Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

terça-feira, 11 de julho de 2017

Cine Dica:Programação de cinema do dia 6 a 12 de Julho na Casa de Cultura Mario Quintana.

SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES
Mulher  do Pai.

SALA 1 / PAULO AMORIM

15h – O CIDADÃO ILUSTRE
(El Ciudadano Ilustre – Argentina, 120min, 2017). Direção de Mariano Cohn e Gastón Duprat, com Oscar Martinez, Dady Brieva e Andrea Frigerio. CineArt Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: O escritor argentino Daniel Mantovani, vencedor do Prêmio Nobel, aceita voltar ao povoado onde nasceu para receber o título de Cidadão Ilustre. Ele mora há mais de quatro décadas na Europa e nunca mais havia visitado sua terra natal – um reencontro que vai gerar algumas situações constrangedoras para o autor e velhos amigos.
 
17h15min – A FILHA
(The Daughter – Austrália, 95min, 2015). Direção de Simon Stone, com Geoffrey Rush, Anna Torv, Miranda Otto, Paul Schneider. Supo Mungam Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: Christian volta à casa de sua família depois de muitos anos para acompanhar o casamento do seu pai Henry, com quem nunca se deu muito bem. Ele também reencontra um amigo de infância, o que vai trazer à tona um segredo do passado que podem prejudicar a todos. O filme é baseado na peça “O Pato Selvagem” (1884), do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen.
 
19h – FACES DE UMA MULHER
(Orpheline - França, 2017, 110min). Direção de Arnaud des Pallières, com Adèle Haenel, Adèle Exarchopoulos, Solène Rigot. Mares Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Karine é professora de uma escola primária e tem uma relação estável com seu namorado. Mas o cotidiano tranquilo muda no dia em que a polícia bate na sua porta, acusando-a de um crime do passado. Quatro atrizes diferentes contam a história da protagonista, que sobreviveu a uma vida difícil e agora precisa reviver seus pesadelos pessoais.
 

SALA 2/ EDUARDO HIRTZ

15h30min – ALÉM DA ILUSÃO
(Planetarium - França, 2017, 110min). Direção de Rebecca Zlotowski, com Natalie Portman, Lily-Rose Depp, Emmanuel Salinger. Mares Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: No período entre as duas guerras mundiais, as irmãs Laura e Kate viajam pela Europa oferecendo seus poderes mediúnicos para pessoas saudosas de seus entes queridos. A encenação das garotas durante uma temporada em Paris chama a atenção de Korben, um polonês rico interessado em cinema e que resolve filmar as sessões mediúnicas - mas, à época, a Sétima Arte ainda engatinhava nas possibilidades de mostrar o que não é real.
 
17h30min – KIKI: OS SEGREDOS DO DESEJO
(Kiki: Love to Love – Espanha, 2016, 100min). Direção de Paco León, com Paco León, Ana Katz, Luis Bermejo, Candela Pena. Imovision, 16 anos. Comédia dramática.

Sinopse: Durante um verão, em Madri, se desenrolam histórias diferentes de amor e sexo. Todas têm em comum a quebra de tabus e a busca de relações prazerosas, independente da condição física ou do estado civil dos personagens. Sandra, por exemplo, busca um homem por quem se apaixonar, enquanto Paloma está imobilizada em uma cadeira de rodas. Já Paco e Ana querem alternativas para reviver a paixão no casamento.


19h30min – MULHER DO PAI
(Brasil, 95min, 2017). Direção de Cristiane Oliveira, com Maria Galant e Marat Descartes. Vitrine Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: O primeiro longa da diretora gaúcha foi rodado na fronteira do Brasil com o Uruguai e gira em torno de Nalu, uma adolescente que precisa cuidar de Ruben, seu pai, que ficou cego há alguns anos. É um cotidiano simples, de cidade do interior, mas tudo começa a mudar quando uma nova professora do povoado se interessa por Ruben.
 

SALA 3 / NORBERTO LUBISCO

15h15min – EMPATIA
(Espanha, 2017, 75min). Documentário de Ed Antoja. Latinópolis, Livre.

