Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
Me acompanhem no meu:
Twitter: @cinemaanosluz
Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
Nos dias 13
e 14 de abril, estarei participando do curso
"MARVEL - 15 ANOS DE AVENTURA NO CINEMA" criado
pelo Cena Um e ministrado pelo critico de cinema ROBERTO SADOVSKI. Enquanto os
dias da atividade não chegam, por aqui, estarei postando sobre as quinze
melhores adaptações da Marvel para o cinema (em ordem cronológica) nestes últimos
quinze anos.
BLADE: O
CAÇADOR DE VAMPIROS
HEROI DE TERCEIRO
ESCALÃO DA MARVEL DEU UMA SEGUNDA CHANCE PARA AS ADAPTAÇÕES DAS HQ PARA O
CINEMA
Sinopse:
Seu nome é Blade (Wesley Snipes, de U.S. Marshals - Os Federais). Um guerreiro
que possui a força sobre-humana e os instintos demoníacos de um vampiro. Porem
é capaz de andar à luz do dia como um ser humano normal. Seu passado esconde a
verdade sobre sua origem. Ele é o mais temido e perigoso caçador de vampiros de
todos os tempos.
Nem X-men,
nem Homem Aranha, mas sim foi Blade: quando em 1997 Batman e Robin fracassou
nas bilheterias por ter sido criado de maneira tão miserável, parecia que as
adaptações de HQ para o cinema iriam para o limbo de vez, mas coube a um
diretor desconhecido (Stephen Norrington) provar que essa teoria estava errada,
pois se fosse feito de maneira séria e coerente, poderia sim as adaptações ser
boas e de grande sucesso. Eis então que Blade, um semi desconhecido das HQ da
Marvel se lançou ao estrelato com um filme que mistura ação e terror de uma
maneira nunca antes vista e fez de Wesley Snipes o astro dos filmes de ação da
vez. Com isso, a Marvel usou todos os meios para que seus outros personagens da
casa de idéias fossem para o cinema mas isso é outra historia.
Sinopse: Em um mundo onde as pessoas
só falam a verdade e não existe o conceito de decepção, um homem que está
prestes a perder tudo inventa a “mentira” e muda não só a natureza das coisas,
mas cria a base da religião. Depois de muito esforço, ele também consegue a
mulher que tanto ama.
Em 1997, Jim
Carrey atuou no filme O Mentiroso onde ele fazia um advogado que não conseguia
mentir por um dia. Se essa idéia já era genial naquele filme, o que aconteceria
se um filme generalizasse de vez essa idéia?? Ricky Gervais responde essa
pergunta nesta trama que ele tanto dirige como atua, numa historia que se passa
numa realidade paralela, em um mundo parecido com o nosso, mas ninguém mente,
sendo que todos dizem a verdade doa o que doer. O resultado disso é situações
hilárias como as propagandas de refri ou a maneira que os filmes são feitos
nesta realidade. Em meio a tudo isso, o personagem de Ricky se torna o único ser
da trama que consegue mentir e com isso o filme toma rumos inesperados ao tocar
em temas como vida, morte, Deus, crenças, sentimentos, escolhas e tudo embalado
em uma forma bem humorada e deliciosa de se assistir. Se o ato final cai um
pouco no lado do previsível, pelo menos ele cumpre o que promete, se tornando uma
boa forma de rir com algo inusitado e ao mesmo tempo fazendo uma bela de uma
reflexão.
Nos dias 26 e 28/Março; 02 e
03/Abril, estarei participando do curso "O que é um Documentário?",
criado pelo Cena Um e ministrado pelo jornalista Rafael Valles. Enquanto os
dias da atividade não chegam, por aqui, estarei postando sobre últimos documentários
nacionais e internacionais que eu assisti nos últimos anos.
“Anna Pavlova Vive em Berlim'
Sinopse: Perdida num limiar de
insanidade e lucidez poética, a "party queen" russa Anna Pavlova
perambula pelas ruas de Berlim em uma crise de identidade.
