Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
Me acompanhem no meu:
Twitter: @cinemaanosluz
Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
O cineasta Theo Solnik
estará presente, nas duas únicas sessões de seu filme, Anna Pavlova Vive em
Berlim, na mostra Arte Doc, que ocorre na Sala P.F Gastal da Usina do Gasômetro.
Anna Pavlova Vive em
Berlim
Sinopse: Anna Pavlova, rainha russa da
noite, incorpora como ninguém a felicidade e a tragédia das intermináveis
festas da Berlim de hoje. Perdida no limiar entre a insanidade e uma rara
lucidez poética, caminhando sozinha pelas ruas da cidade, ela nos leva para o
lado escuro da lua da vida noturna. Anti-heroína da civilização, a sua
existência é uma tentativa desesperada de viver numa felicidade sem fim,
fugindo do mundo que começa quando a festa termina.
Mais informações da mostra, você encontra
na pagina da sala clicando aqui.
Nos dias 14 e 15
de abril, estarei participando do curso “Cinema Japonês: Do Clássico ao
Contemporâneo”, realizado no Santander Cultural, criado pelo CENA UM e
ministrado pelo critico de cinema Francis Vogner dos Reis. E
enquanto o evento não acontece, por aqui, estarei postando tudo o que eu sei,
sobre grandes obras primas, que vieram do outro lado do mundo.
VIVER
Sinopse: Kanji
Watanabe é um burocrata de longa data que não liga para nada que não o
interesse. Quando descobre que está com câncer, decide construir um playground
em seu bairro, tentando descobrir um sentido para sua vida. Desengavetando o
projeto de anos atrás, ele enfrenta diversos problemas para conseguir construir
o parquinho, começa a se envolver mais com os habitantes do local, inclusive
brigando com sua família e superiores, por terem considerado que ele
enlouqueceu com a notícia.
Em 1952, o mestre
Akira Kurosawa, faz um retrato fiel dos últimos dias de vida de um homem, que na
realidade já estava morto em vida. Pungente e doloroso, tem um lirismo acentuado, isso graças a atuação de Takashi Shimura. Exige certa atenção especial, mas não
cansa em nenhum momento, isso graças a direção segura de Akira Kurosawa.
Curiosidades: Takashi
Shimura se tornou um dos mais queridos atores de Akira Kurosawa. Além de
“VIVER” atuou em outros filmes do diretor como Sete Samurais, Cão Danado, Barba
Ruiva e etc..
No ocidente Takashi Shimura se tornou mais
mundialmente conhecido por ter atuado no primeiro filme de Godzilla.
Chegamos a um feriadão de Páscoa,
e com isso, muitos pessoas irão viajar, mesmo com esse tempo instável. Devido
ao feriado, poucas estreias chegam ao circuito, mas pelo menos, são
significativas, como a aguardada produção brasileira Xingu, que já havia sido
exibida, numa sessão especial, do ultimo festival de verão de Porto Alegre.
Lembrando, que durante esse feriadão,
estarei descansando e revendo alguns clássicos do cinema japonês, para então
postar no meu blog e me preparar para o próximo curso do CENA UM, que será todo
voltado ao cinema oriental. Para todos um ótimo feriadão e uma feliz Páscoa.
Confiram as estreias.
: XINGU
Sinopse: Três irmãos decidem
viver uma grande aventura. Orlando (Felipe Camargo), 27 anos, Cláudio (João
Miguel), 25, e Leonardo (Caio Blat), 23, Villas-Bôas alistam-se na expedição
Roncador-Xingu e partem numa missão desbravadora pelo Brasil Central. A saga
começa com a travessia do Rio das Mortes e logo os irmãos se tornam chefes da
expedição e se envolvem na defesa dos índios e de sua cultura, registrando tudo
num diário batizado de “Marcha para o Oeste”. Numa viagem sem paralelo na
história, com batalhas, 1.500 quilômetros de picadas abertas, 1.000 quilômetros
de rios percorridos, 19 campos de pouso abertos, 43 vilas e cidades desbravadas
e 14 tribos contatadas, além das mais de 200 crises de malária, os irmãos
Villas-Bôas conseguem fundar o Parque Nacional do Xingu, um parque ecológico e
reserva indígena que, na época, era o maior do mundo, do tamanho de um país
como a Bélgica. Na aventura, os irmãos Villas-Bôas conseguem passar pelo
território Xavante, de índios corajosos e guerreiros sem nenhuma baixa de ambos
os lados. Ao recontar a saga dos irmãos, o longa acompanha essa grande luta
pela criação do parque e pela salvação de tribos inteiras que transformaram os
Villas-Bôas em heróis brasileiros.
O PORTO
Sinopse: "O PORTO"
conta a história de Marcel Marx, um escritor aposentado que se exilou
voluntariamente na cidade portuária de Le Havre, onde exerce a profissão de
engraxate de sapatos. Ele abandonou toda e qualquer ambição literária e vive em
um mundo reduzido, formado pelo restaurante da esquina, seu trabalho e sua esposa
Arletty. Inesperadamente, o destino coloca bruscamente em seu caminho um jovem
imigrante africano ao mesmo tempo em que sua esposa fica gravemente doente.
Novamente Marcel deve combater o muro frio da indiferença humana para tentar
ajudar o jovem imigrante.
Espelho Espelho Meu
Sinopse: A Rainha Má precisa
casar com o rico Príncipe para salvar seu reino que está indo à falência. Mas o
Príncipe está apaixonado por Branca de Neve e para conquistá-lo a Rainha
expulsa Branca de Neve para floresta. Lá ela encontra e recebe a ajuda dos
divertidos anões para lutar e reconquistar seu trono e o amor de sua vida.
