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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 16 de junho de 2017

Cine Dica: Cidades Fantasmas e Quem é Primavera das Neves estreiam no CineBancários



 QUEM É PRIMAVERA DAS NEVES
 
 Os documentários Cidades Fantasmas, de Tyrell Spencer e Quem é Primavera das Neves, de Ana Luiza Azevedo e Jorge Furtado, ambos produzidos pela Casa de Cinema de Porto Alegre, entram em cartaz no CineBancários no dia 15 de junho, com sessões intercaladas às 15h e 19h. Às 17h, Animal Político, de Tião, segue em cartaz através da Sessão Vitrine Petrobras.

Na terça-feira, 20 de junho, às 19h, Cidades Fantasmas terá uma Sessão Comentada com a participação do diretor, Tyrell Spencer, e da roteirista, Carolina Silvestrim. A Sessão Comentada de Quem é Primavera das Neves acontece na quinta-feira, 22 de junho, com a presença de ambos os realizadores, também às 19h.

Nosso cinema funciona de terça a domingo e os ingressos podem ser adquiridos no local ou através do site ingressos.com a R$10,00. Estudantes, idosos, pessoas com deficiência, bancários sindicalizados e jornalistas sindicalizados pagam R$5,00. Aceitamos os cartões Banricompras, Visa e Mastercard.

SOBRE CIDADES FANTASMAS
Dirigido por Tyrell Spencer, Cidades Fantasmas conta a história de cidades prósperas, que abrigaram populações inteiras e hoje estão abandonadas e consumidas pelo tempo. Catástrofes naturais, motivações econômicas, embates políticos, guerras, são algumas das condições que levaram esses lugares ao total despovoamento. Sepultadas pelo tempo e esquecidas pelos mapas, o filme refaz os passos das populações dessas cidades, quatro delas apresentadas no longa realizado em coprodução com a Galo de Briga Filmes e oito que integram a série que será lançada no segundo semestre no Canal Brasil. No Brasil: Ararapira (PR), Cococi (CE), Fordlandia (PA), Minas do Camaquã (RS) e Vila do Ventura (BA), Epecuén, na Argentina, Armero, na Colômbia, e Humerstone, no Chile.

Quatro destinos na América Latina, onde as ruínas e o silêncio são o plano de fundo da jornada. Alguns de seus antigos moradores ainda guardam na memória o que viveram ali e, através de relatos mais intimistas, evocam lembranças de um passado que não querem esquecer. “Com um olhar contemplativo sobre o que restou, refletimos sobre o que deixamos e podemos deixar do nosso legado, entendendo que tudo pode ter um fim e que nada está livre da luta contra o esquecimento”, afirma Spencer.

O projeto será lançado em junho como longa-metragem documentário e no segundo semestre como série documental de oito episódios de 15min em coprodução com o Canal Brasil. A fotografia é de Glauco Firpo, correção de cor de Ligia Tiemi Sumi, roteiro de André Luis Garcia, Carolina Silvestrin André Luis Garcia e Guilherme Soares Zanella, direção de produção de Glauco Urbim, som direto de Gabriela Bervian, trilha original de Leo Henkin e montagem de Germano de Oliveira.

SOBRE QUEM É PRIMAVERA DAS NEVES
 
A reconstrução de parte da vida de uma pessoa que possuía histórias tão incríveis quanto às que traduzia, este é o documentário Quem é Primavera das Neves. Em março de 2010, Jorge Furtado publica em seu blog, indagando quem pode ter notícias sobre a tradutora de Alice no País das Maravilhas, Primavera das Neves, cujo nome o fascina. Três anos depois, numa noite de insônia, Eulalie Ligneul responde: Primavera Ácrata Saiz das Neves foi sua amiga. A busca sobre quem foi Primavera ganha a ajuda de duas amigas de infância da tradutora e poetisa: Eulalie e a artista plástica Anna Bella Geiger. Primavera veio para o Brasil aos nove anos quando os pais fugiam da ditadura de Franco e Salazar. Aos 18 anos volta a Portugal e se apaixona por um jovem tenente português, Manoel Pedroso. E é Manoel quem revela outros detalhes dessa história: a vida dele com Primavera em Portugal, a resistência à ditadura Salazarista, o exílio na embaixada brasileira, a fuga para o Brasil pouco antes do golpe de 1964 com uma filha de seis meses no colo.

