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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Cine Dica: Mostra de cinema espanhol encerra nesta semana

 

Entre 05 e 30 de agosto, a Sala Redenção e o Instituto Cervantes apresentam a mostra “Cineastas Espanhois: À Direita e à Esquerda do Tempo”. Com título inspirado em uma citação do dramaturgo espanhol Federico Garcia Lorca, a programação conta com 12 filmes de cineastas espanhois, produzidos entre as décadas de 1960 e 2000. A partir do recorte temporal, a mostra promove uma reflexão sobre como os diretores captaram os contextos históricos nos quais viveram, através de suas obras.

Para celebrar o centenário do Manifesto Surrealista, a mostra apresenta duas produções do diretor Luis Buñuel. A obra do cineasta e sua relação com o surrealismo são o foco de dois bate-papos que integram a programação. A sessão de Viridiana (1961), no dia 15 de agosto, às 19h, conta com a participação de Luís Edegar Costa, professor de História da Arte. Já a exibição de O anjo exterminador (1962), no dia 20 de agosto, às 19h, é seguida de uma conversa com o cineasta e historiador da arte Giordano Gio.

O diretor Carlos Saura também ganha destaque especial na programação, com quatro produções em cartaz: Cria Corvos (1976), Elisa, Minha Vida (1977), Mamãe Faz Cem Anos (1979) e Goya em Bordeaux (1999). A filmografia de Saura é tema de bate-papo com a professora e crítica de cinema Fatimarlei Lunardelli, que acontece após a exibição de Mamãe Faz Cem Anos (1979), no dia 14 de agosto, às 16h.

Além de Buñuel e Saura, a mostra ainda apresenta obras de outros seis diretores espanhois. Em cartaz na programação, estão: O Espírito da Colméia (1973), de Victor Erice; Tasio (1984), de Montxo Armendáriz; As Galinhas de Cervantes (1988), de Alfredo Castellón; Todos a la carcel (1993), de Luis Garcia Berlanga; Lucia e o Sexo (2001), de Julio Medem; e Mar Adentro (2004), de Alejandro Almedabar.

A programação tem entrada franca e é aberta à comunidade em geral. O cinema da UFRGS está localizado no campus central da Universidade, com acesso mais próximo pela Rua Eng. Luiz Englert, 333.

Confira a programação completa no site oficial clicando aqui. 

sexta-feira, 23 de agosto de 2024

Cine Especial: 'Alien, o 8º Passageiro - 45 Anos Depois'

Os anos sessenta e setenta foram cruciais para o gênero de ficção cientifica sair dos cenários dos filmes B e começar a se destacar através de obras que tem muito a dizer. "2001 - Uma Odisseia no Espaço" (1968) foi ápice dessa mudança, onde o realizador Stanley Kubrick recriou cenas do espaço tão realistas que conseguiam se alinhar com o lado filosófico e existencial proposto pela trama. Porém, da ficção também se tem diversão, mas em doses épicas e foi assim a partir de "Star Wars - Uma Nova Esperança" (1977), comandado pelo diretor George Lucas e que mudaria os rumos do cinema.

Foi através dessa aventura espacial que muitos estúdios decidiram correr atrás de algum roteiro em que a trama se passasse no espaço e para que assim obtivesse algum sucesso. A própria Fox que havia lançado "Star Wars" decidiu ir em busca de novas histórias, mas ao invés de uma nova aventura optou por um filme de horror bem ao estilo de casa mal assombrada, mas que se passasse no espaço. O que parecia a premissa de um verdadeiro filme B acabou se tornando um dos filmes mais importantes do final da década de setenta e esse foi "Alien, o 8º Passageiro" (1979).

A trama se passa em um futuro distante, onde uma nave espacial, que estava retornando para terra, capitou um sinal estranho vindo de outro planeta. Sendo obrigados a investigar, a equipe de mineradores adentra ao local, mas um deles acaba sendo atacado por uma estranha forma de vida que fica grudada no seu rosto. Se tem início a uma inesperada situação, onde os tripulantes precisam enfrentar uma estranha forma de vida que cresceu a partir dessa união.

