Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
Me acompanhem no meu:
Twitter: @cinemaanosluz
Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
Sinopse:Rachel (Emily
Blunt) leva uma vida solitária e gosta de criar histórias para pessoas que vê
diariamente no trem. Certo dia, Rachel rotula um casal com a vida perfeita e
acaba testemunhando um crime envolvendo essas pessoas e passa a correr perigo
por causa disso.
Amnésia (2016)
Sinopse:Nos anos
1990, Jo sai de Berlim e vai para Ibiza com o sonho de se tornar um DJ de
sucesso. Sua sorte pode começar a mudar com a chance de tocar na badalada boate
Amnesia. Enquanto isso, ele faz amizade com a vizinha, uma mulher de meia-idade
que por muitos anos preferiu manter o passado esquecido.
Fora do Rumo
Sinopse: Um detetive
de Hong Kong (Jackie Chan) precisa proteger um vigarista americano (Johnny
Knoxville) que se meteu numa grande encrenca. O cara acabou testemunhando um
crime e agora está na mira da máfia chinesa.
Lolo: O Filho da
Minha Namorada
Sinopse: A quarentona
Violet (Julie Delpy) está solteira há um bom tempo até que conhece o
atrapalhado Jean-René (Danny Boon). Os dois começam a namorar e se depender do
filho adolescente dela, Lolo (Vincent Lacoste), esse relacionamento tem prazo
de validade, transformando a vida do namorado da mãe num inferno.
Trolls
Sinopse: Poppy
(dublada em inglês por Anna Kendrick) é a líder dos Trolls e é conhecida por
ser insanamente feliz. Todos do vilarejo onde vivem estão com medo com a
chegada do gigante faminto Berguen, que sequestra vários Trolls. Agora, Poppy
tem de unir forças com o irritadinho Branch (dublado em inglês por Justin
Timberlake) para conseguir salvar seus amigos.
Sinopse: Nos anos 60,
uma viúva é capaz de se comunicar com espíritos por meio do tabuleiro de Ouija.
Ela faz isso para tirar dinheiro de pessoas céticas. Certa noite, a mulher usa
o tabuleiro e acaba convocando, sem querer, uma entidade maligna que possui o
corpo de sua filha caçula.
Com um
orçamento de apenas R$ 5 milhões de dólares, Ouija - O Jogo dos Espíritos acabou
arrecadando mais de R$ 100 milhões e se tornando um dos filmes mais bem sucedidos
de 2014. Porém, as péssimas críticas da época foram tantas, que me fizeram não
ir para assistir a obra. Contudo, não cometi esse mesmo erro com Ouija - Origem do Mal,
do qual conseguiu a proeza de me assustar e me surpreender, mesmo usando velhas
fórmulas tão manjadas dentro do gênero.
Dirigido
por Mike
Flanagan (O Sono da Morte) acompanhamos o dia a dia de uma mãe e de suas duas
filhas, que vivem ganhando a vida usando métodos para enganar pessoas através
da clara vidência. Certo dia, a mãe decide comprar um tabuleiro de Quija, para então melhorar
o atendimento durante as sessões. Mal sabe ela que isso desencadeará sérias consequências
para o futuro próximo.
Claro que, quando
surge o tabuleiro em cena, todo mundo já imagina o que irá acontecer em seguida. Mas uma coisa é a gente já conhecer as regras desse tipo de filme, outra é
saber como elas serão idealizadas ao longo da projeção. Pelo visto Flanagan pensou
duas vezes em não cair numa vala comum, pois é curioso observar como ele consegue nos convencer a prestarmos atenção no que irá acontecer em seguida.
Todas as fórmulas dos
filmes de terror atuais estão lá: sustos inesperados, vulto nas sombras, portas
com rangidas e família desesperada perante o inexplicável. A carta surpresa do
cineasta é então usar essas fórmulas e inserir situações das quais nos engane
facilmente, pois se achamos que uma determinada situação tem uma explicação da
qual já conhecemos, pode ter certeza que é muito pelo contrário do que nós
imaginamos.
Além disso, os efeitos
que, embora simples, nos impressionam, principalmente quando eles surgem fora
do foco e criando uma sensação de desconforto. Fora isso, é preciso dar palmas
pela boa reconstituição da época, já que a moda e a cultura dos anos 60 estão
presentes a todo o momento durante a projeção. Se nos filmes de Invocação do
Mal isso deu muito certo, aqui não seria diferente, desde que fosse realmente
bem feito.
