Dirigido por Dominik Moll, a trama é sobre uma investigação policial que gira em torno de Yohan Vivès (Bastien Bouillon), um investigador da polícia perseguido por um caso que lhe causa mais incômodo do que qualquer outro em sua carreira. Trata-se do chocante assassinato da jovem Clara Royer (Lula Cotton-Frapier) que, aparentemente, se dava bem com todos. Cada vez mais obcecado em solucionar o caso, o investigador embarca em uma espiral interminável de segredos obscuros em busca de pistas e quaisquer sinais que possam levá-lo até o culpado do crime brutal.
Vencedor de 6 prêmios César - incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor no festival de Cannes 2022, o filme se inicia de uma forma descontraída, onde vemos policiais veteranos comemorando a promoção de um deles, mas mal sabendo o que viria a seguir. Ao testemunharmos o crime logo em seguida nós ficamos impotentes perante a situação, mas fazendo a gente se dar conta que é um em meio a inúmeros, mas do qual não pode ser esquecido. Uma vez que a dupla de policiais centrais da trama começa a investigação cada vez temos maior noção sobre o passado da vítima e dos seus círculos de amizades que ela adentrava.
Dominik Moll procura testar os nossos pensamentos e julgamentos sobre o caso, já que Clara se relacionava com homens desajustados e fazendo com que cada um se torne um suspeito. Porém, não demora muito para alguém levantar a mão e dizer que ela procurou por isso e fazendo com que o crime hediondo seja tudo culpa da mulher. O protagonista Yohan, por sua vez, procura ser profissional no caso e busca pelos verdadeiros fatos e não se limitar com esse pensamento retrógrado.
Ao mesmo tempo ele precisa enfrentar os conflitos internos do seu veterano parceiro, interpretado intensidade por Bouli Lanners e que começa gradualmente a se transformar ao longo da investigação. É através dele, por exemplo, que testemunhamos a primeira explosão de revolta com relação ao caso, principalmente quando determinados suspeitos tratam sobre o assunto como piada e revelando os lados mais obscuros da alma humana. Embora a maioria seja inocente, por outro lado, isso não retira o fato de cada um ali ser potencialmente perigoso e que talvez não cometam tais crimes para não serem presos.
Infelizmente o filme possa vir a desapontar para aqueles que esperam uma solução fácil com relação ao crime, sendo que não há uma resposta clara para isso. Baseado em diversos crimes reais do dia a dia, o filme nos fala que certos horrores são difíceis de serem explicados, mas que ao mesmo tempo devemos ser fortes para seguirmos em frente e lutarmos para que isso não aconteça novamente. Infelizmente eles continuam enquanto não começarmos a sermos mais exigentes com relação a nós mesmos e evitarmos a todo custo para que esses horrores não aconteçam de novo.
"Noite do Dia 12" é uma reconstituição de um crime, mas do qual representa inúmeros e cometidos por homens vazios por dentro e que merecem serem punidos a todo custo.
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