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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEMATECA CAPITÓLIO 13 a 20 de outubro de 2022

Paraíso do Pecado


CINE CONCERTO GRATUITO NA CINEMATECA

A Cinemateca Capitólio recebe o Grupo SZ, duo musical francês, para dois cine concertos neste sábado, 15 de outubro, com os filmes Komaneko (16h) e Soy Cuba (19h). A atividade é uma realização da Aliança Francesa Porto Alegre. Entrada franca.  


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/5495/cine-cocerto-soy-cuba/


PIONEIRA NORUEGUESA NO PROJETO RAROS

O Projeto Raros apresenta nesta sexta-feira, 14 de outubro, às 19h30, o filme norueguês Paraíso do Pecado, dirigido pela pioneira Edith Carlmar, protagonizado pela jovem Liv Ullmann. A sessão faz parte da mostra Anja Breien e suas Irmãs, que segue em exibição até o dia 20 de outubro. Entrada franca.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/novidades/5445/anja-breien-e-suas-irmas/


GRADE DE HORÁRIOS

13 a 20 de outubro de 2022


13 de outubro (quinta-feira)

15h – Upperdog (Sara Johnsen, 2010)

17h – A Revelação (Vibeke Løkkeberg, 1979)

19h – A Traição (Vibeke Løkkeberg, 1981)


14 de outubro (sexta-feira)

15h – A Caça à Bruxa (Anja Breien, 1981)

17h – Contradição (Erik Løchen, 1972)

19h30 – Projeto Raros: Paraíso do Pecado (Edith Carlmar, 1959)


15 de outubro (sábado)

16h – Cine Concerto: Komaneko

19h – Cine Concerto: Soy Cuba


16 de outubro (domingo)

15h – A Caça (Erik Løchen, 1959)

17h – Parente (Anja Breien, 1978)

19h – A Revelação (Vibeke Løkkeberg, 1979) 


18 de outubro (terça-feira)

15h – A Traição (Vibeke Løkkeberg, 1981) 

17h – Jogos de Amor e Solidão (Anja Breien, 1976)

19h – Infiel (Liv Ullmann, 2000)  

 

19 de outubro (quarta-feira)

15h – A Caça (Erik Løchen, 1959)

17h – Upperdog (Sara Johnsen, 2010)

19h – Flores Ardentes (Eva Dahr e Eva Isaksen, 1985) 

 

20 de outubro (quinta-feira)

15h – Mulheres (Anja Breien, 1975)

17h – Mulheres Dez Anos Depois (Anja Breien, 1985)

19h – Mulheres 3 (Anja Breien, 1996)

Cine Dica: Streaming: 'Tico e Teco: Defensores da Lei'

Sinopse: Na produção, os amigos estão vivendo em Los Angeles, entre humanos e animações. Mas, agora, suas vidas são bem diferentes: décadas após sua série de sucesso ser cancelada, Tico se rendeu a uma vida doméstica suburbana como vendedor de seguros. 

"Uma Cilada Para Roger Rabbit" (1988) ainda é o melhor filme cuja a história mostra seres humanos se interagindo com desenhos animados clássicos. Curiosamente, embora tenha sido feito para todas as idades, não escondia um certo humor ácido de como funcionava o universo hollywoodiano de tempos mais dourados. Embora não supere essa obra prima, "Tico e Teco: Defensores da Lei" (2022), vem com a mesma fórmula, mas carregado de pura nostalgia e ao trazer junto com ela uma análise de como é feita as engrenagens do cinemão norte americano de hoje em dia e da qual a mesma se encontra mais presa e viciada em franquias do que a gente imagina.

Dirigido por Akiva Schaffer, o filme se passa depois que os personagens animados Tico e Teco fizeram grande sucesso na série "Tico e Teco os Defensores da Lei". Anos se passam e os personagens acabaram com o tempo sendo esquecidos pelo grande público. Porém, a dupla retorna quando Teco recebe uma cirurgia computadorizada e pede ajuda para Tico. Reunidos, a dupla vai em busca dos outros integrantes do grupo, onde cada um deles tem um vício diferente por conta da fama.