O subtítulo acima faz uma referencia
a uma das principais frases da protagonista, ditas para o cineasta que fica
atrás dela o tempo todo durante quatro meses de filmagens. A frase pode ser
muito bem usada como exemplo do que está por vir na tela, pois o jovem cineasta
Theo Solnik segue a jornada de dias e noites da jovem russa amalucada nas ruas
de Berlim, mas jamais se intromete em suas aventuras onde tudo pode então
acontecer. Com o objetivo de mostrar o lado utópico desse clima constante
felicidade, que aparece ser comum em Berlim, “uma cidade onde é possível viver
com pouco dinheiro e se divertir muito”, segundo as próprias palavras do
cineasta.
Com essa intenção, Solnik pega
carona com Ana nas ruas da cidade, onde tudo que vemos na tela nada é ensaiado,
sendo tudo bem cru, realista, por vezes deprimente, mas não menos que
espetacular. A bela fotografia em preto e branco, aliás, se casa muito bem com
os momentos, tanto sombrios da protagonista, como também os momentos de muita
luz e vida que ela passa para a câmera. Além de claro servir muito bem em
mostrar um lado um tanto obscuro da cidade, que por vezes, de nada lembra as
belas imagens dos cartões postais que tantos os alemães vendem por lá. Muito
embora ajam momentos de mais pura beleza, principalmente quando surgem as
verdadeiras pessoas naquelas ruas, e tornam elas muito mais interessantes.
Mas embora a fotografia, montagem e
á idéia principal que o cineasta quis passar, tenham se cruzado no momento
certo e na hora certa para a criação desse filme, nada disso funcionaria se
não fosse pela energia magnética de sua protagonista. Ao assistir Ana na tela,
imediatamente me identifiquei com ela, pois ela é uma jovem, cheia de vida e
que pretende (a todo custo) viver ao máximo. Essa característica via sempre aos
montes quando era mais jovem, sendo que me lembrou bastante umas colegas de
escola, mas elas não tinham essa força tão destrutiva como à dela, na qual, com
certeza ninguém conseguiria sempre acompanhar suas aventuras naquelas ruas.
Existem momentos, inclusive, que Ana para na frente da câmera, e passa tamanha
força em seus olhos, que cria um verdadeiro contraste, se comparado nos
momentos no qual seu corpo se entrega a bebedeiras e drogas, mesmo ela estando
consciente que tais fraquezas são prejudiciais a ela. Embora pequena, é uma
verdadeira entidade imprevisível, onde ela se arrisca a noite ao falar mal e
cuspir em uma pessoa de uma danceteria em que ela estava devendo dinheiro.
Momento esse, aliás, um dos mais tensos, pois nada daquilo é armado, onde até
mesmo Theo, por pouco não é agredido.
São esses momentos dela que nos
fazem ficar tão fascinados pela sua pessoa, que até chegamos a duvidar em
certos momentos, se aquilo tudo foi realmente real. Não é a toa que a própria
Ana Pavlova foi mencionada em alguns prêmios de melhor atriz no mundo a fora,
mesmo ela não estando atuando em momento algum na tela, pois ela é aquilo e
isso é o que mais fascina. Sendo que não sentimos tanta energia de vida e
naturalidade em outras pessoas, quando as vemos atuando como elas mesmas em
determinados documentários. Pelo menos no meu caso, não me lembro de algo
parecido como isso que eu vi na tela.
Com um ato final em que Ana revela novas
camadas de sua personalidade para a câmera, o filme deixa no ar certas
duvidas, sobre o futuro da protagonista e o que é mais importante, nos faz
desejar em não querer largar do ombro da protagonista, e desejar passar mais
algumas noites com ela nas ruas de Berlim.