Ao rever esse filme depois de algum tempo eu fiquei espantando como ele envelheceu tão bem. Claro que tem a questão das câmeras cuja as imagens parecem analógicas, sendo que no nosso mundo real isso ficou para trás agora que convivemos com o mundo digital. Porém, a impressão que me fica é que o filme foi rodado a pouco tempo, pois ele quase não possui nenhum resquício do que era visto nos anos setenta.

Muito desse visual a frente daquela época se deve ao H. R. Giger,  artista plástico suíço com obras no campo da pintura, escultura, design de comunicação e de interiores e cinema. Pode-se dizer que o realizador foi revolucionário ao criar um visual mais sujo, cheio de detalhes e que se diferenciavam dos demais filmes de ficção da época e sendo que a sua obra serviu até mesmo de influência para outros realizadores. Neste filme a sua maior realização foi a criação do visual do Alien e sendo considerado até hoje uma das criaturas mais assustadoras da história do cinema.

Visualmente, H. R. Giger queria criar um ser sem olhos, do qual agisse de acordo com os seus extintos, mas não por maldade, mas sim pela sua sobrevivência. Embora visualmente assustador, a criatura somente funcionaria dentro da trama se houvesse um diretor perfeccionista que soubesse filma-la de uma forma com que testasse a nossa perspectiva com relação a ela. Devemos lembrar que o filme foi lançado posteriormente ao sucesso "Tubarão" (1975), onde Steven Spielberg filmou poucas tomadas do enorme peixe, mas fazendo com que isso se torne ainda mais tenso diga-se de passagem.

Tudo é mais assustador quando não vemos os monstros desses filmes de horror, pois não temos uma noção de sua aparência e fazendo da situação se tornar muito mais claustrofóbica. Para obter esse feito coube ao jovem realizador Ridley Scott comandar o espetáculo. Se destacando na época a partir de filmes como "Os Duelistas" (1977), Scott não é exatamente para mim um cineasta autoral do qual identificamos de imediato o seu modo de filmar em seus filmes. Porém, uma coisa perceptível é o seu perfeccionismo, com o direito de sempre fazer cenas cujo enquadramento possui inúmeros detalhes e dos quais sempre haverá um novo a ser descoberto em seus filmes.

Se isso eu sempre senti ao sempre rever "Blade Runner" (1982) aqui não é muito diferente, sendo que a nave Nostromo é tão rica de detalhes que fico imaginando como eram os desenhos desses cenários elaborados antes no papel pelo artista H. R. Giger. Para filmar o Alien, Scott optou em sempre o filmar nas sombras, fazendo um enquadramento que somente aparecia mais o seu horrendo rosto e cujo os cortes bruscos fazem a gente não ter uma exata noção do seu visual como um todo. O resultado acaba se tornando mais do que positivo, principalmente quando os efeitos práticos da época fazem com que tudo obtenha mais peso e sendo algo que nenhum CGI terá a chance de alcançar tal feito.

Mas talvez o ápice do perfeccionismo de Ridley Scott se encontra na famosa cena onde os protagonistas estão almoçando, para logo em seguida o personagem de John Hurt começar a ter uma violenta convulsão. O seu peito logo em seguida explode, sangue é expirado para todos os lados e saindo dele o pequeno, porém, assustador Alien. Reza a lenda que somente John Hurt sabia o que aconteceria com o seu personagem, sendo que os demais interpretes não faziam ideia do que aconteceria ali e fazendo com que as suas ações perante a situação se tornem ainda mais verossímeis.

Falando do elenco, é interessante observar que Scott não dá exatamente o protagonismo para um personagem, sendo que cada um em cena obtêm o seu destaque. Na abertura inicial do filme, por exemplo, o primeiro que surge em cena é John Hurt, que acorda da câmara criogênica aos poucos e fazendo a gente entender que ele seria o protagonista. Eis que então constatamos que não é isso exatamente, pois os personagens possuem personalidades bem construídas e fazendo com que cada um obtenha a nossa atenção na medida em que a trama avança.

