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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 17 de abril de 2012

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: Tudo pelo Poder


Sinopse: 'Tudo pelo Poder' é baseado em peça escrita por Beau Willimon e se passa em Des Moines, Iowa, algumas semanas antes do partido democrata escolher seu candidato para a concorrer à presidência dos Estados Unidos. A trama é centrada no jovem diretor de comunicação Stephen Myers (Ryan Gosling) e as trapaças do jogo da política em que ele precisa se meter para conseguir a indicação para seu candidato, o então governador Mike Morris (Clooney).
George Clooney mostra-se mais atuante do que nunca no mundo do cinema atualmente. Seja na atuação, ou até mesmo roteirizando, produzindo e dirigindo, sendo que nesse ultimo, provou que tem vocação, apartir de Boa Noite e Boa Sorte e agora esse, Tudo pelo Poder, que nada mais é do que uma alfinetada da política americana atual que o astro ataca. Ao criar a historia, dos bastidores da campanha de um candidato democrata (o próprio ator) á presidência, Clooney. aproveita ao máximo, para dissecar a sujeira que há de baixo do tapete.
Embora previsível em alguns momentos, a trama flui bem, graças aos diálogos afiados, beneficiado por um elenco impecável que inclui Paul Giamatti e Philip Seymour Hoffman, que são os responsáveis pelas campanhas dos candidatos rivais. Mas quem rouba a cena realmente é Ryan Gosling, que interpreta um assessor idealista que, gradualmente, vai descobrindo o que realmente há por trás das cortinas do governo. Nos já vimos isso antes, mas nunca é demais assistirmos por uma nova perspectiva. 



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segunda-feira, 16 de abril de 2012

Cinema Japonês: Do clássico ao contemporâneo (EXTRA)


O CINEMA JAPONES ESTUDADO EM GRANDE ESTILO E NAOMI KAWASE GANHANDO O SEU MERECIDO RECONHECIMENTO.
Encerrou-se ontem, o curso Cinema Japonês: Do clássico ao contemporâneo, criado pelo CENA UM e ministrado  Francis Vogner dos Reis. Durante dois dias, a pessoa que participou do evento, teve a oportunidade de conhecer um pouco mais, não só dos principais filmes de cada cineasta japonês, como também um pouco da cultura nipônica passada nas telas. É curioso observar, que embora cada cineasta tenha a sua visão particular da criação de um filme, existem elementos em comum nas obras. Temas como família, vida, morte, espiritismo e dentre outros, estão na maioria desses filmes, que não só tiveram o grande destaque merecido no país de origem, como também em outros países do mundo afora.
Embora esteja prometido, nas próximas semanas um curso somente sobre Akira Kurosawa, não se podia deixar o cineasta de fora deste, já que ele foi um dos primeiros diretores japonês a dar um novo frescor ao cinema japonês “pôs guerra”, e seu desempenho em Veneza naquele tempo, com o seu filme Rashomon, foi o ponto de ignição, não só para o seu reconhecimento pessoal, como também do cinema oriental. Vieram então, Yazujiro Ozu (Era uma vez em Tóquio), que soube criar uma abordagem única sobre o cotidiano da família contemporânea da época. Kenji Mizoguchi(Contos de Lua Vaga), que soube dosar elementos de luz e sombra, com tramas que remetem ás fábulas japonesas, de uma maneira simples, porém, fantástica. hôhei Imamura (Segredos de uma esposa); Seijun Suzuki(Tóquio Violenta) e Kiju Yoshida(Eros + Massacre), foram os que mais fortaleceram a "Nouvelle Vague Japonesa", que embora tenha ganhado esse nome graças ao movimento que mudou a forma de se fazer cinema na frança, as comparações param por ai, já que o cinema japonês conseguiu (e por vezes de uma forma mais ousada) uma linguagem cinematográfica bem diferente e que falava por si.
Naomi Kawase(A Floresta dos Lamentos); Takeshi Kitano(Zatoichi) e Kioshi Kurosawa (Pulse) foram os que tiveram o melhor destaque, para representar o cinema japonês contemporâneo. Quem saiu ganhando (pelo menos em minha opinião) foi Kawase, pois sua filmografia é pouco conhecida em nosso país, mas graças ao curso e sua repercussão, Kawase ganhará então novos adeptos, pois sua forma de filmar (com seqüências sem cortes e com a sensação de estar sempre com a câmera tremula na mão) contagia aquele que assiste. Kioshi Kurosawa (que não é parente de Akira Kurosawa) é um caso interessante, pois é um diretor que se consagrou em seu país origem, ao fazer filmes de terror e que com certeza foi o ponta pé inicial, para a avalanche de filmes japonês de terror e suas refilmagens americanas pipocarem na primeira década do século 21. Muito embora, Francis Vogner tenha deixado claro, que o cinema de terror japonês já estava lá muito antes, principalmente se formos mais pra trás e pegarmos clássicos exemplos como Godzilla, ou até mesmo alguns elementos vistos como sobrenaturais (ou não) em Contos de lua Vaga.
Com toda essa viagem no tempo, de ontem e hoje sobre o cinema japonês, o curso se encerrou com o saldo mais do que positivo. Principalmente embalado pelo novo ambiente onde foi criado o evento (Santander cultural), que foi muito bem vindo, principalmente para aqueles que buscavam mais conhecimento sobre cinema e com um ambiente em que se respira á cultura.
E que venha Akira Kurosawa (aguardem minhas postagens sobre sua filmografia).