NOTA: Infelizmente o filme teve
somente duas sessões na Usina do Gasômetro, na mostra de Documentários Artdoc.,
que complementa o seminário recém realizado RODA-Rodada de Debates sobre a
Arte, que abrigou na capital encontros entre artistas, críticos e curadores.
Tive o maior prazer de participar de uma das sessões, com a participação do
próprio cineasta Theo Solnik, que contou em um debate após a sessão, sua
experiência de rodar esse filme e do seu dia a dia junto com Ana, nos quatro
meses de filmagem.
Para um
filme cheio de qualidades (e um dos melhores que vi desse ano), merece uma
segunda vinda em nossa capital.
Já faz umas duas semanas que não andei
postando as estreias do final de semana, mas também pudera, pois eu não tenho
parado muito em casa, tendo saído bastante para curtir essas semanas de folga.
Mas como hoje é sexta feira santa e se deve ficar quieto em casa (segundo a
tradição da minha família), decidi postar o que ta chegando aos cinemas. Como todo
feriadão que se preze, muitas pessoas irá viajar para aproveitar esse tempo livre
e, portanto está chegando poucas estreias e não muito indispensáveis.
A Hospedeira é mais nova tentativa
em adotar os órfãos (livres) da Saga Crepúsculo. G.I. JOE: RETALIAÇÃO é uma espécie de tentativa
de melhorar o que não deu certo no filme anterior, que acabou sendo bastante
desprezado pelo publico e por fim, JACK - O CAÇADOR DE GIGANTES é mais um de uma
leva de filmes baseados em contos de fadas, que por sinal, não deu muito certo
em território americano.
Abaixo, confiram as sinopses e os
trailers das estreias.
A HOSPEDEIRA
Sinopse: A
trama se passa no futuro, quando o planeta Terra foi dominado por um inimigo
invisível, os hospedeiros, que controlam as mentes e os corpos das pessoas
extiguindo os humanos. Melanie (Saoirse Ronan, de Um Olhar do Paraíso) que,
mesmo depois de ser infectada, resiste bravamente à Peregrina (Diane Kruger,
Bastardos Inglórios), a parasita que tenta se hospedar em seu corpo para
localizar os humanos sobreviventes por meio de suas lembranças. Entretanto,
Melanie ocupa a mente com visões do homem que ama, Jared (Max Irons, de A
Garota da Capa Vermelha), e assim desvia a atenção da invasora, que, incapaz de
se separar dos desejos de seu corpo, começa a se sentir intensamente atraída
por aquele humano.
G.I. JOE: RETALIAÇÃO
Sinopse:Na
sequência de G.I. Joe: A Origem da Cobra, a equipe dos G. I. Joe foi desmontada
pelo governo e precisa agora lutar por conta própria contra Zartan (Arnold
Vosloo), seus comparsas e os líderes mundiais influenciados por ele que iniciaram
uma grande guerra. No elenco, atores como Bruce Willis, Channing Tatum, Dwayne
Johnson e Ray Stevenson.
JACK - O CAÇADOR DE GIGANTES
Sinopse: Uma
guerra antiga se reinicia quando Jack (Nicholas Hoult), um jovem trabalhador do
campo, abre inconscientemente um portal entre o nosso mundo e uma raça de
gigantes apavorantes.
Nos dias 26 e 28/Março; 02 e
03/Abril, estarei participando do curso "O que é um Documentário?",
criado pelo Cena Um e ministrado pelo jornalista Rafael Valles. Enquanto os
dias da atividade não chegam, por aqui, estarei postando sobre últimos documentários
nacionais e internacionais que eu assisti nos últimos anos.
Bullying
Sinopse: Em 2011, cerca de 13
milhões de crianças americanas sofreram algum tipo de bullying, seja na escola,
no ônibus, em casa, no bairro em que mora ou através de celulares ou da
internet. Este documentário busca analisar esta situação, levando em conta
tanto as vítimas quanto quem pratica bullying, além do porquê de tamanho
silêncio em torno do assunto, tendo como parâmetro da realidade nos Estados
Unidos.
