Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

quarta-feira, 26 de julho de 2023

Cine Especial: Sessão de Domingo Clube de Cinema - 'O Crime é Meu'

Local: Sala Paulo Amorim, Cinemateca Paulo Amorim, Casa de Cultura Mario Quintana


Data: 30/07/2023, domingo, às 10:15 da manhã

"O Crime é Meu" (Mon Crime)

França, 2023, 102min, 14 anos

Direção: François Ozon

Elenco: Nadia Tereszkiewicz, Rebecca Marder, Fabrice Luchini, Isabelle Huppert


Sinopse: Madeleine é uma jovem atriz que assume o assassinato de um conhecido produtor na tentativa de ficar famosa. Sua melhor amiga, a advogada Pauline, resolve defendê-la nos tribunais com a perspectiva de ganhar algum dinheiro. Elas se saem bem no suposto golpe, mas não demora muito para a verdade vir à tona. A peça que inspirou o filme estreou em 1934 na França e já foi adaptada duas vezes para o cinema: “Confissão de Mulher” (1937) e “A Mentirosa” (1946).  

Sobre o Filme: François Ozon é um diretor autoral versátil, sabendo muito bem realizar tanto obras dramáticas, como também a mais pura comédia. Portanto, é interessante observar as diferenças gritantes entre o recente "Está Tudo Bem" (2021) da sua clássica comédia "8 Mulheres" (2002). Em "O Crime é Meu" (2023) ele novamente retorna para uma comédia ácida e puramente divertida.

Na trama, Madeleine (Nadia Tereszkiewicz) é uma atriz jovem, pobre e sem talento, acusada em 1930 de assassinar um famoso produtor. Sua melhor amiga, Pauline (Rebecca Marder), uma advogada desempregada, a defende, e a jovem é absolvida por legítima defesa. Então uma nova vida de fama e sucesso começa para Madeleine, mas os dias de glória rapidamente chegam ao fim. Quando a verdade por trás do crime é finalmente revelada, Madeleine pode perder toda a notoriedade que alcançou. O filme é uma adaptação livre da peça francesa de 1934, Mon crime, de Georges Berr e Louis Verneuil.

Com uma belíssima fotografia, alinhado com uma edição de arte caprichada, a Paris vista aqui no filme é quase caricata daqueles tempos, mas que não se difere muito da realidade, pois a própria atualmente já é um tanto que absurda em alguns momentos. Na realidade, o filme toca em alguns pontos que são discutidos hoje em dia, desde a celebridades instantâneas, como também as mesmas ganharem notoriedade graças aos crimes que cometem. Qualquer semelhança com o clássico americano "Chicago" (2002] não é mera coincidência, já que ambos os filmes tocam nas mesmas questões espinhosas.

Com um ritmo dinâmico, o filme possui um tom cartunesco, quase como um desenho animado e que remete aos bons tempos em que se fazia comédias inteligentes e nunca descartáveis para dizer o mínimo. Além disso, o filme presta uma bela homenagem ao cinema mudo, principalmente nos momentos em que a história volta para a cena do crime em diversas versões e cujo atores se saem bem até mesmo no modo em que se movimentavam os intérpretes de antigamente. Nunca é demais homenagear como se fazia cinema daqueles tempos e dos quais ainda são os melhores para dizer o mínimo.

De elenco destaco a dupla principal da trama, sendo que tanto Nadia Tereszkiewicz como Rebecca Marder nos brindam com atuações cheia de energia e cuja personagens possuem uma carga de ambiguidade com relação as suas reais intenções dentro da história. Curiosamente, os reais sentimentos da última não são exatamente bem explorados, porém, fica aquela sensação subliminar que somente entendemos quando nós assistimos. Além disso, o filme possui um teor crítico sobre a forma como a Justiça julgava as mulheres em tempos não tão distantes, mas tudo em um tom debochado, para não dizer trágico.

Vale destacar a curta, porém, poderosa participação de Isabelle Huppert. Dona de uma vasta filmografia na França, atriz se diverte em cena toda vez que aparece, ao interpretar uma atriz em decadência e que vê no famoso crime uma chance de voltar para os holofotes. Não chega ser uma figura trágica como a personagem principal do clássico "Crepúsculo dos Deuses" (1950), mas que me lembrou bastante.

Debochado e irônico, "O Crime é Meu" é um divertido filme policial a moda antiga, do qual nos diverte e nos contagia na medida em que a trama avança. 


    Faça parte:


Mais informações através das redes sociais:

Facebook: www.facebook.com/ccpa1948

twitter: @ccpa1948  
Instagram: @ccpa1948 

Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin e Instagram.  

Nenhum comentário: