filme com certeza irá dividir muito a opinião do público e da crítica, pois ele não procura se dirigir para soluções fáceis dentro da trama, mas sim para que você possa pensar no que acabou de testemunhar. O ato final ficamos impotentes perante situações absurdamente realistas, onde as crenças podem muito bem fazer brotar o melhor, ou então o pior de nós. Em tempos nebulosos, em que crenças e questão politicas andam cada vez mais de mãos dadas, o filme se torna perturbador ao nos lembrarmos sobre que acontece atualmente em nosso mundo real.  
"Midsommar - O Mal Não Espera a Noite" é um verdadeiro soco que  Ari Aster nos dá novamente e a gente só agradece. 




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Cine Dica: Inscrições abertas para o curso Pocket Cinema: da telinha para o telão

Pocket Cinema: da telinha para o telão 
 Curso inédito abordará todas as etapas da produção audiovisual profissional:
roteiro, planejamento, realização das filmagens, edição e pós-produção
Vagas limitadas!

Estão abertas as inscrições para o Pocket Cinema: da telinha para o telão, um curso completo, da teoria à prática, abrangendo todas as etapas da produção audiovisual. As aulas serão ministradas de 12 de outubro a 09 de dezembro, por profissionais reconhecidos do mercado: Alfredo Barros, Cassio Tolpolar, Daniel Dode e Kiko Ferraz.
Em 9 encontros serão abordadas todas as etapas de elaboração de um projeto de video: roteiro, planejamento, realização das filmagens, edição e pós-produção. Com exercícios práticos, os participantes serão guiados na realização de seus próprios curtas-metragens, captados com seus celulares. Por fim, os filmes produzidos no curso serão exibidos no cinema.
O curso é voltado aos interessados em aprender o processo para a criação de produtos audiovisuais (filmes), seja ficção, documentário, filme publicitário ou para Youtube e outras redes sociais. Não é necessário experiência prévia ou equipamentos específicos.
Mais informações pelo e-mail cursopocketcinema@gmail.com ou whatsapp: (51) 9998.6691. A programação completa e as inscrições estão disponíveis no https://www.sympla.com.br/pocket-cinema__632361

* 4 finais de semana e apresentação final, entre outubro e dezembro 2019;
* 9 encontros;
* 45h de aula;
* Serão produzidos até 5 filmes de 90 segundos;
* Apresentação em sala de cinema com presença de críticos e profissionais da área.

Mais informações:
cursopocketcinema@gmail.com | whatsapp: (51) 9998.6691
Programação completa e inscrições: https://www.sympla.com.br/pocket-cinema__632361
📱💥Preço especial para inscrições até 19/09! 📱💥

CONTEÚDO:
PRIMEIRO FINAL DE SEMANA – 12 e 13/OUT
Local: Cinemateca Capitólio, R. Demétrio Ribeiro, 1085

Aula 1 - ROTEIRO – 12/10 (sábado)  – das 14h às 17h
- Apresentação do curso: desafios e regras;
- Logline, sinopse, argumento e roteiro;
- Exemplos de curtas;
- Exercício;
- Divisão em grupos;

Aula 2 - ETAPAS DA REALIZAÇÃO -  13/10 (domingo) – das 14h às 17h
- Pitching - apresentação e escolha dos roteiros a serem produzidos
- Distribuição de tarefas;
- Descrição das etapas de realização: pré-produção, filmagem e pós-produção;
- Visualizando o roteiro: planificação – do papel para a tela;
- Exercício: escaleta do roteiro;

SEGUNDO FINAL DE SEMANA – 09 e 10/NOV 
Local: Cinemateca Capitólio, R. Demétrio Ribeiro, 1085

Aula 3 - A IMAGEM E O TEMPO  – 09/11 (sábado) – das 14h às 17h
- Apresentação de dúvidas;
- Fragmentação = decupagem + articulação;
- Intenções criativas, motivação autoral;
- A construção do plano;
- A construção da cena;
- Questões técnicas de filmagem;
- Exercício.