Hoje em dia é comum cada vez mais
ouvir casos de Bullying, mas que infelizmente isso só foi mais sentido agora
(devido a casos de mortes), pois no meu tempo de escola já havia esses casos,
que na época nos chamávamos síndrome do “Karate Kid”. Para o bem ou para o mal,
antes tarde do que nunca, pois graças a inúmeros meios de comunicação (como
rede sociais) esses casos foram cada vez vistos com mais atenção, tanto pelos
os pais, como também os educadores que convivem no dia com essas crianças na
escola. Embora existam pessoas duras com relação a não demonstrar certos
sentimentos, é preciso ter um coração de pedra para não se comover com o dia a
dia de algumas crianças que esse documentário registra.
Com um numero cada vez maior de suicídios
registrados em território americano e de outros países, o documentário investiga
o dia a dia de algumas dessas crianças: Alex, por exemplo, é constantemente ameaçado,
unicamente por possuir um corpo fragilizado e uma boca diferente das outras crianças.
Num primeiro momento, os pais dele simplesmente não tinham idéia da situação
que ele vivia no dia a dia, tanto dentro do ônibus escolar, como também na
escola. Para piorar, a diretora da escola se mostra (aparentemente) não ter
nenhuma noção da situação em que ele ou outras crianças de lá viviam, que
segundo suas próprias palavras “todos são anjos”.
O filme não busca uma solução exata,
mas sim passa um alerta para que esses casos não se repitam mais. No ato final,
a união dos pais e de crianças que sofreram ao longo dos anos por serem diferentes
das outras, faz nascer uma chama de esperança, tanto para essa geração, como
para a próxima.
Sinopse:
Addison e Liza fogem com o dinheiro de um golpe em um cassino. Enquanto isso, o
ex-boxeador Jay está a caminho da casa dos seus pais – June e o xerife
aposentado Chet – para passar o Dia de Ação de Graças com a família. Quando
Addison atira em um policial, ele e Liza se separam e seguem em direção à
fronteira.
“Os melhores
perfumes estão nos pequenos frascos”. Essa frase define muito bem esse pequeno
filme de estréia em território americano, do diretor australiano Stefan
Ruzowitzky (Os Falsários), que embora dirija uma trama que não traga muita
novidade no gênero policial, é graça a sua forma de dirigir as cenas e arrancar
as melhores interpretações do elenco que fazem a diferença. Na realidade, sua
direção se baseia no que já foi feito no gênero, mas sua visão pessoal com relação
a esse tipo de filme faz com que a trama passe um frescor de originalidade impossível
de não ser seduzido.
O casal de
irmãos (e ladrões) da trama (Eric Bana e Olivia Wilde) acabam por se tornarem o principio, para o inicio de uma teia de eventos, em que envolve inúmeros personagens, nos
quais a maioria deles possui fortes laços de sangue e que acaba por sinal
explorando determinados dramas familiares, a partir do momento em que se começa
uma caça florestal para o encontro dos irmãos em fuga. Com um ótimo elenco
que inclui Sissy Spacek, Kris Kristofferson, Treat Williams e Kate Mara –
Ruzowitzky, todos esses personagens irão chegar a um ponto de se colidir no ato
final da trama. Sendo que durante todo o filme, ocorrem inúmeras situações, que
acabam se tornando peças fundamentais de uma espécie de jogo de xadrez, no qual
se nascerá um verdadeiro cheque mate, numa inesperada (e mórbida) reunião de ação
de graças em família e que acabara testando os nervos do publico.
É uma pena
que justamente nesse crucial e melhor momento de toda a trama, o diretor
simplesmente falhou em agilizar demais
as coisas para finalizar ela, sendo que muitos pontos ficaram em aberto e deixando
para o espectador, tanto um gosto de decepção na boca, como também o desejo da
trama prosseguir por mais alguns minutos. Embora com esse deslize, é um filme
que merece ser descoberto.