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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Cine Dica: Em Cartaz: TITANIC 3D

O FILME, QUE ME FEZ SAIR DE CASA
Sinopse: Exibição pela primeira vez em 3D do grande sucesso de bilheteria e vencedor de 11 Oscars. Um rapaz e uma garota de diferentes classes sociais se encontram durante a viagem inaugural e fatídica do transatlântico RMS Titanic.
Filme muda a vida das pessoas?  Talvez essa pergunta já tenha sido discutida por muitas pessoas ao longo dos anos e a resposta é meio difícil. Porque desde o principio, o cinema serviu como uma ferramenta de entretenimento, mas aos poucos foram surgindo filmes que se tornaram obras primas, e o cinema em si, se tornou o que chamamos de sétima arte. Agora, não sei responder se o cinema muda as pessoas, mas talvez os filmes possam abrir novos caminhos para elas e foi isso que aconteceu comigo, há quinze anos.
Vivia em Guaíba, cidade e município de Porto Alegre, sendo que, naquele tempo saia mais pela minha cidade, nunca ia sozinho para capital e somente estudava e passeava um pouco pelas ruas, mas eu era limitado (não confunda com problemas físicos seus apressadinhos), não saia sozinho muito longe. Oportunidades?? Tinham, mas meus pais tinham medo que eu saísse sozinho, talvez pelo fato de ser filho único, sei lá!
Quando Titanic estava fazendo todo aquele sucesso na época, eu curtia já alguns filmes, mas o meu gosto pelo cinema estava ainda engatinhando (ainda achava que filmes do Van Damme eram ótimos) e na maioria das vezes, que eu ia para o cinema, era somente com os meus pais para assistir a filmes dos Trapalhões (quando os filmes da trupe ainda prestavam). Titanic então estreou e foi aquela loucura toda e só estava faltando eu para assistir. Lembro-me bem do dia que eu discuti com os meus pais, que eu queria assistir a esse filme e queria ir sozinho, mas eles não queriam que eu fosse só. Para se ter uma idéia, eu já tinha 17 anos nas costas, precisava tomar uma providencia na vida, sair sozinho e tal. Então, depois de muita discutição, meus pais decidiram que eu fosse ao cinema sozinho, contudo meu pai me levou de carro.
Assisti a aquele filme no inesquecível Cine Imperial das Andradas na capital.  Me lembro muito bem do meu queixo caindo a cada cena daquela película e ouvindo o choro das garotas no final, (quem já viu, sabe o que acontece). Sai daquele cinema sabendo que havia assistido não só o filme do momento, mas um filme realmente de verdade e que lhe prende do começo ao fim. Depois da sessão, tive que ir embora sozinho, sem complicação e não tive nenhum problema, sendo que, chego em casa e vejo os meus pais meio que aflitos, mas ficam aliviados vendo que me sai muito bem voltando sozinho da capital para Guaiba. Apartir daquele dia, comecei há ir mais em seguida sozinho para a capital, para assistir filmes, passear no shopping e comecei a procurar emprego depois de eu ter terminado os estudos e conheci cada uma das ruas da capital sozinho, andando a pé e sem ajuda de ninguém, em lugares em que nem meus próprios pais iam.
Daí, atualmente eu penso assim: Comecei tudo isso por causa do Titanic? Parece irônico! Pois após ter visto esse filme, eu assisti a outros melhores, incluindo clássicos e recentes, e me tornei um viciado e entendedor da sétima arte, chegando a criar esse blog. Mas foi justamente pelo Titanic, que é um bom filme, mas que não é um dos meus preferidos, que mudei a direção da minha vida? Ou foi o meu impulso que me fez desejar sair e começar a me virar sozinho ai fora?
Seja como for, o cinema ficou envolvido nesta. Talvez um filme em si não mude as pessoas, mas talvez sua magia em atrair o publico, para ver historias e novos mundos, nos faz ir em busca de conhecimento, talvez seja isso.
Um filme muda a vida das pessoas? Não sei!  Mas talvez o filme seja apenas um pequeno ingrediente para fazer nos termos impulso e corarem para mudar as nossas vidas, pelo menos, foi isso que me aconteceu.
E talvez este seja o desejo de James Cameron, fazer as pessoas irem e mudar as suas vidas ao assistirem a suas produções como Avatar, que assim como Titanic, mudou a forma de assistir cinema, com uso cada vez maior do formato 3D. E 15 anos depois, Titanic retorna a esse formato, para uma nova geração de cinéfilos, que embora a maioria já saiba de cor e salteado, sobre o que acontece na tela, com certeza terá a curiosidade de como o filme se comporta com essa ferramenta do momento. Já adianto que o iceberg e o próprio navio em si não irão saltar no seu colo, mas todo clássico que se preze, merece uma reestréia no cinema e com todos os recursos atuais que os poderosos da indústria podem oferecer. E para um filme que não envelheceu depois de mais de uma década, não custa colocar um novo verniz na superfície. Portanto, vá ao cinema sem medo, e volte no tempo a quinze anos, assim como eu fiz esses dias. Nostalgia nunca é demais. 




