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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Cine Dica: Em Cartaz: O CLÃ

Sinopse: Em meados dos anos 1980, a Argentina passava pelo fim da Guerra das Malvinas e da ditadura militar. No meio desse clima, o patriarca da família Puccio, Arquímesdes (Guillermo Francella), seus filhos Daniel e Alejandro e alguns amigos sequestram e matam empresários, enquanto tentam manter as aparências de uma família normal.


Não é somente o cinema Brasileiro que, uma vez ou outra, retrata o turbulento período da ditadura militar. Na realidade boa parte da América latina sofreu com as mazelas desse período, mais precisamente durante as décadas de 60, 70 e metade da década de 80. Portanto, não é surpresa que Argentina se encontre nessa fileira em colocar tudo pra fora sobre os atos e consequências desse período e O Clã vem para fortalecer isso.
Na realidade o filme retrata mais as consequências daquele tempo, já que o filme retrata uma família, cujo patriarca (Guillermo Francella, extraordinário) trabalhava para o governo e o que dá entender é que ele sujava as mãos, desde sequestrando ou até matando determinados alvos políticos. Com o fim da ditadura, mas nenhum pouco satisfeito com isso, o protagonista então decide sequestrar pessoas, que por sua vez possui parentescos com pessoas poderosas, para assim então extorquir dinheiro através de sequestro. O problema é que ele mata as pessoas que ele sequestra, e o que é pior, com ajuda de sua própria família que não enxerga o próprio horror acontecendo dentro de casa.
Baseado em fatos verídicos ocorridos na década de 80, o filme somente agora ganhou vida através das mãos do cineasta Pablo Trapero. Não poderia ser mais do que oportuno, já que Trapero gosta de tocar nas feridas de diversos assuntos, seja política, corrupção e o lado podre da sociedade contemporânea. Revendo filmes como Abutres e Elefante Branco, se percebe que eles pareciam uma espécie de ensaio para algo maior que estaria por vir e O Clã é a peça que faltava. Fora o fato de uma reconstituição de época perfeita, Trapero prossegue com o seu vicio na criação dos planos sequência que já foram vistos em seus filmes anteriores. Se a pessoa é familiarizada com a sua obra, ela já estará preparada para o que está por vir, já que quando começa um plano sequência, é sinal que o cineasta irá nos impressionar no final da cena. Pegamos, por exemplo, um sequestro orquestrado pelo protagonista, mas que o resultado acaba sendo de uma chocante reviravolta. Porém, mesmo com toda mão firme do cineasta, o filme não funcionária sem um elenco afiado, mas isso é o que ele tem exatamente em mãos. Arquímedes Puccio, o patriarca da família, com certeza entrará na lista dos melhores vilões do ano e muito disso se deve ao ator  Guillermo Francella: visto em filmes como o já clássico o Segredo dos Seus Olhos, Francella se apresenta aqui envelhecido, mas com uma força que vem através da  insanidade do seu personagem e isso se fortalece ainda mais com o seu olhar frio e calculista.
Nos não sentimos remorso vindo da sua parte, mas sim uma convicção de que ele acredita que está fazendo a coisa certa, tanto para ele como para sua família. Embora não aja um discurso vindo de suas palavras, suas ações e convicções me lembraram muito a interpretação de Charles Chaplin em Monsieur Verdoux (1947), em que o personagem matava as suas mulheres para pegar a sua parte da herança e que, faz uma crítica sobre o governo no final do filme, já que a guerra matou muito mais do que ele próprio, segundo ele. Aqui o protagonista se encontra num terreno familiar, aonde o seu governo e guerras das quais ele veio a presenciar o moldaram a ser o que ele veio a se tornar, dando a entender que, tudo o que ele faz, é porque acredita que o país lhe deve. Com uma família condizente (em aparências) com relação às ações do patriarca, o lado de conflito e remorso se encontra nos ombros do personagem Alejandro (Peter Lanzani). Jogador, e com uma bela namorada, o rapaz sonha com um futuro promissor, mas que se vê sempre arrastado ao  trabalho obscuro vindo do seu pai. Peter Lanzani se sai bem em cena, não devendo nada perante o desempenho magnético Guillermo Francella e sua cena final está entre os momentos mais imprevisíveis da trama e fazendo com que o tal momento não saia tão fácil de nossas lembranças.
Com um final que não há vencedores e nem perdedores nessa realidade crua, O Clã é uma mostra de que como determinados governos são culpados ao criarem determinados monstros e até quando eles conseguem manter escondidos dentro dos seus armários.