Falar mais sobre a obra seria estragar as mais diversas surpresas que se encontra dentro dela. O que eu posso dizer é que o filme presta uma grande homenagem aos diversos desenhos animados das últimas três décadas, com o direito de aparecer inúmeras figuras conhecidas rapidamente e, portanto, fique de olho atento nas mais diversas participações especiais. Porém, o filme não se limita somente em homenagens, como também brinca e faz piada de como se encontra Hollywood atualmente.

Para começar, não faltam piadas com relação ao famigerado "cancelamento" que tanto assombra as celebridades de hoje em dia e que basta um passo em falso para que então seja divulgado pela internet e arruinar a sua carreira como um todo. Neste último caso, isso é muito bem representado pelo Sonic feio, que é disparado a melhor piada de todo o filme e ao mesmo tempo mostrando a dura realidade de celebridades que acabam sendo reduzidas a nada e sendo obrigadas a participar de reality shows de segunda categoria. Se isso não é o suficiente então aguarde pela revelação sobre quem é o verdadeiro vilão da trama e que com certeza pegará muita gente desprevenida.

O filme faz piada a todo o momento, não poupando nem ao menos as bugigangas que os estúdios e as fábricas de brinquedos lançam toda a vez que um grande filme é lançado. Além disso, a trama faz uma piada fantástica com relação aos desenhos realistas, porém, sem vida que eram lançados no início do século 21.  Quem se lembra de "O Expresso Polar" (2004) e "A Lenda de Beowulf" (2007) sabem muito bem o que eu estou falando, ou seja, sobrou para o diretor Robert Zemeckis colher o que havia plantado no seu passado.

E ainda não acabou, pois o longa fala sobre o principal veneno que aflige Hollywood até nos dias de hoje que é com relação, tanto a pirataria, como também filmes B que pegam carona com o sucesso de produções de estúdios de ponta. Curiosamente, é impressionante que tudo isso é moldado pela Disney, da qual a mesma não se preocupa se irá ofender alguma concorrente, pois há piadas até mesmo adultas e que pegam a gente de forma muito desprevenida.  Acredite, sobrou até mesmo para "Batman vs Superman" (2016) em meio a toda essa salada recheada de conteúdo do universo pop que atualmente se encontra a beira da saturação devido a tantas franquias intermináveis.

Com toda essa bagagem, porém, isso não foi o suficiente para ofuscar o protagonismo dos dois personagens principais, sendo que Tico e Teco são aqueles velhos amigos conhecidos de tempos antigos e que nos sentimos felizes em poder revê-los. Porém, é interessante que eles ganham uma nova roupagem em termos de personalidade, sendo que Teco é esperto, fala muito e que se distancia um pouco do personagem desastrado que nós conhecíamos. Aqui eles ganham até mesmo uma origem, onde é revelado como eles se conheceram e como foram parar na série que eles protagonizaram no início dos anos noventa.

No geral, o filme é sobre reencontrar velhos amigos, cicatrizar velhas feridas e sobre arriscar na vida, pois sem isso a pessoa nunca avança em sua própria história. Um filme com uma bela moral de história, mas todas moldada com diversas surpresas nostálgicas e que fará muitos fãs da cultura pop e da animação se maravilhar na frente da tela. Com créditos finais cheio de diversas surpresas, "Tico e Teco: Defensores da Lei" é uma das melhores surpresas do ano, sendo um filme que não nos prometia nada e acabou entregando tudo e muito mais do que a gente podia imaginar.  

Onde Assistir: Disney+ 

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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS DE 13 A 19 DE OUTUBRO

 FÉ E FÚRIA

Direção:

Marcos Pimentel

Brasil/ Documentário/2019/103min.

Sinopse: Documentário que aborda os conflitos religiosos existentes em favelas e subúrbios do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte. O crescimento desenfreado das igrejas evangélicas e suas relações com os traficantes que comandam as comunidades tem provocado um desequilíbrio de forças religiosas nos morros e favelas, resultando em inúmeros casos de intolerância religiosa que interferem não somente na prática de cultos, mas também na estruturação do território e no comportamento de seus habitantes. FÉ E FÚRIA aborda a conduta dos “traficantes evangélicos”, revelando como religião e poder caminham juntos nas periferias das grandes cidades brasileiras e alimentam a crescente onda conservadora que paira sobre o país.

