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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 3 de abril de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: 'Sing Street'

Sinopse: Conor encontra um raio de esperança em sua vida monótona quando conhece a misteriosa Raphina. A fim de ganhar seu coração, ele a convida para estrelar o vídeo musical de sua banda. Há apenas um problema: ele ainda não faz parte dela. 

Quando se houve as pessoas dizendo que os anos oitenta foi a melhor época da cultura pop isso não é exagero dizer isso, pois muitos tem boas recordações daqueles tempos mais dourados. O rock, por exemplo, foi a válvula de escape para o surgimento de inúmeras bandas e cuja as suas músicas entraram para a história. "Sing Street" sintetiza esses tempos, cuja aquela geração sentia a vida mais colorida quando determinadas músicas falavam sobre ela.
Dirigido por John Carney, do filme "Mesmo se Nada Der Certo" (2014), o filme se passa em Dublin, Irlanda, 1985. Conor (Ferdia Walsh-Peelo) é um jovem obrigado a mudar de colégio, devido à difícil condição financeira de seus pais, que ainda por cima brigam sem parar. Logo ele tem problemas com um valentão local, que passa a persegui-lo, e também com o padre que coordena a escola, devido à sua disciplina rigorosa. Desiludido, Conor tem um sopro de esperança ao conhecer Raphina (Lucy Boynton), uma garota que está sempre à espera na porta da escola. Disposto a conquistá-la, ele diz que está montando uma banda de rock e a convida para estrelar um videoclipe. Com o convite aceito, agora ele precisa fazer com que a banda existe de verdade.
Basicamente o filme nos faz relembrar dos bons e velhos tempos dos filmes adolescentes dos anos oitenta e, portanto, não se surpreenda se passar pela sua cabeça títulos como "O Clube dos Cinco" (1985) e "A Garota de Rosa Shocking" (1986). Ao mesmo tempo, o filme presta uma bela homenagem a música daquela época e, portanto, não se surpreenda também ao começar ouvir na trilha músicas das quais nós crescemos ouvindo na rádio e que fizeram a diferença naqueles anos. A música, aliás, serve como válvula de escape para os protagonistas da trama enfrentar diversos obstáculos que enfrentam em seu dia a dia e para assim conseguir um novo rumo na vida.
Basicamente o filme é dividido em três atos, onde ocorre a iniciativa, enfrentamento e a redenção em que os protagonistas terão que buscar acima de tudo. Basicamente é uma típica história amor e de superação, mas moldurada com carinho para aqueles que cresceram e testemunharam uma geração de jovens que estavam dispostos a fazerem a diferença em seu indefinido futuro próximo. Em tempos em que há uma nostalgia por aqueles anos o filme acaba se tornando um prato cheio e que merece ser degustado.
Com uma bela homenagem ao clássico "De Volta Para o Futuro" (1985) em um momento chave da trama,  "Sing Street" é uma singela carta de amor para aqueles que curtiam uma boa música nos anos oitenta. 

Onde assistir: Netflix,  Google Play Filmes. 

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quinta-feira, 2 de abril de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: 'Projeto Gemini'

Sinopse: O melhor assassino do mundo está ficando velho e menos confiável. Por isso, seus chefes decidem criar um clone mais novo e mais forte dele próprio, que terá como primeira tarefa justamente exterminá-lo. 