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Cine Dica: Sessão Plataforma exibe A Professora do Jardim de Infância

DESTAQUE DO CINEMA ISRAELENSE
NA SESSÃO PLATAFORMA
 
Na terça-feira, 15 de dezembro, às 20h30, acontece na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) a última Sessão Plataforma de 2015, com o filme A Professora do Jardim de Infância (2014, 119 minutos), do israelense Nadav Lapid. Reprise única no sábado, 19 de dezembro, às 19h. O ingresso custa R$ 4,00.  
Nira é professora do jardim de infância em Tel Aviv há 15 anos. Quando um de seus alunos, Yoav, recita um surpreendente poema sobre amor não correspondido, Nira pergunta para a babá do menino de onde vem os versos. Ela descobre que Yoav é um menino prodígio que consegue improvisar versos e decide utilizar a poesia dele como se fosse sua própria criação, com a ambição de se tornar poeta. Mas sua paixão pelo talento de Yoav torna-se uma obsessão, com consequências perigosas.
Nadav Lapid nasceu em Tel Aviv em 1975. Estudou cinema na Sam Spiegel Film & Television School em Jerusalem. Dirigiu três curtas-metragens BORDER PROJECT (2004), ROAD (2005), e EMILIE'S GIRLFRIEND (2006). Seu primeiro longa, POLICEMAN (2011), foi desenvolvido na Cinefondation Residence do Festival de Cannes e estreou no Festival de Locarno, onde recebeu o Prêmio Especial do Júri, além de ter sido selecionado para festivais importantes como BAFICI (Prêmio de Melhor Filme e Melhor Direção), New York, London e San Francisco (Melhor Filme). THE KINDERGARTEN TEACHER (2014) é seu segundo longa e estreou na Semana da Crítica do Festival de Cannes.
 


Serviço:
A PROFESSORA DO JARDIM DE INFÂNCIA (Haganenet / The Kindergarten Teacher) dir: Nadav Lapid, 119min, ISR/FRA, 2014.
Sessão 15 de dezembro (terça) - 20h30
Única reprise 19 de dezembro (sábado) - 19h
Local: Sala P. F. Gastal - Usina do Gasômetro 
Ingresso: R$ 4,00
Projeção: Bluray com legendas em português e espanhol
Realização: Tokyo Filmes em parceria com a Coordenação de Cinema e Video da Prefeitura de Porto Alegre.
 Plataforma é uma sessão de cinema, realizada desde agosto de 2013 na cidade de Porto Alegre (RS), que exibe filmes recentes e inéditos na cidade, de qualquer nacionalidade, duração e bitola, sem distribuição garantida no Brasil.

Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Cine Dicas: Em Blu-Ray, DVD, Netflix e locação via TV a Cabo:



Missão Impossível: Nação Secreta

 

Leia a minha crítica já publicada clicando aqui. 

 A Dama Dourada 
Leia a minha crítica já publicada clicando aqui.
 

Quarteto Fantástico (2015)

 Leia a minha crítica já publicada clicando aqui. 



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Cine Dica: O Massacre da Serra Elétrica Parte 2 na Sessão da Meia-Noite da Cinemateca Capitólio

SESSÃO DA MEIA-NOITE APRESENTA O MASSACRE DA SERRA ELÉRICA PARTE 2 NA CINEMATECA CAPITÓLIO
 
Neste sábado, 12 de dezembro, às 23h59, acontece na Cinemateca Capitólio a sessão especial Capitólio Midnight Massacre, dentro da programação da mostra A Vingança dos Filmes B, com o filme O Massacre da Serra Elétrica Parte 2 (1986, 101 minutos), cultuada continuação de Tobe Hooper para o clássico dos anos 1970. Com projeção em 35mm e entrada franca, a sessão é uma parceria com a Cinemateca do MAM.    

SESSÃO CAPITÓLIO MIDNIGHT MASSACRE
 
O Massacre da Serra Elétrica Parte 2 (The Texas Chainsaw Massacre 2 / EUA / 1986 / 101 min) Dir: Tobe Hooper
 
Após mais de uma década o diretor Tobe Hooper retoma a saga da estranha família de canibais texanos, trazendo de volta Leatherface e sua famigerada motoserra. Sequência irreverente de um dos mais cultuados filmes de horror da história. Um prato cheio de sangue, tripas e humor negro.