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Cine Especial: Cinema Japonês: Do Clássico ao contemporâneo: FINAL


Concluo aqui, os especiais sobre o cinema japonês: Do clássico ao contemporâneo, já que o curso pelo CENA UM se inicia amanhã. Infelizmente acabei não tendo tempo de rever alguns filmes, de certos cineastas que serão citados amanhã, como no caso de Naomi Kawase (Floresta dos Lamentos), Takeshi Kitano (Zatoichi) e Kioshi Kurosawa (Tokio Sonata), mas quando eu tiver tempo, irei rever os três e fazer uma matéria especial, ligada a esses posts que eu fiz durante duas semanas. Lembrando, que no final do mês, participarei do curso sobre o mestre Akira Kurosawa, e sendo assim, aguardem meus especiais, sobre um dos maiores diretores do oriente.
Abaixo, revejam todos os posts que eu escrevi:

Partes: 12, 3, 4, 5, 6, 7 e 8


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Cine Dicas: Estreias no final de semana (13-04-12)



Final de semana com muitas estréias, mas não tem jeito, todos os holofotes estarão apontados para a reestréia de Titanic no cinema. Mas como eu fiz uma matéria especial, que em seguida irei publicar, irei citar os outros que chegam as nossas salas. Lembrando, que estarei sábado e domingo, envolvido com o curso do CENA UM, onde o foco será sobre o cinema japonês, do clássico ao contemporâneo, portanto, aguardem para o final dos especiais, que eu fiz com relação a atividade.    
Confiram as estreias: 

12 Horas

Sinopse: O filme acompanha Jill Parrish uma jovem que volta para casa e descobre que sua irmã desapareceu. Ela começa a procurar a irmã que já havia sido perseguida por um serial killer e tenta fazer justiça com as próprias mãos.