LAVRA

Direção: Lucas Bambozzi

Brasil/documentário/101min.

Após percurso por importantes festivais como o IDFA 2021 (Amsterdã), Hotdocs 2022 (Toronto), Festival de Cine de Lima e prêmios no Festival de Brasília e Mostra Ecofalante, documentário mineiro entra em cartaz no dia 06 de outubro de 2022.

Sinopse:“Lavra” é um documentário híbrido, onde uma personagem ficcional interage com personagens e situações reais. O longa aborda os impactos da mineração na paisagem de Minas Gerais.

Elenco: Camila Mota, Leonardo Fernandes de Andrade, Miqueias da Silva Souza


TROMBA TREM

Direção: Zé Brandão

Brasil/ Animação/ 2021/ 94min.

Sinopse: Gajah, um elefante sem memória, é alçado ao status de celebridade do dia para a noite, e acaba se afastando de seus velhos companheiros de viagem no Tromba Trem. O estrelato dura pouco pois ele acaba se tornando o principal suspeito de misteriosos raptos. Desvendar o mistério só será possível com a ajuda dos amigos pré-fama: um grupo de obstinados cupins moradores de uma colônia e Duda, uma empolgada e inocente tamanduá vegetariana.


HORÁRIOS CINEBANCÁRIOS DE 13 A 19 DE OUTUBRO (não há sessões nas segundas-feiras):


15h: TROMBA TREM

17h: FÉ E FÚRIA

19h: LAVRA


Os ingressos podem ser adquiridos por R$ 12,00 na bilheteria do cinema . Idosos, estudantes, bancários sindicalizados, jornalistas sindicalizados, portadores de ID Jovem, trabalhadores associados em sindicatos filiados a CUT-RS e pessoas com deficiência pagam R$ 6,00.


Aceitamos Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.

Cine Dica: Próximas Sessões do Clube de Cinema de Porto Alegre - 'Desprezo' / 'Ennio, o Maestro'

Segue a programação do Clube de Cinema no próximo final de semana. A sessão de domingo iniciará mais cedo em virtude da duração do filme "Ennio, o Maestro".


SESSÃO DE SÁBADO CLUBE DE CINEMA 

Local: Sala Redenção, Campus Central da UFRGS

Data: 15/10/2022, sábado, às 10:15 da manhã


"O Desprezo" (Le Mépris)

França / Itália, 1963, 103 min, 14 anos

Direção: Jean-Luc Godard

Elenco: Brigitte Bardot, Jack Palance, Michel Piccoli, Giorgia Moll, Fritz Lang

Sinopse: Paul Javal é um roteirista que vai a Roma para trabalhar em uma adaptação da obra A Odisseia, que contará com a direção do cineasta alemão Fritz Lang. Enquanto decide os últimos detalhes para aceitar o trabalho, sua relação com a esposa, Camille, começa a desabar, em um jogo de paixão, ciúmes e desprezo.



SESSÃO DE DOMINGO CLUBE DE CINEMA 

Local: Sala Eduardo Hirtz, Cinemateca Paulo Amorim, Casa de Cultura Mario Quintana 

Data: 16/10/2022, domingo, às 10:00 da manhã 


"Ennio, o Maestro" ( Ennio, Il Maestro)

Itália, 2021, 150 min, 14 anos

Direção: Giuseppe Tornatore

Elenco: Quentin Tarantino, Clint Eastwood, Terrence Malick  

Sinopse: O filme destaca a carreira do lendário compositor Ennio Morricone (1928 - 2020), duas vezes vencedor do Oscar e autor de mais de 500 trilhas sonoras, muitas delas clássicos internacionais. Entre curiosidades sobre sua vida em família e o trabalho como compositor, há depoimentos de artistas e diretores como Quentin Tarantino, Quincy Jones, Bruce Springsteen, John Williams e Clint Eastwood. 

