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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Cine Especial: Historia do Cinema de Horror: Parte 8

De 23 á 26 de Janeiro, estarei participando do curso Historia do Cinema de Horror, criado pelo Cena Um e ministrado pelo especialista no assunto Carlos Primati. E enquanto os quatro dias não vêm, por aqui, estarei postando os principais filmes, desse gênero que assusta, mas conquista!

O HORROR DA UNIVERSAL: Parte 3


Se vcs acham que foram os heróis da Marvel que começaram essa onda de se encontrarem num filme (culminando em Vingadores neste ano) fiquem sabendo que essa idéia de encontros no cinema não começou agora. Entre anos 30 e 40, a Universal era rei em fazer filmes de monstros, e em certa época, decidiu reuni-los inúmeras vezes em um filme só, mas toda idéia, tem tanto o seu auge, como o seu declínio!

O Filho de Frankenstein
Sinopse: Após passar um grande tempo vivendo nos Estados Unidos e na Europa, o barão Wolf von Frankenstein (Basil Rathbone), filho do Dr. Frankenstein, toma posse do castelo do seu ancestral acompanhado por Elsa (Josephine Hutchinson), sua mulher, e Peter (Donnie Dunagan), seu filho. O barão considera seu pai uma boa pessoa, que teve o azar de ter um assistente que deu à criatura (Boris Karloff) o cérebro de um assassino. O barão é recebido friamente pela população do lugarejo próximo ao castelo. No laboratório destruído de seu pai o barão conhece Ygor (Bela Lugosi), que lhe mostra em um compartimento secreto o monstro em estado de coma. Tentando limpar o nome da família, o barão tenta fazer uma criatura "boa" no qual é ajudado por Ygor e acredita ter fracassado. Mas durante um jantar um relato de Peter faz o barão entender que a criatura está viva. Ele deseja continuar as pesquisas, pois apesar de vivo o monstro ainda tem o cérebro de um assassino, mas Ygor, que controla a criatura, não gosta da idéia e logo misteriosas mortes começam a acontecer.
Pode não ser tão bom quanto o filme anterior (A Noiva de Frankenstein), mas esta entre os melhores filmes seqüências que a Universal investiu na época. Muito se falou que o filme anterior possuía muito do visual do expressionismo alemão, mas esse aqui não fica atrás, pois o visual da casa de Frankenstein esta entre os melhores de toda a cine serie. O filme ainda contaria com a interpretação magistral de Boris Karloff, sendo que aqui, o ator se despede do papel que o consagrou (nos filmes seguintes, o personagem iria decair cada vez mais sem Karloff).
Mas a grande surpresa fica na presença de Bela Lugosi como Ygor, numa interpretação que distancia completamente de seu desempenho mais famoso (Drácula), sendo que toda vez que ele entra em cena, ele rouba o filme.
Com o sucesso de O Filho de Frankenstein, a Universal percebeu o potencial dos filmes seqüências, mas infelizmente, toda formula de  sucesso tem o seu fim!


Frankenstein Contra o Homem Lobo

Sinopse: O Homem-Lobo está vivo e com a ajuda de uma cigana, um médico e a única descendente da família Frankenstein tenta morrer de vez, transferindo a sua energia para o monstro de Frankenstein.
Querendo lucrar com a cine serie de monstros, a Universal tomou na época uma atitude inusitada, que era reunir dois personagens de cine series diferentes e reuni-los em um único filme. É bem da verdade, que ao assistir a produção, a trama foca mais no homem lobo em busca de sua cura (ou na tentativa de morrer) para desvencilhar de sua maldição, enquanto o monstro de Frankenstein fica em segundo plano. O inicio é fantástico, onde mostra inúmeros detalhes do cemitério, onde esta enterrado o homem lobo (aparentemente ele viria a morrer no final do primeiro filme) e com certeza essa seqüência serviria de base para outros filmes em que mostrasse cemitérios com o visual bem gótico.
Lon Chaney Jr está a vontade como sempre no personagem que o consagrou, agora, é de se lamentar a forma que Bela Lugosi interpreta o monstro Frankenstein. Todo mundo sabe, que antes do primeiro filme da franquia, Lugosi foi sondado para ser a criatura, mas ele menosprezou, abandonando o papel, que acabou caindo no colo de Karloff, e o resto é historia. Somando dois mais dois, Lugosi correu com certeza atrás do prejuízo, mas quando era para caprichar, acaba por transformar seu desempenho como a criatura, numa forma caricata e sem vida, em que teima ficar com os braços esticados a todo o momento de uma forma ridícula, muito distante do grande desempenho de Karloff.
Uma  pena, pois tirando esse deslize de Lugosi, o filme esta entre os melhores da fase de encontros de monstros da Universal!