Primavera morreu aos 48 anos, falava seis idiomas, traduziu mais de oitenta livros e deixou uma obra poética até então inédita. Uma vida curta, intensa, com um tanto de aventura e muita melancolia. Para partilhar um pouco da produção de Primavera, Ana Luiza Azevedo e Furtado, diretores do filme, convidaram a atriz Mariana Lima que lê trechos de traduções e poemas da escritora.

Pedro Furtado assina ao lado de Jorge o roteiro do projeto, que tem direção de fotografia de Alex Sernambi, montagem de Giba Assis Brasil, som direto de Rafael Rodrigues, direção de produção de Bel Merel, trilha original de Mauricio Nader, pesquisa de Lilian Ferrari e desenho de som Kiko Ferraz Studios.

SINOPSE CIDADES FANTASMAS
Deserto chileno, Amazônia brasileira, Andes colombianos e Pampa argentino. Quatro destinos na América Latina, onde as ruínas e o silêncio são o plano de fundo da nossa jornada. Alguns de seus antigos moradores ainda guardam na memória o que viveram ali e, através de relatos mais intimistas, evocam lembranças de um passado que não querem esquecer. Com um olhar contemplativo sobre o que restou, refletimos sobre o que deixamos e podemos deixar do nosso legado, entendendo que tudo pode ter um fim e que nada está livre da luta contra o esquecimento.

FICHA TÉCNICA
Brasil / Documentário / 2017 / 71min

Direção: Tyrell Spencer
Produção: Casa de Cinema de Porto Alegre e Galo de Briga Filmes
Co-Produção: Globo Filmes e GloboNews
Produção Executiva: Nora Goulart
Fotografia: Glauco Firpo
Correção de cor: Lígia Tiemi Sumi
Roteiro: André Luis Garcia, Carolina Silvestrin, Guilherme Soares Zanella
Direção de produção: Glauco Urbim
Som direto: Gabriela Bervian
Trilha Original: Léo Henkin
Montagem: Germano de Oliveira

SINOPSE QUEM É PRIMAVERA DAS NEVES
Assim começa esta história: Jorge Furtado tenta descobrir na internet quem é a tradutora de Alice no País das Maravilhas que tem um nome tão peculiar e poético. Não encontra. Faz a pergunta num blog. Três anos depois, numa noite de insônia, Eulalie Ligneul responde: Primavera Ácrata Saiz das Neves foi sua amiga. Era uma tradutora e poeta portuguesa, que veio para o Brasil aos nove anos quando os pais fugiam da ditadura de Franco e Salazar. Aos 18 anos Primavera volta a Portugal e se apaixona por um jovem tenente português, Manoel Pedroso. E é Manoel quem revela outros detalhes dessa história: a vida dele com Primavera em Portugal, a resistência à ditadura Salazarista, o exílio na embaixada brasileira, a fuga para o Brasil pouco antes do golpe de 64 com uma filha de seis meses no colo. Primavera morreu aos 48 anos, falava seis idiomas, traduziu mais de oitenta livros e deixou uma obra poética até aqui inédita. Uma vida curta, intensa, com um tanto de aventura e muita melancolia.

FICHA TÉCNICA
Brasil / Documentário / 2017 / 75min

Direção: Ana Luiza Azevedo e Jorge Furtado
Roteiro: Jorge Furtado e Pedro Furtado
Produção: Casa de Cinema de Porto Alegre
Coprodução: Globo Filmes e GloboNews
Produção Executiva: Nora Goulart
Direção de Fotografia: Alex Sernambi,AGC
Montagem: Giba Assis Brasil
Som direto: Rafael Rodrigues
Direção de Produção: Bel Merel
Trilha Original: Maurício Nader
Pesquisa: Lilian Ferrari e Joana Bernardes
Desenho de Som: Kiko Ferraz Studios

SOBRE A CASA DE CINEMA DE PORTO ALEGRE
A Casa de Cinema de Porto Alegre ganhou em 2015 o Emmy Internacional de Melhor Comédia pela série Doce de Mãe. A produtora foi criada em 1987 por um grupo de cineastas do sul do Brasil. Em 30 anos, a Casa já produziu mais de uma centena de filmes, vídeos, programas de TV e séries. Nossos parceiros e clientes incluem empresas como TV Globo, Globosat, RBS TV, Canal Futura, Canal Brasil, Canal Curta!, a britânica Channel 4, a alemã ZDF, HBO Latin America, as fundações norte-americanas Rockefeller e Macarthur, as distribuidoras Columbia, Elo Company, Imagem Filmes, Espaço Filmes, Fox e a produtora argentina 100 Bares. A estratégia da Casa de Cinema de Porto Alegre é produzir conteúdo exclusivo com relevância social, com foco no desenvolvimento artístico e cultural.

GRADE DE HORÁRIOS
(Não abrimos nas segundas-feiras)

15 de junho (quinta-feira)
15h – Cidades Fantasmas, de Tyrell Spencer
17h – Sessão Vitrine: Animal Político, de Tião
19h – Quem é Primavera das Neves, de Ana Luiza Azevedo e Jorge Furtado

16 de junho (sexta-feira)
15h – Cidades Fantasmas, de Tyrell Spencer
17h – Sessão Vitrine: Animal Político, de Tião
19h – Quem é Primavera das Neves, de Ana Luiza Azevedo e Jorge Furtado

17 de junho (sábado)
15h – Quem é Primavera das Neves, de Ana Luiza Azevedo e Jorge Furtado
17h – Sessão Vitrine: Animal Político, de Tião
19h – Cidades Fantasmas, de Tyrell Spencer

18 de junho (domingo)
15h – Quem é Primavera das Neves, de Ana Luiza Azevedo e Jorge Furtado
17h – Sessão Vitrine: Animal Político, de Tião
19h – Cidades Fantasmas, de Tyrell Spencer

20 de junho (terça-feira)
15h – Quem é Primavera das Neves, de Ana Luiza Azevedo e Jorge Furtado
17h – Sessão Vitrine: Animal Político, de Tião
19h – Cidades Fantasmas, de Tyrell Spencer

21 de junho (quarta-feira)
15h – Quem é Primavera das Neves, de Ana Luiza Azevedo e Jorge Furtado
17h – Sessão Vitrine: Animal Político, de Tião

19h – Cidades Fantasmas, de Tyrell Spencer 

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Cine Especial: Micro Vídeos & Redes Sociais: Novas narrativas e linguagens: Parte 2


Nos dias 24 e 25 de Junho eu estarei participando do curso Micro Vídeos & Redes Sociais:Novas narrativas e linguagens, criado pelo Cine Um e ministrado pela Publicitária formada pela PUCRS Sheron Neves. Por aqui, antes da atividade, eu estarei postando uns vídeos caseiros, onde eu farei uma pequena analise das cenas de determinados filmes.  


Mais informações sobre o curso vocês encontram clicando aqui. 


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Cine Dicas: Estreias do final de semana (15/06/17)

Colossal

Sinopse: Glória (Anne Hathaway) é uma mulher comum que depois de perder o emprego e terminar o seu relacionamento é forçada a deixar sua vida em Nova York e voltar para sua cidade natal. Quando surgem relatos noticiosos de que uma criatura gigante está destruindo Seul, na Coréia, Glória gradualmente percebe que possui uma ligação com esse fenômeno. Na medida em que os acontecimentos na Coréia saem do controle, Glória percebe a razão pela qual sua existência aparentemente insignificante tem um efeito colossal e impactará o destino do mundo.

Baywatch


Sinopse: Em Emerald Bay ninguém se destaca mais do que o lendário salva-vidas Mitch Buchannon (Dwayne "The Rock" Johnson). Como líder da equipe de Baywatch, Mitch tornou-se uma espécie de herói local. Mas o novo e insubordinado recruta do time, Matt Brody (Zac Efron), anda tirando a sua paciência. Apesar das desavenças, os dois se unem quando descobrem uma conspiração criminosa local que ameaça a enseada onde trabalham. Toda a equipe Baywatch é posta em teste quando uma nova e perigosa droga invade a costa de Emerald Bay.


Os Transgressores

Sinopse: Retrato de quatro figuras brasileiras: o educador Paulo Freire; o estilista e ativista dos direitos LGBTQ Carlos Tufvesson; Celso Athayde, criador da Central Única das Favelas; e Lucinha Araújo, criadora do Instituto Viva Cazuza, de apoio a portadores do HIV.