Embora tenha se consagrado em filmes menores e autorais, como no caso de "Razão e Sensibilidade" (1995), Ang Lee se comprometeu também ao explorar superproduções em que ele pudesse usar os últimos recursos de ponta do cinema. Se em "Hulk" (2003) ele mesmo se dispôs ao usar a técnica de captura de movimento ao dar vida ao monstro esmeralda, em "As Aventuras De Pi" (2012), por sua vez, ele provou que uma boa história pode se alinhar com a moda do 3D da época. É aí que ele tenta explorar esses dois recursos em "Projeto Gemini", expandindo ambos ao máximo, mas se esquecendo de algo bem precioso.
No filme, Will Smith interpreta um assassino profissional do governo, que após uma última missão decide se aposentar. Porém, o seu último trabalho o fez se transformar em alvo e sendo obrigado a fugir o quanto é tempo. Ao mesmo tempo, um assassino começa a cassa-lo, sendo uma cópia mais nova dele mesmo.
Alardeado por uma forte propaganda antes da estreia, o 3D+ aqui até que realmente impressiona, já que estamos falando de um recurso alinhado com imagens cuja a captação em 120 quadros por segundo faz com que o cinéfilo praticamente entre no filme. Isso se fortifica ainda mais em cenas de ação em que a câmera parece fluida, onde os planos-sequência quase parecem com aqueles jogos de vídeo game em primeira pessoa. Só isso já seria o suficiente para atrair a massa, mas tinha ainda a questão da captura em movimento.  
Dando um passo à frente na Trilogia "O Senhor dos Anéis" (2001 - 2003) e um passo largo em "Avatar" (2009), a captura em movimento serviu para provar que bonecos digitais jamais seriam convincentes se não houvesse um interprete em cena dando conta do recado. Porém, assim como foi sentido em filmes como "Rogue One" (2016), parece que quanto mais se quer realismo menos chance de conseguir em alcançar esse feito. Ao vermos um Will Smith dos temos da série "Um Maluco No Pedaço" (1990 - 1996) constatamos que o ator está realmente ali, porém, Ang Lee peca em nos forçar em ver cada detalhe da cena e fazendo a gente ter aquela sensação de imperfeição.
Isso seria até mesmo desconsiderado, se a trama fosse ótima e servindo como cortina de fumaça para ocultar esses defeitos. Porém, a história nos passa aquela sensação de Déjà vu, como se as situações em que o personagem enfrenta não é muito diferente do que já foi visto em franquias como "Missão Impossível" ou “James Bond”. Portanto, não são os recursos de ponta que dão vida ao cinema, mas sim sempre será uma boa história.
o filme só não piora porque o próprio Will Smith se esforça em cena. Embora o seu lado pretencioso tenha lhe prejudicado em alguns momentos de sua carreira, é notório que aqui ele não quer se entregar aos vícios do estrelismo, mas sim nos apresentar um bom desempenho. Nem pelo fato de testemunharmos ele em dose dupla signifique algo pretencioso, mas sim com o intuito de explorar a proposta principal do filme ao máximo.
"Projeto Gemini" é um filme de grandes promessas para o futuro do cinema, mas que elas somente se tornam válidas se um filme nos apresenta em primeiro lugar uma boa história. 

Onde assistir: Google Play Filmes.  

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quarta-feira, 1 de abril de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: 'A Música da Minha Vida'

Sinopse: Javed é um adolescente britânico de ascendência paquistanesa que cresceu na cidade de Luton, em Inglaterra, em 1987. Através da música de Bruce Springsteen, Javed revê a sua vida de classe trabalhadora nas letras poderosas das canções. 

