Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
Me acompanhem no meu:
Twitter: @cinemaanosluz
Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
A atriz brasileira Cris Lopes - Tv e Cine (Brasil e Europa): a atriz atua nos idiomas: inglês e espanhol, além do português:
Cris
Lopes iniciou a carreira de atriz aos 07 anos de idade no SBT/TVS em
1982 com participação como palhacinho no Domingo no Parque de Silvio
Santos. Em 2002 realizou matérias especiais para Sonia Abrão no Programa
Falando Francamente no SBT entrevistando nomes como Zezé Di Camargo e
Luciano, Ratinho, KLB e globais. Nessa mesma época, também atuou na
Praça é Nossa com Andrea de Nobrega como as estudantes e como Garota do
Zé Bonitinho. Estrelou a personagem Xuxu na Rede Tv em 150 capitulos no
Seriado Vila Maluca, dirigido pelo diretor internacional de novelas
Claudio Callao, de 2005 a 2006. Atriz internacional e apresentadora, já
gravou na Inglaterra interpretando em inglês, França e atuou como
apresentadora de campanha publicitária na Europa veiculada no
Brasil. No Brasil desde 2015 e 2016, a atriz Cris Lopes já atuou na
Rede Record e em mais 08 filmes concorrendo em festivais de cinema
internacionais e nacionais, a atriz Cris Lopes recebeu Menção Honrosa
Categoria Melhor Atriz em 2015 no Instituto Moreira Salles no Festcine
Poços de Caldas. 03 deste filmes abordam temas sociais importantes como Ditadura (selecionados em 3 festivais internacionais: 2 Itália e 1 Uruguaio), Violencia contra a Mulherexibido na Mostra Direitos Humanos Festival Cinema em Caruaru e Seleção Oficial no Cinefest Votorantim, Racismo rodado
no Rio de Janeiro com estreia esse ano. No filme longa
metragem canadense rodado em maio deste ano, a atriz atua em inglês, com
estreia em 2017 no Canada e Estados Unidos:
Filme canadense com atriz brasileira Cris
Lopes no elenco e direção de Luciano Giordana é rodado em 3 países: Brasil, Estados Unidos e Canadá
A atriz Cris Lopes está no
elenco do longa metragem canadense FREER, com roteiro e
direção de Luciano Giordana. Cris
Lopes atua no idioma inglês, contracenando em suas cenas com os protagonistas:
a atriz Jucy Azevedo e o ator e diretor canadense Luciano
Giordana. O filme conta a história de um casal que passa por diversas
dificuldades financeiras e no relacionamento, quando o
protagonista recebe um cartão
corporativo praticamente sem limite e que pode mudar sua
vida. Algumas
cenas do filme foram gravadas na cidade de Lorena no interior de São Paulo,
e as locações utilizadas no filme foram: Fatea,Química
Futura, condomínio residencial da Gunnai Engenharia, Restaurante Espelho
D'agua.
O restante
das cenas do filme foram rodadas nos 2 países: Canadá e Estados Unidos,
onde o lançamento está previsto para janeiro de
2017.
Confira
algumas fotos do making of do filme durante as filmagens com a
atriz Cris Lopes e o Diretor Luciano Giordana.
Aconteceu ontem na
Usina do Gasômetro a 3ª edição do Festival Dialogo do Cinema.Mais do que um bom
festival para apreciar filmes diversos e autorais, o evento serve para fortalecer mais uma
vez a sala, que até recentemente existia o risco de fechamento de suas atividades.
Em breve, a adorada sessão Plataforma, onde são exibidos filmes que acabam
não sendo exibidos no circuito tradicional, irá retornar em breve agora em
julho.
Confiram abaixo o que
eu achei dos primeiros filmes exibidos ontem:
Banco Imobiliário
Sinopse: Brian anda
pelo bairro onde cresceu, à procura de novas áreas para uma incorporação
imobiliária, enquanto Romeo desenha uma estratégia de marketing. Já Carla,
planeja os seus novos investimentos. O documentário se propõe a estudar o
fenômeno da especulação imobiliária na capital de São Paulo e descobrir os
efeitos e causa deste processo.