 A Casa de Frankenstein
 Sinopse: Um perturbado cientista, Gustav Niemann (Boris Karloff), escapa da prisão e toma conta da direção de uma câmara de horrores. Tirando a estaca de um esqueleto, ele ressuscita o famoso Conde Drácula (John Carradine) e o ordena a assassinar o homem responsável pela sua prisão. Mais tarde ele encontra Frankenstein (Glenn Strange) e o Lobisomen (Lon Chaney Jr.) congelados e enterrados nas ruínas do laboratório de Frankenstein. Quando ele os traz de volta à vida, o Monstro incontrolável o arrasta até uma sepultura.
Com o sucesso do filme anterior (Frankenstein Contra o Homem Lobo) a Universal decidiu abusar da sorte, e reuniu todos os monstros do estúdio em um único filme. Portanto, temos em cena um cientista louco, o lobisomem, Frankenstein, Drácula e de brinde, um Corcunda de notre Dame transgênico e que não tem nada haver com o clássico de Victor Hugo. O filme marca a volta de Karloff no universo de Frankenstein, mas dessa vez, como um cientista louco, obcecado pela ressurreição da criatura (aqui, o gigantesco Glenn Strange o interpreta). É interessante que em determinado momento da trama, é criado uma espécie de desculpa, para se criar uma sub trama, em que o protagonista é Drácula, interpretado pela primeira vez por John Carradine (Rastros do Ódio), que embora se esforce para convencer como vampiro, seu desempenho fica aquém do esperado, se comparado o que Lugosi fez no filme de 31.
Apesar de tantos personagens reunidos em um só filme, é de se espantar que a historia convença, dando espaço para construção bem definida de cada um dos personagens, e até dando um final digno para cada um deles, como no caso do homem lobo.
Como era de se esperar, o filme foi um grande sucesso, mas era preciso o estúdio parar por ai, mas o dinheiro falou mais alto!


A Casa do Drácula
Sinopse: Os veteranos do terror Lon Chaney (Lobisomem) e John Carradine (Drácula) chegam ao laboratório do Dr. Edelman (Onslow Stevens) para implorar uma cura para seus instintos assassinos. Mas apesar da sinceridade do Lobisomem, Drácula na verdade procura apenas se aproximar da enfermeira (Martha O'Driscoll), quem ele pretende convencer a se tornar uma de suas "princesas das trevas". A loucura chega a seu extremo quando o doutor descobre o corpo de Frankenstein e faz tentativas de trazê-lo de volta à vida. Esses fatos são mais do que os moradores das vilas vizinhas podem suportar, levando-os a se unir para impedir as loucuras que ameaçam a segurança de suas famílias e moradias.
É aqui que a porca torce o rabo. A produção é precária se comparado aos filmes anteriores (o estúdio com certeza estava em tempo de vacas magras) e trama por vezes soa ridícula, pois é inverossímil ver Drácula usando uma desculpa esfarrapada (de tentar se curar de sua maldição) para se aproximar de uma medica que ele deseja. John Carradine retorna ao papel, mas assim como no filme anterior, seu desempenho é esquecível, apesar de seu esforço.
Outro grave defeito no filme é trazer de volta o homem lobo (Lon Chaney Jr) sem dar uma explicação plausível de como ele retorna, pois os eventos do filme anterior davam entender que não tinha mais volta para ele. Mas nada se compara a pálida participação do monstro Frankenstein, sendo que está ali, só para encher a lingüiça da trama, numa participação curta e lamentavel. 
Por fim, A Casa de Drácula marca o fim da boa fase dos monstros da Universal, sendo uma pena, que tenham se retirado de cena de uma forma tão mal feita!


