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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 11 de abril de 2016

NOTA: P. F. Gastal Resiste



Todos em defesa da melhor sala alternativa de cinema da capital gaúcha.
Fonte: P.F. GastalResiste 


Na iminência do fechamento da Sala de Cinema P. F. Gastal, vimos, por meio desta carta, manifestar insatisfação e defender, assim, sua manutenção e preservação como patrimônio cultural e imensurável, reivindicando que sejam tomadas todas as medidas necessárias para que a mesma dê continuidade ao seu funcionamento regular após o encerramento da mostra "Nuevos Cines: Mostra de Cinema Contemporâneo Argentino", que faz parte das sessões comemorativas da semana de aniversário de Porto Alegre. Ressaltamos, também, a urgência da continuidade imediata de sua programação já a partir do dia 12 de abril, sem pausas, interrupções ou fechamentos temporários, tendo em vista que uma programação regular é essencial para a manutenção do público.
Inaugurada em 25 de maio de 1999, a Sala P. F. Gastal é o primeiro cinema da Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre. Desde então, exibe grande parte da produção cinematográfica contemporânea, além de produzir mostras históricas e exibições de filmes raros. Há 15 anos a sala também abre espaço para o cinema gaúcho, por meio da realização de sessões especiais, programas de curtas-metragens e importantes festivais, tornando-se, desta forma, eixo vital na distribuição e na difusão de obras produzidas dentro e fora do estado. A continuidade das atividades da Sala P. F. Gastal, portanto, é essencial para o reconhecimento da cultura local e para a descoberta de novas cinematografias, muitas vezes desconhecidas e de difícil acesso, por não percorrerem o circuito comercial. Historicamente, a Sala P. F. Gastal perpetua o encontro de profissionais, estudantes e cinéfilos da nossa cidade, propiciando um ambiente de intensa pesquisa e debate. Além disso, o valor popular do ingresso garante o acesso de todo cidadão porto-alegrense ao cinema. Desse modo, garantir o pleno funcionamento da Sala e dos demais equipamentos culturais caros à cidade é não só preservar a identidade cultural local, mas permitir o acesso à diversidade de produção presente nos maiores centros culturais do país.
Consideramos que o mérito e relevância da Sala P. F. Gastal e dos demais espaços culturais geridos pelo Município - como a Cinemateca Capitólio e o Teatro Renascença, entre outros - devem ser considerados, e a sala deve ser tratada com a atenção que merece, devido à sua importância educativa, cultural e afetiva para a cidade. Entendemos que é responsabilidade do Poder Público Municipal o mantenimento destes espaços, bem como a garantia da qualidade de infraestrutura e programação.


sexta-feira, 8 de abril de 2016

Cine Especial: Arte de Contar Historias - Filmes: FINAL

Neste final de semana, e no próximo, eu estarei participando do curso Arte de Contar de Contar Histórias, criado pelo Cine Um e ministrado por Alexandre Derlam e Bebeto Alves. Interessados em participar da atividade se inscrevem aqui. Abaixo, vejam os títulos que irão fazer parte da atividade.  


Festa de Família (1998)



Sinopse:Patriarca (Henning Moritzen) de família dinamarquesa comemora seus 60 anos em grande estilo, reunindo a família em um hotel de luxo. Mas uma revelação feita por seu filho pode estragar a festa.

Família constitui uma forma de relação muito interessante. Diferente de tudo aquilo que vamos construindo durante a vida, escolhendo caminhos, excluindo possibilidades como as de Lola, escolhendo outras, a família nos obriga certas relações que, se a situação fosse outra, procuraríamos não tê-las.
Somos, portanto, obrigados a suportar aqueles seres indesejados. E no entanto, como ensina Don Corleone, nada é mais forte do que a família! Mas esses grandes organismos, que geram relações muito estranhas e surpreendentes, tendem ao, no modo popular de dizer, barraco. Ou seja, mais dia menos dia o cunhado lembra que o primo está devendo, que o irmão sempre viveu as custas dele, a tia diz que a avó do outro lado não faz nada, que sobra tudo para ela. Os ânimos se exaltam, uns tentam por panos quentes, outros defendeu seu lado e a quebra é inevitável. Toda família tem seus podres. Ainda estou para conhecer uma sem eles.
Bom, há um lugar primordial para a organização de tais barracos familiares, que são essas festas de família. Sabe? Pode ser enterro, casamento ou uma grande festa do patriarca, como é o caso aqui. O filho, incentivado por antigos funcionários e pelo álcool quer lavar a roupa suja (bem suja, aliás) neste grande almoço de confraternização, que lembra muito as situações de Buñuel, da burguesia sentada à mesa. Em qualquer festa que eu vá, casamentos, festa de natal, enterros e coisas do gênero, ali está a Festa de Família, que não me foge a memória.
Vale ressaltar a importância do movimento cinematográfico que faz parte este filme, o Dogma95, idealizado por Thomas Vinterberg e Lars Von Trier (talvez mais alguns que eu não saiba). Espécie de reedição da Nouvelle Vague, o movimento justificava a baixa qualidade técnica de suas produções, como Os Idiotas e Italiano para Principiantes, com o pretexto de ir contra um modelo de cinema mega produzido, farsante. Não filmavam em estúdio, não utilizavam luzes a criar uma atmosfera que não fosse real, não usavam trilha sonora colocada em pós-produção, e de preferência filmavam sem atores. Assim como foi o neorrealismo italiano e o cinema novo brasileiro, cada qual com suas características. Com exceção do Italiano para Principiantes, que é um filme leve e cômico, os filmes do Dogma95 tendiam a uma atmosfera pesada, de duras críticas e forte realidade. Creio aí que há algo nesse povo nórdico que requer essa atmosfera. Os filmes de Haneke, austríaco, também caminham por esse lado. 
A proposta era encantadora, mas os resultados nem sempre seguem a risca. Dos que vi, apenas este é uma obra prima. Mas só por ele já valeu o movimento ter existido e vingado.