Dirigido por Miguel
Antunes Ramos, o documentário me fez lembrar um pouco filmes estrangeiros
recentes como Demon e Leviatã, onde o passado rico de história dá lugar ao
progresso acelerado, mas não escondendo uma ambição cega por trás disso. O
filme destrincha o que realmente acontece atrás das cortinas, onde vemos empresários
gananciosos fazendo de tudo para vender o seu peixe. O resultado disso é cada
vez maior o número de arranha céus rasgando os céus, em meio a bairros que
tentam manter as raízes do seu passado, mas cada vez mais engolidos pelos
gigantes de concreto. Embora triste a situação,
o filme propõe passar uma crítica, mas com algumas doses de humor a cavalar, já
que não tem como não deixar de rir de determinadas situações, onde os vendedores
e empresários criam propagandas e persuadindo de todas as formas para vender para
pessoas que buscam por um imóvel. O ápice dessa situação é quando vemos um vendedor
vender um “apartamento compacto” que, segundo ele, o modelo veio do Japão e que
é o maior sucesso por lá.
Mesmo com esse humor,
o final da obra deixa um ar de pessimismo com relação ao futuro das artimanhas
do universo imobiliário, já que vender gato por lebre para as pessoas e enterrar
cada vez mais a história desses bairros por algo novo seria realmente algo
justo? Cada um que assiste irá tirar as suas próprias conclusões após a sessão!
O Castelo
Sinopse: Devidamente
fortificado, um castelo de luxo à beira do rio Pinheiros.
O curta possui uma abordagem
similar com relação ao longa Banco Imobiliário, mas somente explorando o
esqueleto por dentro desses arranha céus que se tem atualmente. Em poucos
minutos, testemunhamos não um mero prédio, mas sim um quase um castelo tecnológico
e a serviço dos poderosos. A câmera sobe e desse nos corredores e escadas e
dando uma dimensão muito clara de como são os reais donos daquele lugar.
Leia mais sobre o evento e
programação completa clicandoaqui.
O ciclo Panorama do Cinema
Contemporâneo, que apresentou importantes filmes de diversas
nacionalidades desde de março, chega ao fim no dia 26 de junho, com a exibição
ao longo da semana de Minha Felicidade,
de Sergei Loznitsa, O Grande Mestre, de Wong Kar-wai, O Abismo Prateado, de Karim
Aïnouz, e Outubro, de Diego e Daniel
Vega Vidal.
A Cinemateca
Capitólio é um equipamento da Secretaria
da Cultura de
Porto Alegre. O projeto de restauração e de ocupação da Cinemateca Capitólio foi
patrocinado pela Petrobras, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDESe Ministério da Cultura. O projeto também
contou com recursos daPrefeitura de Porto Alegre, proprietária do prédio, e realização daFundação CinemaRS – FUNDACINE.
FILMES
O Abismo Prateado
(Brasil, 2013, 82 minutos)
Direção: Karim Aïnouz
Violeta (Alessandra Negrini) é uma dentista casada e com um filho,
que tem um dia normal de trabalho. Ao ouvir uma mensagem deixada na secretária
do celular ela entra em desespero. A mensagem foi gravada por seu marido,
Djalma (Otto Jr.), que disse que estava deixando-a e partindo para Porto
Alegre. Ele pede para que Violeta não o siga, mas ela não segue o conselho e
tenta viajar, o quanto antes, para a capital do Rio Grande do Sul.
O Grande Mestre
(Yut doi jung si, Hong Kong, China, França, 2013, 123 minutos)
Direção: Wong Kar-wai
Este drama de ação mostra a história de um dos maiores mestres em artes
marciais da história, Ip Man (Tony Leung), o homem que treinou Bruce Lee. O
lema desta trama é "Nas artes marciais não existe certo ou errado, apenas
o último homem de pé".
Um jovem caminhoneiro se perde no campo russo. Ele acaba
conhecendo um senhor infeliz, prostituta menor de idade, um estranho cigano e
policiais corruptos. Quanto mais ele tenta encontrar seu caminho de volta à civilização,
mais descobre que a força e instintos de sobrevivência substituíram qualquer
forma de humanidade.
