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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Cine Especial (Sessão Plataforma): Manakamana



Sinopse: Embrenhados numa selva nos cumes do Nepal, um grupo de peregrinos embarca numa jornada percorrendo uma rota tradicional de teleférico para louvar Manakamana.


O filme é radical na sua proposta. Os diretores estreantes Stephanie Spray e Pacho Velez filmam em um  teleférico, viagens de muitas pessoas que vão para o templo sagrado do Nepal que dá ao filme seu título. Mas eles fizeram isso de uma forma mais convencional: com uma câmera de 16mm, fixa e focada em onde os passageiros estão localizados, e os diretores presentes (ou não) em cada viagem.
Manakamana tem 11 cenas com duração de 11 minutos, sem cortes dentro de cada viagem. Porém, é mais do que lógico que aja cortes no momento que o bondinho chega no seu local de origem. A imagem fica escura quando acontece os cortes, uma ideia infalível, sendo que primeira vez usada foi através de Alfred Hitchcock em Festim Diabólico.
O filme oferece um espetáculo visual da montanha e dos rostos, gestos e diálogos (ou não) de pessoas que viajam para o templo. Ao longo da projeção, nós conseguimos fisgar a esperteza dos diretores  na escolha das pessoas que viajam, pois alguns deles dão um desenvolvimento  dramático e até mesmo de humor . Quase todos são em pares ou em grupos, e até mesmo em um caso único de  animais como protagonistas, que se encantam com as paisagens que eles estão vendo.
É um filme de observação, no sentido mais absoluto, uma vez que a maior parte do tempo somos convidados a olhar para os rostos e paisagens. E o filme é tão criativo, inteligente e díspares como podem as diferentes circunstâncias de cada uma das viagens. É verdade que este é um filme para ver na tela grande, porque o filme exige uma enorme concentração e atenção ao detalhe do espectador para capturar pequenos gestos e situações que surgem. 
Manakamana é um filme muito interessante e uma prova de que esta abordagem sistemática para o mundo real produz resultados muito ricos. Seria legal se um dia lançassem um DVD especial contando  como a câmera foi usada, quantos minutos últimos rolos de 16 milímetros, e se o som é direto ou qualquer outra coisa para se concentrar no que o filme dentro de seu universo tem para oferecer.

Nota: O filme será novamente exibido no próximo sábado (20/09/14) as 20horas na Usina do Gasômetro. 
 

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terça-feira, 16 de setembro de 2014

Cine Especial: SAM PECKINPAH: O REBELDE IMPLACÁVEL: Parte 3

Nos dias 18 e 19 de Setembro eu estarei participando do curso  Sam Peckinpah: O Rebelde Implacável, criado pelo Cena Um e ministrado pelo escritor e editor Cesar Almeida. Enquanto os dias da atividade não chegam, estarei por aqui postando sobre o que achei de cada filme desse diretor polêmico, porém o mais corajoso que surgiu, em um dos  períodos mais autorais do cinema americano.

.   Os Implacáveis (1972)
Sinopse: Detento, preso há quatro anos, planeja sua fuga com a ajuda de sua mulher. Os dois propõem assaltar um banco e dividirem o lucro com um político corrupto, em troca da liberdade dele. Mas, durante o assalto, as coisas não saem como planejado. 
Com roteiro de Walter Hill, baseado no livro de Jim Thompson, Os Implacáveis conta ainda uma dupla de atores em ascensão. Steve McQueen ainda desfrutava de grande popularidade por conta de Bullitt. Ali MacGraw vinha do estrondoso sucesso de Love Story. Originalmente, o filme seria dirigido por Peter Bogdanovich e estrelado por Cybill Shephard. Quando os produtores contrataram MacGraw, ele, que era casado com Shephard, abandonou o projeto. Peckinpah assumiu o posto e imprimiu sua marca. A trama gira em torno de Doc McCoy (McQueen), que está preso há quatro anos. Com muita ousadia, com a ajuda da sua mulher Carol (MacGraw), ele elabora um plano de fuga aparentemente simples: McCoy pede que sua mulher faça um acordo com Jack Beynon (Ben Johnson), um político corrupto. O acordo consiste na libertação de McCoy. Em troca, ele assaltará um banco e dividirá o dinheiro com Beynon. Claro que as coisas não acontecem como estavam planejadas e isso torna Os Implacáveis o que ele verdadeiramente é: um grande filme de ação. Tudo conspirou a favor: um roteiro bem escrito, uma direção inspirada, uma montagem ágil, uma trilha sonora perfeita e os atores certos. Duas curiosidades: 1) McQueen e MacGraw se apaixonaram durante as filmagens; 2) Esta mesma história foi refilmada em 1994, com o título de A Fuga, tendo Alec Baldwin e Kim Basinger. 

 Traga-me a Cabeça de Alfredo Garcia (1974)
Sinopse:O milionário fazendeiro mexicano conhecido por "El Jefe" descobre que sua filha foi abandonada e deixada grávida por um aventureiro. Sem demora contata seu bando de assassinos internacionais e oferece 1 milhão de dólares para quem lhe trouxer a cabeça do homem, que se chama Alfredo Garcia. 

Realizado no México, com baixo orçamento, devido as dificuldades financeiras enfrentadas por Peckinpah, o filme foi ignorado pelo público no lançamento e não escapou das críticas, pois muitos o consideraram um exemplar maior do sadismo e da demência do diretor. Atualmente é considerado uma obra "cult", admirando-se a coragem de Peckinpah em realizá-lo.

