CURSO DO CENA UM EM SETEMBRO FOI DESTAQUE NO JORNAL DO COMÉRCIO DE HOJE
Quem sou eu
- Marcelo Castro Moraes
- Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
- Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
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quinta-feira, 29 de agosto de 2013
NOTA: MESTRES E DRAGÕES EM DESTAQUE
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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quarta-feira, 28 de agosto de 2013
Cine Especial: Mestres & Dragões: Parte 3
Na minha 30ª
participação no Cena Um, essa atividade ministrada pelo escritor e editor César
Almeida, que irá ocorrer nos dias 07 e 08 de setembro no Santander Cultural,
irá desvendar um pouco mais sobre o universo das artes marciais no cinema e que
conquistou o ocidente durante as décadas de 70 e 80. Enquanto os dois dias da
atividade não chegam, irei postar aqui um pouco mais desse gênero, cuja a sua
influencia é sentida até hoje.
O Vôo do Dragão
Sinopse: Estamos em Roma, e
o couro vai comer! O jovem Tang Lung (Bruce Lee) acaba de chegar para proteger
sua amiga e dona de restaurante Cheng Ching Hua (Miao) da extorsão de um bando.
A Máfia seqüestra uma criança e tenta mandá-lo de volta para China. O chefe do
bando manda vir dos EUA um perigoso mestre japonês de Hap Ki Do, com o reforço
do melhor discípulo do campeão norte-americano de karatê. Tang enfrenta a dupla
e esmigalha os dois adversários. O que Lee não sabe é que, um suposto amigo (na
verdade um traidor), vai conduzi-lo ao Coliseu, onde o próprio campeão mundial
de karatê (Chuck Norris) o espera.
Esse foi o primeiro
(e ultimo) que Bruce Lee escreveu, dirigiu e atuou. Com isso ficamos
desconfiados se a qualidade não ficou aquém do esperado. Verdade seja dita: se
por um lado a historia é fraquinha se comparado aos filmes anteriores, por outro
Lee explora o seu lado cômico de uma forma bem divertida e descontraída.
Seu personagem é um
peixe fora d’água nas ruas de Roma, não consegue sequer se comunicar com quem
quer que seja, a não ser com seus conterrâneos, e acaba se metendo em muita
confusão, numa verdadeira comédia de diferenças culturais. Seus problemas
começam já no aeroporto ao fazer um pedido no restaurante local ou tentar ir ao
banheiro. Mais tarde, acaba indo parar no quarto de uma garota de programa e só
percebe quando a moça está nua na sua frente.
Bruce Lee também foi
responsável pela coreografia das lutas. Aliás, seu personagem acaba se impondo
perante todos com a única coisa que parece saber fazer: lutar kung fu! O caso
que a máfia italiana apresentada aqui não aparenta nenhuma ameaça e sofrem maus
bocados nas mãos do personagem de Lee.
Devido a isso, o filme poderia ser um fracasso
total, por não ter nenhum desafio há altura de Lee. Mas eis que entra em cena ninguém
menos que Chuck Norris, como um lutador campeão de karate e a serviço da gangue.
O confronto entre ambos ocorre nas ruínas do Coliseu, sendo que são quase dez
minutos de luta, onde se explora o melhor de cada um deles e se tornando uma
verdadeira luta clássica de dois grandes astros de filmes de ação.
Vale lembrar que Chuck
Norris nem era ainda um astro de filmes de ação consagrado naquele tempo, mas
tudo isso mudou, quando Bruce Lee assistiu uma exibição de Karatê na praia e se
impressionou com o jovem campeão. Graças a essa participação marcante é que lhe
serviu para outras portas se abrirem e se consagrar em definitivo em filmes de
ação como a trilogia Braddock.