Por conta disso, ninguém imaginava que dentre eles a personagem que mais se destacaria seria a tenente Ripley, interpretada com intensidade pela até então jovem e talentosa Sigourney Weaver e se tornando, talvez, a primeira grande heroína da história do cinema. Inicialmente a personagem seria interpretada pela atriz Verônica Cartwright, mas depois de vários testes Scott percebeu que Weaver possuía uma expressão que conseguisse passar medo, frustração e raiva ao mesmo tempo em passagens da trama em que esses sentimentos eram mais do que necessários. Porém, Verônica Cartwright também não faz feio em cena ao interpretar a segunda personagem feminina do grupo e cuja sua expressão de pavor na cena mais impactante do filme lhe valeu o prêmio Saturno de melhor atriz coadjuvante na época.

Contudo, o personagem mais misterioso e interessante da trama seja realmente Oficial de Ciências Ash, interpretado pelo ator britânico Ian Holm, sendo que desde a sua cena inicial ele nos transmite certa ambiguidade vinda do seu personagem e fazendo com que não saibamos ao certo suas reais intenções. Isso aumenta consideravelmente quando ele demonstra desejo em levar a criatura para terra na intenção de estuda-la e cujo seu olhar suspeito na cena do almoço antes da tragédia acontecer sintetiza muito bem isso. Porém, a grande surpresa fica por conta quando se é revelado que Ash é um robô e cuja sua atuação alinhada com efeitos práticos na cena em que se revela isso se torna outro grande momento do filme como um todo.

Grande sucesso de público e de crítica, o filme de Ridley Scott levou diversos prêmios, dentre eles o Oscar de melhor efeitos visuais dado a R. Giger merecidamente. O longa daria início a uma longeva franquia de altos e baixos, com três continuações, sendo que "Aliens - O Resgate" (1987) dirigido pelo até então jovem James Cameron é apontado por muitos como uma das melhores continuações da história. Ridley Scott retornaria a essa franquia em "Prometheus" (2012), "Alien: Covenant" (2017) e mais recentemente como produtor em "Alien - Romulus" (2024).

Porém, por melhor que seja algumas dessas continuações, o filme de 1979 continua ainda hoje sendo o melhor de todos, sendo um sobrevivente ao teste do tempo e provando que o perfeccionismo, alinhado com um grande elenco e ideias construtivas pode sim se criar algo que vai além do seu próprio tempo. Surgiram, logicamente, até mesmo imitações desse grande feito, mas jamais tendo o mesmo impacto e fazendo que somente uma nova geração de cinéfilos adquirisse a curiosidade de conhecer o clássico. Nunca foi tão bom revisitar um clássico de ficção como esse.

"'Alien, o 8º Passageiro" é um filme a frente do seu tempo, perfeccionista em todos os sentidos e sendo ainda hoje uma das obras mais assustadoras de todos os tempos. 

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quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Cine Dica: Sessão Clube de Cinema 24 e 25/08: "Dorival Caymmi - Um Homem de Afetos" (sábado) + "Testamento" (domingo)

 Testamento

Este final de semana, o Clube de Cinema de Porto Alegre tem o prazer de anunciar uma programação especial com sessões tanto no sábado quanto no domingo, marcando nosso retorno a espaços muito queridos!

No sábado, voltaremos ao CineBancários para a aguardada exibição do documentário de Daniela Broitman, "Dorival Caymmi - Um Homem de Afetos". No domingo, celebramos nosso retorno à Cinemateca Paulo Amorim com a sessão do filme canadense "Testamento", de Denys Arcand.


Confira mais informações:


SESSÃO DE SÁBADO


"Dorival Caymmi - Um Homem de Afetos"

Brasil, 2019, 90 min, 10 anos

Local: CineBancários (R. Gen. Câmara, 424 - Centro Histórico)

Data: 24/08/2024, sábado, às 10:15 da manhã

Direção: Daniela Broitman.

Elenco: Dorival Caymmi, Nana Caymmi, Danilo Caymmi, Caetano Veloso.

Sinopse: "Dorival Caymmi – Um Homem de Afetos" é um longa-metragem documental dirigido por Daniela Broitman e produzido pela Videoforum Filmes. O filme conta a história de Dorival Caymmi, cantor e compositor brasileiro que revolucionou a canção no país e influenciou movimentos como a Bossa Nova e a Tropicália. A produção mescla trechos de entrevistas com outros nomes famosos da música brasileira, como Caetano Veloso, e de uma entrevista inédita com Dorival, realizada em 1998, onde ele conta histórias inusitadas, fala sobre seu processo criativo, suas paixões e decepções, além de realizar performances improvisadas de músicas como “Quem Vem pra Beira do Mar” e “Marina”.


SESSÃO DE DOMINGO


Local: Sala Eduardo Hirtz, Cinemateca Paulo Amorim, Casa de Cultura Mario Quintana (R. dos Andradas, 736 - Centro Histórico)

Data: 25/08/2024, domingo, às 10:15 da manhã

"Testamento" (Testament)

Canadá, 2023, 115 min, 14 anos

Direção: Denys Arcand

Elenco: Rémy Girard, Sophie Lorain, Marie-Mai

Sinopse: O cineasta canadense retorna com sua marca registrada de humor ácido e incisivas críticas sociais, centrando-se na vida de Jean-Michel, um homem culto e aposentado. Vivendo em um lar para idosos, Jean-Michel desfruta de uma vida tranquila até que começa a se irritar com as imposições do politicamente correto e a moralidade que condena os tempos de sua juventude. Paralelamente, ele se envolve em um romance inesperado com Suzanne, a diretora da instituição, que possui visões divergentes sobre esses temas, levando a um confronto de gerações e ideias.


Contamos com sua presença, até lá!


PROGRAMAÇÕES PARCEIRAS


+ Estreia de MOTEL DESTINO em 22 DE AGOSTO

Novo longa de Karim Aïnouz, estreia na Cinemateca Paulo Amorim e no CineBancários em 22 de agosto. Ovacionado em Cannes, thriller erótico cearense é protagonizado por Fabio Assunção, Iago Xavier e Nataly Rocha.

Confiram os horários das sessões nos links:

Cinemateca Paulo Amorim: https://www.cinematecapauloamorim.com.br/programacao/2039/motel-destino

Cine Bancários: https://cinebancarios.blogspot.com/2024/08/motel-destino-novo-longa-de-karim.html


+  Exibição de A GLÓRIA DA VIDA sobre a vida de Kafka - QUARTA (28/08) NO GOETHE-INSTITUT PORTO ALEGRE

Entrada Franca. Coprodução entre a Alemanha e a Áustria, o filme é baseado no livro homônimo de Michael Kumpfmüller. Dirigido por Georg Maas e Judith Kaufmann, conta a história emocionante do grande amor entre Franz Kafka e Dora Diamant.

Mais informações no link: https://www.goethe.de/ins/br/pt/sta/poa/ver.cfm?event_id=25913228

 

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Cine Dica: CINEMATECA CAPITÓLIO 23 a 28 de agosto de 2024

Melodia do Assassinato

 NOIR DINAMARQUÊS NO PROJETO RAROS

Na sexta-feira, 23 de agosto, às 21h, a Cinemateca Capitólio apresenta uma edição do Projeto Raros com o filme Melodia do Assassinato, noir dinamarquês realizado em 1944 pela pioneira Bodil Ipsen. Com entrada franca, a sessão marca o encerramento da mostra 1944, o ano noir.


Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/7550/projeto-raros-melodia-do-assassinato/


MOSTRA CELEBRA OBRA MÍTICA DO CINEMA

A partir de terça-feira, 27 de agosto, a Cinemateca Capitólio celebra o centenário de uma obra mítica da história do cinema com a mostra especial Stroheim, Ouro e Maldição, que exibe filmes relacionados ao lendário Ouro e Maldição (1924), realizado por Erich von Stroheim a partir do romance McTeague (1899), de Frank Norris.


