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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Cine Dica: Ela na Tela



CINEMATECA CAPITÓLIO PETROBRAS RECEBE A MOSTRA ELA NA TELA
Café com Canela.

Entre os dias 21 e 25 de outubro, a Cinemateca Capitólio Petrobras recebe a 3ª edição da mostra Ela na Tela. Com oficinas, debates e exibições de longas e curtas, a programação tem entrada franca.

A Mostra Ela na Tela foi criada para abrir espaço para troca de experiências e busca de igualdade de gêneros no fazer cinematográfico, que ainda é dominado por homens, e em sua maioria brancos. Neste ano, o evento busca ampliar a visibilidade das mulheres cineastas, promovendo a conscientização sobre a importância da representação feminina na tela de cinema e possibilitando dialogar sobre o reflexo dessa representação na sociedade.
No sábado, 21 de outubro, acontece a sessão de abertura com o longa Café com Canela, de Glenda Nicácio e Ary Rosa, vencedor dos prêmios de atriz, roteiro e melhor filme segundo júri popular no Festival de Brasília deste ano. Após a sessão, acontece um debate com a diretora. 

GRADE DE PROGRAMAÇÃO

21 de outubro (sábado)
16h30 - Oficina de Roteiro "Disparando Ideias" com Eleonora Loner
19h00 - Sessão de abertura: Exibição do longa-metragem "Café com Canela" de Glenda Nicácio + Debate *Sinopse “Café com Canela” Após perder o filho, Margarida vive isolada da sociedade. Ela se separa do marido Paulo e perde o contato com os amigos e pessoas próprias. Certo dia, Violeta bate a sua porta. Trata-se de uma ex-aluna de Margarida, que assume a missão de devolver um pouco de luz àquela pessoa que havia sido importante pra ela na juventude.

22 de outubro (domingo)
16h00 - Oficina de Produção com Marta Nunes
18h30 –  Mostra de Curtas
"Quem Matou Eloá?", de Lívia Perez. São Paulo, 2016. 24min29s.
* Sinopse "Quem Matou Eloá?" Em 2008, Lindemberg Alves de 22 anos invadiu o apartamento da ex-namorada Eloá Pimentel de 15 anos, armado, mantendo-a refém por cinco dias. O crime foi amplamente transmitido pelos canais de TV. “Quem matou Eloá?” traz uma análise crítica sobre a espetacularização da violência e a abordagem da mídia televisiva nos casos de violência contra a mulher, revelando um dos motivos pelo qual o Brasil é o quinto no ranking de países que mais matam mulheres.
"Sexta Série", de Cecilia da Fonte. Pernambuco, 2013. 18min03s. * Sinopse "Sexta Série" Um dia na vida de Clarice e Ana, duas amigas da sexta série.
"Lúcida", de Caroline Neves e Fabio Rodrigo. São Paulo, 2015. 16min. * Sinopse “Lúcida” Mas eu nem sei se ela tem alguma coisa pra cozinhar, porque ela não me fala.
"Irmã," de Andressa Gonçalves, Josie Pontes, Mika Makino, Nina Fachinello. Rio de Janeiro, 2016. 06min07s. * Sinopse “Irmã” Através de dados reais e de uma tragédia vivida por milhares de mulheres diariamente o curta "Irmã," traça um caminho de crítica ao machismo e ao mesmo tempo de empoderamento feminino. Necessário para todas as idades.
 "Adeus à Carne", de Julia Anquier. Rio de Janeiro, 2017. 11min. * Sinopse “Adeus à Carne” Durante um leve e caloroso carnaval carioca, três amigas se divertem em um bloco de rua. Quando um homem cruza os seus caminhos e ultrapassa limites, ele toma decisões que desencadeiam graves consequências.

24 de outubro (terça-feira)
17h00 - Oficina de Crítica Cinematográfica "Noções para elaboração de texto crítico" com Fatimarlei Lunardelli
18h30 – Mesa "Mulher no Set de Filmagem: Resistência" com Carol Zimmer, Daniela Strack, Isabel Cardoso, Lígia Tiemi Sumi, Manuela Falcão e Mariani Ferreira
20h30 - Mostra de Curtas
"A Ilha do Farol", de Jo Serfaty e Mariana Kaufman. Rio de Janeiro, 2016. 23min32s. * Sinopse “A Ilha do Farol” “A ilha do farol” narra a história e lendas de uma misteriosa e inóspita ilha, também conhecida como Ilha Rasa, próxima a cidade do Rio de Janeiro. Entre o resgate histórico e a invenção, uma silenciosa família se lança ao mar em uma pequena embarcação, rumo ao encontro da ilha.
"Quase Consolação", de Amina Jorge. São Paulo, 2013. 17min7s. * Sinopse “Quase Consolação” Avenida Dr. Arnaldo, quase esquina com Rua da Consolação. Mais um corpo chega ao IML de São Paulo. Mais um dia de trabalho de uma médica legista. Mais um, se não fosse o último.
"Monga, Retrato de Café", de Everlane Moraes. Cuba, 2017. 13min06s. * Sinopse “Monga, Retrato de Café" Um convite para tomar café é o inicio de uma conversa íntima que esboça o retrato de Ramona Reyes, uma plantadora de café descendente de um haitiano assassinado dias antes do triunfo da Revolução Cubana.
"Cotidiano" de Cristina da Rosa Nascimento. Porto Alegre, 2017. 03min42s. * Sinopse “Cotidiano” O cotidiano, mostra a vida de meninas, mulheres negras. Fala sobre a rotina que não é mostrada nas televisões. Trás a leveza e a força de como nós mulheres negras queremos ser vistas, quebra o estereótipo da mídia que sempre nós coloca em cena, como domesticas e dançarinas de funk, o cotidiano retrata a nossa luta, na cor da pele.
"Antonieta", de Flávia Person. Florianópolis, 2016. 14min28s. * Sinopse “Antonieta”, um documentário sobre Antonieta de Barros (1901-1952), mulher, negra, professora, cronista, feminista e em 1935 se tornou a primeira negra a assumir um mandato popular no país.

25 de outubro (quarta-feira)
17h30 - Mesa "Cinema independente & outras formas de fazer cinema" com Laís Auler (Tanque Coletivo), QUEM (Criadoras Negras), Cristina Nascimento (Quilombo do Sopapo) e Natasha Ferla (Grupo do Front)
19h30 - Oficina "As mulheres do cinema brasileiro" com Flávia Seligman

20h30 - Mostra de Curtas
"Três Vezes Por Semana", de Cris Reque. Porto Alegre, 2011. 15min43s. * Sinopse “Três Vezes Por Semana” Sílvia é uma senhora solitária que acumulou frustrações e mágoas durante a vida. A aula de hidroginástica é sua única diversão: as colegas, as conversas, os passeios. A mesmice do cotidiano parece eterna, até que ela se transforma.
"Tarântula", de Marja Calafange. Curitiba, 2015. 20min * Sinopse “Tarântula” Em um casarão distante, mora uma família religiosa e aparentemente incompleta: uma mãe e suas duas filhas. Até a chegada de um novo membro, que traz consigo uma ameaça iminente.
"Dia Um", de Natália Lima. Caruaru, 2017. 2min. * Sinopse “Dia Um” A superlotação do planeta e a devastação ambiental forçam os grandes líderes a se unirem para construir as Arcas Espaciais, que são naves gigantescas que levaram os seres humanos para o espaço em busca de um novo lar, para isso uma lei determina que apenas os mais jovens podem desbravar esse novo mundo e dá continuidade a espécie, deixando assim os idosos para morrerem junto ao planeta terra que será destruído após a decolagem da última Arca Espacial.
"Luz Baixa", de Bruna de Vasconcellos Torres. São Paulo, 2017. 15min20s. * Sinopse “Luz Baixa” Após a morte de sua mãe, Cléo e Caio, irmãos de uma família destruída pela ditadura militar, se encontram depois de anos sem se ver, e pegam a estrada de volta para casa. Ao longo da viagem, descobrem que já não se conhecem mais.
"Maria", de Elen Linth. Manaus, 2017. 16min43s. * Sinopse “Maria” Nascida aos 16, numa cidade ensanguentada por corpos de peito e pau.

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: Na Praia à Noite Sozinha



Sinopse: Young-hee é uma atriz famosa que tem a sua vida pessoal exposta após um caso com um homem casado. Ela decide abandonar a cidade européia onde mora e dar uma pausa na carreira. Young-hee reencontra os velhos amigos e começa a refletir sobre suas possibilidades de futuro. Em noites regadas a álcool, ela se libera e diz o que realmente sente.

Aos poucos que vou conhecendo a filmografia de Hong Sang-soo (A Visitante Francesa) percebo que o cineasta gosta de se repetir, mas não para cair na previsibilidade, mas sim para alcançar um novo nível com relação ao seu perfeccionismo que ele tanto injeta em suas obras. Além disso, percebesse que seus pensamentos, sejam eles inventados ou verídicos, são moldados em seus filmes para que então ele consiga nos dizer algo que talvez nem ele mesmo consiga dizer para consigo mesmo. Na Praia à Noite Sozinha testemunhamos um novo degrau com relação aos pensamentos íntimos do cineasta e dos quais ele tenta exorcizá-los no outro lado da tela.
O filme acompanha a cruzada da atriz Young Hee (Kim Min-hee, prêmio de melhor atriz no último festival de Berlim) que, após se envolver com um homem casado, decide retornar as suas raízes. Ao retornar em sua cidade natal, Young reencontra velhos amigos, alguns deles até mesmo do ramo do cinema e decide então colocar a conversa em dia com todos. Não demora muito para que ela comece a por para fora tudo o que sente em meio a uma conversa e com muita bebida.
Usando velhas fórmulas de seus filmes anteriores, Hong Sang Soo usa do começo ao fim uma única trama, mas dando a entender que ela é dividida em duas partes, como se fosse encerrar uma e começando assim outra, mas com a mesma protagonista. No principio da primeira parte da história, a vemos conversar com uma velha amiga, revelando então um pouco do seu passado e tentando armar planos para o futuro. Uma vez que essa primeira parte se encerra, o cineasta nos coloca numa situação de dúvida, já que, com relação ao que foi visto, pode ser interpretado como uma lembrança, ou até mesmo da própria protagonista estar assistindo ela mesma dentro de um cinema.
Mesmo com uma simplicidade, é notório como Hong Sang Soo consegue emoldurar em sua obra camadas sob camadas dentro da trama, como se estivéssemos testemunhando um sonho dentro de um sonho e do qual somente se encerra quando o filme acaba. Sejam pensamentos ou sonhos filmados, o cineasta faz até mesmo questão de criar uma figura solitária, da qual ninguém dá muita atenção a ela, mas que pode ser o cineasta em cena e que esteja sonhando ou se lembrando dos eventos dos quais estamos testemunhando: a cena em que vemos um lavador de janelas trabalhando incessantemente e sem ser notado sintetiza esse meu pensamento.
Talvez entre obsessão e perfeccionismo, exista um desejo do cineasta em voltar ao passado e corrigir certos erros dos quais ele havia cometido. Assim como foi visto em Certo Agora, Errado Antes (2015), há uma passagem do filme, por exemplo, da qual testemunhamos a protagonista deitada na praia e que, posteriormente, veremos a mesma cena, mas por outra perspectiva. Revisitando a cena, é como se o cineasta queira nos dizer que era assim que deveria ter sido e não da forma como havia acontecido anteriormente.
Podemos interpretar essa passagem da trama como uma espécie de simbolismo sobre o arrependimento vindo de Hong Sang Soo, como se um passado não resolvido o assombrasse e do qual ele fica tentando amenizar essa dor através de seus filmes. Como se isso não bastasse, testemunhamos uma sequência reveladora numa mesa de bar, da qual não só testemunhamos à protagonista desabafar através do álcool, como também um determinado personagem que joga pra fora as suas dores através da leitura de um livro. Seria então esse personagem a personificação do próprio cineasta visto na tela? 
Na Praia à Noite Sozinha é um filme que se divide entre sonhos e pensamentos e dos quais personifica o lado mais intimo de um cineasta super criativo. 

Onde assistir: Cinemateca Capitólio: R. Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro Histórico, Porto Alegre. Horário: 20h30min

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Cine Dica: Xingu Cariri Caruaru Carioca estreia no CineBancários

Xingu Cariri Caruaru Carioca, de Beth Formaggini, entra em cartaz no CineBancários no dia 19 de outubro, nas sessões das 15h e 19h. Guiados pelo músico Carlos Malta, o filme desbrava os cantos do país através dos sons dos flautistas tradicionais (ou “pifeiros”). Xingu Cariri Caruaru Carioca foi eleito o melhor filme do 8º Festival In-Edit Brasil, no 10º Encontro Nacional de Cinema e Vídeo dos Sertões e eleito melhor filme pelo júri popular na competitiva de longas do CURTA-SE.

 


A jornada começa em Mato Grosso, junto à aldeia dos Kuikuro, às margens do Rio Xingu, onde Carlos Malta conhece os flautistas tradicionais desta tribo encravada naquela vasta região, ameaçada pelo avanço do agronegócio. A equipe segue para o Nordeste, começando por Caruaru (PE). Carlos e equipe se encontraram com Marcos do Pife, João do Pife, a banda Irmãos do Pife e participou, com a banda Zé do Estado e Edimilson do Pife, de um cortejo na Feira de Caruaru. Homenageou também Zabé da Loca, que mora num assentamento na cidade de Monteiro (PB).
         
Nas cidades de Crato e Nova Olinda, na região do Cariri, no Ceará, Carlos Malta fez parte de uma “terreirada” com os irmãos Aniceto, além da participar de um show na Fundação Casa Grande (Nova Olinda) com a banda Pife Muderno. Chegando finalmente ao sudeste, a equipe se encontra com o som dos pífanos cariocas do Cortejo Epifania. Acompanhamos o cortejo que vai da Praça São Salvador, no bairro de Laranjeiras, até a foz do Rio Carioca. Nele, se juntaram os palhaços Minduin e Trambique, a banda Pife Muderno, os Pernaltas, blocos de carnaval, pifeiros e percussionistas, como Robertinho Silva e Odette Ernest Dias distribuindo sons e alegrias por onde passaram até o encontro com o mar.

Nosso cinema funciona de terça a domingo e os ingressos podem ser adquiridos no local ou no site ingressos.com a R$10,00. Estudantes, idosos, pessoas com deficiência, bancários sindicalizados e jornalistas sindicalizados pagam R$5,00. Aceitamos os cartões Banricompras, Visa e Mastercard.
 
SINOPSE 
Em busca de suas origens musicais e as raízes das flautas, Carlos Malta é um dos músicos que se reúnem para conversar e tocar juntos os sons tradicionais das "culturas populares" e "cultura pop". Um encontro entre mundos diversos e que se complementam, uma mostra de que tudo está sempre em movimento e um registro da capacidade criativa da música contemporânea, sempre em transformação.

FICHA TÉCNICA
Brasil / Documentário / 2015 / 90 min

Direção: Beth Formaggini
Roteiro: Beth Formaggini
Produtora: Beth Formaggini
Trilha Sonora: Carlos Malta
Diretor de Fotografia: Antonio Luiz Mendes
Montador: Joana Collier
GRADE DE HORÁRIOS (Não abrimos nas segundas-feiras)
19 de outubro (quinta-feira)
15h – Xingu Cariri Caruaru Carioca, de Beth Formaggini
17h – Retrospectiva Sessão Vitrine Petrobras: Morro do Céu, de Gustavo Spolidoro
19h – Xingu Cariri Caruaru Carioca, de Beth Formaggini

20 de outubro (sexta-feira)
15h – Xingu Cariri Caruaru Carioca, de Beth Formaggini
17h – Retrospectiva Sessão Vitrine Petrobras: Morro do Céu, de Gustavo Spolidoro
19h – Xingu Cariri Caruaru Carioca, de Beth Formaggini

21 de outubro (sábado)
15h – Xingu Cariri Caruaru Carioca, de Beth Formaggini
17h – Retrospectiva Sessão Vitrine Petrobras: Divinas Divas, Leandra Leal
19h – Xingu Cariri Caruaru Carioca, de Beth Formaggini

22 de outubro (domingo)
15h – Xingu Cariri Caruaru Carioca, de Beth Formaggini
17h – Retrospectiva Sessão Vitrine Petrobras: Divinas Divas, Leandra Leal
19h – Xingu Cariri Caruaru Carioca, de Beth Formaggini

24 de outubro (terça-feira)
15h – Xingu Cariri Caruaru Carioca, de Beth Formaggini
17h – Retrospectiva Sessão Vitrine Petrobras: Divinas Divas, Leandra Leal
19h – Xingu Cariri Caruaru Carioca, de Beth Formaggini

25 de outubro (quarta-feira)
15h – Xingu Cariri Caruaru Carioca, de Beth Formaggini
17h – Retrospectiva Sessão Vitrine Petrobras: Divinas Divas, Leandra Leal
19h – Xingu Cariri Caruaru Carioca, de Beth Formaggini

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: A Morte Te Dá Parabéns



Sinopse: Tree (Jessica Rothe) é uma jovem estudante que trata mal os meninos, desdenha das amigas e não parece estar muito disposta a atender as ligações do pai no dia do aniversário dela. No fim do mesmo dia, no entanto, ela é brutalmente assassinada por um mascarado. Acontece que ela "sobrevive", ou melhor, acorda no mesmo e fatídico dia, numa espécie de looping macabro, que termina sempre com a morte da garota. Repetir, seguidamente, o mesmo dia, por outro lado, dá a Tree a chance de investigar quem a está querendo morta e o porquê.

Na metade dos anos 90, os cinemas foram invadidos pelos assassinos mascarados, graças à franquia Pânico, cuja fórmula foi usada tantas vezes que acabou sendo desgastada. Já no início da mesma década, o público teve o privilégio de assistir ao maravilhoso Feitiço do Tempo, cujo protagonista (Bill Murray) retorna no tempo e fica vivenciando o mesmo dia. Embora sejam propostas distintas, elas formam o filme A Morte Te Dá Parabéns que, embora caia em fórmulas manjadas, o filme diverte e não exige muito de quem assiste.
Dirigido por Christopher Landon (Atividade Paranormal: Marcados pelo Mal), acompanhamos um dia da vida de Tree (Jessica Rothe, de La La Land), uma universitária egoísta, da qual trata mal as pessoas, não leva a sério suas amigas e não responde as ligações do seu pai. Porém, no fim do mesmo dia, ela é brutalmente assassinada por um mascarado misterioso, mas que,  ao invés de morrer realmente, ela retorna ao passado e 24 horas antes do ocorrido. Entre idas e vindas no tempo, Tree tenta de todos os meios para descobrir quem é o seu assassino para só assim quem sabe parar de voltar no tempo.
Não é a primeira vez que o clássico estrelado por Bill Murray serviu de inspiração para a realização de outros filmes com a mesma temática. Basta à gente se lembrar, por exemplo, do ótimo No Limite do Amanhã e estrelado por Tom Cruise. Já A Morte Te Dá Parabéns pode enganar o desavisado por um momento, já que de terror o filme quase não tem nada, mas sim está mais para uma comédia adolescente e usando a ideia da viagem do tempo unicamente como desculpa para se criar momentos imprevisíveis de humor.
Entre suspense e comédia, o filme se envereda também sobre a desconstrução da protagonista, já que no principio Tree é uma jovem pouco sociável e trata as outras pessoas com o maior desdém. Mas pelo fato dela retornar sempre no tempo, ela consegue então a oportunidade de enxergar certas situações e o comportamento de outras pessoas por outro ângulo. Além de se dar conta de que suas colegas são um bando de materialistas, ela mesma consegue se enxergar como uma pessoa que poderia ter sido mais sociável com as pessoas mais próximas e das quais se importam realmente com ela.
Por causa disso, o filme nos diverte e faz com que até mesmo não queiramos que a protagonista descubra quem é o assassino que a mata, já que daí então as viagens no tempo acaba. Aliás, a revelação sobre quem é o assassino é tão dispensável que, quando é finalmente revelado, acaba soando tão ridículo que teria sido até melhor os roteiristas terem nos poupado disso. Dessa salada, é preciso reconhecer o bom empenho da jovem atriz Jessica Rothe, sendo que ela carrega todo o filme nas costas e fazendo dos demais personagens em cena algo bem descartável para dizer o mínimo.
Curto, divertido, mas dispensável, A Morte Te Dá Parabéns não ofende, desde que você leve tudo que for assistir na tela na maior esportiva.  

Onde assistir: Cine Victória:  Avenida Borges de Medeiros, 453 - Centro Histórico, Porto Alegre. Horários: 13h30, 15h40, 17h50 e 20h.

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Cine Dica: Em Blu-Ray - DVD – VOD: Monsieur & Madame Adelman



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