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Cine Dica: Em DVD: Gainsbourg: O Homem que Amava as Mulheres

Leia minha critica já publicada clicando aqui.


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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Cine Especial: Cinema 2012: O que vem por ai: Parte 6

O Espetacular Homem-Aranha
Sinopse: 'O Espetacular Homem-Aranha' é a história de Peter Parker (Andrew Garfield), um estudante rejeitado por seus colegas e que foi abandonado por seus pais ainda criança, sendo então criado por seu Tio Ben (Martin Sheen) e pela Tia May (Sally Field). Como muitos adolescentes, Peter tenta descobrir quem ele é e como tornou-se a pessoa que é hoje. Peter também está começando uma história com sua primeira paixão, Gwen Stacy (Emma Stone), e juntos eles lidam com amor, compromissos e segredos.
Quando Peter descobre uma misteriosa maleta que pertenceu a seu pai, ele começa uma jornada para entender o desaparecimento de seus pais - o que o leva diretamente à Oscorp e ao laboratório do Dr. Curt Connors (Rhys Ifans), antigo sócio de seu pai. Procurando por respostas e uma conexão, Peter comete um erro que o coloca em rota de colisão com o alter-ego do Dr. Connors, O Lagarto. Como Homem-Aranha, Peter tem que tomar decisões que podem alterar vidas, para usar seus poderes e moldar seu destino de se tornar um herói.
O que eu acho? O maior sucesso da Sony do ano, ou o maior tiro no pé dos últimos anos!
Quando Batman Beguins estreou em 2005, começou a onda da segunda chance, ou melhor, dizendo, os reboots, algo que se estendeu muito bem em filmes como 007, por exemplo. Mas tenho certo receio por esse reboot, já que o ultimo filme do Aranha foi em 2007 e muitas pessoas ainda estão muito apegadas com o Aranha na pele de Maguire. Por enquanto no que foi mostrado, fico com o pé atrás, pois essa historia de Peter buscar respostas sobre o seu passado não tem nada haver com a mitologia do personagem, a não ser que se crie uma ótima historia.
Se destacando em filmes como A Rede Social, Andrew Garfield terá a missão ingrata de tentar convencer o publico que é um ótimo Peter Parker, fazer com que seu desempenho fale por si e não fazer o publico fazer comparações da sua interpretação com a de Maguire. Com direção de Marc Webb (500 dias com ela) vamos ver como a Sony irá administrar essa batata quente.


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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Cine Especial: Historia do Cinema de Horror: Parte 7

De 23 á 26 de Janeiro, estarei participando do curso Historia do Cinema de Horror, criado pelo Cena Um e ministrado pelo especialista no assunto Carlos Primati. E enquanto os quatro dias não vêm, por aqui, estarei postando os principais filmes, desse gênero que assusta, mas conquista!

O HORROR DA UNIVERSAL: Parte 2:


Com o sucesso de Drácula no cinema, era de se esperar que a Universal lucrasse mais e mais com o nome do rei dos vampiros, mas em vez de Bela Lugosi retornar ao papel de sua vida, o estúdio seguiu caminho inverso e deu espaço aos (possíveis) filhos do conde. Apesar de serem produções um tanto que inferiores a produção anterior, os dois filmes fazem parte da boa fase do estúdio!

A FILHA DE DRÁCULA
Sinopse: Após matar Drácula, o Prof. Van Helsing é acusado de assassinato, mas uma misteriosa condessa aparece e novas mortes passam a acontecer em Londres.
Era obvio que com o sucesso de Drácula, a Universal não ia deixar de lucrar com o nome do rei dos vampiros, mas em vez de continuar a historia com ele, eles preferiram ir para outro caminho. Aqui, Drácula sai de cena e entra a sua (possível) filha, interpretada pela interessante atriz Gloria Holden, e o interessante do filme, é que ele explora um possível teor de desejo sexual do mesmo sexo em uma determinada cena. Claro, que naquela época, eram tabus certos assuntos, e o que nos vemos é muito mais sugestivo, mas não deixa de ser curioso e muito bem rodado a tal insinuação.
Apesar de pouco lembrado, A Filha de Drácula merece uma conferida de perto!


