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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Cine Especial: Lauren Bacall (1924 – 2014)




Nem bem nos recuperamos da perda de Robin Willians e mais um ícone do cinema apaga a sua luz e desta vez uma representante da era de ouro. Lauren Bacall era aquele tipo de atriz que surgia em cena e deixava todos os restantes do elenco meio que apagados. Foi assim em filmes como Como Agarrar um Milionário?”, que mesmo contracenando lado a lado com outro ícone que era Marilyn Monroe, não foi o suficiente para arrancar sua presença magnética em cena.
Seus momentos mais sublimes se encontram em filmes como A Beira do Abismo (1946) e Uma Aventura na Martinica (1944). Em ambos os casos, contracenaria com Humphrey Bogart (Casablanca) que viria a ser um dos grandes amores de sua vida. Mesmo com a idade avançada, Bacall apareceria até mesmo em filmes recentes de destaque, como Dogville e  Manderlay, ambos de Lars Von Trier. 

Filmografia:

 • Falsificador, O (2012) ... Anne-Marie   
• Jack Cardiff, Vida e Obra de um Cameraman (2010) ... Ela mesma   
• Acompanhante, O (2007) ... Natalie Van Miter   
• Cenas da Vida (2006) ... Dame Lydia   
• Manderlay (2005) ... Mam   
• Reencarnação (2004) ... Eleanor   
• Dogville (2003) ... Ma Ginger   
• Outra Volta do Parafuso, A (1999) ... Mado Remei   
• Espelho Tem Duas Faces, O (1996) ... Hannah Morgan     [recebeu indicação ao Oscar] [venceu o Globo de Ouro]
• Prêt-à-Porter (1994) ... Slim Chrysler   
• Louca Obsessão (1990) ... Marcia Sindell   
• Fã - Obsessão Cega, O (1981) ... Sally Ross   
• Política do Corpo e Saúde (1980) ... Esther Brill   
• Último Pistoleiro, O (1976) ... Bond Rogers   
• Assassinato no Expresso do Oriente (1974) ... Sra. Harriet Belinda Hubbard   
• Caçador de Aventuras (1966) ... Sra. Sampson   
• Médica, Bonita e Solteira (1964) ... Sylvia Broderick   
• Teu Nome É Mulher (1957) ... Marilla Brown Hagen   
• Palavras ao Vento (1956) ... Lucy Moore Hadley   
• Paixões Sem Freios (1955) ... Meg Faversen Rinehart   
• Rota Sangrenta (1955) ... Cathy Grainger   
• Como Agarrar um Milionário (1953) ... Schatze Page   
• Êxito Fugaz (1950) ... Amy North   
• Paixões em Fúria (1948) ... Nora Temple   
• Prisioneiro do Passado (1947) ... Irene Jansen   
• À Beira do Abismo (1946) ... Vivian Sternwood Rutledge   
• Aventura na Martinica, Uma (1944) ... Marie Browning
 


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terça-feira, 12 de agosto de 2014

Cine Especial: ROBIN WILLIAMS (1951 – 2014)



Hollywood pode até ser uma fabrica de sonhos, mas não deixa de ser a criação de pesadelos para os atores, quando os mesmos são jogados ao esquecimento quando não dão mais lucros aos estúdios. Foi assim com lendas como Bela Lugosi (Drácula) que viram suas carreiras profissionais irem para o fundo do poço e com sigo as vidas pessoais atingidas fortemente. Infelizmente isso acontece com talentos que a gente menos esperava e aconteceu assim com Robin Williams. 
Dono de uma carreira que se dividia entre papeis dramáticos e cômicos, Wiliams obteve o auge na carreira durante a década de 80 e estabelecida nos anos 90. Infelizmente os anos 2000 foram ruins para ele, decaindo cada vez mais em escolhas erradas, tanto profissionais ou pessoais. Com isso, quando ninguém esperava, é anunciado a sua despedida desse mundo.
Ele deixa para nós cinéfilos de carteirinha, momentos sublimes e inesquecíveis na historia do cinema. Se há um grande legado que ele deixa, é o seu sorriso doce e gentil, mas que se olharmos bem, se escondia nele os seus problemas do dia a dia. Mas assim como o seu personagem em Patch Adams - O Amor É Contagioso, se deve sim sorrir durante a vida, mesmo em meio a grandes obstáculos que surgem no decorrer dela.
Abaixo, destaca os principais momentos da carreira de Robin Williams na minha opinião pessoal:
  

Popeye (1980)

Um dos personagens mais queridos do mundo dos desenhos e HQ foi levado para o cinema em 1980 justamente pelo diretor Robert Altman (MASH). Embora longe de ser idêntico ao personagem, Williams até que se deu bem na interpretação e sua parceria com  Shelley Duvall (interpretando Olívia Palito) é digna de nota.  