Kiki - Os Segredos do Desejo

Sinopse: Cinco histórias de amor e sexo se desenrolam ao longo de um quente verão em Madrid.

Sepultura Endurance

Sinopse: O documentário conta a história da banda com imagens de arquivo inéditas, acompanha a rotina dos integrantes do Sepultura em turnê, aborda os conflitos entre eles, o processo de criação das músicas e da gravação dos álbuns, cenas de shows e de bastidores além de diversas entrevistas com nomes como Lars Ulrich, da banda Metallica, David Ellefson, do Megadeth, Phil Campbell, do Motorhead, Scott Ian, do Anthrax, Corey Taylor, do Slipknot, Phil Anselmo, do Pantera/Down entre outros que ajudam a entender a relevância da banda brasileira no cenário musical mundial. 

Tudo e Todas as Coisas

Sinopse: E se você não pudesse tocar absolutamente em nada do mundo? E se não pudesse respirar ar fresco, sentir o sol quente em seu rosto… ou beijar seu vizinho? Tudo e Todas as Coisas narra a improvável história de amor de Maddy, uma garota de 18 anos, inteligente, curiosa e cheia de imaginação, vítima de uma doença raríssima que a impede de abandonar a proteção do ambiente hermeticamente fechado no qual vive dentro de sua casa, e Olly, o vizinho da casa ao lado que não está disposto a deixar que a condição de Maddy os afaste um do outro. Adaptação do livro de Nicola Yoon.


Um Tio Quase Perfeito

Sinopse: Tony (Majella) é um adorável trambiqueiro que vive de bicos e de pequenos golpes, sempre com apoio da mãe, Cecilia (Ana Lucia Torre). Quando são despejados do apartamento onde moram, ele procura a irmã, Angela (Letícia Isnard), que está com uma viagem marcada e desesperada porque a babá sumiu. Contra vontade, ela aceita que Tony e a mãe fiquem uns dias cuidando dos três filhos, que ele nem conhece. Assim começam as divertidas confusões tamanho família. 


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quarta-feira, 14 de junho de 2017

Cine Dica: Obra-prima do horror inglês no Projeto Raros

 PROJETO RAROS EXIBE CLÁSSICO DE JOSÉ RAMON LARRAZ NA CINEMATECA CAPITÓLIO PETROBRAS
 
Na sexta-feira, 16 de junho, às 20h, o Projeto Raros exibe na Cinemateca Capitólio Petrobras o filme  dirigido por José Ramon Larraz
Projeção em HD com legendas em português. Após a sessão, acontece debate com os pesquisadores Carlos Thomaz Albornoz e Paulo Blob. 

No filme, uma mulher vai para uma mansão no interior da Inglaterra a convite de sua amiga. O problema é que a mansão não é o que parece – e nem a amiga!
Indicado pela Inglaterra para o Festival de Cannes de 1973 e admirado pelo ator Jack Nicholson, então membro do júri, o filme do espanhol José Ramon Larraz andava fora de circulação desde 1983. Foi restaurado pela BBFC em 2016. Ao aproximar a tensão erótica e o terror, em sua época foi muito comparado a Repulsa ao Sexo de Roman Polanski.
José Ramon Larraz nasceu em Barcelona e iniciou a carreira como escritor de importantes revistas de quadrinhos como Pilote e Spirou. Começou a trajetória cinematográfica na Inglaterra, em 1970, com o filme Whirlpool. Em 1974, realizou o cultuado As Filhas de Drácula, um dos grandes filmes a apresentar personagens lésbicas dentro de histórias de vampiros. Candidato à Palma de Ouro no Festival de Cannes do mesmo ano, Symptoms é hoje reconhecido como sua obra-prima. Larraz morreu em 2013, aos 84 anos. 
“Filmes que você sempre quis ver ou nem imaginava que existiam”. O slogan do projeto Raros é a sua melhor definição. Iniciado em maio de 2003, o projeto foi concebido com a intenção de apresentar ao público local títulos nunca lançados no circuito exibidor brasileiro ou há muito tempo fora de circulação nos cinemas, procurando reproduzir o espírito das “midnight movies” realizadas em Nova York a partir do final dos anos 1960. Cada filme é apresentado uma única vez, nas noites de sexta-feira, e as sessões são comentadas. Imediatamente acolhido pelos cinéfilos porto-alegrenses, o Raros foi um sucesso instantâneo e logo inspiraria outras iniciativas similares, a mais conhecida delas sendo as Sessões do Comodoro, organizadas pelo saudoso diretor Carlos Reichenbach no Cinesesc de São Paulo. Em 2017, em função da reforma da Usina do Gasômetro, a Cinemateca Capitólio Petrobras passa a receber provisoriamente o projeto Raros.  
 