Nessa releitura do clássico conto dos irmãos Grimm você descobrirá um mundo
cheio de magia e comédia para toda a família.
Nos dias 14 e 15 de
abril, estarei participando do curso “Cinema Japonês: Do Clássico ao
Contemporâneo”, realizado no Santander Cultural, criado pelo CENA UM e ministrado
pelo critico de cinema Francis Vogner dos Reis. E enquanto o
evento não acontece, por aqui, estarei postando tudo o que eu sei, sobre
grandes obras primas, que vieram do outro lado do mundo.
O IMPERIO DOS SENTIDOS
Sinopse: Proibido na
sua primeira exibição no Festival de Nova York de 1976, esta obra-prima do
erotismo, pe baseada em um dos mais famosos escândalos do Japão. Esta é a
história de uma ex-prostituta que acabou se envolvendo em um obsessivo caso de
amor com o mestre da casa onde trabalha como doméstica. Aquilo que começou como
uma diversão casual, atinge níveis em que a paixão não encontra mais seus
limites.
Nagisa Oshima já
era um veterano do cinema do Japão, tendo sido inclusive, ter feito parte do
grupo de jovens cineastas, que criaram ótimos filmes, No inicio dos anos 50,
que muitos consideram esse período, como "Nouvelle Vague" do cinema japonês. Mas
foi somente em 1976, que Oshima ganhou os holofotes pelo mundo, através desse
filme erótico provocante e que tem muito a dizer.
Lembrando um
pouco elementos de sucesso do clássico O Ultimo Tango em Paris, acompanhamos os
encontros sexuais do casal central da trama, cujo os encontros, vão evoluindo
de tal forma ao longo da projeção, que culmina num dos momentos mais inesperados
daquela época. Sexo, loucura e morte atravessam juntas a cada cena, numa espécie
de ritual, onde cada ato não é o suficiente para saciar ambos. Devido a isso, o
filme foi considerado em muitos países como obsceno e impróprio para ser
assistido, mas devido a toda essa polemica, atraiu milhares de cinéfilos curiosos,
para ver cenas eróticas, até então limitadas ao mercado da pornografia.
Muitos tentam
entender a mensagem que o filme passa. Talvez a mais valida, seja que, a
entrega dos protagonistas para um sexo sem limites, tenha sido um símbolo de um
final de uma época. Sendo que os anos de 1960, onde a paz, amor e o sexo sem
limites dos jovens daquele tempo, estavam sendo ultrapassados, por uma
sociedade e política mais conservadora. Talvez a intenção do cineasta nunca
tenha sido polemizar, mas sim criar um filme premonitório, embora outras teorias
possam ser levadas mais a fundo.
Sinopse: O menino Ted descobriu que o sonho de sua paixão a bela Audrey
é ver uma árvore de verdade algo em extinção. Disposto a realizar este desejo
ele embarca numa aventura por uma terra desconhecida cheia de cor natureza e
árvores. É lá que conhece também o simpático e ao mesmo tempo rabugento Lorax
uma criatura curiosa preocupada com o futuro de seu próprio mundo.
Dirigido por Chris Renaud e
Kyle Balda (Meu Malvado Favorito), O Lorax, se diferencia dos filmes criados
pela Pixar, pois é uma produção destinada somente para as crianças, mas não
quer dizer que tenha uma trama bobinha. Do inicio ao fim, o filme carrega a
mensagem sobre preservação do meio ambiente, e mesmo que o mundo inteiro esteja
careca de saber sobre isso, a mensagem funciona como uma luva para os pequenos,
que ainda estão a recém descobrindo sobre certo e o errado. Baseado num conto clássico
de Dr. Seuss, a trama é bem convidativa, ao retratar a cidade de Thneed-Ville,
onde tudo é artificial, inclusive as arvores, onde tudo é de plástico. Embora
com todo esse colorido da cidade e com seus avançados recursos, as pessoas (embora, aparentemente felizes) se encontram
desacordas com relação a suas verdadeiras necessidades, o que não deixa de ser
um reflexo de nossa sociedade consumista atual. Com tantos recursos e meios de
comunicação, será que é isso que realmente queremos? As pessoas não param para
pensar nisso!
E é neste pensamento, que o
filme volta no tempo, onde acompanhamos a jornada The Once-ler, e na sua busca de
ficar rico, através dos cortes das arvores coloridas, as trúfulas, mas eis que surge
então Lorax (voz de Dani DeVito), um simpático ser amarelo, que tenta ensinar a ele,
que o que está fazendo é errado, mas com o tempo, irá aprender da pior maneira possível,
quando na realidade já é tarde demais. Embora a linguagem do filme seja mais voltada
para as crianças, não deixa de ser interessante esse ponto da historia, onde se
cria uma verdadeira critica contra nos mesmos, com relação ao que fazemos com o
nosso meio ambiente. Como bom filme de animação direcionado para crianças, o
filme passa mensagens positivas, embalado com diversas musicas engenhosas,
chegando ao ponto, em fazer a criançada cantar junto (pelo menos foi isso
aconteceu na sessão que eu fui),
Embora previsível do começo
ao fim, a mensagem de Lorax, que passa aos pimpolhos, já vale o ingresso.
Se
estivesse vivo, Anthony Perkinscompletaria 80 anos vida. Perkins jamais
se desvencilhou da imagem do atormentado Norman Bates, mas acredito que ele
pouco tenha se importado com isso, já que após Psicose, o cinema jamais foi o
mesmo. Muitos se lembram é claro, da famosa cena do assassinato no chuveiro,
mas os segundos finais do filme, é que mostram como Perkins era um excelente interprete,
confiram: