Durante o curso alguém me mordeu hehehe.
"ENTRE OS VIVOS E OS MORTOS"
Dois dias em que fiquei morto,
mas vivo e respirando cinema. Aconteceu nesse ultimo final de semana no Cine Capitólio,
o curso Zumbis No Cinema: O eterno retorno, criado pelo Cine Um e ministrado
por César
Almeida. Durante dois dias, César provou ser um verdadeiro escavador de filmes
sobre zumbis, sendo que, há tantos desse subgênero, que muitos são ao longo do
tempo esquecidos.
Porém, César fez questão de
falar um pouquinho de cada um deles, além de contar as origens do termo “zumbi”,
já que há um pé de verdade nisso tudo. Há quem diga que o significado dessa
palavra vem do Haiti, aonde antigamente os donos de fazenda usavam magia negra
para fazer dos seus escravos meio que sonâmbulos e serem mais obedientes
durante o trabalho. Claro que existe aquele velho refrão que, ”de tudo um pouco
aumenta um ponto” e o cinema se encarregou de expandir isso.
A partir do clássico White
Zumbie 1932 (que teve até estreia por aqui no Cine Capitólio na época) estrelado por
Bela Lugosi, os zumbis não eram somente pessoas hipnotizadas, como também
tinham a capacidade de matar. Isso se expandiu ao longo dos anos em cada filme
que, possuía algumas diferenças significativas, mas nada que mudasse pra valer
esse cenário. Isso logicamente mudou, quando George Romero lançou em 1968 seu
clássico A Noite dos Mortos Vivos.
Com uma alta dose de critica
social nas entrelinhas do filme, a obra de Romero fez com que esse subgênero,
não somente estourasse nos EUA, como também em outros países como Espanha e Itália.
Dario Argento, por exemplo, foi produtor e ajudou Romero a lançar Despertar dos
Mortos em 1978, uma espécie de continuação de seu grande clássico e que também
se tornou um grande sucesso de público e crítica no cinema. Durante os anos 70
e oitenta, o gênero zumbi se proliferou, até dar uma estagnada durante os anos
90.
Foi somente a partir de Extermínio
de 2002, que os zumbis voltaram com tudo, em alta velocidade e o sucesso não se
limita somente no cinema, mas se espalha em outras mídias como HQ e TV. Fica
logicamente a pergunta no ar: até aonde irá chegar esses mortos vivos? Do jeito que
a coisa vai, nem com tiro na cabeça irá fazer com que eles deixem de avançar
dentro e fora das telas do cinema!
Confiram abaixo mais alguns momentos
dessa atividade:
Em 1932, White Zombie estreando no Capitólio em grande estilo.
Aprontando a minha câmera para registras os momentos do curso.
Vincet Price brigando com elegância contra mortos vivos em Mortos que Matam.
Antes de Romero, Hammer lança o seu Epidemia de Zumbis em 1966.
o bom humor dos anos 80 não poderia ficar de fora dessa atividade.
O filme mais reprisado no Fantaspoa teve o seu lugar de destaque.
Após o encerramento, ganhei duas grandes leituras para eu ler a vontade.
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