 

terça-feira, 13 de junho de 2017

Cine Especial: Micro Vídeos & Redes Sociais: Novas narrativas e linguagens: Parte 1


Nos dias 24 e 25 de Junho eu estarei participando do curso Micro Vídeos & Redes Sociais:Novas narrativas e linguagens, criado pelo Cine Um e ministrado pela Publicitária formada pela PUCRS Sheron Neves. Por aqui, antes da atividade, eu estarei postando uns vídeos caseiros, onde eu farei uma pequena analise das cenas de determinados filmes.  

Mais informações sobre o curso vocês encontram clicando aqui. 


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Cine Dica: O Estranho Que Nós Amamos, A Vida Após a Vida e A Mulher Que Se Foi

A Mulher que se foi de Lav Diaz

A partir de terça-feira, 13 de junho, a Cinemateca Capitólio Petrobras exibe o clássico O Estranho Que Nós Amamos, dirigido por Don Siegel e protagonizado por Clint Eastwood, obra-prima que acabou de ganhar uma refilmagem de Sofia Coppola. O valor do ingresso para o filme de Don Siegel é R$ 10,00, com meia entrada para estudantes e idosos.

Na quinta-feira, 15 de junho, entram em cartaz dois filmes inéditos em Porto Alegre – o chinês A VIDA APÓS A VIDA, dirigido por Zhang Hanyi e produzido pelo renomado Jia Zhang-ke; e o vencedor do Leão de Ouro do último Festival de Veneza, A MULHER QUE SE FOI, novo drama monumental do diretor filipino Lav Diaz. O valor do ingresso para as estreias é R$ 16,00, com meia entrada para estudantes e idosos.

SESSÕES ESPECIAIS

Na sexta-feira, 16 de junho, às 20h, o Projeto Raros exibe na Cinemateca Capitólio Petrobras o filmeSYMPTOMS (1974, 92'), dirigido por José Ramon Larraz. Projeção em HD com legendas em português. Após a sessão, acontece debate com os pesquisadores Carlos Thomaz Albornoz e Paulo Blob. Entrada franca.

Na quarta-feira, 14 de junho, às 20h, acontece o pré-lançamento do novo curta-metragem de Antonio Carlos TextorA LIGA DOS CANELAS PRETAS. Entrada franca.


FILMES EM EXIBIÇÃO

O Estranho Que Nós Amamos
(The Beguiled)
105 min., Estados Unidos, 1971
Direção: Don Siegel
Distribuição: MPLC

Clint Eastwood e Geraldine Page estrelam este tenso drama psicológico sobre amor e traição. Durante a Guerra Civil Americana, um soldado da União ferido é abrigado pela diretora e pelas estudantes de um colégio para garotas no Sul do país. Enquanto sua saúde melhora, seu desejo aumenta. Poderá ele confiar que estas mulheres não irão entregá-lo? Exibição em HD.

A Mulher Que Se Foi
(Ang Babaeng Humayo)
228 minutos, Filipinas, 2016
Direção: Lav Diaz
Distribuição: Zeta Filmes

Horacia passou os últimos 30 anos numa penitenciária feminina. Ex-professora de escola primária, ela leva uma vida tranquila ajudando suas companheiras a praticarem a leitura e a escrita. Quando outra detenta confessa ter cometido o crime original, Horacia é libertada e parte em busca de sua família então distante. Enquanto procura pelo filho desaparecido, Junior, Horacia descobre novamente sua terra natal – as Filipinas do final dos anos 1990 –, apenas para concluir que seus habitantes vivem aterrorizados pela corrupção e sequestros desenfreados. Sua personalidade generosa fica contaminada por sentimentos de vingança. A mulher que se foi recebeu o Leão de Ouro na Mostra de Cinema de Veneza, em 2016. Exibição em DCP.