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Cine Dica:Em DVD e Blu-Ray: O Massacre da Serra Elétrica 3D - A Lenda Continua
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terça-feira, 27 de agosto de 2013
Cine Especial: Mestres & Dragões: Parte 2
Na minha 30ª
participação no Cena Um, essa atividade ministrada pelo escritor e editor César
Almeida, que irá ocorrer nos dias 07 e 08 de setembro no Santander Cultural,
irá desvendar um pouco mais sobre o universo das artes marciais no cinema e que
conquistou o ocidente durante as décadas de 70 e 80. Enquanto os dois dias da
atividade não chegam, irei postar aqui um pouco mais desse gênero, cuja a sua
influencia é sentida até hoje.
A Fúria do Dragão
Sinopse: Ao retornar
para Shangai, Chen Zhen (Bruce Lee), um jovem estudante de artes marciais,
descobre que Fok-Kap, seu mestre do Kung-fu, morreu sob misteriosas
circunstâncias. Em sua procura pela verdade e desejo de vingança, Chen descobre
que uma grande operação de tráfico de drogas, uma escola de lutadores rivais e
a tensão entre chineses e japoneses foram os fatores que provocaram a morte de
seu mestre.
Agora, em combates
brutais e usando somente a força de seus punhos, ele terá que enfrentar os
assassinos de seu mestre e lutar contra as forças imperialistas japonesas que
querem dominar seu povo.
Embora rodado em
1972, a ação de ‘A Fúria do Dragão’ decorre no início do século XX, o que
explica um pouco a rivalidade histórica entre japoneses e chineses. Inclusive a
cidade de Shangai estava tomada pelos nipônicos e os nativos sofriam
preconceitos na sua própria terra. Há uma cena no filme em que o personagem de
Bruce Lee é impedido de entrar em uma praça, pois ela era exclusiva pra
japoneses e que visto hoje, seria algo bem politicamente incorreto.
Bruce Lee, como
sempre, está impecável nas artes marciais, mas ao mesmo tempo nos brinda com uma interpretação
intensa, onde ele passa toda a fúria e ódio que sente perante os antagonistas. Difícil
dizer qual é a melhor cena de luta com ele, já que todas são espetaculares, mas
posso citar duas essenciais: o primeiro confronto de Lee com a escola japonesa
em que ele deixa todos no chinelo e no ato final, onde ele faz o famoso
movimento de borboleta com os braços.
Embora em muitos momentos ficasse obvio que o
filme foi todo filmado em estúdio, a produção acabou sendo reconhecida em 1972
com o prêmio de Melhor Filme Mandarim nos Golden Horse Awards, “A Fúria do
Dragão” foi realizado por Lo Wei, o mesmo diretor do filme estrelado pelo astro
anteriormente (O Dragão Chinês) e quebrou todos os recordes de bilheterias
naquele tempo na China.
Mais informações e inscrição para o curso, vocês conferem clicando aqui.
Mais informações e inscrição para o curso, vocês conferem clicando aqui.
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Sessão Plataforma Exibe Filmes Inéditos na Sala P. F. Gastal
UMA PLATAFORMA PARA O LANÇAMENTO
DE BONS FILMES NA SALA P. F. GASTAL
A Coordenação de
Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria da Cultura de Porto Alegre, em
parceria com as produtoras Tokyo Filmes e Livre Associação, dá início no dia 27
de agosto próximo ao projeto Sessão Plataforma. Realizada mensalmente na Sala
P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar), a Sessão Plataforma irá exibir
filmes de produção recente, de diferentes nacionalidades, com caráter
predominantemente independente e sem distribuição comercial garantida no
Brasil. Com curadoria de Davi Pretto e Giovani Borba, e produção de Paola Wink,
a Sessão Plataforma já tem confirmada para os próximos meses a exibição de
importantes filmes que circularam nos principais festivais do mundo todo e no
Brasil passaram apenas pela Mostra de Cinema de São Paulo ou pelo Festival do
Rio, como Room 237, de Rodney Ascher, Bestiaire, de Denis Cotê, The Invader, de Nicolas Provost, e Leviathan,
de Lucien Castaing-Taylor e Verena Paravel. A cada sessão, a Plataforma vai
anunciar o filme seguinte da programação, em um trabalho que procura difundir
um novo cinema e uma busca de realizadores com outros olhares, aproximando
Porto Alegre do circuito de exibição do centro do país, do qual atualmente a
capital gaúcha se vê ainda muito distante.