Sinopse: O próprio diretor conduz o filme, mostrando suas dúvidas e opiniões sobre as relações do homem com o mundo animal e a filosofia vegana. O cineasta, que sempre adorou comer presunto, reúne depoimentos reveladores sobre meio ambiente, nutrição e respeito aos animais – e faz com que ele próprio assuma posturas mais responsáveis sobre o assunto. O documentário é acompanhado do curta gaúcho “Vida como Rizoma” (13min), sobre o músico Klaus Volkman.
 
17h – STEFAN ZWEIG: ADEUS, EUROPA
(Stefan Zweig: Farewell to Europe - Áustria/Alemanha/França, 105min, 2016). Direção de Maria Schrader, com Josef Hader, Tomas Lemarquis, Barbara Sukowa. Esfera Filmes, 12 anos. Drama.

Sinopse: Em 1936, o escritor austríaco Stefan Zweig fugiu do nazismo na Europa e veio para a América. Ele viveu nos Estados unidos e na Argentina, mas se apaixonou mesmo pelo Brasil, fixando residência em Petrópolis, no Rio de Janeiro. Mas Zweig nunca se conformou com a intolerância e os extremismos que tomaram conta da Europa nos tempos de Hitler e cometeu suicídio, junto com a mulher, em 23 de fevereiro de 1942.
 
19h – SOBRE VIAGENS E AMORES
(L'estate Addosso – Itália/EUA, 105min, 2016). Direção de Gabriele Muccino, com Matilda Lutz, Brando Pacitto, Joseph Haro. Lança Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Maria e Marco são dois jovens italianos que embarcam numa jornada de transformação e descobertas pela costa oeste dos Estados Unidos. Na liberal San Francisco, eles são recebidos pelo casal gay Matt e Paul, com quem aprendem muito sobre amores e comportamento.

Nossas  redes sociais:

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: FRANTZ



Sinopse: Um ano após ter perdido o seu noivo Frantz durante a Primeira Guerra Mundial, Ana (Paula Beer, revelação no festival de Veneza 2016) ainda leva flores para o túmulo do seu amado. Certo dia, um misterioso francês chamado Adrien (Pierre Niney), chega à pequena cidade alemã e se diz amigo de Frantz, mesmo tendo ambos lutados em lados opostos. Aos poucos são reveladas as suas reais intenções e, ao mesmo tempo, começa a nascer uma relação conflituosa entre ele e Ana.
O cineasta François Ozon (Dentro de Casa) nos surpreende com um roteiro do qual possui inúmeras camadas, nos fazendo então interpretá-lo de uma forma, quando na realidade se revela de outra e até mesmo imprevisível. O filme é baseado na peça de Maurice Rostand e do qual já tinha sido adaptado vários anos antes no cinema pelas mãos de Ernest Lubitsch, no filme Não Matarás (1932). Diferente de outras adaptações, o cineasta optou em passar Adrien para Ana o papel como protagonista, onde se cria então uma verdadeira rede subliminar de teorias, ações, memórias e charadas das quais o cineasta vai entrelaçando as em meio uma estética criativa e sedutora.
Embora seja uma trama do início do século, o filme possui uma proposta da qual é correspondida no mundo contemporâneo de hoje, onde a injustiça social, assim como a intolerância, são colocadas em pauta e sendo assuntos dos quais são muito debatidos hoje em dia. Tanto os sentimentos que nascem através da harmonia, como também de momentos melancolia, são muito bem representados por uma fotografia belíssima e da qual foi premiada com o César. Aliás, Ozon usa esse recurso para, tanto explorar o passado (na maioria das vezes em preto e branco), como também o presente e do qual sintetiza os caminhos dos quais os personagens terão que escolher para obter um amanhã melhor para as suas vidas.
Frantz é um filme sobre superação, mesmo numa realidade que aparenta sempre ser cinzenta, mas da qual há de um dia as nuvens irem embora. 