Bom Dia Vietnam (1987)

Primeiro grande sucesso da carreira de Robin Williams e o papel que o confirmou como um ator dramático. Williams interpretava o papel de Adrian Cronauer, um DJ da Força Aérea norte-americana destacado para Saigão em plena Guerra do Vietname. A frase “bom dia Vietname”, que Williams gritava repetidamente, tornou-se um clássico do cinema.


Sociedade dos Poetas Mortos (1989)

Aqui, Williams interpreta John Keating, um professor de inglês idealista confrontado com um conjunto de rapazes de um colégio com regras altamente restritas. Aqui nascia também outro clássico do cinema, que era a frase  “O Captain, my Captain”.



Tempo de Despertar (1990)

Neste tocante drama, Williams é um psicólogo, que tenta a todo custo ajudar um paciente (Robert de Niro) que acabou de acordar de um longo sono e que precisará encarar as mudanças do mundo enquanto ele estava dormindo.    


Hook: A Volta do Capitão Gancho (1991)

Embora tenha divido a opinião do publico e da critica na época, a produção de Steven Spielberg é vista hoje com carinho, por criar um fato inusitado de Peter Pan estar crescido, com família, mas que se esqueceu de quem realmente era. Destaco os momentos que Peter (Robin Williams) tenta, com ajuda dos garotos perdidos,  lembrar do seu passado de aventuras e que enfrentava o seu arqui-inimigo Capitão Gancho (Dustin Hoffman).  




Aladdin (1992)

Metade do sucesso dessa genial animação da Disney se deve a Robin Williams, pois foi ele que deu a voz ao Gênio da lâmpada. O seu trabalho na dublagem foi tão bom, que lhe valeu um prêmio especial no Globo de Ouro.  



Uma Baba quase perfeita (1993)

Uma das melhores comédias da década de 90 e o maior sucesso de carreira do ator. O filme faturou o Oscar de melhor maquiagem, pelo trabalho de transformar Robin Williams na carismática baba, que secretamente cuidava dos seus filhos sem a sua ex-mulher (Sally Field) suspeitar.

Gênio Indomável (1997)

Embora seja lembrado como o filme que consagrou as carreiras de Mat Damon e Bem Affleck (ganhando o Oscar de roteiro Original), o filme de Gus Van Sant apresentou o papel que daria a Robin Williams o seu primeiro e único Oscar pela carreira. Com a missão de ajudar um super gênio da matemática (Damon) o personagem de Williams entra num jogo psicológico, que fará com que ambos se ajudem um ao outro. 


Patch Adams - O Amor É Contagioso (1998)

Baseado em fatos verídicos, Williams interpreta um médico, que tenta a todo o custo levar alegria aos pacientes, mesmo àqueles em estagio terminal.



Retratos de uma Obsessão (2002)

Williams,interpreta  Seymour Parrish, um profissional em fotografias que nos simpatizamos de imediato. Sozinho no mundo, não tem família nem amigos, mas à medida que o filme avança, Parrish desenvolve uma obsessão por uma família específica.


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Cine Dica: Godard e Miéville investigam imagens da Palestina no Projeto Raros