Atenciosamente,

Carlos Eduardo Lersch

Diretor de Programação CCPA.

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segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Cine Dica: Em Cartaz - '5 Casas'

Sinopse: Cinco casas e as pessoas que as habitam. Uma velha professora de francês, um jovem homossexual, um homem que vive em uma fazenda isolada, um grupo de freiras que conduz uma escola e um menino cujos pais morreram 20 anos atrás. 

Determinados diretores gostam de retornar ao seu passado através dos seus próprios filmes e revelando assim uma faceta antes desconhecida para os demais espectadores. Em "Belfast" (2021), por exemplo, o diretor Kenneth Branagh mergulha em sua infância e revelando elementos que o levaram a se tornar o que ele é hoje em dia. Em "5 Casas" (2022) segue por uma proposta parecida, porém, em forma documental e pelas mãos do diretor Bruno Gularte Barreto que decide revelar o seu verdadeiro eu.

O documentário se passa em uma cidadezinha no interior do Rio Grande do Sul chamada Dom Pedrito, onde há cinco casas com cinco histórias que se interligam. Uma velha professora lutando para manter sua casa de pé, um jovem que sofre agressões por se recusar a esconder sua natureza, uma freira sendo transferida da escola que regeu com punho de ferro por décadas, um velho capataz em uma fazenda mal assombrada e um menino cujos pais morreram 20 anos atrás e que é hoje o diretor que volta para buscar as memórias de sua infância perdida e dar voz a essas pessoas.

O principal elemento da obra está com relação a presença de diversas fotos que o realizador havia deixado em uma antiga casa. A sua foto como menino, por exemplo, se torna a imagem mais significativa em cena que, embora sintetize tempos mais inocentes, não esconde uma leve tristeza em seu olhar e do qual seria correspondido com a morte dos pais. Ao rever essas fotos em um baú abandonado o realizador não somente decide resgatar um pouco do seu passado, como também ir atrás de pessoas que fizeram parte de sua infância como um todo.

Aliás, é a partir desses personagens que a cidade de Dom Pedrito se revela um local conservador, preconceituoso e que vive do agronegócio sem ao menos pensar nas consequências da saúde das pessoas devido aos produtos tóxicos. Um retrato não muito diferente do Brasil de hoje que se encontra cada vez mais afundando através retrocessos e que cabe serem freados antes que se perca tudo. E se por um lado um rapaz sofre nas mãos deste preconceito unicamente pela sua opção sexual, por outro, vemos uma professora que luta para manter a sua casa em meio aos avanços capitalistas e que não medem esforços em construir os seus grandes edifícios em volta.

A partir do seu documentário, Bruno Gularte Barreto decide dar voz a essas pessoas, dando lhe luz e um pouco de esperança em meio as ruínas de um passado que não pode ser esquecido. Não tem como não se emocionar, por exemplo, da freira que não gosta da ideia de ser transferida, mas que obedece às ordens da igreja a duras penas. E se por lado nos soa interessante a história do capataz em uma fazenda mal assombrada, por outro, ficamos nos perguntando como seria a história de cada um daqueles cidadãos que o realizador os destaca em diversas cenas e revelando uma divisão de classes por demais explicita fazendo com que fiquemos com o coração na mão devido a situação de determinadas pessoas.

Coração esse que se parte ao meio quando constatamos que o tempo destrói tudo, seja devido avanço vicioso do progresso, como também o fato que os nossos entes queridos vão partindo no seu devido tempo. Portanto, o realizador aproveita para preservar cada uma dessas fotos encontradas em seu baú, pois cada uma tem uma história a ser contada, a ser ensinada e da qual jamais pode ser esquecida. As casas podem ser destruídas, mas as nossas memorias se manterão sempre intactas.

"5 Casas" é uma declaração de amor para aqueles que se foram, para aqueles que ainda se encontram vivos e que desejam que as memorias pessoais jamais pereçam. 