 
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Cine Dica: Em Cartaz: Anjos da lei 2



Sinopse: Depois de ir para a escola (duas vezes) grandes mudanças aguardam os policiais Schmidt e Jenko quando eles vão fazer uma investigação disfarçados em uma universidade. Mas quando Jenko conhece uma pessoa muito parecida com ele no time de atletismo e Schmidt se infiltra na boêmia cena do curso de Artes eles começam a questionar sua parceira.



Com o sucesso do filme lançado em 2012, 'Anjos da Lei 2' , nova comédia baseada na série de TV, é uma sequência que embora não traga nenhum frescor de originalidade, pelo menos brinca com isso e fazendo um filme super divertido. E como não se pode mexer em time que está ganhando, os produtores trouxe novamente os cineastas Phil Lord e Christopher Miller, que dirigiram o original, e também a dupla Channing Tatum e Jonah Hill em pura sintonia.
Se em 'Anjos da Lei' os policiais Jenko (Tatum) e Schmidt (Hill) se infiltraram numa escola para tentar descobrir a origem de uma nova droga que causou a morte de um aluno, dessa vez a dupla pateta que combate o trafico, se disfarça de alunos universitários para descobrir como uma nova droga chamada WhyPhy virou sensação na faculdade e assim solucionar o caso de uma estudante morta, que supostamente teria usado a substância e depois se jogado por uma janela. 
'Anjos da Lei 2' é um verdadeiro reflexo do primeiro filme, onde vemos novamente a dupla tentando se ajustar nesta realidade estudantil e tentar não demonstrar que são na realidade pessoas mais velhas. Embora pareça repetição, essa sequência consegue fisgar a nossa atenção graças à boa química dos dois protagonistas e pelas ótimas piadas, que são muito mais engraçadas que o filme original. Se alguém duvida disso, aguardem para saberem quem são realmente os pais de uma aluna que os dois policiais conhecem. É hilário.
A relação de amizade de Jenko e Schmidt, que possui inúmeros momentos subliminares aqui e ali, é outro ponto forte do filme. Dificilmente esses dois filmes não dariam certo se não fossem por eles e graças aos resultados positivos, tanto de critica como de publico, lhe garantiram uma terceira missão para o cinema. E se alguém duvida de um inevitável terceiro filme, não deixe de ver os créditos finais, que desde já são um dos mais divertidos do ano.

 

Leia a minha critica sobre o primeiro filme clicando aqui. 


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Cine Dica: Vencedor do Leopardo de Ouro na Sessão Plataforma



VENCEDOR EM LOCARNO
NA SESSÃO PLATAFORMA


Nesta terça-feira, 16 de setembro, às 20h30, a Sessão Plataforma em sua décima segunda edição na  Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) exibe MANAKAMANA, de Stephanie Spray e Pacho Velez, filme vencedor do Leopardo de Ouro no Festival de Locarno em 2013, na competição Cineastas do Presente, mostra dedicada a realizadores em início de carreira.  
O filme instala-se no tradicional trajeto de um teleférico nos cumes do Nepal, onde peregrinos realizam uma jornada em culto ao templo de Manakamana. Usando uma câmera 16mm, Spray e Velez criam onze planos sequências, cada um com tempo de duração de um rolo de negativo que descobrem ser exatamente o mesmo do deslocamento do teleférico até o topo da montanha. MANAKAMANA é misterioso e surpreendente em seus efeitos ao brincar com o espaço e tempo, transitando na área cinza entre documentário, ficção e etnografia.

SERVIÇO: 

Terça feira, 16 de setembro, 20h30
Reprise única - sábado, 20 de setembro, 19h

MANAKAMANA, dir: Stephanie Spray e Pacho Velez, 118min, NEP/EUA, 2013.

Principais exibições anteriores:
- Locarno Film Festival 2013 (Prêmio Leopardo de Ouro - Cineastas do Presente)
- Toronto IFF 2013
- New York IFF 2013
- Edinburgh IFF 2014

Sessão Plataforma
Realização: Tokyo Filmes, Livre Associação Produções, Coordenação de Cinema e Vídeo da Secretaria de Cultura de Porto Alegre.
Apoio: Cervejaria Seasons

Ingresso: R$ 03,00
Projeção: Bluray com legendas em português

Sessão Plataforma é uma sessão de cinema, realizada mensalmente desde agosto de 2013 na cidade de Porto Alegre (RS), que exibe filmes recentes, de qualquer nacionalidade, duração e bitola, sem distribuição comercial no Brasil.


GRADE DE HORÁRIOS 
16 a 21 de setembro de 2014

16 de setembro (terça-feira)
15:00 – A Batalha de Solferino
17:00 – Hélio Oiticica
19:00 – Hélio Oiticica
20:30 – Sessão Plataforma (Manakamana, de  Stephanie Spray e Pacho Velez)

17 de setembro (quarta-feira)
15:00 – A Batalha de Solferino
17:00 – Hélio Oiticica
19:00 – Hélio Oiticica

18 de setembro (quinta-feira)
15:00 – A Batalha de Solferino
17:00 – Hélio Oiticica
19:00 – Hélio Oiticica

19 de setembro (sexta-feira)
15:00 – A Batalha de Solferino
17:00 – Hélio Oiticica
19:00 – Hélio Oiticica

20 de setembro (sábado)
15:00 – A Batalha de Solferino
17:00 – Hélio Oiticica
19:00 – Sessão Plataforma reprise

21 de setembro (domingo)
15:00 – A Batalha de Solferino
17:00 – Hélio Oiticica
19:00 – Hélio Oiticica
 

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