Me sigam no Facebook, twitter, Google+ e instagram

Cine Dica: Curso Slasher Movies


Apresentação

Durante décadas, jovens personagens de filmes de horror tiveram mortes tenebrosas pelas mãos de pérfidos psicopatas, geralmente mascarados, que esbanjam criatividade (e crueldade) na hora de eliminar seus alvos. A frequência desses massacres e a quantidade de filmes enfocando o genocídio adolescente deram origem a um subgênero: os Slasher Movies ("Slash" é o termo em inglês para "retalhar" ou "cortar").


Embora filmes sobre pessoas sendo sistematicamente assassinadas por psicopatas misteriosos já existam desde os primórdios do cinema, foi a estreia de Halloween(1978), de John Carpenter, que imortalizou os cânones do subgênero e as suas "regras", como a protagonista virginal que sobrevive para enfrentar o assassino mascarado enquanto seus amigos que fazem sexo são mortos impiedosamente. Claro que Carpenter não criou tudo isso do zero: vários desses elementos já apareciam, isoladamente, em produções dos anos 1930.

Mas foi a partir de Halloween que começou a chamada era de ouro" dos Slasher Movies: durante quase 10 anos, entre 1978 e 1986, centenas de produções foram realizadas no mundo inteiro, reunindo um variado grupo de vilões mascarados, as mortes mais criativas que a equipe de efeitos especiais pudesse conceber e muitos, mas muitos litros de sangue.

Embora nunca tenham realmente desaparecido, os slasherssofreram um período de decadência pós-1986, em grande parte pelo excesso de filmes e pela falta de criatividade que impedia de distinguir uma produção da outra. Até que o sucesso dePânico(1996), de Wes Craven, garantiu uma sobrevida ao subgênero e toda uma nova geração de jovens viu-se na mira de novos assassinos mascarados. Assim, a exemplo dos vilões mascarados mais famosos desse subgênero, os Slasher Movies nunca morrem e continuam à solta para aterrorizar a próxima geração de adolescentes.

NÃO É NECESSÁRIO NENHUM PRÉ-REQUISITO PARA PARTICIPAR DESTA ATIVIDADE.
O CURSO É ABERTO A TODOS OS INTERESSADOS.


Objetivos

O Curso Slasher Movies: Virgens, Mascarados e Litros de Sangue, ministrado por Felipe M. Guerra, tem como objetivo explorar a história desse subgênero e estudar o seu impacto na cultura popular. As origens dos Slashers Moviesserão apresentadas desde as suas raízes, com o Teatro Grand Guignol, na França, e os livros baratos de mistério e assassinato, passando pelos chamados "proto-slashers", filmes que começaram a lançar as bases para esse tipo de produção, chegando até a produção contemporânea. O objetivo é criar um panorama variado de como surgiram os Slasher Movies e suas "regras", enfocando também as produções mais famosas do ciclo.


Conteúdo programático

Aula 1

Rastreando as origens
- Do Teatro Grand Guignol a Jack, O Estripador; de Agatha Christie a Edgar Wallace.

O que é um Slasher Movie?
- Porque Sexta-feira 13 é um Slasher Movies e Seven não é?
- As regras e características que permitem identificar este subgênero, e como elas sofrem poucas modificações de um filme para outro.

Os avós dos Slasher Movies
- Uma análise sobre os "Proto-Slashers", filmes de horror e mistério produzidos entre as décadas de 1930-70 que já trazem elementos que depois serão imortalizados pelosSlasher Movies.

Halloween e o início da Era de Ouro
- O sucesso do filme de John Carpenter e os cânones do slasher.
- O início da Era de Ouro e as principais produções: Sexta-feira 13Prom NightFeliz Aniversário Para MimDia dos Namorados Macabroe outras (e suas continuações).


Aula 2

O início do fim da Era de Ouro
- Porque A Noite das Brincadeiras Mortais é o último grande Slasher Movieclássico?
- O subgênero se banaliza e crianças começam a idolatrar Freddy e Jason.