O FILHO DE DRÁCULA
Sinopse: Quando Katherine (Louise Allbritton), uma bela garota do sul obcecada por pensamentos sobre a vida eterna, convida o conde para sua mansão nos Estados Unidos, ela abre uma caixa de pandora do maldoso conde. Juntos eles procuram saciar sua sede por sangue humano com assassinatos noturnos.
Quando Lobisomem fez grande sucesso de bilheteria, a Universal acreditou que tinha em mãos o mais novo Lon Chaney do momento, mas as coisas não são bem assim. Diferente do seu pai (conhecido como o homem das mil faces) Chaney Jr não convencia em certos papeis, e ser um vampiro, não era um dos seus melhores desempenhos. Felizmente, a produção é que salva o filme, onde guarda todas as características dos bons filmes de terror daquele tempo, com um visual gótico e sinistro, apesar da falta de mais ousadia (que só viria nos anos 50 pela Hammer). O grande destaque fica para atriz Evelyn Ankers, que faz uma espécie de anti heroína com a personalidade dúbia.


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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Cine Dica: Em Cartaz: SIMPLES MORTAIS

FINS E COMEÇOS!
Sinopse: A trama se insere na tradição das narrativas multiplot, que embaralham histórias de vários personagens. No caso, o roteiro de Di Moretti acompanha a vida de um grupo de pessoas que vivem na Capital Federal, e têm seus caminhos cruzados.

Do diretor Mario Giuntini, o filme é uma curiosa analise de um grupo de indivíduos comuns da sociedade, que busca uma espécie de redenção nas suas vidas, mas para isso, terão que ir por caminhos espinhosos, nos quais ao longo da projeção, tentam evitar a todo custo. Bom exemplo disso é a trama estrelada por um escritor (Leonardo Medeiros, ótimo) que busca um meio de tentar terminar seu ultimo livro, mas suas tentações acabam por nublar as suas idéias. Ao mesmo tempo, talvez seja necessário ele, e o resto dos personagens se perderem no caminho, para daí sim, construir algo de novo nas suas vidas. Mas até lá, somos testemunhas dos atos e baixos desses personagens, misturados com momentos de humor negro e dramas do cotidiano.
Curto e sincero em sua proposta, o filme ainda nos brinda com segundos finais primorosos, onde vemos todos os protagonistas de cada trama, reunidos em uma única cena, na qual representa a descida deles ao inferno, ou então o começo de uma nova vida para cada um. Simples, mas direto no que quer passar ao que assiste!

Em Cartaz: Cine Bancários: Rua General da Câmera 424, Centro, Porto Alegre.


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Cine Especial: Cinema 2012: O que vem por ai: Parte 5

OS VINGADORES
Sinopse: Homem de Ferro, Capitão América, Thor, Hulk entre outros precisarão se unir para lutar contra o maior inimigo que já existiu.
O que eu acho? Quando a Marvel começou a criar os seus próprios filmes (apartir do Homem de Ferro) a ambição que tinha,  como nenhuma outra, era reunir os principais heróis da editora e lançar Os Vingadores, projeto tão sonhado pelos fãs de HQ, em assistir os grandes titãs reunidos em um único filme.
Se o primeiro Homem de Ferro foi uma ótima aventura, bem redondinha, os filmes seguintes (Hulk, Homem De Ferro 2 Thor e Capitão America) por mais boas aventuras que fossem, por alguns momentos, pareciam prelúdios para a construção dessa reunião. Portanto a pergunta que fica é: Vai valer à pena ter chegado até aqui?
Pelos trailers até agora lançados, parece tudo no seu lugar, contudo, muito pouco da historia foi revelada, tudo que se sabe é que Loki esta entre os bastidores que darão dor de cabeça ao grupo. Desejo que seja um ótimo filme, e se for, com certeza irá fazer um grande sucesso, e ai sim, a Warner irá fazer de tudo para tirar a Liga da Justiça do papel (chamem o salvador, chamem Sr Nolan novamente)!