O filme escolhido para inaugurar a Sessão
Plataforma é o cultuado documentário Room 237, de Rodney Aschner, que
participou dos festivais de Cannes, Sundance e Berlim. O documentário de
Aschner explora os labirintos das inúmeras teorias obsessivas sobre o clássico
filme O Iluminado, de Stanley Kubrick. Um filme sobre a paixão por um filme,
por um realizador e, acima de tudo, pelo cinema, um filme sobre a cinefilia
como única saída para se livrar dos fantasmas de um filme sobre fantasmas. Room
237 será exibido dia 27 de agosto, às 20h, com reprise no sábado, dia 31 de
agosto, às 17h. O valor do ingresso é de R$ 3,00.
Room 237. Estados
Unidos, 2012, 102 minutos. Direção de Rodney Aschner. Documentário. Exibição em
Blu-ray, com legendas em português.
Abaixo, texto dos
curadores Davi Pretto e Giovani Borba e da produtora Paola Wink sobre o projeto
Sessão Plataforma:
BASE
Uma base para se
estar mais próximo aos filmes, pensando os filmes e pensando o cinema.
Foi com esse desejo
que concebemos a Plataforma; imaginando uma estrutura horizontal, praticamente
suspensa, onde se pode ir além. Um espaço para compartilhar a experiência
cinematográfica da sala, e que vai além dela, e a descoberta de novos filmes,
de novos realizadores. Lugar que nos aproxima do horizonte e nos convida a
contemplar, nos convida a refletir.
A Plataforma carrega
um conjunto de ideias e ações que venham a encontrar novos caminhos para a
situação paradigmática que nos encontramos atualmente na cinematografia
brasileira. Vemos uma quantidade grande, ainda que desigual, de ações e
investimentos governamentais, aliado com a facilidade trazida pela
transformação para os equipamentos digitais (câmeras, projetores, etc). Vemos
uma quantidade bastante significativa, e que cresce exponencialmente, de filmes
nacionais lançados, inúmeros novos realizadores de lugares que antes eram
desprovidos da possibilidade de produzir. Vemos a formação e crescimento de
movimentos e realizadores que buscam uma produção mais horizontal e igualitária
de criação coletiva, que corre em paralelo e independente de um modelo
industrial. Porém há ainda um abismo que distancia a possibilidade de diálogo e
inclusão desses filmes e cineastas com produções de grande orçamento e o
circuito comercial “de shopping”. Nessa inclusão, quando ocorre, essas obras
são forçadas a se enquadrar em um modelo industrial, que se propuseram a
contrapor. A democratização das salas de cinema não legitimaria esse novo
cinema, afinal essas obras já percorrem um circuito completo por si só.
Festivais, mostras, cineclubes e exibições online que já somam números de
público para essas obras, maiores que filmes de grande orçamento que pairam
apenas em uma rede convencional de exibição. É imprescindível pensarmos como
esses dois modelos de fazer cinema podem interagir sem a necessidade de nenhum
deles perder sua personalidade.
Essa questão da afirmação e preservação do
âmago desse novo cinema também é indiretamente abalada quando ações do estado
de financiamento fazem realizadores submeter seus projetos em modelos
clássicos, onde são exigidos documentos dignos de uma proposta industrial.
Roteiros, metas e justificativas. Projetos de realizadores internacionais
renomados que trabalham com propostas fluídas e híbridas de encontro e acaso
dificilmente seriam aprovados em editais no modelo encontrado no Brasil. Ainda
parece que esbarramos em um pensamento de criação de um produto óbvio, como uma
linha de montagem. Mais uma vez, vemos uma tentativa inadequada de controlar e definir
o descontrole.
A diversidade cinematográfica atravessa as
fronteiras entre gêneros, bitolas, formatos, meios de exibição, de linguagem e
metragem. Desta mesma maneira, pensamos que uma janela para este outro cinema
pode se apresentar de maneiras também diversas, onde o formato com que se
apresentam os filmes é parte de uma proposta artística.