Aula 4 - A MONTAGEM E O SOM – 10/11 (domingo)  – das 14h às 17h
- Ritmo e narrativa
- Aplicativos e softwares aceitos no curso;
- Recursos técnicos da montagem;
- Questões técnicas de captação de som;

TERCEIRO FINAL DE SEMANA – 23 e 24/NOV
Local: Ilha de Edição, Rua Marquês do Herval

Aula 5 - PRÁTICA DE EDIÇÃO 1 – 23/11 (sábado) – das 9h às 21h
- Edição dos curtas por ordem de chegada;
- Exportação do material para pós de imagem e som.

Aula 6 - PRÁTICA DE EDIÇÃO 2 – 24/11 (domingo) – das 9h às 21h
- Edição dos curtas por ordem de chegada.
- Exportação do material para pós de imagem e som.

QUARTO FINAL DE SEMANA – 30/NOV e 01/DEZ 
Local: Post Frontier e KF Studios - Rua João Abbot

Aula 7 - PÓS PRODUÇÃO 1 – 30/11 (sábado) – das 9h às 21h
- Color Grading;
- Edição de som; 
- Mixagem.

Aula 8 - PÓS PRODUÇÃO 2 – 01/12 (domingo) – das 9h às 21h
- Color Grading;
- Edição de som; 
- Mixagem.

ÚLTIMO ENCONTRO - SEGUNDA FEIRA – 09/DEZ
Local: Cinemateca Capitólio, R. Demétrio Ribeiro, 1085
Aula 9 – APRESENTAÇÃO DOS FILMES – das 19h às 21h
Apresentação dos filmes e debate sobre o processo em sessão especial na Cinemateca Capitólio Petrobras, com presença de crítica especializada e profissionais do setor.



PROFESSORES:

Alfredo Barros
Montador profissional, graduado em Jornalismo pela UFRGS e especialista em Marketing e Comunicação pela ESPM, trabalhou na Casa de Cinema de Porto Alegre de 1998 a 2005. Dentre os trabalhos mais recentes, destaca-se a série Notas de Amor (Netflix); Mulher de Fases (HBO) e Doce de Mãe (Globo - Emmy Internacional 2015). Entre 2016 a 2019, montou os longas-metragens Legalidade; Yonlu; Depois do Fim; Pra Ficar na História e O Método (Canal Curta), além da série documental De Carona com os Ovnis (Canal History - Prêmio de Melhor série Documentário pela Rio2C e indicada na categoria Melhor Série Documentário do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2019). Atualmente é professor de audiovisual nos cursos de Publicidade e Propaganda, Design e Jornalismo da ESPM, onde atua desde 2007.

Cassio Tolpolar
Estreou como diretor e roteirista com o curta Vênus, exibido em diversos países e ganhador de prêmios como Melhor Diretor e Melhor Fotografia nos Festivais de Gramado e Brasília respectivamente. Isso o levou a dirigir para a TV e, consequentemente, se mudar para os Estados Unidos para cursar o mestrado em Cinema pelo San Francisco Art Institute. Nos Estados Unidos, trabalhou com instituições como Sundance, DeLuxe Studios e Los Angeles Latino International Film Festival. Também dirigiu vários curtas-metragens experimentais, programas para a TV e documentários. Após 11 anos, retornou a Porto Alegre com mais um filme pronto, o documentário Mamaliga Blues, que foi exibido em diversas salas no Brasil, Estados Unidos e Europa. Em 2014, ministrou aulas sobre linguagem cinematográfica para alunos e professores de escolas gaúchas de segundo grau e em 2015 foi consultor de roteiros para o programa Garagem Criativa da PUCRS. Em 2016, deu aulas de roteiro e pitching no programa de extensão da FAMECOS/PUCRS e foi o único artista brasileiro selecionado para a residência Asylum Arts em Nova Iorque. Em 2017 finalizou o curta documentário Uma viagem à Philippson, exibido no Museu Judaico Contemporâneo de São Francisco, EUA. No momento, dá aulas de cinema na ESPM, Instituto Ling, Casamundi e Fluxo, além de desenvolver o projeto de longa-metragem Recall. 