Outubro
(Octubre, Peru, Espanha, Venezuela, 2010, 88 minutos)
Direção: Diego Vega Vidal e Daniel Vega Vidal
Clemente é um penhorista pouco comunicativo e a nova esperança
amorosa de Sofia, vizinha solteira, devota em Outubro ao culto do Senhor dos
Milagres. A relação deles começa quando Clemente descobre uma menina
recém-nascida, fruto da sua relação com uma prostituta que desapareceu. Enquanto
Clemente procura a mãe da pequenina, Sofia ocupa-se dela e de fazer a limpeza na casa do
penhorista. Com a chegada destes dois seres na sua vida, Clemente terá ocasião
de repensar às suas relações com os outros.
Nos dias 25 e 26 de
Junho eu estarei me encaminhando para minha 58ª participação nos cursos do Cine
Um. Na próxima aula o tema será Nouvelle Vague do Cinema Coreanoque será ministrado pelo Doutor em Ciências
da Comunicação Josmar Reyes. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui
eu estarei postando sobre os filmes que eu assisti desse cinema inovador e
corajoso que estourou no início do século 21.
O HOSPEDEIRO
Sinopse: Na beira do
rio Han moram Hie-bong (Byeon Hie-bong) e sua família, donos de uma barraca de
comida no parque. Seu filho mais velho, Kang-du (Song Kang-ho), tem 40 anos,
mas é um tanto imaturo. A filha do meio é arqueira do time olímpico coreano e o
filho mais novo está desempregado. Todos cuidam da menina Hyun-seo (Ko
Ah-sung), filha de Kang-du, cuja mãe saiu de casa há muito tempo. Um dia surge
um monstro no rio, causando terror nas margens e levando com ele a neta de
Hie-bong. É quando, em busca da menina, os membros da família decidem enfrentar
o monstro.
Um novo cinema foi
descoberto no início do século 21, sendo mais precisamente o cinema Coreano.
Isso foi graças ao sucesso da trilogia da vingança comandada por Chan-wook Park,
cujo seu filme mais conhecido acabou sendo OldBoy. Premiado em Cannes e tendo
tido reconhecimento mundial, o cinema Coreano foi cada vez mais observado e com
isso as distribuidoras internacionais não pensaram duas vezes em distribuir
esse genial filme de terror. O diretor Bong Joon-ho aqui, dá verdadeira aula de
como se faz um verdadeiro filme de monstros, ao começar pela primeira aparição
do bicho, que vai de genial, realista e completamente imprevisível. Com toques
de humor negro, o filme também aproveita para alfinetar o governo norte
americano, que mesmo sem querer, é responsável pela criação da criatura. Ao
mesmo tempo a trama aproveita para explorar o tema da segunda chance com os
protagonistas, cujos seus destinos são imprevisíveis aos olhos do cinéfilo. Não
me admiraria se Hollywood quisesse fazer uma bendita refilmagem devida suas
faltas de idéias no gênero.
Mother - A Busca pela
Verdade
Sinopse: Uma mãe
tenta desesperadamente encontrar o homem que incrimou o filho pelo assassinato
que cometeu.
O diretor Coreano Bong Joon-ho deu boas aulas
aos cineastas japoneses de como se faz um filme de monstros com o seu O
HOSPEDEIRO e pelo visto não pretende ficar preso há um único gênero, mas sim
tentar fazer diversos. Porém,se tem
algo em comum nos seus filmes até agora, é suspense com toques de humor negro.
Em Mother- A Busca pela verdade o diretor cria uma bela historia de filme
policial em que nem tudo é o que parece, ao mostrar uma mãe obstinada a todo o
custo a livrar o filho da cadeia por um crime que ela acredita friamente que
ele não cometeu.
Mas o que leva a
protagonista a ir tão longe? Seria por amor ao filho? Culpa por algo do
passado? Ou simplesmente não encarar certos fatos? Esses e outros assuntos são
explorados de forma exemplar pelo diretor com um roteiro criativo e o uso da
medida certa com a sua câmera em momentos de suspense (a cena que a
protagonista se esconde num quarto de uma casa é ótimo) e momentos de diálogos
fortes como, por exemplo, entre a mãe e o filho na prisão.
Kim Hye da um show de
interpretação ao fazer a protagonista mãe insistente e investigativa, onde
acaba guardando certas camadas de culpa dentro de si, mas Won Bin não fica
atrás ao interpretar um adulto com problemas mentais e passar para nós as
incertezas sobre suas ações.