Por trás dos Slashers
- Tentando levar os Slasher Movies a sério.
- Sexualidade e moralismo nos clássicos do gênero.

A estreia de Pânico e um novo ciclo
- Como o filme de Wes Craven apresentou os Slasher Movies a uma nova geração.

Quando o subgênero vira piada
Slasher cômicos que não se levam a sério e brincam com os clichês do gênero, deStudent Bodies (1981) a Todo Mundo em Pânico (2000).


Ministrante: Felipe M. Guerra
Jornalista e cineasta independente, apaixonado por Filmes B, em particular pelos Slasher Movies. Escreveu textos e matérias para o site Boca do Inferno, onde publicou artigos sobre séries como Sexta-Feira 13 e A Hora do Pesadelo. Criou um blog próprio (Filmes para Doidos) onde escreve resenhas sobre cinema. Como cineasta independente, manifesta sua admiração pelos slashers ao homenagear o subgênero nos curtas Entrei em Pânico ao Saber o que Vocês Fizeram na Sexta-feira 13 do Verão Passado - Partes 1 e 2. Já ministrou o curso “O Cinema Hiperlink de Quentin Tarantino” pela Cine UM.



Curso
Slasher Movies: Virgens, mascarados e litros de sangue
de Felipe M. Guerra


Datas: 22 e 23 de Julho (sábado e domingo)

Horário: 14h às 17h

Duração
2 encontros presenciais (6 horas / aula)

Local: Cinemateca Capitólio
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro Histórico - Porto Alegre - RS)

Investimento: 
R$ 85,00
* Desconto para pagamento por depósito ou transferência bancária:
a) R$ 70,00 (primeiras 10 inscrições)
b) R$ 80,00 (demais inscrições)

Formas de pagamento: Depósito bancário / Cartão de Crédito (PagSeguro)

Material: Certificado de participação e Apostila

Informações
cineum@cineum.com.br / Fone: (51) 99320-2714

Inscrições

Realização
.

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: Homem-Aranha: De Volta ao Lar



Sinopse: Homem-Aranha: De Volta ao Lar. Sinopse fala sobre a chegada do Abutre. "O jovem Peter Parker/ Homem-Aranha (Tom Holland), que fez sua estreia sensacional em Capitão América: Guerra Civil, começa a navegar em sua recém descoberta identidade como o super-herói disparador de teia em Homem-Aranha: De Volta ao Lar.