A Vida Após a Vida
(Zhi fan ye mão)
80 min., China, 2016
Direção: Zhang Hanyi
Distribuição: Zeta Filmes

Poucos moradores ainda vivem na pequena província chinesa de Shanxi, muitos se mudaram ou morreram, muitas casas abandonadas desabaram e alguns fantasmas voltaram. O espírito de Xiuying vagou por mais de uma década e retornou à aldeia através do corpo do filho, Leilei. Ela quer mover a árvore que plantou no jardim da família do marido quando se casou. Através da visão do passado de Xiuying vemos o que restou no presente, as pessoas, a reencarnação. Zhang Hanyi, em seu primeiro filme, capta o espectro entre a vida e o esquecimento. Exibição em DCP.

Symptoms
93 min., Inglaterra, 1974
Direção: José Ramon Larraz

Uma mulher vai para uma mansão no interior da Inglaterra a convite de sua amiga. O problema é que a mansão não é o que parece – e nem a amiga!
Indicado pela Inglaterra para o Festival de Cannes de 1973 e admirado pelo ator Jack Nicholson, então membro do júri, o filme do espanhol José Ramon Larraz andava fora de circulação desde 1983. Foi restaurado pela BBFC em 2016. Ao aproximar a tensão erótica e o terror, em sua época foi muito comparado a Repulsa ao Sexo de Roman Polanski. Exibição em HD.


A Liga dos Canelas Pretas
26 min., Brasil, 2017
Direção: Antonio Carlos Textor

O filme é baseado em materiais de arquivo e depoimentos de pessoas que combatem o preconceito racial no Rio Grande do Sul. As narrativas abrangem fatos históricos do final do século XIX e início do século XX, sobre inserção do negro na prática do futebol que era esporte da elite branca. Com representações ficcionais, visa ilustrar como se deu o processo de ingresso do negro no futebol e em paralelo, na sociedade rio-grandense, considerando a resistência alimentada, na época, por uma postura racista, herança da sociedade escravocrata e também, pelo sucessivo e cruel, processo conhecido como “branqueamento”, pelo qual o Brasil passou após o final da escravidão. Exibição em HD.


GRADE DE HORÁRIOS
13 a 21 de junho de 2017

13 de junho (terça)
16h – O Estranho Que Nós Amamos
18h – O Estranho Que Nós Amamos
20h – Finos Filmes – Curtas Portugueses

14 de junho (quarta)
16h – O Estranho Que Nós Amamos
18h – O Estranho Que Nós Amamos
20h – Sessão de pré-lançamento de A Liga dos Canelas Pretas

15 de junho (quinta)
14h30 – A Vida Após a Vida
16h – A Mulher Que Se Foi
20h – Finos Filmes – Curtas Brasileiros

16 de junho (sexta)
14h30 – A Vida Após a Vida
16h – A Mulher Que Se Foi
20h – Projeto Raros (Symptoms, José Ramón Larraz)

17 de junho (sábado)
14h30 – A Vida Após a Vida
16h – A Mulher Que Se Foi
20h – Pré-estreia Mulher do Pai

18 de junho (domingo)
14h30 – A Vida Após a Vida
16h – A Mulher Que Se Foi
20h – O Estranho Que Nós Amamos

20 de junho (terça)
14h30 – A Vida Após a Vida
16h – A Mulher Que Se Foi
20h – Cineclube Academia das Musas – (Um Divã em Nova York, Chantal Akerman)

21 de junho (quarta)
14h30 – A Vida Após a Vida
16h – A Mulher Que Se Foi
20h – Fête de la musique - Aliança Francesa (informações em breve)

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: Animal Político / Guerra do Paraguay

Animal Político

Sinopse: Uma vaca tem vida confortável desde a infância. Seus pais sempre lhe deram tudo o que queria. Seu dia a dia é dedicado a andar pelas ruas, visitar museu e fazer compras no shopping. Mas chega um dia em que a vaca começa a ter uma crise existencial.