O ano de 2019 não foi muito bom para mim e para muitos brasileiros que ficaram desempregados ao longo desse tempo. Porém, ao longo desse ano, eu continuei assistindo e escrevendo sobre o cinema para me manter em cima dos trilhos. Uma das coisas que me ajudou a ter inspiração na escrita ao longo do tempo foi a própria música.
Após eu ter assistido "Bohemian Rhapsody" (2018) fiquei fascinado pela banda Queen e fiquei ao longo do ano ouvindo as suas músicas enquanto as próprias me serviram para me sentir bem durante a escrita na frente da tela. Não tenho menor dúvida que isso colaborou para eu seguir em frente e, em parte, ter me ajudado a finalmente conseguir um emprego decente. Portanto, era uma questão de lógica que me identificaria com o filme "A Música da Minha Vida", onde os conflitos familiares e políticos de uma época não impediram de o protagonista seguir em frente e isso graças ao empurrãozinho de uma boa música.
Dirigido por  Gurinder Chadha, do filme "Paris, Teamo" (2006), o filme é baseado em fatos reais em que aconteceram em Luton, 1987, onde conhecemos Javed (Viveik Kalra), um adolescente de ascendência paquistanesa, que nasceu na Inglaterra após seus pais migrarem para o país. Proibido pelo pai (Kulvinder Ghir) de ter uma namorada e até mesmo a ir em festas, ele se sente acuado em uma vida que se limita a ir de casa para o colégio, e vice-versa. Um dia, um amigo do colégio (Aaron Phagura) lhe dá duas fitas cassete de álbuns de Bruce Springsteen. Javed começa a ouvi-las e logo se identifica com as canções, que não o estimulam a lutar pelo que deseja.
Mais de que um simples musical, o filme é um verdadeiro deleite para essa geração de hoje que se encontra fascinada pela essa onda nostálgica pelos anos 80. Quem cresceu naqueles tempos com certeza irá se identificar pelos muitos elementos vistos na tela, desde a questões da moda, cultura pop, questões políticas e lutas sociais daqueles tempos que ninguém esquece. Mas é através da música que faz com que as lembranças se tornem ainda mais douradas e isso graças as letras do lendário Bruce Springsteen e do qual o protagonista admira.
A partir do momento que Javed escuta as suas músicas o filme adentra em uma dinâmica edição, onde o ritmo das cenas, alinhado com as letras das músicas do cantor saltando na tela, fazem com que o filme se eleve para diversas direções. Transitando entre realidade e fantasia, os realizadores não se intimidaram em transformar a obra em um verdadeiro musical, mas do qual nos empolgamos a cada momento quando a música é tocada e fazendo a gente desejar estar ao lado do protagonista dançando na pista. Viveik Kalra está ótimo em cena e transmitindo em seus olhos toda a aura complexa do seu personagem e do desejo dele em buscar novos ares.
É claro que, como toda boa comédia musical, o segundo ato em diante nos reserva fórmulas de sucesso dentro do gênero, mas do qual faz se tornar um tanto previsível. Porém, isso não faz com que o filme perca o seu brilho, pois em tempos nebulosos e indefinidos em que vivemos, é sempre bom assistir a um filme que nos traga tantos pensamentos positivos. Acima de tudo, é um filme sobre a união da família em tempos de adversidade, ir em busca dos seus sonhos, não importando a que preço e abraçar os seus reais objetivos.
"A Música da Minha Vida" é uma singela carta de amor para todos aqueles que sonham em voltar mais alto. 


Onde Assistir: Google Play. 

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terça-feira, 31 de março de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: ‘Link Perdido’

Sinopse: Cansado de viver uma vida solitária, o gigante e peludo Sr. Link recruta o destemido explorador Sir Lionel Frost para guiá-lo em uma jornada para encontrar seus parentes há muito tempo perdidos 

O estúdio Laika tem se destacado nestes últimos anos por animações criativas, mas cuja a temática vai muito mais além do mero entretenimento. Tanto "Coraline e o Mundo Secreto” (2009), como também “Kubo e as Cordas Mágicas” (2016), são filmes de várias camadas profundas e que acabam agradando as pessoas de todas as idades dentro do cinema. Porém, "Link Perdido" talvez seja o primeiro filme do estúdio com o intuito de somente entreter, mas também de forma positiva e muito bem vinda para o nosso olhar.
Dirigido por Chris Butler, do filme "ParaNorman" (2012), o filme conta a história de Sir Lionel Frost (Hugh Jackman), que se considera o melhor investigador de mitos e monstros do mundo. O problema é que nenhum dos seus colegas o leva a sério. Sua última chance para ganhar seu respeito é provar a existência de um ancestral primitivo do homem, conhecido como o link perdido.
Assim como suas produções anteriores, o estúdio Laika apresenta aqui um visual cartunesco, colorido, cujo a sua animação em stop motion é de um requinte tão lírico que não deve nada as demais animações digitais que tomam conta dos cinemas em tempos contemporâneos. Ao mesmo tempo, o filme é uma bela aventura encabeçada por personagens carismáticos, ao começar Lionel Frost, cujo o seu visual e personalidade pretenciosa parecem uma espécie de mistura de Sherlock Rolmes com Allan Quatermain. Porém, é o personagem Link que se torna o verdadeiro coração pulsante do filme.
Aliás, apresentação do personagem na trama é digna de nota, principalmente pelo fato que vai contra as nossas expectativas e fazendo do momento uma das situações mais engraçadas do filme. Mas isso não para por aí, pois além do fato do personagem já nos conquistar de imediato, os realizadores foram ainda corajosos ao inserir um ingrediente para o personagem que fará qualquer um que defenda e represente a diversidade vibrar em determinado momento da história. É um momento simples, porém, de grande significado em tempos em que muitos lutam contra o preconceito.
Em termos de ritmo o filme não descamba e nos brindando com boas cenas de aventura que remetem até mesmo aos bons e velhos filmes de antigamente. O ato final, aliás, é cheio de tensão, ao ponto de temermos até mesmo pelos destinos dos personagens. Nada mal para uma aventura descompromissada, mas que nos deixa presos ao máximo na cadeira.
Com um final que dá uma pista para uma eventual sequência, "Link Perdido" é uma animação de primeira e que transita entre a qualidade, perfeccionismo e ótimo entretenimento. 