POESIA
Sinopse: Mija tem
mais de 60 anos e vive com o neto adolescente numa pequena cidade do interior.
Ela trabalha acompanhando um senhor deficiente e gosta de se vestir com roupas
elegantes e coloridos chapéus. Sua atração por coisas simples e belas a leva a
se inscrever em um curso de poesia onde se torna uma estudante aplicada. Sua
sensibilidade parece estar afiada como nunca e sua visão do mundo não poderia
ser mais positiva. Mas quando o neto se envolve no suicídio de uma colega a
leveza com que Mija encara a vida entra seriamente em crise. Melhor Roteiro no
Festival de Cannes 2010.
Em um mundo onde o espaço para a comunicação,
mais precisamente para o dialogo uns com os outros, esta cada vez em menor
grau, uma personagem tenta buscar comunicação através do mundo ao seu redor,
através das coisas que passam no decorrer da sua vida e ao longo do percurso
tenta acima de tudo não se esquecer de si própria. Assim é Poesia, do diretor
coreano. Chang Dong Lee que cria aqui a saga de Mija (Yoon Hee-jeong ótima) que
a partir do ponto que sabe que tem omal
de alzheimer, busca um modo de frear a doença através da poesia, mas ao mesmo
tempo que sofre por não conseguir encontrar uma inspiração para escrever um
texto, enfrenta um grave problema vindo do seu neto. Esse, aliás, possui
outem alguma dificuldade em saber ter
afinidade com a sua própria avó.
Colocamo-nos ao lado
de Mia em seu trajeto e nos simpatizamos com ela perante um mundo hostil, que
por muitas vezes ignora ela, seja pelo fato dela estar velha, seja pelo fato de
ela ter um problema grave, isso é o que menos importa. É as pessoas que se
esqueceram ou deixaram de ver o que tem de bom no mundo. Já a protagonista,
mesmo com os problemas, esta viva e tenta achar algum significado no mundo em
que vive, nem que para isso se arrisque em determinados momentos.
Chang Dong Lee cria
aqui então o retrato do humano atual, de que ele está morto, ou cego ou sem
tato para sentir o lugar ou a pessoa próxima, ou então simplesmente foi o
sistema que fizeram nos tornarmos frios com relação a tudo ou a nos mesmo. Um
bom exemplo disso é a reunião de pais que junto com Mia tentam de uma forma
política e ao mesmo tempo fria sobre o assunto, tentar achar um modo de livrar
seus filhos de um crime que eles cometeram e a única pessoa que demonstra uma
reação desconcertada com relação à situação e a própria protagonista que por
muitas vezes parece ignorar ou esquecer-se da situação que presenciou ou que
terá que encarar.
Com o prêmio de
melhor roteiro recebido no festival de Cannes, Poesia é uma produção simples,
mas cheia de conteúdo que nos faz fazer uma breve reflexão de nós mesmos se
estamos ou não cada vez mais nos desligando do mundo. Pelo menos esse filme é
um pequeno belo exemplo para se fazer acordar.
O CAÇADOR
Sinopse: Joong-ho Eom
(Kim Yun-seok) é um detetive que se tornou cafetão por problemas financeiros,
mas está de volta a ação, quando percebe que suas meninas desaparecem uma após
a outra. Uma pista o faz perceber que todas elas estavam com o mesmo cliente,
identificado pelos últimos dígitos do celular. Então, o ex-detetive embarca
numa caçada feroz ao homem, convencido de que ele ainda possa salvar Kim Mi-jin
(Seo Yeong-hie), a última menina desaparecida e acabar com este mistério.
A primeira vista parece um
típico filme policial, mas nos não estamos falando de um previsível filme
americano e sim de um filme Coreano que de uns tempos para cá, esse mercado tem
surpreendido pelas suas qualidades em sempre impressionar com tramas imprevisíveis
desde Old Boy. Em sua estreia como diretor, Na Hong-jin impressiona na direção
com inúmeros momentos com movimentos e truques de câmera impressionantes. Isso
sem falar numa trama que diferente dos filmes policiais americanos, possui uma
imprevisibilidade impressionante com relação ao destino dos personagens.
Fugindo do clichê e impressionando o publico, o mercado cinematográfico Coreano
vai longe.