Daniel Dode
Colorista e supervisor de pós-produção, em mais de uma década atuando na Inglaterra junto a alguns dos mais importantes broadcasters do mundo bem como vários estúdios de pós-produção, especializou-se em narrativas de longo formato e acumulou larga experiência servindo clientes como BBC, Walt Disney Company, Discovery Channel, Channel 4 e MTV. Na Europa, foi responsável pela finalização da série Wonders of the Universe da BBC, indicada a dois prêmios BAFTA em 2012, além de assinar a montagem e a supervisão de pós-produção no longa metragem Il Cielo Sopra di Me, do premiado diretor Italiano Gian- Vittorio Baldi. No Brasil desde 2014, sua lista de créditos já inclui quase duas dezenas de filmes de longa metragem, além de diversas séries de TV, como . É sócio-diretor da POST FRONTIER, estúdio de pós-produção integrada, com sede em Porto Alegre - RS. Professor no curso de Pós-graduação em Criação e Produção de Narrativas Multimídia – ESPM, e também no curso de Especialização em Produção Fotográfica e Audiovisual – UNISC/Santa Cruz do Sul - RS.

Kiko Ferraz
Formado em Publicidade pela PUC-RS e em "Recording Engineering" pelo Musicians Institute, de Hollywood, Kiko Ferraz dirige a KF Studios, onde realiza a pós-produção sonora de filmes e programas de TV, dublagem de jogos de video-game e produção de discos e trilhas sonoras. Professor da ESPM Porto Alegre desde 2007, ministra disciplinas de Produção Audiovisual e Produção de Som em cursos de graduação e pós-graduação. Em televisão, foi supervisor de som das séries “Doce de Mãe” (TV Globo), "Mulher de Fases" (HBO), "Decamerão" (TV Globo), "A História do Amor" (TV Globo) entre outras, e também dos telefilmes "Doce de Mãe" e "Homens de Bem" (TV Globo). A série "Doce de Mãe", dirigida por Jorge Furtado, foi vencedora do Prêmio Emmy International 2015 de melhor série de comédia. Em cinema, assinou a supervisão de som e mixagem final dos longa-metragens "Ponto Zero", de José Pedro Goulart (2015), “Rasga Coração”, “Real Beleza” e “O Mercado de Notícias" de Jorge Furtado (2018, 2015 e 2014), "Prova de Coragem", de Roberto Gervitz (2015), "Entreturnos", de Edson Ferreira (2014), "Il Cielo Sopra di Me", de Gian Vittorio Baldi (2013), "Menos Que Nada", de Carlos Gerbase (2012), "Simone", de Juan Zapata (2013), entre outros. Vencedor do Kikito de Melhor Som em Longa-Metragem no Festival de Gramado 2015 pelo longa-metragem "Ponto Zero", de José Pedro Goulart, ganhou duas vezes o prêmio de Melhor Foley do Brasil no Festival Cinemúsica de Conservatória, em 2013 por "Era Uma Vez Eu, Verônica", de Marcello Gomes, e em 2014 por "Tatuagem", de Hilton Lacerda. Ganhou dois "Candangos" de melhor som no Festival de Brasília: um deles em 2011, pelo curta-metragem "De Lá Pra Cá", de Frederico Pinto e o outro em 2012 pelo curta-metragem documentário "A Cidade", de Liliana Sulzbach.

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segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: 'Legalidade' - Problemático, Mas Necessário

Sinopse: Em 1961, o governador Leonel Brizola lidera um movimento sem precedentes na história do Brasil: a Legalidade. Lutando pela constituição, mobiliza a população na resistência pela posse do presidente João Goulart. 