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Cine Dica: Novas estreias na Cinemateca Capitólio

EM BUSCA DA VIDA, TABU E ANIMAÇÃO BRASILEIRA NA CINEMATECA CAPITÓLIO

A partir do dia 12 de abril, a Cinemateca Capitólio exibe os filmes Tabu, do português Miguel Gomes, e Em Busca da Vida, do chinês Jia Zhang-ke. A programação faz parte da mostra Panorama do Cinema Contemporâneo, que já apresentou obras de países como Tailândia, Estados Unidos, Argentina e Itália, e segue em exibição até o mês de junho. Também entra em cartaz a animação brasileira Uma História de Amor e Fúria, de Luiz Bolognesi, sobre um homem com quase 600 anos de idade que acompanha a história do Brasil, enquanto procura a ressurreição de sua amada Janaína. O valor do ingresso é R$ 10,00.
O projeto de restauração e de ocupação da Cinemateca Capitólio foi patrocinado pela Petrobras, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES e Ministério da Cultura. O projeto também contou com recursos da Prefeitura de Porto Alegre, proprietária do prédio, e realização da Fundação CinemaRS – FUNDACINE.

FILMES

Em Busca da Vida
(Sanxia Haoren, China, 2006 110 minutos)
Direção: Jia Zhang-ke

A antiga cidade de Fengjie ficou submersa para a construção da represa de Três Gargantas, no rio Yangtze. Han Sanming (Han Sanming) é um trabalhador de minas de carvão que viaja até o local para reencontrar sua ex-mulher, a qual não vê há 16 anos. Simultaneamente Shen Hong (Zhao Tao), uma enfermeira, também retorna a Fengjie, na intenção de procurar seu marido, que não vê há 2 anos. O reencontro com seus esposos trará consequências diferentes para eles.

Tabu
(Portugal, Brasil, Alemanha, 2012, 118 minutos)
Direção: Miguel Gomes

Aurora é um idosa temperamental que divide o andar de um prédio em Lisboa com sua empregada cabo-verdiana, e uma vizinha dedicada a causas sociais. Quando Aurora morre, as outras duas passam a conhecer um oculto episódio do seu passado: Uma história de amor e crime vivida numa África de filme de aventuras, que conta também a história do início do fim do império de Portugal no continente africano.
 
Uma História de Amor e Fúria
(Brasil, 2013, 98 minutos)
Direção: Luiz Bolognesi

Um homem (Selton Mello) com quase 600 anos de idade acompanha a história do Brasil, enquanto procura a ressurreição de sua amada Janaína (Camila Pitanga). Ele enfrenta as batalhas entre tupinambás e tupiniquins, antes dos portugueses chegarem ao país, e passa pela Balaiada e o movimento de resistência contra a ditadura militar, antes de enfrentar a guerra pela água em 2096.

GRADE DE HORÁRIOS
12 a 17 de abril de 2016

12 de abril
15h30 – Uma História de Amor e Fúria
17h30 – Em Busca da Vida
20h – Tabu

13 de abril
15h30 – Uma História de Amor e Fúria
17h30 – Tabu
20h – Em Busca da Vida

14 de abril
15h30 – Uma História de Amor e Fúria
17h30 – Em Busca da Vida
20h – Tabu

15 de abril
15h30 – Uma História de Amor e Fúria
17h30 – Tabu
20h – Em Busca da Vida

16 de abril
15h30 – Uma História de Amor e Fúria
17h30 – Em Busca da Vida
20h – Tabu

17 de abril
15h30 – Uma História de Amor e Fúria
17h30 – Tabu
20h – Em Busca da Vida

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Cine Especial: Arte de Contar Historias - Filmes: Parte 1

Neste final de semana, e no próximo, eu estarei participando do curso Arte de Contar de Contar Histórias, criado pelo Cine Um e ministrado por Alexandre Derlam e Bebeto Alves. Interessados em participar da atividade se inscrevem aqui. Abaixo, vejam os títulos que irão fazer parte da atividade.   
DRIVE
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O Anjo Exterminador
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Rocky: O Lutador 
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