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Cine Dica: 94 anos no prédio Cine Theatro Capitólio

Para comemorar os 94 anos no prédio Cine Theatro Capitólio uma programação especial será realizada na noite do dia 12 de outubro de 2022, abrigando em uma sessão única a apresentação de dois importantes filmes que tratam sobre ícones da cultura do Rio Grande do Sul.

Será exibido pela primeira vez o filme TANGOS E TRAGÉDIAS PARA SEMPRE, com direção de Aloisio Rocha. O longa documental resgata, a partir de um recorte da história, o lendário show, recordista de apresentações no Theatro São Pedro, criado por Hique Gomez e Nico Nicolaiewsky, eternizando no filme a arte do teatro e da música do espetáculo que é uma referência cultural gaúcha.

Recentemente digitalizado, será exibido como abertura do evento o curta-metragem Amigo Lupi, documentário de 1992 dirigido por Beto Rodrigues e produzido pela Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia (atual Coordenação de Cinema e Audiovisual) da Secretaria Municipal da Cultura. O filme integra o acervo da Cinemateca Capitólio, sendo uma importante obra que resgata a história de Lupicínio Rodrigues.

Além das atividades festivas de exibição, será lançada neste dia a retomada do termo de cooperação cultural entre a Secretaria Municipal da Cultura, através da Coordenação de Cinema e Audiovisual e a Fundação Cinema RS – FUNDACINE-RS e a parceria com a CEEE- Equatorial.


12/10 (quarta-feira)

19h30 - entrada franca

Retirada de senha, 30 minutos antes da sessão.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/novidades/5486/aniversario-de-94-anos-do-cine-theatro-capitolio/

sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre - 'Apocalypse Now'

 CICLO NOVA HOLLYWOOD

Sessão comentada Clube de Cinema


ENTRADA FRANCA

Local: Sala Redenção, Campus Central da UFRGS

Data: 11/10/2022, terça-feira, às 19:00 horas

"Apocalypse Now"

EUA, 1979, 153 min, legendado, 16 anos

Direção: Francis Ford Coppola

Elenco: Martin Sheen, Marlon Brando, Robert Duvall, Frederic Forrest, Sam Bottoms, Laurence Fishburne,

Albert Hall, Harrison Ford, Dennis Hopper

Sinopse: Durante a Guerra do Vietnã, em 1970, o capitão Willard recebe a missão de localizar e matar um antigo e promissor comandante das Forças Especiais, que aparentemente enlouqueceu e se refugiou nas selvas do Camboja, onde comanda um exército de fanáticos. Sua viagem rio acima em busca de Kurtz torna-se cada vez mais perigosa e alucinante à medida que Willard adentra cada vez mais o coração das trevas.



Sobre o Filme: O projeto de "Apocalypse Now" teve início quando os Estados Unidos ainda estavam envolvidos na Guerra do Vietnã. Seria a primeira produção da American Zoetrope, empresa criada por Francis Ford Coppola e George Lucas, em 1969. Lucas queria dirigir o roteiro, escrito por John Milius, (que faria mais tarde "Conan: O Bárbaro"), Coppola como produtor, tentou levantar dinheiro, mas nenhum estúdio quis apostar em um filme sobre uma guerra impopular e ainda arriscar a vida de técnicos a atores em uma zona de guerra. Anos mais tarde, embalado com o sucesso de "Poderoso Chefão", 1 e 2, Coppola retornou ao projeto.

Lucas já havia começado a fazer Guerra nas Estrelas, e Coppola assumiu a direção e a produção. Mesmo com a retirada das tropas americanas, em 1973, e o fim da guerra, dois anos depois, o Exército americano não deu apoio á produção. Em fevereiro de 1976, Coppola começou a filmar nas Filipinas, onde a geografia é semelhante á do Vietnã e as Forças Armadas tinham equipamentos iguais aos usados na guerra. Sua intenção era rodar o filme nas mesmas condições em que a história é contada.

Ou seja, equipe, elenco teriam de enfrentar a selva. Por pouco não entra também na luta armada. O governo Filipino combatia uma guerrilha comunista no sul do país. Houve ocasiões em que as batalhas reais ocorreram a menos de 20 km dos locais de filmagem. Por vezes, pilotos e aeronaves tinham de combater a guerrilha e abandonavam o trabalho.