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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Cine Especial: Historia do Cinema de Horror: Parte 6

De 23 á 26 de Janeiro, estarei participando do curso Historia do Cinema de Horror, criado pelo Cena Um e ministrado pelo especialista no assunto Carlos Primati. E enquanto os quatro dias não vêm, por aqui, estarei postando os principais filmes, desse gênero que assusta, mas conquista!

O HORROR DA UNIVERSAL: Parte 1:
Durante a existência desse blog, já citei muitas vezes sobre os filmes de terror da Universal, mas não será por isso que deixarei de falar deles aqui novamente, ou se não, não faria sentido, pois os filmes daquela época, para o bem ou para o mau, fazem parte do imaginário do publico e da historia do cinema.
Abaixo, segue os melhores filmes de cada monstro que o estúdio levou para a época!

DRÁCULA (1931)
Sinopse: Drácula (Bela Lugosi) é um conde vindo dos Cárpatos que aterroriza Londres por carregar uma maldição que o obriga a beber sangue humano para sobreviver. Após transformar uma jovem em vampira ele concentra suas atenções em uma amiga dela, mas o pai da próxima vítima se chama Van Helsing (Edward Van Sloan), um cientista holandês especialista em vampiros que pode acabar com seu reinado de terror.
Primeira adaptação oficial do romance e que gerou inúmeras seqüências depois disso, além de claro ter incentivado os estúdios da Universal a criar e gerar uma infinidade de filmes de monstros nos anos 30 e 40. Bela Lugose faz o papel que marcaria para o resto de sua carreira, na verdade ele já atuava como o personagem  numa peça de teatro que gerou muito sucesso, por isso, o filme em muitos momentos parece um teatro filmado e com isso facilitou em termos de custos, pois na época os EUA sofriam com a quebra da bolsa.
Embora envelhecido para alguns olhos jovens de hoje, Drácula de 1931 permanece como grande clássico do cinema de horror e a presença de Bela Lugose como Drácula e seu olhar perturbador ainda impressiona.

Curiosidades: O ator Bela Lugosi não sabia falar inglês na época das filmagens de Drácula. Ele aprendeu suas falas foneticamente, repetindo-as na gravação das cenas do filme.
Foram rodados simultaneamente dois filmes sobre Drácula, um estrelado por Bela Lugosi e outro em versão espanhola e estrelado por Carlos Villarias e Lupita Tovar. Ambos os filmes dividiram os mesmos sets de filmagens, sendo que o filme de Lugosi era rodado durante o dia e a versão espanhola, que foi lançada no mesmo ano, era rodada à noite.
Como o filme foi lançado em 1931, o cinema ainda se dividia entre o cinema falado e mudo, por isso algumas salas dos EUA tiveram copias do filme mudas.


Frankenstein (1931)

Sinopse: Henry Frankenstein (Colin Clive), um cientista louco, vagueia à noite pelo cemitério na companhia de Fritz (Dwight Frye), um anão corcunda que é seu assistente. Frankenstein procura mortos e costura partes de diversos cadáveres para fazer um único homem, mas para "dar" a vida a este ser monstruoso um cérebro é necessário. Assim, ele manda Fritz para o departamento médico de uma universidade próxima, onde o corcunda esquadrinha vários jarros nos quais foram mantidos cérebros vivos para estudos. Fritz seleciona um cérebro e está rumo à porta quando se assusta com um carrilhão, fazendo-o derrubar o jarro. Ele rapidamente pega outro, sem reparar que no rótulo está escrito "cérebro criminoso". Frankenstein, desconhecendo o fato, coloca o cérebro em sua criatura e espera uma tempestade elétrica, que ele precisa para ativar a maquinaria que construiu para eletrificar o corpo da sua criatura. Durante esta experiência estranha Dr. Waldman (Edward Van Sloan), um tutor de Frankenstein no passado; Elizabeth (Mae Clarke), a noiva de Frankenstein; e Victor (John Boles), seu melhor amigo, tentam fazê-lo desistir deste experimento. Mas o cientista está frenético e logo infunde vida na criatura dele, mas as conseqüências de tal ato serão trágicas.
Baseado no romance de Mary Shelley, é considerado um clássico, pois marca a definição da linguagem do gênero de terror. Foi bastante influenciado pelos filmes do expressionismo alemão (O Gabinete do Dr Galigari, Nosferatu) especialmente na fotografia em preto e branco e no modo de interpretar, repleto de gestos bruscos. Assinala também o surgimento de um dos grandes interpretes de filmes de horror Boris Karloff, até então um ator secundário na época. O ator voltaria em mais dois filmes (A Noiva de Frankenstein e o Filho de Frankenstein) que por sinal, não fazem feio perante a obra original