Mas independente da mão
segura do cineasta, ou da parte técnica sob medida, nada disso funcionaria se o
pequeno elenco não funcionasse na tela, ao começar pela pequena atriz Lulu
Wilson. Interpretando a pequena Doris,Lulu surpreende ao apresentar a sua
personagem como um ser dócil, mas que aos poucos vai demonstrando um
comportamento dúbio, logo que começa os estranhos eventos dentro da casa. A jovem
atriz com certeza possui aquele ar angelical, mas que não esconde uma aura perversa
e que facilmente ela usa no decorrer do filme quando as forças do mal dominam o
cenário como um todo.
Perante a isso, os
interpretes Elizabeth Reaser,,Annalise Basso e Henry Thomas pouco podem fazer
para incrementar algo de diferente nos seus respectivos personagens, a não ser
se tornarem peças de um xadrez, cujo o cheque mate logo irá os alcançar. Aliás,
é preciso dar crédito para o terceiro ato e final da trama, pois além de ser amedrontador,
ele nos proporciona momentos bem fora do convencional, principalmente para
aqueles que buscam algo mastigado, mas nenhum pouco desafiador. Com isso, diferente
do bom, mas previsível Quando as Luzes se apagam, aqui testemunhamos algo
poucas vezes visto no cinema atual de horror e fazendo da obra muito mais
corajosa e atraente do que o normal.
Ouija - Origem do Mal,
pode até nos apresentar elementos já vistos tantas vezes em outros filmes, mas
é graças aos seus desdobramentos assustadoramente bem orquestrados dentro da
trama que fazem então toda a diferença.
Cris Lopes divulga filme sobre suicidio e excesso de consumo e fala
de valorização da vida
A atriz de cinema Cris Lopes está divulgando o filme que atuou
sobre suicidio, AGS - Agence Générale du S... com direção de Rodney Borges,
que tem obtido sucesso nos festivais de cinema no Brasil e
em breve estréia no circuito internacional. A personagem de Cris, é uma madame
francesa extremamente consumista que procura a agência AGS para encomendar sua
morte fazendo exigências como requinte e conforto, aparenta
ter dupla personalidade e descreve um de seus problemas como não
ter ido a Paris este ano por causa da crise econômica. Cheia de
dúvidas sobre morrer e com muito bom gosto até para seu último
momento, Madame Christie (atriz Cris Lopes) muito preocupada com a beleza,
ela se interessa por serviços da curiosa agência como por exemplo, uma sessão de
selfies para o dia de seu suposto "evento" apresentados pelo
atendente, o personagem Monsieur (ator Euler Santi) através de um catálogo
de produtos que o cliente escolhe como quer morrer.
O filme AGS traz várias críticas, satirizando o excesso de consumo com
muito humor negro e ironia, mostrando que os prazeres da vida são tão
agradáveis e confortantes do que qualquer depressão ou
desejo de planejar a própria morte.
AGS é uma produção de R30 Filmes e Alterea Filmes, com roteiro baseado na
obra francesa "AGS" do francês Jacques Rigaut adaptado por Euler Santi.
Nos dias 12 e 13 de
novembro eu irei participarei do curso Abbas Kiarostami: A invenção do real,
criado pelo Cine Um ministrado pela jornalista Ivonete Pinto. Enquanto os dias
da atividade não chegam, por aqui eu irei relembrar um pouco de cada um dos
seus filmes, dos quais ele transmitia o seu lado mais criativo. Algo que infelizmente se encontra cada vez
mais raro no cinema atual.
O Relatório (1977)
Sinopse: Um
funcionário público do Ministério das Finanças é acusado de corrupção; ao mesmo
tempo, seu casamento está em crise. Após uma violenta discussão com a esposa,
ela tenta o suicídio.
O negativo original
de O Relatório foi aparentemente destruído durante a revolução, ou golpe, iraniana.
A única cópia sobrevivente é uma master de vídeo feita a partir da cópia do
lançamento na Inglaterra. Exibido na sessão Raros da sala PF Gastal de Porto
Alegre deste ano, o público teve o privilegio de assistir um Irã não muito
diferente do que se via com relação aos costumes do ocidente, mas já dando indícios
de que algo de diferente iria mudar no país como um todo.