Nesta sexta-feira, 15 de agosto, às 20h, o Projeto Raros da Sala P. F. Gastal exibe o filme Aqui e Acolá (Ici et Ailleurs, 53 min, 1976), dirigido por Jean-Luc Godard e Anne-Marie Miéville, que propõe uma reflexão sobre as imagens do grupo Al Fatah, da Palestina, feitas pelo cineasta em 1970. Após a sessão, haverá um debate com a jornalista Gabriela Almeida, pesquisadora do ensaísmo no audiovisual a partir do cinema de Godard. A entrada é franca.
Em 1970, ainda no período do Grupo Dziga Vertov, coletivo militante de cinema, Jean-Luc Godard e Jean-Pierre Gorin aceitam a proposta do grupo militante palestino Al Fatah para fazer um filme sobre a situação política do Líbano e da Jordânia. Ele se chamaria Até a Vitória (Jusqu’à la victoire). O projeto, no entanto, não foi levado adiante pelo grupo. Cinco anos depois, assumindo-se incapazes de “ver e ouvir essas imagens simplíssimas”, Godard e Anne-Marie Miéville reeditam o material, construindo um breve mas denso ensaio sobre a relação entre as imagens e os sons, tendo como questão principal a representação da insurreição palestina.
Aqui e Acolá inicia um processo de extensivo uso do vídeo na reflexão cinematográfica de Godard, que culminou em sua obra-prima, o projeto para televisão História(s) do Cinema. No livro A Imagem-Tempo, Gilles Deleuze cita o filme de 1976 como o ápice de um tipo de investigação sobre o interstício entre as imagens. “A questão – comenta – não é mais a da associação e a da atração das imagens, mas o que existe entre duas imagens: um espaçamento que faz com que cada imagem se arranque ao vazio e nela recaia”.
Gabriela Almeida é jornalista e pesquisadora de cinema não-ficcional. É doutoranda em Comunicação e Informação pela UFRGS, onde estuda o ensaísmo no audiovisual a partir da série História(s) do Cinema, de Jean-Luc Godard, e mestre em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela UFBA. É autora de artigos sobre a poética do ensaio fílmico publicados em revistas acadêmicas brasileiras e integrou o grupo organizador do festival Cine Esquema Novo nas edições de 2011 e 2013.



PROJETO RAROS
Aqui e Acolá

(Ici et Ailleurs)
França, 53 min., 1976, Cor
16 mm e vídeo

Direção: Jean-Luc Godard e Anne-Marie Miéville
Jusqu’à la victoire : Grupo Dziga Vertov (Jean-Luc Godard e Jean-Pierre Gorin)
Montagem: Anne-Marie Miéville
Roteiro: Jean-Luc Godard, Anne-Marie Miéville
Jusqu’à la victoire : Grupo Dziga Vertov (Jean-Luc Godard e Jean-Pierre Gorin)
Fotografia: Armand Marco, William Lubtchansky
Vídeo: Gérard Teissèdre

Exibição digital com legendas em português

Sala P. F. Gastal

Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia

Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro

Fone 3289 8133 / 8135 / 8137

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Cine Especial: 42º FESTIVAL DE CINEMA DE GRAMADO

FINALMENTE EU DOU AS CARAS POR LÁ

Cinéfilo que se preze, sempre quando pode, vai aos festivais de cinema para aproveitar um cardápio de filmes, que normalmente não se assistirá tão cedo na grade tradicional do circuito.  Dos festivais mais conhecidos, estava devendo para eu mesmo ir a um dos festivais mais conhecidos do estado que é do Gramado. Mas ao lado da minha namorada, neste final de semana finalmente fui aproveitar dois dias do festival  e falo aqui o que rolou por lá enquanto eu estava nas redondezas.

  

FESTIVAL DE CINEMA NÃO É NOVELA GLOBAL

Por mais que o festival seja bom, ele ainda peca um pouco em valorizar mais os astros que irão comparecer lá do que o próprio cinema em si. Está certo que não há filme sem bons atores, mas quando um ator ou atriz global vai lá, eles prestigiam demais eles, ao ponto que o publico compra fácil a propaganda e se esquecer até mesmo dos filmes em si. Bom exemplo disso é quando minha namorada e eu estávamos na entrada do tapete vermelho e uma mãe e filha queriam porque queriam tirar fotos com os atores, somente porque eles serem  globais e por vezes pagam o maior mico de nem sequer saber o nome de alguns.  


RECONHECIMENTO


Talvez um dos pontos altos desse festival até o momento, seja o prêmio de reconhecimento que Rodrigo Santoro ganhou nesse final de semana. Começando a carreira como ator Global, o astro preferiu desafios maiores, se dedicando a carreira de ator de cinema e atuando em papeis magistrais em filmes como o Bicho de Sete Cabeças e Heleno, que foi para mim o melhor desempenho de sua carreira até o momento. O talento é tanto, que Santoro se divide atualmente em, tanto atuar em filmes brasileiros, como filmes de fora, que infelizmente em filmes americanos ainda não conseguiu um papel que o consagrasse definitivamente, sendo que o seu desempenho mais significativo por lá é na produção 300.