Mais informações: https://www.capitolio.org.br/novidades/7561/stroheim-ouro-e-maldicao/     


GRADE DE HORÁRIOS


20 a 22 de agosto

MANUTENÇÃO DA SALA DE CINEMA


23 de agosto (sexta-feira)

15h – Orlando, Minha Biografia Política

17h – Pacto de Sangue

19h – Elis e Tom, Só Tinha de Ser com Você

21h – Projeto Raros: Melodia do Assassinato


24 de agosto (sábado)

15h – Orlando, Minha Biografia Política

17h – Nada Será Como Antes – A Música do Clube da Esquina

19h – Três Tigres Tristes


25 de agosto (domingo)

15h – Orlando, Minha Biografia Política

17h – Mostra Gaúcha de Curtas de Gramado 1

19h – Mostra Gaúcha de Curtas de Gramado 2


27 de agosto (terça-feira)

15h – Orlando, Minha Biografia Política

17h – A Serena Onda que o Mar me Trouxe

19h – Crepúsculo dos Deuses


28 de agosto (quarta-feira)

15h – Orlando, Minha Biografia Política

17h – A Serena Onda que o Mar me Trouxe

19h – A Grande Ilusão

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (22/08/24)

 TIPOS DE GENTILEZA

Sinopse: Um homem procura libertar-se do seu caminho predeterminado, um policial questiona o comportamento da sua esposa após um suposto afogamento e a busca de uma mulher para localizar um indivíduo profetizado para se tornar um guia espiritual.

PISQUE DUAS VEZES

Sinopse: Quando o bilionário de tecnologia Slater King conhece a garçonete Frida em sua gala de arrecadação de fundos, faíscas voam. Ele a convida para se juntar a ele e seus amigos nas férias dos sonhos em sua ilha particular. É o paraíso. Noites selvagens se misturam com dias ensolarados e todos estão se divertindo.


A VIÚVA CLICQUOT – A MULHER QUE FORMOU UM IMPÉRIO

Sinopse: A história de Barbe-Nicole Ponsardin – uma viúva de 27 anos que depois da morte prematura do marido – desrespeita as convenções legais e assume os negócios de vinho que mantinham juntos. Sem apoio, ela passa a conduzir a empresa e a tomar decisões políticas e financeiras desafiando os críticos da época e revolucionando a indústria de Champagne ao se tornar uma das primeiras empresárias do ramo no mundo.


O CORVO

Sinopse: Eric Draven (Bill Skarsgård) e Shelly Webster (FKA twigs) são almas gêmeas conectadas por um passado sombrio. Após o brutal assassinato do casal, é concedido a Eric uma chance de salvar seu verdadeiro amor. Ele, então, embarca em uma jornada implacável por vingança, atravessando os limites entre o mundo dos vivos e dos mortos para corrigir erros e fazer justiça com as próprias mãos.

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Cine Dica: CINEMATECA PAULO AMORIM - PROGRAMAÇÃO DE 22 A 28 DE AGOSTO DE 2024

 SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES

MOTEL DESTINO


SALA EDUARDO HIRTZ


13h30 – CAMINHOS CRUZADOS Assista o trailer aqui.

(Crossing - Suécia/Dinamarca, 2024, 105min). Direção de Levan Akin, com Mzia Arabuli, Lucas Kankava, Deniz Dumanli. O2 Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Apesar das dificuldades financeiras, Lia resolve realizar o último desejo de sua irmã recém-falecida: encontrar Tekla, sua filha trans, que vive em Istambul e que não dá notícias há muitos anos. Lia embarca nesta jornada com Achi, um amigo de infância de Tekla, e juntos os dois vão descobrir um mundo muito diferente do que conheciam. O filme ganhou o Teddy Award 2024, prêmio dedicado a produções com temática LGBTQIA+ do Festival de Berlim.


15h30 – O MAL NÃO EXISTE Assista o trailer aqui.

(Aku wa sonzai shinai - Japão, 2024, 106min). Direção de Ryusuke Hamaguchi, com Hitoshi Omika, Ryo Nishikawa, Ryuji Kosaka. Imovision, 14 anos. Drama.