À Margem do Lixo
Sinopse: O documentário acompanha a rotina dos catadores de papel e materiais recicláveis na cidade de São Paulo. Um documentário que aposta no capitalismo mais humano com mais justiça social.

A Toda Prova
Sinopse: Treinada pela CIA a destemida agente Mallory é convocada por Kenneth para realizar uma missão secreta com Paul mas logo ela descobrirá que os seus parceiros armaram uma emboscada para matá-la. Confiando apenas no seu instinto selvagem e tendo de proteger o seu pai Mallory vai correr contra o tempo para desarmar um complô internacional.


Adeus, Primeiro amor
Sinopse: Camille (Lola Créton) e Sullivan (Sebastian Uzendowsky) se separam quando o rapaz decide passar um ano viajando pela América do Sul. Ela, com apenas 15 anos, sobrevive das cartas que recebe... até que elas não chegam mais. Quatro anos depois, Camille se tornou uma estudante de arquitetura dedicada não só aos estudos, mas também a seu novo amor, o famoso arquiteto Lorenz (Magne Havard Brekke). Quando Sullivan cruza seu caminho de novo, a jovem fica com o coração dividido entre os dois homens que ama.


Como Agarrar Meu Ex Namorado
Sinopse: Divorciada e desempregada Stephanie Plum aceita o emprego de caçadora de recompensas na firma de um primo esquisito. Munida de um bom par de saltos um olhar provocante e um tubo de spray de pimenta ela parte em busca de seu primeiro alvo - o atraente Joseph Morelli ex-policial foragido o mesmo por quem ela tinha uma queda desde os tempos de escola.


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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Cine Dica: 'Anna Pavlova Vive em Berlim'


“FILME-ME, MAS NÃO ME DIRIGE”
Sinopse: Perdida num limiar de insanidade e lucidez poética, a "party queen" russa Anna Pavlova perambula pelas ruas de Berlim em uma crise de identidade.
O subtítulo acima faz uma referencia a uma das principais frases da protagonista, ditas para o cineasta que fica atrás dela, o tempo todo, durante quatro meses de filmagens. A frase pode ser muito bem usada como exemplo do que está por vir na tela, pois o jovem cineasta Theo Solnik, segue a jornada de dias e noites da jovem russa amalucada nas ruas de Berlim, mas jamais se intromete em suas aventuras, onde tudo pode então acontecer. Com o objetivo de mostrar o lado utópico desse clima constante felicidade que aparece ser comum em Berlim, “uma cidade onde é possível viver com pouco dinheiro e se divertir muito”, segundo as próprias palavras do cineasta.
Com essa intenção, Solnik pega carona com Ana nas ruas da cidade, onde tudo que vemos na tela nada é ensaiado, sendo tudo bem cru, realista, por vezes deprimente, mas não menos que espetacular. A bela fotografia em preto e branco, aliás, se casa muito bem com os momentos, tanto sombrios da protagonista, como também os momentos de muita luz e vida que ela passa para a câmera. Além de claro servir muito bem, em mostrar um lado um tanto obscuro da cidade, que por vezes, de nada lembra as belas imagens dos cartões postais que tantos os alemães vendem por lá. Muito embora ajam momentos de mais pura beleza, principalmente quando surgem as verdadeiras pessoas naquelas ruas, e tornam elas, muito mais interessantes.
Mas embora a fotografia, montagem e á idéia principal, que o cineasta quis passar, tenham se cruzado no momento certo e na hora certa para a criação desse filme, nada disso funcionaria, se não fosse pela energia magnética de sua protagonista. Ao assistir Ana na tela, imediatamente me identifiquei com ela, pois ela é uma jovem, cheia de vida e que pretende (a todo custo) viver ao máximo. Essa característica via sempre aos montes quando era mais jovem, sendo que me lembrou bastante umas colegas de escola, mas elas não tinham essa força tão destrutiva como à dela, na qual, com certeza ninguém conseguiria sempre acompanhar suas aventuras naquelas ruas. Existem momentos, inclusive, que Ana para na frente da câmera, e passa tamanha força em seus olhos, que cria um verdadeiro contraste, se comparado nos momentos no qual, seu corpo se entrega a bebedeiras e drogas, mesmo ela estando consciente que tais fraquezas são prejudiciais a ela. Embora pequena, é uma verdadeira entidade imprevisível, onde ela se arrisca a noite, ao falar mal e cuspir em uma pessoa de uma danceteria, em que ela estava devendo dinheiro. Momento esse, aliás, um dos mais tensos, pois nada daquilo é armado, onde até mesmo Theo, por pouco, não é agredido.
São esses momentos dela que nos fazem ficar tão fascinados pela sua pessoa, que até chegamos a duvidar em certos momentos, se aquilo tudo foi realmente real. Não é a toa que a própria Ana Pavlova foi mencionada em alguns prêmios de melhor atriz no mundo a fora, mesmo ela não estando atuando em momento algum na tela, pois ela é aquilo, e isso é o que mais fascina. Sendo que não sentimos tanta energia de vida e naturalidade em outras pessoas, quando as vemos atuando como elas mesmas em determinados documentários. Pelo menos no meu caso, não me lembro de algo parecido como isso que eu vi na tela.
Com um ato final em que Ana revela novas camadas de sua personalidade para a câmera, o filme deixa no ar, certas duvidas, sobre o futuro da protagonista, e o que é mais importante, nos faz desejar em não querer largar do ombro da protagonista, e desejar passar mais algumas noites com ela nas ruas de Berlim.