Noiva de Frankenstein
Sinopse: O filme começa de onde o original, de 1931, terminou: Frankenstein escapa do cerco ao moinho vivo, enquanto Dr. Frankenstein tem sua noiva seqüestrada por outro lunático cientista. O objetivo dele é convencer o doutor a criar uma companheira para o monstro.
Apesar de relutante James Whale acabou cedendo as pressões do estúdio e criou essa seqüência que por sinal acabou se tornando melhor que o filme o original. Fotografia e edição de arte soberbos remetendo bastante ao expressionismo alemão. As melhores partes do filme ficam por conta do momento que a criatura encontra o velho cego e o surgimento da noiva da criatura que se tornou um grande momento da sétima arte. Do elenco destaque novamente para Boris Karloff e pela excentricidade do personagem cientista louco interpretado pelo também excêntrico Ernest Thesiger,

Curiosidades: Atriz Elsa Lanchester que no inicio do filme aparece representando a própria Mary Shelley escritora do livro Frankenstein interpreta a noiva da criatura no final do filme. Boris Karloff não queria que a criatura do filme falasse, mas devido às pressões dos estúdios ele acabou cedendo, que por sinal mostrou um melhor desempenho com relação ao filme anterior.

 O Lobisomem
Sinopse: Larry Talbot (Lon Chaney Jr.) é mordido por um lobo quando tentava salvar uma moça. Após o acontecimento, ele passa a virar um monstro toda noite de lua cheia, até ser confrontado pelas pessoas que ama.
Em 1941, quando os estúdios da Universal estavam no auge fazendo filmes de terror que se tornaram clássicos, faltava alguém na galeria de monstros para formar uma espécie de trindade clássica com Drácula e Frankenstein. Então, o estúdio se baseou em historias antigas sobre a transformação do homem para uma fera, precisamente um lobisomem. A trama que o estúdio cria então é o típico bom filme de terror daquele tempo, com cenários fantasmagóricos, personagens carismáticos e sinistros e uma realidade onde não se tem exatamente uma idéia em que época se passa a trama.
Lon Chaney Jr interpretou o papel que marcaria para sempre a sua carreira, sendo que antes o ator era conhecido mais por ser filho do Lon Chaney I, (ator brilhante que se consagrou fazendo inúmeros filmes de terror como O Fantasma Da Opera) e com isso se afastou da sombra do pai, contudo, seguiu os mesmos trilhos indo direto para os filmes de terror e se consagrando.
O Lobisomem em si, para época, era assustador, a transformação, apesar de antiquada, mostrava passo a passo a transformação do homem para fera através do recurso quadro a quadro da câmera.
Visto hoje, o filme não mete muito medo, mas é um deleite em ver um bom filme daquele tempo em que empregava mais na aura sombria da trama do que nas imagens.

A MUMIA
Sinopse: A múmia Im-Ho-Tep é acidentalmente trazida de volta à vida depois de 3.700 anos. É revelado em flashback que ele era um alto sacerdote, embalsamado vivo por tentar reviver a mulher que amava, após ela ser sacrificada. Vivo de novo, ele sai em busca de seu amor.
A lendária atuação de Boris Karloff se tornou um marco nos anais da história do cinema. Um ano depois de ter se consagrado em Frankenstein, o ator provou que era o especialista no assunto, em atuar em filmes de monstros, e A Múmia foi mais um show de sua interpretação. O filme gerou uma longeva cine serie de múmias no cinema, mas jamais superou a original. A produção foi dirigida pelo ex fotografo de importantes filmes do expressionismo alemão, Karl Freud, que foi responsável pela fotografia do magistral Metrópolis.
Karloff foi maquiado com gesso (o que o faz falar em tom soturno, quase sem abrir a boca) está perfeito, misturando a nobreza de gestos com a impiedade do personagem. Tudo é implícito, criando um clima sufocante que ainda impressiona.