ESCURINHO DO CINEMA

Mas a vida de cinéfilo em Gramado não é fácil, sendo que no sábado não havia mais ingressos para as sessões de cinema e minha namorada e eu fomos somente conseguir ingressos para exibições (reprise) no domingo de manhã. Os filmes que eu tive privilegio de assistir foram Estrada 47 e Os Senhores da Guerra. Abaixo, confiram o que eu achei sobre cada um deles.       



Os Senhores da Guerra
Sinopse: A história é  dos irmãos Júlio e Carlos Bozano, que estiveram em lados opostos na Revolução de 1923, no Rio Grande do Sul, quando houve um conflito entre maragatos (federalistas) e chimangos (republicanos). Julio Bozano, advogado nomeado intendente aos 26 anos e que comanda o Exército contra o seu irmão, Carlos Bozano, vivido por André Arteche.


Embora aparente ser uma produção mais simples, o épico gaúcho dirigido por Tabajara Ruas se mostra muito mais  eficiente em alguns momentos do que uma produção mais cara que foi Tempo e o Vento como exemplo. Sua câmera tremida, montagem rápida e uma fotografia que sintetiza bem o período, fazem com que a obra possua uma aura de superprodução independente do seu valor.
Infelizmente a produção possui o mesmo mal da produção dirigida Jayme Monjardim, que é não saber dar conta de inúmeras subtramas, em meio a fatos históricos que merecem certa relevância. Por vezes, a produção se esquece do principal foco da trama: o conflito dos dois irmãos (Rafael Cardoso e André Arteche), que embora unidos em sangue, suas visões diferentes com relação à guerra civil gaúcha os fazem ficarem em lados opostos. Se o roteiro se concentrasse mais nesse conflito, o filme seria muito mais rico.
Em compensação, personagens secundários roubam a cena em inúmeros momentos. É como no caso  de  Andrea Buzato (Castigo Final), que embora a sua personagem esteja em poucos momentos em cena, da um verdadeiro show de interpretação. Isso faz com que o seu colega de cena  André Arteche meio que se perca nas cenas em que contra cena com ela  e faz com que o desempenho de Rafael Cardoso quando surge se torne mais interessante no decorrer do filme.
Produção que foge um pouco do lado pretensioso, mas que poderia ter tido um vôo mais alto.   

 

                                                  Estrada 47


Sinopse: Itália, 1944. Durante a II Guerra Mundial, uma esquadra de caçadores de minas da FEB (Força Expedicionária Brasileira) sofre um ataque de pânico. Desesperados, com frio e fome, os pracinhas têm de optar por enfrentar a Corte Marcial ou encarar novamente o inimigo. Os remanescentes do grupo rumam para outro ousado objetivo militar: desarmar o campo minado mais temido da Itália. No caminho, encontram um Italiano arrependido que quer se tornar partisan e um oficial alemão cansado da guerra. Com ajuda do ex-inimigo, conseguem realizar uma missão considerada impossível.


Co produção entre Brasil, Itália e Portugal, a trama se concentra na união e sobrevivência de soltados jogados numa guerra sem sentido que foi a 2ª Guerra Mundial. Diferente de outros filmes do gênero, a produção foge um pouco das cenas da guerra e se concentrando mais na construção física e mental dos personagens, que gradualmente vão mudando as suas opiniões com relação ao cenário em que foram jogados. Uma vez encarando os fatos, os protagonistas percebem que não há heróis e vilões no conflito, mas sim seres humanos comuns, que possuem famílias em casa lhe esperando e que somente irão conseguir um retorno, se o lado samaritano de cada um deles aflorar.
Embora Daniel de Oliveira (Festa da Menina Morta) seja o mais conhecido do elenco, seu desempenho se limita apenas como o soldado que observa os eventos que lhe acontecem a ele e aos seus colegas. Sua narração off, por exemplo, tem muito mais destaque do que ele em si em cena. Em contrapartida  Francisco Gaspar (Casa de Alice) é o que rouba a cena nos poucos momentos de humor e sua relação de amizade com um alemão ferido (Richard Sammel, de Bastardos Inglórios) que os guia para um caminho seguro (a tal estrada 47) é digna de nota.
Com um belo casamento entre fotografia e edição de arte, Estrada 47 é apenas uma pequena historia de inúmeras que aconteceram durante a 2ª Guerra Mundial, mas nem por isso deve-se ser esquecida.     

Por fim, deixo abaixo o que significa o Cinema de Gramado para mim.
 o que eu estou olhando?  

O cinema de verdade moldurando o teto do palácio do festival. 


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