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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 10 de julho de 2018

Cine Dica: Filme chileno REI estreia dia 12 de julho no CineBancários




Segundo longa do diretor Niles Atallah, vencedor do Prêmio Especial do Júri no Festival de Roterdã e do prêmio do público no FICUNAM, estreia dia 12 de julho no CineBancários, com sessões às 15h e 19h
Dirigido por Niles Atallah (Lucía, 2010), REI fez sua estreia mundial no Festival de Roterdã, onde despertou atenção da crítica por sua ousadia estética e domínio das experimentações. Na ocasião, a revista Variety teceu elogios à obra, considerando-a um dos filmes experimentais mais agradáveis e acessíveis dos últimos anos.
Além de Roterdã, levou o prêmio de melhor filme no Festival de Toulouse e o prêmio do público no FICUNAM. No Brasil, esteve em competitiva no Olhar de Cinema de Curitiba, no Festival Latino de São Paulo e no Panorama Coisa de Cinema, de Salvador.
Uma coprodução entre Chile e França, REI foi filmado na Patagônica chilena e tem diálogos falados em espanhol e mapudungun, língua indígena local.

Sinopse: Em 1860, um aventureiro francês de 35 anos partiu para Araucanía, uma região inóspita no sul do Chile, com o intuito de fundar um reino. Ele partiu com o aval do chefe indígena da região, Mañil. Porém, ao chegar, descobre que este morreu. Sem seu apoio, é preso pelo governo chileno, que vê no estrangeiro um perigo, e tem que justificar sua viagem para não ser preso e exilado.
 
Os ingressos podem ser adquiridos por R$ 12,00 na bilheteria do cinema ou no site ingresso.com . Idosos, estudantes, bancários sindicalizados, jornalistas sindicalizados, portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 6,00. Aceitamos Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.

Rey
CHILE, FRANÇA, 2017 | 90 min | Ficção
Direção
Niles Atallah
Roteiro
Niles Atallah
Elenco
Rodrigo Lisboa, Claudio Riveros
Produtora
Lucie Kalmar
Fotografia
Benjamín Echazarreta
Montagem
Benjamin Mirguet
Produção
Diluvio, Mômerade

GRADE DE HORÁRIOS
*Não abrimos segundas-feiras

12 de julho (quinta-feira)
15h – Rei
17h – Auto de Resistência
19h – Rei

13 de julho (sexta-feira)
15h – Rei
17h – Auto de Resistência
19h – Rei

14 de julho (sábado)
15h – Rei
17h – Auto de Resistência
19h – Rei

15 de julho (domingo)
15h – Rei
17h – Auto de Resistência
19h – Rei

17 de julho (terça-feira)
15h – Rei
17h – Auto de Resistência
19h – Rei

18 de julho (quarta-feira)
15h – Rei
17h – Auto de Resistência
19h – Rei

Descoloniza Filmes
A Descoloniza Filmes nasceu em 2017, sob direção de Ibirá Machado, reconhecido por sua experiência na Vitrine Filmes, contribuindo com seu crescimento e consolidação, passando por filmes como O Som ao Redor (Kleber Mendonça Filho, 2013), Frances Ha (Noah Baumbach, 2013), O Abismo Prateado (Karim Aïnouz, 2013) e Las Acacias (Pablo Giorgelli, 2013). Posteriormente, coordenou o lançamento de filmes como Yorimatã (Rafael Saar, 2016), A Morte de J.P. Cuenca (João Paulo Cuenca, 2016), A Loucura Entre Nós (Fernanda Vareille, 2016) e Crônica da Demolição (Eduardo Ades, 2017). Agora com o selo Descoloniza Filmes, distribuiu o argentino Minha Amiga do Parque (Ana Katz, Argentina – 2017), e Híbridos – Os espíritos do Brasil (Priscilla Telmon e Vincent Moon, Brasil/França -2017). Rei é o terceiro lançamento do selo. A Descoloniza é associada desde o princípio ao Lared, associação de distribuidores independentes latinoamericanos.

Contato:
Ibirá Machado
+55.11.99804.4835

C i n e B a n c á r i o s
Rua General Câmara, 424, Centro
Porto Alegre - RS - CEP 90010-230
Fone: (51) 34331204

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Cine Especial: A Construção do Personagem (EXTRA): A Vida e Morte de Peter Sellers (2004)



 
Nos dias 07 e 08 de Julho eu participei do curso A Construção do Personagem, criado pelo Cine Um e ministrado pelo diretor de teatro Juliano Rabello. Durante os dias de atividade, realizados na Cinemateca Capitólio de Porto Alegre, foram abordados e analisados filmes como Bastardos Inglórios, Lincoln, Nine, Drácula de Bram Stoker e A Vida e Morte de Peter Sellers. Esse último, aliás, sintetiza a essência principal da atividade, onde o filme cria uma reconstituição sobre a carreira e a vida pessoal do ator Peter Sellers e do qual o próprio criava uma improvisação assombrosa na elaboração dos seus respectivos personagens.
Infelizmente era um filme do qual não tive o privilegio de assisti-lo, mas graças ao ministrante tive a chance de ver pela primeira vez e falar sobre ele abaixo.    