NOTA: Infelizmente o filme teve somente duas sessões na Usina do Gasômetro, na mostra de Documentários Artdoc., que complementa o seminário recém realizado RODA-Rodada de Debates sobre a Arte, que abrigou na capital encontros entre artistas, críticos e curadores. Tive o maior prazer de participar de uma das sessões, com a participação do próprio cineasta Theo Solnik, que contou em um debate após a sessão, sua experiência de rodar esse filme e do seu dia a dia junto com Ana, nos quatro meses de filmagem.
Para um filme cheio de qualidades (e um dos melhores que vi desse ano), merece uma segunda vinda em nossa capital.    


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Cine Especial: Cinema Japonês: Do Clássico ao Contemporâneo: Parte 8


Nos dias 14 e 15 de abril, estarei participando do curso “Cinema Japonês: Do Clássico ao Contemporâneo”, realizado no Santander Cultural, criado pelo CENA UM e ministrado pelo critico de cinema Francis Vogner dos Reis. E enquanto o evento não acontece, por aqui, estarei postando tudo o que eu sei, sobre grandes obras primas, que vieram do outro lado do mundo.

A Balada de Narayama (1983)
Sinopse: No fim do século XIX, em um pequeno vilarejo japonês, o morador que completa 70 anos de idade deve subir ao topo de uma sagrada montanha e aguardar por sua morte. Aquele que se recusa a cumprir a tradição, traz a desonra para sua família. Mas para Orin (Sumiko Sakamoto), uma senhora de 69 anos, procurar uma esposa para o seu filho mais velho, Tatsuhei (Ken Ogata), é mais preocupante do que cumprir a amarga tradição.
Vencedor da palma de Ouro no Festival de Cannes em 1983, balada de Narayama é um belo e sensível filme do diretor Shohei Imamura, o primeiro realizador japonês a receber duas Palmas de Ouro no Festival. Embora cru em alguns momentos, onde mostra que as tradições estão acima de qualquer coisa, o filme nos rende belas imagens, seja quando os protagonistas encaram seu passado, ou quando tem que fazer a dura jornada pela montanha, e sacrificar o seu parente.
 Imamura retratou muito bem esse costume tradicional, mas ele foi muito além disso. Procurou mostrar, por exemplo, que apesar do estado de ignorância e da vida vegetativa que levavam os moradores de certo vilarejo, carregavam ainda um forte senso fraternal e comunitário. Exemplo é quando é retratado a venda de bebês, que embora passe desconforto para quem assista, eles agiam dessa maneira, para então não matá-los, embora houvesse certas exceções.
 Um filme que retrata muito bem o lado psicológico de certos povos e o que levavam a eles agirem em determinadas situações, ao encarar pela primeira vez, as suas tradições. 


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