Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
Me acompanhem no meu:
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Amanhã,
irei participar da ultima sessão do ano do CineclubeZH, no qual irão exibir o
documentário Liv e Ingmar – Uma Historia de Amor, sobre a vida amorosa e
profissional do cineasta Ingmar Bergman, com a sua musa, linda e talentosa Liv
Ullmann. Enquanto o dia não chega, postarei aqui durante a semana os melhores
filmes em que Bergman filmou e que Ullmann deu um show de interpretação.
CENAS DE UM CASAMENTO
Sinopse: O casamento
de Marianne e Johan parece perfeito. Quando, por causa de outra mulher, Johan
abandona Marianne, eles começam a viver um inferno conjugal, revelando os seus
verdadeiros sentimentos.
Uma das mais fortes
analises feitas pelo cinema, sobre o relacionamento conjugal e suas crises. Mas
diferente do que muitos imaginam, o projeto foi a principio, apresentado como
uma mini serie para a TV Sueca, mas habilidoso como Bergman era na montagem,
editou os seis capítulos para que se tornasse um único filme e se tornasse
acessível para o cinema e o publico em geral. A chave do sucesso da produção,
esta nas interpretações extraordinárias do casal central (Ullmann e
Josephson),e com isso, Bergman conseguiu mais uma perola de sua impecável
filmografia.
Curiosidade: Segundo
Ingmar Bergman, após a exibição de Cenas de um Casamento na TV da Suécia houve
um aumento substancial no número de divórcios e também na procura por
consultores de casamento.
No próximo sábado, irei
participar da ultima sessão do ano do CineclubeZH, no qual irão exibir o
documentário Liv e Ingmar – Uma Historia de Amor, sobre a vida amorosa e
profissional do cineasta Ingmar Bergman, com a sua musa, linda e talentosa Liv
Ullmann. Enquanto o dia não chega, postarei aqui durante a semana os melhores
filmes em que Bergman filmou e que Ullmann deu um show de interpretação.
Sonata de Outono
Sinopse: Depois de ser uma mãe
negligente por anos, a famosa pianista Charlotte visita sua filha Eva em sua
casa, onde descobre que Helena, outra filha sua, mentalmente deficiente, também
lá mora. Aos poucos a tensão entre Charlotte e Eva vai crescendo.
Outro grande momento da
carreira do diretor sueco, que obteve da sua compatriota Ingrid Bergman (na
única vez que trabalharam juntos) e da sua atriz favorita Liv Ullmann
desempenhos extraordinários, onde ouso dizer, estão entre os melhores
desempenhos das duas atrizes. Pois chega a um momento, em que realmente da a
entender, que elas podem ser mãe e filha realmente e que chegaram a um momento
da vida, em por o cartas na mesa. Bergman foi isso, arrancava o melhor de cada
ator e atriz que trabalhava, doa o que doer.
No próximo sábado,
irei participar da ultima sessão do ano do CineclubeZH, no qual irão exibir o
documentário Liv e Ingmar – Uma Historia de Amor, sobre a vida amorosa e
profissional do cineasta Ingmar Bergman, com a sua musa, linda e talentosa Liv
Ullmann. Enquanto o dia não chega, postarei aqui durante a semana os melhores
filmes em que Bergman filmou e que Ullmann deu um show de interpretação.
Vergonha
Sinopse: Para fugir da guerra, um
casal de violinistas vive isolado numa ilha. Essa existência idílica acaba quando
a casa deles é invadida por um grupo de soldados. Agora, eles terão de se
defrontar com as misérias, a destruição e os horrores da guerra.
De uma forma simples, sem muitos
recursos, Bergman cria sua visão sobre a guerra, não importando em que parte do
mundo ela aconteça, ela sempre mostrara o lado mais sombrio do ser humano. O
filme é surpreendente ao mostrar o casal central (Liv Ullmann e Max von Sydow,
ótimo como sempre) nos seus respectivos papeis e suas características e que
vão, ambos aos poucos, mudando gradualmente, devido os efeitos devastadores da
guerra iminente. O filme é uma analise do comportamento humano perante o horror
e também uma espécie de retrato da guerra interna do ser humano, que acaba por
vezes se perdendo no meio do percurso. O filme é uma espécie de segunda parte
da trilogia Da Violência que o diretor começou em A Hora do Lobo e terminou com
A Paixão de Ana. Apesar de Gostar bastante do primeiro, devo reconhecer que
essa segunda parte vai muito mais longe, principalmente pelo fato de certa
suspeita ser levantada durante o filme, mas que curiosamente é respondida no
terceiro filme.
A PAIXÃO DE ANA
Sinopse: Andreas, um homem que sofre
pelo fim de um recente casamento e por seu isolamento emocional, fica amigo de
um casal que também passa por um momento delicado. É então que ele conhece
Anna, que está superando uma tragédia que ocorreu com sua família. Andreas e
Anna iniciam um relacionamento, porém para ambos é difícil esquecer o que
aconteceu anteriormente em suas vidas. Enquanto isso, a comunidade em que vivem
está aterrorizada por vários animais que estão sendo encontrados brutalmente
assassinados.
Encerrando sua visão particular sobre
a violência, tanto interna como externa do ser humano, A Paixão de Ana é um
filme mais contido dos três, mas não menos chocante, ao mostrar o que acontece
quando simples gestos são responsáveis por nos levar a um caminho, por vezes,
sem volta. Andreas (Max von Sydow) ao ter sua vida pacata mudada, a partir de um encontro com Ana (Liv
Ullmann, extraordinária) o filme entra num território sobre os desejos internos
do ser humano e seu desejo em satisfizer certas coisas, mesmo que com elas,
despertem situações desagradáveis e que acabam por descascar camada por camada
da personalidade humana.