Sinopse: Takumi e sua filha Hana vivem em um vilarejo nos arredores de Tóquio, onde a vida das famílias é simples e ditada pelos ciclos da natureza. Mas eles descobrem que duas grandes empresas planejam construir, perto dali, um camping para turistas ricos – o que será uma ameaça ao equilíbrio ambiental da região. O filme foi vencedor do Grande Prêmio do Júri e do Prêmio da Crítica no Festival de Veneza.


17h30 – ESTÔMAGO (NOS DIAS 22, 24 E 27 – QUINTA, SÁBADO E TERÇA) Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2008, 113min). Direção de Marcos Jorge, com João Miguel, Fabíola Nascimento, Carlo Briani, Babu Santana. Paris Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: Raimundo Nonato se muda para a cidade grande em busca de uma vida melhor. Seu primeiro emprego é em um bar, onde começa como faxineiro – mas logo faz sucesso na cozinha, preparando coxinhas. Seus dotes culinários servem de passaporte para uma vida melhor, com dinheiro, prestígio, uma paixão e algumas confusões. Depois de 15 anos, o filme volta aos cinemas em cópia restaurada e terá uma continuação no final deste mês.


17h30 – TESTAMENTO (NOS DIAS 23, 25 E 28 – SEXTA, DOMINGO E QUARTA) Assista o trailer aqui.

(Testament, Canadá, 2024, 115min). Direção de Denys Arcand, com Rémy Girard, Sophie Lorain, Marie-Mai. Imovision, 14 anos. Comédia/Drama.

Sinopse: O cineasta canadense retorna com seu humor ácido e críticas sociais a partir do protagonista Jean-Michel, um homem culto e já aposentado. Jean-Michel leva uma vida pacata em um lar para idosos, mas começa a se irritar com algumas situações que envolvem o politicamente correto e uma certa moral que condena os tempos da sua juventude. Ao mesmo tempo, ele começa a se envolver amorosamente com Suzanne, diretora da instituição onde ele vive e que tem uma opinião diferente sobre alguns assuntos.


19h30 – MOTEL DESTINO - ESTREIA Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2024, 115min). Direção de Karim Aïnouz, com Fábio Assunção, Iago Xavier e Nataly Rocha. Pandora Filmes, 18 anos. Drama.

Sinopse: À beira de uma estrada do litoral cearense, o Motel Destino recebe amantes a qualquer hora do dia. Mas por trás dos seus muros se desenrola uma história de amor, desejo e poder que envolve um rapaz que foge do seu destino, uma mulher presa em um casamento abusivo e um homem prepotente. O longa, que abriu o Festival de Gramado há duas semanas, participou da competição oficial do Festival de Cannes.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 14,00 (R$ 7,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 16,00 (R$ 8,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTE BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES MEDIANTE PAGAMENTO COM O CARTÃO DO BANCO.


Estudantes devem apresentar Carteira de Identidade Estudantil.

Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Cine Dica: Em Cartaz - 'Armadilha'

Sinopse: A história de um pai de família (Josh Hartnett) que ao levar a filha para um show descobre que o evento é uma grande armadilha para captura-lo.  

O que aconteceu com M. Night Shyamalan? 

Essa é uma pergunta que muitos fazem com relação ao realizador, pois desde o "Sexto Sentido" (1999) parece que há uma obrigação dele fazer um filme que supere o seu maior feito. Reconheço que o diretor deu uns tropeções feios ao longo da carreira, mas também dizer que os seus filmes são descartáveis é vindo de pessoas que não entendem nada de cinema.  Pode-se dizer que ele teve uma primeira e segunda fase da carreira e o filme "A Visita" (2015) foi o ponta pé inicial dessa segunda fase que fez o cineasta obter novamente atenção dos cinéfilos.

Então vieram "Fragmentado"(2016), "Vidro"(2019) "Tempo"(2021) e "Batem à porta"(2023). Esse último, aliás, foi o mais criticado e que, convenhamos, o realizador pesou um pouco a sua mão principalmente em querer continuar ao usar o gênero fantástico transitando com elementos verossímeis, mas que acabam não se alinhando corretamente. Eis que então o cineasta sai da fantasia e embarca no suspense "Armadilha" (2024), que não é o melhor de sua carreira, mas ao menos é puro cinema.