Com um país cada vez mais alienado em diversos assuntos como no caso da política, da qual muitas pessoas preferem fugir dela, é interessante observar que cada vez mais surgem pequenos filmes brasileiros que tentam dialogar com o público e criando uma parábola sobre diversos assuntos a serem discutidos. O resultado são filmes que desafiam atenção do público, mas ao mesmo tempo, criando uma experiência da qual vai contra as nossas expectativas e poucas vezes vistas no cinema convencional.  Animal Político é o mais novo filme dessa pequena onda e que dá o que falar por onde passa.
Ao criar a inusitada cruzada de uma vaca pelo mundo mundano dos homens, o cineasta Tião cria a história da busca de identidade do ser em meio a correria e o consumismo da civilização. Isso levanta questões que vão desde ao vazio do dia a dia, como também a  busca pelo seu "eu" verdadeiro em meio ao contato da natureza não tocada pelo homem. Por outro lado, há um desdobramento, mostrando as consequências até mesmo quando se decide encontrar respostas através de nossas raizes e levantando então mais perguntas do que respostas.
Levando-se isso em conta, há também uma inserção de uma sub-trama (intitulada A pequena caucasiana) , onde vemos uma jovem rica (Elisa Heidrich) aderir a uma vida de isolamento em uma ilha e conviver com o pouco que têm. Porém, embora tendo contato com o seus primórdios, a personagem demonstra um comportamento do qual se assemelha aos seus dias na civilição, mesmo em situações onde demonstra um lado mais selvagem pela sobrevivência. Uma pequena trama que funcionária num curta metragem, mas que se casa com o restante do filme como um  todo em sua proposta.
Com belas referências ao clássico 2001: Um Odisséia no Espaço, Animal Político é uma prova de que com poucos recursos se faz sim um filme do qual se cria uma pequena experiência sensorial para os olhos do público.   


Guerra do Paraguay

Sinopse:Nessa metáfora poética sobre uma guerra sangrenta, um fato inesperado se torna real: um encontro do passado com o presente, da barbárie com a arte. Um soldado vindo da Guerra do Paraguay se encontra uma trupe de teatro dos dias de hoje.

Não é de hoje que o cinema e o teatro meio que se entrecruzam e nascendo então tramas que, mesmo com poucos recursos, geram um belo espetáculo.Dogville de Lars Von Trier, por exemplo, não possuia cenários, mas somente a imaginação, tanto do público, como também dos interpretes que se encontravam em cena. Com isso, chegamos ao Guerra do Paraguay, do qual  possui um único cenário, mas o debate sobre a guerra e suas consequências é o suficiente para obter a nossa total atenção.
De Luiz Rosemberg Filho (Dois Casamentos), o filme se passa num tempo não definido, do qual uma trupe de teatro formado por mulheres que vivem livres pelo mundo,  dão de encontro com um soldado do passado e  vindo da guerra entre o Brasil e o Paraguai. Uma vez acontecendo esse encontro se nasce então um debate acalorado do papel do soldado a serviço do estado e das consequências das quais até mesmo ele  desconhece. Da poesia, para o horror da violência, o filme é muito mais do que se pode imaginar.
Começando com uma tomada que remete ao grande clássico O Sétimo Selo, o filme possui inúmeros planos sequêcias, dos quais os interpretes falam em várias tomadas ineterruptas, como se estivessem num grande palco e falando na frente do público. Por um momento, por exemplo, a personagem vivida por Patricia Niedermeier nos encara, nos dando a entender para que nós prestemos atenção a ela, já que ela  contracena com um soldado (Alexandre Dacosta) que não consegue capitar a mensagem de paz  da  qual ela quer passar. Engolido pela propaganda patriótica, o soldado nada mais é do que o homem movido pelo desejo da posse, pelo poder, enquanto a interprete andarilha é feliz com o que tem, mesmo com os poucos recursos que a vida tem a lhe oferecer.
Embora com ecos sobre o passado, o filme dialoga com o nosso presente, principalmente em tempos em que o Brasil vive numa crise política movida pela corrupção e por classes que se dizem dominantes de nossa terra. O soldado da trama, por exemplo, seria uma espécie de  imagem palída do brasileiro atual, do qual se diz cidadão do bem, a serviço de um país melhor, mas que no final das contas não é melhor do que um ladrão que rouba somente para comer. O ápice do filme se encontra em seu derradeiro final, onde as máscaras  e as encenações já não fazem nenhum sentido e dando lugar ao cenário de terror vindo da   guerra.
Com referência a um terrível caso verídico, do  qual remete ao filme Guerra Sem Cortes de Brian de Palma, Guerra do Paraguay é simples, direto em sua proposta e do qual nos deixa impotentes perante uma realidade nua e crua. 



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