Após o encerramento da trilogia original do Homem Aranha (2002 – 2007) comandada pelo cineasta Sam Raimi (Uma Noite Alucinante), a Sony (dona dos direitos cinematográficos do personagem na época) decidiu continuar com as aventuras do herói aracnídeo, mas numa nova roupagem e tudo começando novamente do zero. O resultado, porém, foram dois filmes que, no decorrer do tempo, ficaram aquém do esperado, pois os roteiristas tiveram a capacidade de criar inúmeras ideias que distanciaram da essência original do personagem. Tudo muda agora com o personagem retornando para o estúdio Marvel e Homem-Aranha: De Volta ao Lar é um filme limpo, direto, divertido e do qual os fãs de todas as idades irão aproveitar ao máximo.  
Dirigido por Jon Watts (Clown), o filme acontece após os eventos de Capitão América: Guerra Civil, onde vemos Peter Parker (Tom Holland) lutando contra os bandidos do seu bairro e defendendo as pessoas quando precisam. Ao mesmo tempo, Adrian Toomes, codinome Abutre (Michael Keaton) usa a tecnologia alienígena (vista no primeiro Vingadores) para roubar armas poderosas e tentar vender no mercado negro. Não demora muito para que o herói e vilão se cruzem e gerando inúmeros embates.
Antes de tudo é preciso deixar claro que não estamos diante de uma mera adaptação de HQ, onde vemos a simples rivalidade entre herói e vilão megalomaníaco ou algo do gênero, mas sim a história de um simples rapaz do colegial, que decide combater o crime no momento que percebeu que grandes poderes trazem grandes responsabilidades. Embora saibamos de cor e salteado o do porque ele decidiu combater o crime (basta assistir as versões anteriores), o filme não perde tempo com as suas origens, mas sim focando no personagem em seus tempos de colégio, sendo algo que quase não foi explorado nas outras adaptações. Os roteiristas e cineasta foram então sábios ao inserir essa passagem da história do personagem, pois é algo que faz a gente se identificar com ele, principalmente em inseri-lo em situações corriqueiras, desde a sofrer gozação dos valentões da escola, como também ter uma paixão platônica pela menina bonita da classe, que aqui no caso é a personagem Lis (Laura Harrier), uma das primeiras namoradas de Peter nos quadrinhos.   
Como é de costume nos filmes da Marvel, o filme é recheado de situações de muito bom humor, principalmente pelo fato de Peter ter um melhor amigo nerd chamado Ned Leeds (Jacob Batalon) e ser protagonista dos momentos mais hilários da trama. E para fortalecer o laço em que o personagem tem com o restante do universo Marvel, Homem de Ferro (Robert Downey Jr) surge como uma espécie de mentor para o protagonista, mas diferente do que muitos poderiam imaginar, ele não rouba a cena a todo o momento, mas sim surgindo somente quando Peter precisa de uma ajuda ou até mesmo de uma lição de moral.
Ainda no terreno de humor, é preciso reconhecer, já de imediato, que Tom Holland é a melhor encarnação do personagem nas telas. Revelado ao mundo pelo filme catástrofe O Impossível, Holland consegue nivelar muito bem a sua interpretação, tanto nos momentos de dramaticidade, como também nos momentos de mais puro humor, já que, pela primeira vez no cinema vemos um Homem Aranha tagarela, cheio de piadas e que remete a sua fase de ouro dos anos 60 e 70 das HQ. Se há cinéfilos que reclamam pelo excesso de piadas nos filmes da Marvel, aqui a situação é invertida, pois esse lado cômico resgata os bons e velhos tempos do personagem e que tanto fazia falta.
Contudo, o filme também possui o seu lado obscuro, sendo muito bem representado pelo vilão Abutre, interpretado com intensidade pelo ex Batman Michael Keaton. Mas diferente do que a gente imagina o personagem não é um mero vilão que quer conquistar o mundo, mas sim faz o que faz, para sustentar a sua família e não medindo esforços para conquistar tais feitos. Com um discurso contra o capitalismo, do qual se vê pegando os restos jogados fora vindo dos poderosos, o personagem é, talvez, o melhor vilão desde o surgimento de Loki no universo Marvel do cinema e isso já é um grande feito.
Mas é claro que nem tudo são flores, principalmente para aqueles que esperam incríveis cenas de ação vertiginosas, mas que, embora elas aconteçam, não superam a surpreendente cena do trem vista em Homem Aranha 2 em 2004. Elas estão lá, sendo a cena do navio é disparada a melhor, mas nada que vá mudar a vida de ninguém. Porém, elas não surgem gratuitamente para encher os nossos olhos de efeitos visuais, mas sim sendo consequências dos eventos dos quais ocorreram durante a trama e fazendo então delas todo o sentido.
Vale lembrar que, embora essa aventura pertença ao vasto universo Marvel, ela tem ao mesmo tempo começo, meio, fim e não se vê preso a ter que explicar algum evento que ocorreu, ou ocorrerá, nos outros filmes dos personagens do estúdio. Aliás, o ato final deixa mais do que claro que Peter terá maior responsabilidade no seu bairro onde vive do que ao lado dos Vingadores ou de outros personagens daquele mundo. Ou seja, uma sensação de simplicidade, sem maiores exigências no colo do personagem e nos passando absoluta certeza que o veremos novamente em leves e boas aventuras.
Homem-Aranha: De Volta ao Lar é o mais novo recomeço para o personagem no cinema, mas dessa vez, feita com carinho e nos convidando de forma descompromissada para curtirmos uma aventura divertida, simplista e muito bem vinda. 


 Me sigam no Facebook, twitter, Google+ e instagram