o Homem Invisível

Sinopse: Em Ipping, um lugar remoto na Inglaterra, chega um misterioso estranho que tem seu rosto coberto por bandagens. É impossível ver seus olhos, pois ele usa óculos com lentes extremamente escuras. Ele aluga um quarto em uma pousada e fica trancado nele o tempo inteiro. O estranho se chama Jack Griffin (Claude Rains), que criou uma fórmula que o permite ser invisível. Entretanto ele precisa criar um antídoto para reverter o processo, caso contrário ficará desta forma para sempre. Além disto, Jack sonha ser muito rico após vender esta fórmula para algum pais, que teria um exército invisível, o que o tornaria praticamente invencível. Paralelamente Flora Cranley (Gloria Stuart), sua noiva, mostra-se bem preocupada, pois não tem idéia do que está acontecendo. Ela relata suas inseguranças para seu pai (Henry Travers), que é um pesquisador e mentor de Griffin. Estas aflições também são ditas para Kemp (William Harrigan), outro pesquisador, que é apaixonado por Flora. Enquanto isto, na pousada, Jack está para ser mandado embora do local, pois além de nunca pagar foi muito agressivo com os proprietários. Quando um policial chega para detê-lo, Jack, rindo histericamente, tira suas bandagens e, para espanto geral, revela a todos que é invisível.
Eficiente mistura de terror e ficção cientifica, com toques de humor negro que apresenta toques de efeitos especiais inovadores para época e que impressionam até mesmo hoje em dia. O filme marca a estréia de Rains (Casablanca, 1942) e tem direção do competente Whale (Frankenstein 1931). Entretenimento de primeira e acima de tudo uma boa aula de cinema.

Curiosidades: Para criar o efeito de Jack Griffin parecer invisível quando retirasse suas bandagens, o diretor James Whale fez com que Claude Rains vestisse apenas roupas de veludo preto e o colocou a frente de um cenário feito com a mesma cor de sua roupa. A 1ª escolha da Universal Pictures para interpretar o Homem Invisível era Boris Karloff, mas o diretor James Whale o descartou por querer um ator que possuísse uma voz mais “intelectual”. A 1ª e única escolha do diretor foi Claude Rains, que ficou com o papel.

O Monstro da Lagoa Negra
Sinopse: Na Amazônia Brasileira Carl Maia (Antonio Moreno), um pesquisador, fotografa o que parece ser a nadadeira de um anfíbio que talvez estivesse extinto. Mas o que ninguém nota é a presença discreta de uma criatura com o mesmo tipo de nadadeira, que está bem viva e próxima a eles. Carl viaja para mostrar sua descoberta e obter apoio financeiro. Ao retornar com outros pesquisadores, vê horrorizado que foram mortos dois funcionários deles, Thomas (Perry Lopez) e Louis (Rodd Redwing), que ficaram no acampamento. Achando que podem ter mais sorte em outro local, eles rumam para a Lagoa Negra. Lá acham uma misteriosa criatura anfíbia, que pode ser o elo perdido entre duas espécies (uma aquática, outra terrestre). A criatura se mostra muito hostil, atacando sempre que possível os membros da expedição.
Numa época em que os estúdios da Universal estavam em baixa com relação a filmes de monstro, eis que o diretor Jack Arnold (O Incrível Homem Que Encolheu), mesmo com baixo orçamento, criou uma trama cheia de suspense com inúmeras cenas subaquáticas muito bem filmadas. O monstro em si até assusta em alguns momentos, mas envelheceu mal para o publico atual mais exigente, mas quem curtiu os monstros da Universal, ira curtir muito bem esse. Vale lembrar, que o filme foi filmado em 3D, numa época que essa ferramenta estava engatinhando.
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