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segunda-feira, 30 de março de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: 'O Curioso Caso de Benjamin Button' (2009)

Sinopse: Benjamin Button é um homem que nasce idoso e rejuvenesce à medida que o tempo passa.

Na época do seu lançamento, muitos críticos acusaram David Fincher ao realizar esse filme, pois muitos apontavam que ele se rendeu a fazer filmes para ganhar Oscar. Acusação até que faz algum sentido, pois a superprodução estrelada por Brad Pitt e  Cate Blanchett possui as mesmas fórmulas de aprovação para que um filme ganhe uma vaga para a maior premiação da noite, que vai desde um protagonista buscando se superar na vida, como também uma forma do cinéfilo se identificar facilmente com a sua jornada. Porém, mais de dez anos depois, se percebe que Fincher manteve o seu lado autoral em falar sobre um mundo cheio de regras, mas que das quais poderiam ser quebradas.
A trama se passa em Nova Orleans, 1918. Benjamin Button (Brad Pitt) nasceu de forma incomum, com a aparência e doenças de uma pessoa em torno dos oitenta anos mesmo sendo um bebê. Ao invés de envelhecer com o passar do tempo, Button rejuvenesce. Quando ainda criança ele conhece Daisy (Cate Blanchett), da mesma idade que ele, por quem se apaixona. É preciso esperar que Daisy cresça, tornando-se uma mulher, e que Benjamin rejuvenesça para que, quando tiverem idades parecidas, possam enfim se envolver.
Embora aparente ser mais um típico filme para ganhar Oscar, David Fincher molda a trama da sua maneira e esse meu pensamento logo é correspondido na abertura, quando o próprio protagonista conta a história sobre a origem do principal relógio de Nova Orleans que, curiosamente, funciona com os ponteiros indo em direção contrária. Esse prologo mostra o que posteriormente o protagonista e os demais personagens irão enfrentar ao longo da trama, que são justamente as regras do tempo e de como elas nos afetam. Embora rejuvenesça ao longo do tempo, Benjamin carrega o fardo de ver os seus entes queridos morrendo ao longo da trama, assim como também o mundo mudando a sua volta a todo momento.
Embora sejam tramas diferentes, muito desse filme tem em comum com o "Clube da Luta", já que em ambos os casos vemos os protagonista enfrentando um tipo de um sistema cheio de regras e que aqui no caso são as regras do tempo que ele vai enfrentando ao longo de sua história. Mesmo o tempo passando e o mundo mudando, Benjamin segue em frente mesmo quando o mundo lhe diz ao contrário e realizando uma vida cheia de conquistas e histórias a serem contadas posteriormente em seu diário. Pode parecer piegas para alguns críticos, mas Fincher consegue obter aqui algo que vai além da velha fórmula de sucesso hollywoodiano.
Infelizmente o mesmo consegue com que o filme se torne um tanto que cansativo em alguns momentos, principalmente em passagens das quais não fariam nenhuma falta ao longo da trama. Em contrapartida, é preciso reconhecer a genialidade do cineasta em realizar sequências que, nas mãos de outros, poderia se tornar banais, mas que com ele se tornam dinâmicas graças a sua criatividade e edição caprichada. A cena do "efeito borboleta" que ocorre em determinado momento na vida da personagem de Cate Blanchett é digna de nota e fazendo a gente se perguntar como o filme seria se o realizador incrementasse essa mesma qualidade de ritmo de edição ao longo de toda produção.
Embora não esteja entre os meus filmes favoritos, "O Curioso Caso de Benjamin Button" foi uma prova que o diretor optou em nos apresentar ao nos dizer que consegue seguir as regras de básicas de sucesso de Hollywood, mas não se esquecendo do seu lado autoral que sempre faz.  