Com a frequente troca de pilotos, as cenas tinham de ser ensaiadas várias vezes. E esses não foram os únicos problemas. Logo nos primeiros dias de filmagens um dos atores principais foi substituído. Escolhido depois Steve McQueen, Al Pacino e Jack Nicholson recusaram o papel, Harvey Keitel faria o capitão Willard, mas voltou para casa após duas semanas de filmagem. As razões nunca foram explicadas.

Dizem que Coppola não gostou do desempenho de Keitel. Martin Sheen foi então escolhido. Aos 36 anos e fumando cerca de três maços de cigarro por dia, Sheen se considerava fora de forma, mas não viu problemas em enfrentar as 16 semanas previstas de filmagem na selva que seriam 34 no total. Não bastasse o calor da selva, atores e técnicos ainda sofriam com um roteiro constantemente reescrito por Coppola.

Para completar, em meados de maio, um tufão Olga atingiu as Filipinas, causando mais de 200 mortes entre a população e destruindo os cenários. Os trabalhos foram suspensos por dois meses. A imprensa, que já vinha noticiando os problemas da produção, chamava o filme de Apocalipse When (Apocalipse Quando) e Apocalipse Forever (Apocalipse para sempre). Segundo o diretor, a verdadeira razão para a má vontade dos jornalistas era o tema abordado.

No entanto, as complicações existiam de fato e eram muitas. Com orçamento e cronograma estourados, Coppola ainda queria mudar o fim da história-Wilard e Kurtz lutando juntos numa batalha contra os vietcongues que, segundo o diretor, não resolvia as questões morais propostas pelo filme. Porém, para reescrever o final, seria preciso adiar ainda mais a participação de Marlon Brando, que ameaçava abandonar a produção sem devolver o milhão de dólares que receberá adiantado. Nicholson, Pacino e Robert Redford foram cogitados, mas o papel não mudou de mãos. Em março de 1977, Martin Sheen sofreu um infarto agudo.

Chegou a receber a extrema-unção. Para não interromper as gravações, Coppola chamou Joe Estevez, Irmão de Sheen e também ator. Filmado de costas, em planos abertos, ele gravou uma parte da narração. Em meados de abril, Martin voltou para filmar seus closes. Quando Brando chegou, o roteiro ainda não estava definido, o ator não havia lido a novela que inspirou o roteiro de Milius-Coração das Trevas, de Joseph Conrad-e ao contrário do que prometerá, não tinha perdido peso. Coppola e o diretor de fotografia, Vitorio Storaro, decidiram filmar Brando na penumbra, e muitas cenas foram rodadas com monólogos improvisados.

Ao fim de 238 dias, produziram-se mais de 200 horas de filme, que ocuparam quatro editores por quase dois anos. Em 1979, Apocalypse Now foi exibido no Festival de Cannes ainda como um trabalho em andamento. Mesmo assim, levou a Palma de Ouro, prêmio dividido com Tambor (De Blechtrommel) de Volker Schlondorff. Com um orçamento estimado de 31 milhões e meio de dólares, o filme arrecadou mais de 150 milhões. Em 2001, foi lançado a versão Redux. Com 49 minutos a mais, traz cenas inéditas do tenente-coronel Kilgore (Robert Duvall), uma nova sequência com as coelhinhas da Playboy e o encontro com uma família de fazendeiros de borracha franceses, que combate os nacionalistas vietnamitas há gerações.

Só toda está história de como foi desenvolvido esse filme daria para fazer outro filme, mas Coppola fez todos os sacrifícios para o seu projeto seguir a diante, e chegou lá. O filme até hoje se encontra sempre nas listas dos melhores filmes de guerra e nos melhores filmes de todos os tempos. "Apocalypse Now" é uma prova para se fazer uma obra prima do cinema exigisse bastante esforço e empenho, quem dera que essas gerações novas de diretores cumprissem a mesma coisa, talvez eles temam o seu próprio Apocalipse.


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