A trama segue a história de Cooper (Josh Hartnett) e sua filha adolescente que vão em um show de uma cantora da música pop chamada Lady Raven (Saleka Shyamalan). Logo, Cooper percebe que há uma presença grande de policiais ao redor e isso o deixa intrigado. Logo ele descobre que o show é uma grande armadilha para capturar e prender um terrível serial Killer, porém, o próprio Cooper que estamos assistindo é o assassino.

A premissa acima é bem interessante, pois nos simpatizamos com o protagonismo e a relação entre pai e filha vista na tela. Porém, a partir do momento que sabemos que Cooper é um perigoso assassino logo percebemos que o filme se torna um verdadeiro jogo de gato e rato e fazendo a gente se perguntar como ele irá fugir ao ver que a força segurança está usando de tudo para pega-lo. M. Night Shyamalan cria então uma atmosfera claustrofóbica, onde o local, por maior que ele seja, se torna sufocante na medida em que o protagonista tenta de todos os meios escapar do local.

Como sempre, o realizador usa a sua câmera para contar a sua história, onde o olhar de sua lente representa o olhar observador do assassino, que fisga cada centímetro do local e procura estuda-lo para obter uma chance de fuga. Josh Hartnett eu o conheço desde os tempos em que ele se destacou em filmes como "Pearl Harbor" (2001) e 30 Dias de Noite (2007) e, convenhamos, nunca achei um grande interprete, mas aqui é preciso reconhecer que ele constrói para si um assassino inteligente, frio e com um conflito interno que somente ele entende. Ao mesmo tempo ele nos passa uma fúria contida, mas que não a esconde quando a sua cor de pele muda e tão pouco o seu olhar diabólico quando aflora.

O filme funciona principalmente ao fazer uma análise sobre cada expressão que o personagem faz, principalmente quando Shyamalan filma o rosto do protagonista em um enquadramento como se ele estivesse quebrando a quarta parede e sendo algo que me fez relembrar uma certa cena especifica de "Sinais" (2002). Curiosamente, deve ter sido também um desafio para o realizador ao recriar um típico show que é sempre visto nestes tipos de eventos da música pop e se alinhando com a proposta principal da obra. Contudo, o filme não esconde o lado pretensioso do realizador, já que a cantora da trama é interpretada pela sua própria filha e sendo uma forma de divulgar o seu talento artístico diga-se de passagem.

Aliás, é fácil acusar Shyamalan de ser uma pessoa pretensiosa ao fazer um filme a sua maneira doa o que doer. Porém, ao não agir dessa forma ele acaba sucumbindo ao sistema hollywoodiano e realizando longas duvidosos como "O Último Mestre do Ar" (2010) e "Depois da Terra" (2013). Ao sair desse terreno ele cria filmes a sua maneira, mas sempre despertando aquela sensação dos cinéfilos que ele ainda poderia ter feito algo melhor, principalmente com relação aos típicos finais surpresas que ele quase sempre elabora para pegar as pessoas desprevenidas. Aqui, porém, não há nada disso, sendo que a revelação vinda de uma determinada personagem ligada ao protagonista não provoca nenhum espanto, mas somente revelando o fato de que o assassino não é infalível.

O filme nos dá aquela sensação de que faltou algo no meio do caminho, mas somente pelo fato de termos a consciência do que o realizador já havia feito no passado. Ao criar um filme de suspense verossímil e distante do gênero fantástico que ele tanto gosta, Shyamalan abre uma porta para futuras possibilidades do que ele pode colocar em prática dentro de outros gêneros, mas fazendo a gente se perguntar se ele conseguirá manter a sua visão autoral por muito tempo. Ao menos, é preciso reconhecer que ele se arrisca em querer passar algo de significativo dentro desse cinemão norte americano que só se preocupa com os números para manter o seu sustento.

Em "Armadilha", M. Night Shyamalan se arrisca em um novo território, mas colocando em dúvida sobre o seu próprio futuro dentro do cinema hollywoodiano. 

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