Foi deste pensar os filmes que queremos
mostrar e como mostrá-los, que surge a Sessão Plataforma. Com o entendimento de
que a Plataforma não está para uma mostra, tampouco festival de filmes. Nossa
proposta é oferecer uma sessão única, e mesmo exibindo regularmente, essa
premissa da sessão única faz de cada uma das sessões, uma nova edição, para um
pequeno universo específico de cinema. Onde cada filme traz uma reflexão,
imprime uma ideia, aponta novos caminhos, proporciona um outro olhar. Uma
experiência cinematográfica periódica e extensiva; um formato horizontal, ao
invés do formato vertical, intensivo e anual de eventos do gênero.
A Sessão Plataforma é apenas uma das vertentes
desta rede maior que propomos para refletir, exibir, escrever e produzir junto
com esse novo cinema. Desta Plataforma, nosso olhar se lança neste horizonte,
em busca da produção contemporânea ao redor do mundo que explora nas possibilidades
narrativas e estéticas, sem artifícios mirabolantes, que atritam, provocam e
instigam; que possam reinventar o fazer cinematográfico, sob a ótica das mais
diferentes culturas, de onde volta e meia nos surpreendem as cinematografias
pouco conhecidas.
Davi Pretto, Giovani Borba,
Paola Wink
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segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Cine Especial: Mestres & Dragões: Parte 1
Na minha 30ª participação no
Cena Um, essa atividade ministrada pelo escritor e editor César Almeida, que irá
ocorrer nos dias 07 e 08 de setembro no Santander Cultural, irá desvendar um
pouco mais sobre o universo das artes marciais no cinema e que conquistou o
ocidente durante as décadas de 70 e 80. Enquanto os dois dias da atividade não chegam, irei
postar aqui um pouco mais desse gênero, cuja a sua influencia é sentida até
hoje.
O DRAGÃO CHINÊS
Sinopse: Prostituição e
tráfico de drogas estão por trás da inocente fachada de uma fábrica de gelo
dirigida por um chefão do crime organizado. La trabalha o jovem Cheng, que vive
com o primo. Tudo está calmo, até acontecer o misterioso desaparecimento de
dois operários, seguido de cruéis assassinatos, e o pior o seqüestro do primo
de Cheng e o extermínio de toda sua família. Isso faz com que agora, apesar de
sozinho, Cheng mostre o que sabe dos segredos mais ocultos das artes marciais
para acabar com a quadrilha e seu mandante.
Após tentativas frustradas
em se consagrar como ator em filmes de ação no cinema americano, Bruce Lee
retornou para China, onde atuou no seu primeiro grande sucesso da carreira, O
Dragão Chinês. Embora seja visualmente uma produção precária, o filme
surpreende pelo teor violento, não pelas cenas de lutas, mas pela crueldade de
seus vilões, que não medem esforços para acobertar seus crimes ilícitos. Em
meio a isso, temos um Bruce Lee que surge na historia de uma forma tímida, mas
que aos poucos se revela um verdadeiro lutador de artes marciais que nos
conhecemos até hoje.
Em meio a lutas fantásticas protagonizadas
por Lee, o que talvez tenha conquistado mais o publico Chinês assistindo á esse
filme, foi o fato de tanto o herói como os personagens próximos a ele, serem
pessoas humildes e que representava boa parte da população Chinesa daquela
época. Com certeza o ato final, onde vemos o herói sozinho e com o desejo de
vingança por tudo que aconteceu anteriormente, fez com que os Chineses
vibrassem a cada cena, mas que ao mesmo tempo chorasse pelo destino trágico do
protagonista. A partir daí, Bruce Lee se tornaria um ídolo popular de toda
China e mais filmes protagonizados por ele seria uma questão de tempo.
