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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Cine Clássico: CHANTAGEM E CONFISSÃO

HORROR SUGESTIVO, NÃO MENOS GENIAL
Sinopse: Por volta de 1920, em Londres, a filha de um lojista namora um detetive da Scotland Yard, que mostra estar mais interessado no seu trabalho do que em estar com ela. Assim, ela decide secretamente se encontrar com outro homem, mas quando este tenta estuprá-la ela o mata com uma faca. Quando o corpo é descoberto quem assume o caso é exatamente o namorado da jovem envolvida, que rapidamente deduz que ela é a assassina em virtude de uma luva deixada no local do crime. Ele no entanto encobre o caso, mas um outro homem pretende chantageá-la e para isto ele tem a outra luva, que pode ligá-la ao crime.
Grande destaque durante o curso “Obra de Alfred Hitchcock”, criado pelo CENA UM e administrado por Carlos Primati. O filme (de 1929), pode-se dizer que é um dos melhores representantes sobre a transição do cinema mudo para o falado. A trama inicia com um caso policial, meio que isolado da trama, sendo que esse prólogo, não tem falas, somente as imagens e gestos dizem o que esta acontecendo, e Hitchcock passa para o espectador de uma forma bem entendida. Minutos depois, o filme finalmente ganha falas e som, e mesmo sendo uma produção que estava engatinhando com a novidade, o diretor deu conta do recado, para que não soasse muito artificial.
Os melhores momentos sem sombra de duvida é o cenário onde ira ocorrer o estopim para o resto da historia. Hitchcock usou como ninguém tudo que aprendeu com o melhor da época, como o expressionismo Alemão visto em cada cena desse grande momento, onde as formas e as sombras principalmente, representam o estado de espírito dos personagens e suas reais intenções (uma sombra em forma de corda em volta do pescoço da protagonista é fascinante). A cena do assassinato é o que melhor define um momento de horror sem ser explicito, basta ser sugestiva e muito bem dirigida. A imagem da protagonista (Anny Ondra) transtornada, após ter entrado num mundo desconhecido, sem intenção e com a faca na mão, é um dos grandes momentos de Hitchcock, na sua fase inglêsa. Atenção também para uma incrível cena, onde Hitchcock usou a palavra faca inumeras vezes, para criar um grande momento de tensão psicológica e fazer o espectador pular da cadeira.

Curiosidade: O ator Anny Ondra teve sua voz dublada por John Barry, devido ao seu forte sotaque alemão. Como sempre, Hitchcock faz sua ponta habitual, numa cena dentro do trem, onde está sendo incomodado por um garoto, brincando com o seu chapéu.   


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