A Vida e Morte de Peter Sellers (2004)

Sinopse: Um filme biográfico sobre a ascensão turbulenta de Peter Sellers, desde os seus tempos na rádio BBC até se tornar um dos comediantes mais talentosos do mundo. Com uma mãe extremamente possessiva, Sellers luta para lidar com seus relacionamentos com as mulheres, sua condição de celebridade e suas muitas facetas.

No recente documentário Jim e Andy da Netflix, Jim Carrey confessa que em sua carreira ele liberava um monstro do qual vive dentro do seu ser, para assim pudesse improvisar na realização de determinados personagens dos quais ele havia interpretado na sua fase áurea nos anos 90. No gênero da comédia, por exemplo, é notório que muitos humoristas possuem uma veia cômica poderosa nas telas, mas que possui uma vida pessoal um tanto que problemática e da qual eles mesmos se enfrentam ao longo da vida. A Vida e Morte de Peter Sellers, não somente nos brinda sobre a vida profissional e pessoal do astro da Pantera Cor De Rosa, como também desvenda a sua luta pessoal para obter o tão desejo reconhecimento artístico.
Dirigido por Stephen Hopkins (A Sombra e a Escuridão), o filme acompanha os primeiros passos da carreira artística do ator Peter Sellers (Geoffrey Rush), que usa todos os métodos para adquirir os respectivos papeis dos quais ele ambiciona obter. Atingido o ápice da carreira com o filme A Pantera Cor de Rosa, Sellers ganha prestigio e reconhecimento pela parte da crítica e do público. Porém, o equilíbrio não se encontra em sua vida pessoal, do qual ele possui problemas familiares e relações amorosas conflituosas.
Quando se fala em Peter Sellers a maioria se lembra do astro em filmes de comédias, mas o ator ia muito além do mero estereótipo, ao criar personagens dos quais o deixavam irreconhecível e surpreendo os cineastas dos quais o contratavam. O grande charme desse filme produzido pela HBO é revisitarmos os grandes clássicos que o astro havia trabalhado e nos brindando com uma reconstituição de época que impressiona e nos enche os olhos. Claro que o filme não funcionaria se não houvesse um ator que encarnasse o Peter Sellers de uma forma no mínimo decente, mas Geoffrey Rush surpreende em uma de suas melhores atuações da carreira, onde ele não interpreta Peter Sellers, mas sim ele se torna Peter Sellers. 
Embora não use uma pesada maquiagem para ficar idêntico ao falecido ator, Geoffrey Rush se torna o interprete a partir do momento em que ele usa os cacoetes, trejeitos e até mesmo o olhar excêntrico do qual Sellers usava nas produções em que ele participava. Curiosamente, é preciso até mesmo prestar um pouco de atenção em determinados momentos do filme, já que Geoffrey Rush simplesmente desaparece de cena e acabamos crendo que estamos diante do próprio Peter Sellers atuando em produções clássicas como, por exemplo, Dr. Fantástico de Stanley Kubrick. Se vocês acham que eu estou exagerando, aguardem para ver a cena em que Rush, caracterizado como Dr. Folamour, atua num momento em que Sellers simplesmente não se desvencilha do seu personagem quando está almoçando com a sua mãe.
Se dividindo entre o humor negro e drama, o filme também nos abala ao constatarmos o quão Sellers era uma entidade solitária e da qual não conseguia obter um equilíbrio perfeito entre carreira e vida pessoal. Isso resulta em momentos tensos, seja quando ele destrói os brinquedos diante do próprio filho, ou quando bate ferozmente no rosto de sua esposa, a atriz Britt Ekland (Charlize Theron). Porém, são momentos que não tiram o brilho desse inesquecível talento, do qual brigou até o último momento para ser, não só lembrado como um comediante, mas como um ator que poderia oferecer muito mais do que o seu corpo poderia suportar.
Com uma bela homenagem ao último clássico em que o ator atuou (Muito Além do Jardim), A Vida e Morte de Peter Sellers é uma adaptação sobre a essência de um talento atormentado, mas que não desistiu dos seus objetivos até o último segundo.   

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