Mais informações e inscrição para
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Cine Dicas: Em Cartaz: ELENA E FRANCES HA
EM CARTAZ EM PORTO ALEGRE, AMBOS OS FILMES COM HISTORIAS DISTINTAS, MAS QUE MOSTRAM MULHERES QUE ENFRENTAM OS OBSTÁCULOS DE UM MUNDO POR VEZES POUCO ACOLHEDOR.
Elena
Sinopse: Ao viajar para Nova
York, Elena segue o sonho de se tornar atriz de cinema e deixa no Brasil uma
infância vivida na clandestinidade, devido à ditadura militar implantada no
país, e também a irmã mais nova, Petra, de apenas sete anos. Duas décadas
depois, Petra, já atriz, embarca para Nova York atrás da irmã. Em sua busca
Petra apenas tem algumas pistas, como cartas, diários e filmes caseiros. Ela
acaba percorrendo os passos da irmã até encontrá-la em um lugar inesperado.
Corajoso documentário de estréia
da atriz Petra Costa na direção, pois o filme é mais do que desvendar quem era
sua irmã Elena, como também é uma forma corajosa de se expor na tela um lado
seu tão pessoal e os motivos que a levaram há fazer isso. Diferente dos documentários
de hoje em dia, nos não vemos depoimentos de quase ninguém na tela, mas sim a voz
em off de Petra, se casando com as imagens antigas de arquivo, onde mostra Elena,
de sua juventude até os seus primeiros dias em Nova York para ser atriz. De uma
jovem de grande otimismo que nos é apresentado no inicio do filme, vemos aos
poucos uma pessoa que começa há se fragilizar, devido ao fato de nunca poder alcançar
os sonhos que tanto deseja.
O clima pesado, com a
sensação de perda iminente, se fortalece ainda mais quando surge em cena a mãe
de Petra e Elena: com os olhos fundos de tristeza, junto com um aparente desequilíbrio
físico e mental, com ela chegamos ao ápice da trama. Nos não só descobrimos o
que aconteceu com a Elena, como também o fato de ser revelado, que esse
documentário não é somente sobre ela, como também sobre a própia Petra, que no fundo
acaba temendo seguir os próprios passos de sua irmã.
Fazendo esse documentário, sentimos que Petra
esteja exorcizando os seus medos interiores e o que faz dela seguir em frente,
mas jamais esquecendo o laço forte que sente por Elena e o que ela foi para
toda sua família. Com belíssimas imagens, montagem e trilha sonora que lembram
por vezes filmes como A arvore da Vida, Elena é uma representação sobre os
laços fortes de sangue que as famílias tem, ao ponto que mesmo um ente querido
parta dessa vida, ele no final das contas sempre estará presente em nossos corações.
Francês Ha
Sinopse: Frances é uma
ambiciosa aprendiz de uma companhia de dança que tem que se contentar com muito
menos sucesso e reconhecimento do que ela gostaria. Mesmo assim ela encara a
vida de uma maneira leve e otimista.
A partir de qual
momento uma pessoa pode se considerar adulta? O marco que define o fim da
adolescência ficou cada vez mais nebuloso, e os famosos vinte e poucos anos se
tornaram muitos. Frances (Greta Gerwin) é uma dessas jovens que, após terminar
a faculdade, aos 27 anos, parece ignorar as exigências de uma vida adulta e se
atrapalha ao equilibrar sonhos e problemas financeiros.
O refúgio emocional é
a relação com a melhor amiga e colega de quarto Sophie (Mickey Sumner), que a
deixa na mão para ir morar em seu bairro dos sonhos, Tribeca, que é um local
que Frances não tem condições de bancar. Como na dança contemporânea, ela
parece disposta a bailar conforme a música, além de voltar atrás: seja para
passar o fim de ano na casa dos pais, na Califórnia, seja para voltar ao câmpus
onde estudou, não mais como estudante, mas fazendo um bico em eventos da
instituição.
Filmado em preto e branco,
Frances Ha tem roteiro assinado pela própria Greta Gerwin e pelo diretor Noah
Baumbach (A lula e a baleia), o que talvez explique a espontaneidade com que
Greta interpreta a protagonista atrapalhada e divertida.
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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