Nos últimos tempos, adaptar a vida de uma figura política não tem sido nada fácil, pois na maioria dos casos, o interprete fica preso naquela figura histórica e ficando até mesmo difícil de inventar alguma coisa de especial em cena. Em “Getúlio”, por exemplo, Tony Ramos parecia estar no piloto automático ao interpretar um dos maiores ícones da nossa história política e fazendo o filme valer mais pela sua boa reconstituição de época. É aí que chegamos em 'Legalidade', filme com diversos problemas, mas também com algumas qualidades que merecem ser vistas e debatidas hoje em dia.
Dirigido por Zeca Brito, do filme "97 Era Assim"(2018), o filme se passa no ano de 1961, quando Jânio Quadros renuncia à presidência do Brasil, o vice-presidente João Goulart torna-se o sucessor natural ao cargo, porém, setores da sociedade, liderados pelos militares, clamavam pelo impedimento da posse de Jango, temerosos de suas posições de esquerda. Liderado por Leonel Brizola (Leonardo Machado), o movimento Legalidade é criado para garantir a posse do vice-presidente, colocando grande parte do Rio Grande do Sul contra o núcleo do exército.

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Zeca Brito foi feliz na reconstituição da Porto Alegre de 1961, mesmo com poucos recursos à disposição. Ao invés de criar grandes cenários para reconstituir os fatos, o cineasta usa os verdadeiros monumentos históricos da cidade de Porto Alegre para moldar a sua história, usando assim planos fechados e esconder o ambiente atual de nossa cidade. Não deixa de ser surpreendente, por exemplo, a cena em que se passa na Igreja Nossa Senhora das Dores e comprovando o perfeccionismo e esforço do cineasta como um todo.
Além disso, devido à falta de recursos, os realizadores também foram sábios ao usarem registros históricos da época, cuja as imagens reais se entrelaçam com as cenas reconstituídas e criando assim um interessante jogo de cena entre fatos históricos e ficção. Esses momentos, aliás, se tornam bastante ricos se for comparado por situações que mais parecem que foram inventadas para melhorar na dramaticidade da trama, mas que fica difícil de engolir algumas delas: a cena em que se passa em um aeroporto em Canoas sintetiza muito bem essa dúvida.
Falando em invenções, as subtramas inseridas dentro da trama principal se tornam o ponto mais negativo na obra como um todo. Em meio à turbulência política e social, um triângulo amoroso é formado entre Cecília (Cleo Pires), Luis Carlos (Fernando Alves Pinto) e Tonho (José Henrique Ligabue) e fazendo disso uma espécie de versão de “Casablanca” mas de muito mal gosto. Mas, se por lado Cleo Pires se apresenta em cena com uma de suas piores atuações de sua carreira, em contrapartida, Fernando Alves Pinto faz o que pode numa interpretação convincente em uma subtrama monótona e dispensável.
O filme só não vai ladeira abaixo graças a presença de Leonardo Machado na pele de Leonel Brizola. No ato final da trama, por exemplo, há o famoso discurso do governador na época e que fez muitos gaúchos se levantarem contra o possível golpe que poderia acontecer a qualquer momento naquele período. Curiosamente, Machado imita com exatidão a voz do falecido político e faz com ela se case muito bem nos momentos em que a voz do verdadeiro Brizola entra em cena.
É um momento que, particularmente, eu acho que possui uma grande força perante os tempos de hoje em que políticos tentam ser fortes com fake news mas que jamais chegaram aos pés dos verdadeiros líderes políticos. Mesmo tendo somente o recurso do rádio naqueles tempos longínquos, Brizola mobilizou vários gaúchos em acreditar em uma ideia, de um país livre de um possível golpe e de fortalecer a democracia acima de tudo. Infelizmente a vida dá voltas para quem vive no Brasil e cabe seguirmos exemplos como de Brizola para que o mal atual que nos governa não piore as nossas vidas.
"Legalidade" é um filme de altos e baixos, mas cuja mensagem principal é mais do que necessária para tempos atuais e nebulosos.   





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