Neste que é uma de suas primeiras obras, Kiarostami
já demonstra dotes de um grande cineasta que viria a ser reconhecido anos mais
tarde pelo mundo.
Onde Fica a Casa do Meu
Amigo? (1987)
Sinopse: Menino de
oito anos precisa devolver bloco de anotações que pegou por engano de um amigo
ameaçado de ser expulso da escola.
O diretor Kiarostami,
já nos créditos iniciais, prepara o caminho para um ensaio visual de ritmo
lento sobre o cotidiano de uma pequena aldeia no interior do Irã. Através do
pequeno herói protagonista da trama, podemos passar de porta em porta, onde
vemos ele pedindo às pessoas que o ajudem. Em cada parada Ahmad vai construindo
sua jornada e adquirindo informações. Nós que assistimos, ficamos apreensivos
pela possível punição que ele sofrerá quando retornar para casa. Não só isso,
mas tememos também que algo de muito pior aconteça. Em pouco tempo, nos
encontramos nervosos, sem nunca sabermos o que iremos encontrar no próximo
beco. É nessa idas e vindas que testemunhamos um cotidiano pacato de pessoas
simples e de como estas sobrevivem ao longo do seu dia a dia.
Close-up (1990)
Sinopse: Jovem
cinéfilo apaixonado pelo trabalho do diretor iraniano Mohsen Makhmalbaf acaba
preso ao se fazer passar pelo famoso diretor e vai a julgamento, acusado por
uma família rica de falsidade ideológica, roubo e extorsão.
Abbas Kiarostamis
sempre preferiu trabalhar com amadores e fora dos estúdios. O som direto, a
falta de música e os silêncios prolongados compõem o espaço sonoro do cinema
deste realizador. Detrás do silêncio, existe uma atitude reflexiva vinda dele.
O cinema de Kiarostami se concentrava na economia das palavras e oferece-se uma
alternativa viável ao excessivo cinema dito de mainstream. Close Up de 1990, é
um documentário com atores reais de uma historia também real, em que um homem
se faz passar por um realizador Iraniano famoso.
O filme tem imagens
reais como foi no tribunal ou quando o personagem principal estava na prisão, às
restantes imagens são fictícias, embora sempre com as personagens reais.
E a Vida Continua
(1991)
Sinopse:Após a
tragédia do terremoto de Guilan, na busca de pessoas que trabalharam com ele
anos atrás, um diretor de cinema e seu filho encontram a fé e a esperança em
pessoas que perderam tudo após o acontecimento.
Embora muitos
considerem esse filme como parte de uma trilogia que o cineasta criou (ao lado
de Onde fica a Casa do meu Amigo? e Através das Oliveiras) é uma obra que pode
ser vista também independente de ter ou não visto os filmes anteriores. A busca
dos dois protagonistas da trama por pequenos atores é feito com um velho
automóvel percorrendo a árida paisagem devastada pelo terremoto no Irã. Tudo
apontará para o trágico. Mas não trilha por esse caminho, certamente mais
fácil, Kiarostami. Ele prefere a vida. A reconstrução dos seus moradores a
partir dos escombros, com o barulho intermitente de caminhões, britadeiras,
marretadas, todos os sons e imagens se dirigem para os elementos vitais, como
se a vida fluísse involuntariamente aos sentimentos que poderíamos impingir
pelas milhares de mortes que sabemos presentes.
Através das Oliveiras
(1994)
Sinopse: Uma cidade
no norte do Irã, arrasada por um terremoto, serve de locação para um filme. O
diretor contrata atores locais, sem saber que os intérpretes dos protagonistas
foram impedidos de se casarem, na vida real, pela família da moça. Durante as
filmagens, ele tenta conquistar a amada.
A lente de Kiarostami nos
mostra uma história de amor que surge gradualmente entre um casal de atores. Há
um forte caráter metalingüístico e há também um apurado e pessoal olhar do
diretor para as pessoas simples que são recrutadas para trabalhar no filme.
Através das Oliveiras é uma obra que passa uma grande sensibilidade e beleza. E
que não perde o seu principal foco que é apresentar o lado mais humano de cada
um dos personagens.
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