Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

Mostrando postagens com marcador Emma. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Emma. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: 'Emma'

Sinopse: Bonita, inteligente e rica, Emma Woodhouse é uma abelha rainha inquieta em sua pequena cidade natal. Em busca de emoções, ela se aventura por decisões equivocadas e erros românticos até encontrar o amor que sempre acreditou estar ausente em sua vida.


Sempre fui um bom apreciador por filmes de época, mais precisamente com ambientações vistas no século XIX, mas cujos os costumes não se diferem muito do que ocorre atualmente. Romances emocionais (Orgulho e Preconceito), tramas familiares (Adoráveis Mulheres) e projetos imprevisíveis (A Favorita), são longas que se destacaram principalmente pela sua fonte literária, mas que das quais nos lembram muito das obras da escritora Jane usten, da qual se destacou ao criar personagens femininas que, por vezes, demonstram ser mulheres até mesmo a frente de sua época.  Se filmes como, por exemplo, "Orgulho e Preconceito" (2005), ou "Razão e Sensibilidade" (1995) existem, a adaptação cinematográfica de "Emma" não poderia ser diferente.      
Moldurado pelo escritor Eleanor Catton, a trama não apresenta nada de extraordinário, mas sim em uma história simples sobre Emma, interpretada aqui pela atriz Anya Taylor-Joy do já clássico horror A Bruxa (2015), que age sempre de anjo cupido com a intenção de reunir casais, mas que quase sempre evita determinados futuros pretendentes. Em certa ocasião, a protagonista resolve ajudar Harriet (Mia Goth) a encontrar seu par, criando assim uma forte amizade entre as duas. Em meio a isso testemunhamos bailes, declarações de amor, jantares elegantes, passeios por bosques e cujo os diálogos são sempre os pontos altos do filme.  
Aliás, as conversas entre os personagens é coração pulsante do filme, onde é quase sempre carregado por um tom sarcástico e muito divertido. Vale destacar o enquadramento dessas cenas, onde sempre se destaca as expressões dos respectivos personagens e fazendo com que testemunhamos as suas reações perante diálogos que, por vezes, os deixam desconcertados. São momentos que nunca escondem o lado refinado da língua inglesa e fazendo, portanto, jus a sua fonte literária.  
Logicamente que os intérpretes se sentem mais do que a vontade neste tipo de filme. Anya Taylor-Joy, novamente, prova porque é uma das melhores jovens atrizes do cinema recente, ao encarnar uma figura, por vezes, complexa, mas que da qual ela consegue obter a nossa simpatia. Vale destacar o ótimo desempenho de Mia Goth, cuja a sua personagem tenta compreender a realidade em sua volta, mas não conseguindo esconder a sua própria inocência perante ela.  Ambas as atrizes em cena dão um verdadeiro show e fazendo com que cada uma crie para sua personagem um jogo subliminar onde se encontra facilmente em seus olhares pessoais.       
Tecnicamente, o filme é um verdadeiro colírio para os olhos, mesmo quando em alguns momentos aparente ser bastante econômico. A cinematografia de Christopher Blauvelt (First Cow) utiliza adereços do ambiente como janelas e velas acesas para emular uma iluminação natural, além de uma bela pincelada de tons azulados em alguns momentos a noite. Já a trilha sonora é precisa ao inserir a música clássica a base dos tradicionais violino e piano. 
Sabendo utilizar o humor na medida certa para agradar tanto gregos como troianos, "Emma" se destaca pelo seu visual e pelo seu conteúdo que não envelhece perante ao nosso olhar contemporâneo. Com personagens carismáticos e humanos, o filme nos prende pelo seu humor refinado e cujo os temas se encaixam mesmo quando eles eram colocados em pauta a mais de cem anos. Um dos filmes mais divertidos do ano e isso não é pouco.   
  
Onde assistir: Sky Play

Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook,  twitter, Linkedlin e Instagram.