Apesar de serem historias diferentes,
pode-se dizer que A Paixão de Ana é uma continuação de Vergonha, pelo fato que
a personagem Ana, em determinada parte do filme, começa a ser assombrada por
estranhos pesadelos, e quando Bergman nos apresenta uma seqüência de um desses
sonhos, somos surpreendidos com uma seqüência de cenas que é na realidade uma
continuação direta do final do filme anterior. Ou seja: Vergonha era uma
historia dentro dos sonhos de Ana, que talvez representasse sua dor interna,
mesmo que os fatos que ocorreram nestes determinados sonhos (ou seja, do filme
anterior) não tenha nada haver com sua dor externa que sente.
Assim como em seus filmes anteriores (como Persona) que
por vezes deixam mais perguntas no ar do que respostas, Bergman novamente
surpreende, na sua forma de contar historias, de uma maneira diferente e única.
O projetoRaros da Sala P. F. Gastal (Usina do Gasômetro – 3º andar) realiza na sexta-feira, 7 de dezembro, às 20h, sua última sessão do ano, apresentandoBar Esperança, o Último que Fecha, de Hugo Carvana. A sessão tem o apoio da Programadora Brasil, projeto de difusão de filmes brasileiros do Ministério da Cultura.
Realizado em 1983, em pleno período de transição democrática no Brasil, o filme de Hugo Carvana retrata com sensibilidade extrema os dilemas no universo da classe média carioca de então. Nesse contexto, um bar chamado Esperança é o epicentro da vida de seus frequentadores, por onde circulam as primeiras gerações criadas no divórcio, filhos de uma classe artística constantemente dividida entre seus desejos de criação e a necessidade de ganhar a vida. Ganhador dos prêmios de melhor filme no Festival de Havana e de melhor atriz (Marília Pêra), atriz coadjuvante (Sylvia Bandeira) e roteiro no Festival de Gramado, o terceiro longa dirigido por Carvana é dos mais exatos retratos de seu lugar e de seu tempo.
A sessão deBar Esperança, o Último que Fechaserá comentada pelo cineasta e crítico de cinema Fabiano de Souza. A entrada é franca.
Bar Esperança, o Último que Fecha, de Hugo Carvana. Brasil, 1983. Com Marília Pêra, Hugo Carvana, Sylvia Bandeira, Paulo CésarPereio e Antônio Pedro. Duração: 119 minutos. Exibição em DVD.
No próximo sábado, irei participar da ultima
sessão do ano do CineclubeZH, no qual irão exibir o documentário Liv e Ingmar –
Uma Historia de Amor, sobre a vida amorosa e profissional do cineasta Ingmar
Bergman, com a sua musa, linda e talentosa Liv Ullmann. Enquanto o dia não chega, postarei
aqui durante a semana os melhores filmes em que Bergman filmou e que Ullmann
deu um show de interpretação.
A HORA DO LOBO
Sinopse: Pintor e sua esposa vão morar
em uma ilha bastante afastada da sociedade. Lá, em meio a intensos conflitos
psicológicos, o casal conhece um misterioso grupo de pessoas que passam a
trazer angústias ainda maiores às suas vidas, levando-os a relembrar fatos
passados e questionar a própria lucidez.
Uma historia de amor distorcido, um
impressionante retrato da loucura vivida é o que salta os olhos neste trabalho,
sombrio e instigante. Uma das melhores parcerias de Bergman com a sua dupla de
atores fetiches, Max Von Sydow e Liv Ullmann. O filme já começa de uma forma
completamente diferente da forma que os filmes naturais começam. Pois ouvimos,
em uma imagem escura, o barulho dos bastidores do filme, sendo que até ouvimos
Bergman falando por alguns momentos. O barulho para e imediatamente surge à
primeira cena, sendo Ullmann fazendo sua personagem, mas ela vai até nos e
começa a conversar com a gente sobre acontecimentos do passado e que nos iremos
assistir em seguida. É interessante essa cena, pois da uma sensação que
personagem e atriz se misturam, pois na época das filmagens, Ullmann estava
grávida de Bergman. Portanto, sinto uma ligeira influencia sobre isso na sua
interpretação, que é sempre fenomenal.
São vários momentos antológicos como esse e de outros
durante a projeção, que fazem desse filme o meu preferido de Bergman. Atenção
para uma cena de Max Von Sydow com um jovem na praia, no qual podemos
interpretar de varias formas, mas qualquer resposta seria inútil, pois é
difícil descrever tal cena, assim com varias durante a projeção dessa obra prima.
O diretor de origem austríaca Billy Wilder (1906-2002), autor de uma das
mais notáveis filmografias da era de ouro de Hollywood, ganha uma pequena
retrospectiva na Sala P. F. Gastal a partir de terça-feira, 4 de dezembro. A
mostra lembra os 10 anos da morte do diretor, falecido em 2002, e reúne oito
títulos:Mauvaise Graine,Crepúsculo dos Deuses,A Montanha dos Sete
Abutres,Inferno nº 17,Sabrina,O Pecado Mora ao
Lado,Se MeuApartamento FalasseeIrma la Douce.
A programação tem o apoio da distribuidora MPLC e da locadora E o
Vídeo Levou.
Informações e horários das sessões, vocês conferem na pagina da sala clicandoaqui.