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domingo, 29 de março de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: 'O Poço'

Sinopse: A história do longa se passa em um futuro distópico, onde uma prisão vertical mantém duas pessoas em cada andar, com a comida sendo distribuída de cima para baixo. 

Em tempos em que o Coronavírus se alastra pelo mundo cabe a sociedade deixar de ser mesquinha e começar a pensar no próximo. Porém, é muito difícil uma sociedade viciada começar tudo do zero, principalmente quando a própria foi doutrinada por um capitalismo viciado, pelo consumismo descontrolado e sem nenhum escrúpulo. "O Poço" vem em um momento em que as pessoas terão que repensar em seus modos, ou abraçar um inevitável futuro nebuloso.
Dirigido por Galder Gaztelu-Urrutia, o filme conta a de história de um lugar misterioso, uma prisão indescritível, um buraco profundo. Dois reclusos que vivem em cada nível. Um número desconhecido de níveis. Uma plataforma descendente contendo comida para todos eles. Uma luta desumana pela sobrevivência, mas também uma oportunidade de solidariedade.
"O Poço" é aquele filme que foge completamente do convencional, onde não há uma história mastigada para que o público vá entender aquele universo por completo, mas sim para que a gente se pergunte o que virá em seguida a cada minuto. Carregado de simbolismos, o filme fala através das imagens que nos são apresentadas, onde cada uma delas possui algum significado e cabe cada um decifrara-las do seu modo. Porém, o filme pode ser visto independente do mesmo ter obtido a chance de lhe fazer pensar ou não, mas que irá fazer você, ao menos, obter uma sensação de ter obtido uma sessão incomum.
Carregado de um discurso político socialista, tanto nas entrelinhas como também de uma maneira explicita, o filme destrincha sobre o melhor e o pior do homem quando o mesmo se encontra em uma situação extrema e tendo que depender do seu lado selvagem escondido dentro da sua alma. A questão da sobrevivência, por exemplo, é o principal causa que está em jogo em toda a trama e cabe os personagens vistos em cena saber como irão administrar uma situação, por vezes, que foge da razão completa. Portanto, não esperem por cenas fáceis de serem digeridas, principalmente quando determinados momentos os personagens recorrem a violência e principalmente para o canibalismo.
Mas como eu disse anteriormente, não espere por soluções fáceis sendo apresentadas dentro da trama, já que a intenção dos realizadores talvez nem seja essa, mas sim para que o cinéfilo decifre determinadas mensagens em cada cena. Portanto, o filme irá atrair atenção daqueles que procuram, tanto uma obra que fale sobre os nossos tempos contemporâneos, como também por aqueles que curtem um suspense com grandes reviravoltas a serem testemunhadas.
Com um final que possuem mais perguntas do que respostas, "O Poço" fala sobre a humanidade atual cada vez mais carente pela falta de humildade vinda do seu próximo. 

Onde assistir: Netflix 

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sábado, 28 de março de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: Sessão de cinema online com 15 curtas de Gustavo Spolidoro

Pessoal, SESSÃO DE CINEMA PARA QUEM ESTÁ EM CASA! 
Hoje é o Dia do Cinema Gaúcho e a Cinemateca Capitólio está com um projeto bacana de exibir filmes on-line. 

Buenas, montei uma Playlist (link abaixo) com 15 CURTAS MEUS, entre eles INÍCIO DO FIM, filmado no Capitólio, ganhador de 16 prêmios e exibido em Sundance e Rotterdam; VELINHAS, meu primeiro curta e de quase toda a equipe, incluindo o ator JÚLIO ANDRADE, exibido no Festival de Berlim; OUTROS, plano-sequência vencedor do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro e mais 13 prêmios; DE VOLTA AO QUARTO 666, com o próprio Wim Wenders e vencedor do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro e muitos outros.


abraços
GUSTAVO SPOLIDORO
cameracausa@gmail.com