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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 27 de julho de 2016

Cine Dica: Curso Roger Corman

...valor promocional para os primeiros inscritos..



Apresentação

Roger Corman é creditado em algumas centenas de filmes (e não-creditado em centenas de outros com os quais esteve envolvido), principalmente como produtor e diretor, mas também como roteirista e até como ator. É um dos cineastas mais prolíficos e bem-sucedidos de toda a história do cinema, com uma carreira que atravessa sete décadas. Ao longo dessa carreira, trabalhou com muitos profissionais que também viriam a se tornar figuras importantes para a indústria cinematográfica. Jack Nicholson, Charles Bronson, Francis Ford Coppola, Martin Scorcese, Peter Bogdanovich e Joe Dante são apenas alguns dos nomes que Corman apadrinhou quando estavam começando no cinema.


O curso vai oferecer um panorama da carreira dessa figura imprescindível da história do cinema, do início da década de 1950 até os dias de hoje, mais de 400 filmes depois. Vai comentar também as mudanças pelas quais passou a indústria do entretenimento ao longo desse período, como o fim da era dos grandes estúdios, o surgimento da televisão, a TV paga e os formatos de vídeo.


Objetivos

O curso Roger Corman: O Homem dos 400 Filmes, ministrado por Marcelo Severo, objetiva apresentar a obra do diretor / produtor cronologicamente, através dos filmes mais importantes dessa vasta filmografia. Analisará também a influência do cineasta na indústria e o seu legado para Hollywood, principalmente no que diz respeito aos profissionais que apresentou ao longo das últimas sete décadas.


Conteúdo programático

Aula 1

Anos 1950
Roger Corman antes do cinema
Primeiros contatos profissionais com a indústria
Começo da carreira
American International Pictures
Principais produções do período


Anos 1960
Ciclo Edgar Allan Poe
O Intruso
Contracultura
Nova Hollywood
Principais produções do período


Aula 2
Anos 1970
New World Pictures
Filipinas
Blockbusters
Distribuição
Principais produções do período


Anos 1980 até hoje
Concorde/New Horizons
Última Direção
Período mais prolífico, menos criativo
Filmes mais recentes
Principais produções do período



Ministrante: Marcelo Severo
Formado em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Pesquisador de cinema; escreve sobre filmes, quadrinhos e rock’n’roll desde os anos 1990. Ministra cursos e oficinas no "Fantaspoa", sempre relacionados à ficção científica, ao horror e ao cinema fantástico em geral.


Curso
ROGER CORMAN: O HOMEM DOS 400 FILMES
de Marcelo Severo

Datas: 13 e 14 / Agosto (sábado e domingo)

Horário: 15h às 18h

Duração: 2 encontros presenciais (6 horas / aula)

Local: Cinemateca Capitólio
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Porto Alegre - RS)

Investimento: 
R$ 90,00
(Valor promocional de R$ 70,00 para as primeiras 10 inscrições por depósito bancário)

Formas de pagamento: Depósito bancário / Cartão de Crédito (PagSeguro - parcelado)

Material: Certificado de participação e Apostila (arquivo em PDF)

Informações
cineum@cineum.com.br / Fone: (51) 9320-2714

Realização

Patrocínio

Apoio

terça-feira, 26 de julho de 2016

Cine Dica (Sessão Plataforma): João Bénard da Costa – Outros Amarão as Coisas que Eu Amei


Sinopse: Esta é uma homenagem ao cinema a pretexto da extraordinária vida de João Bénard da Costa, diretor da cinemateca portuguesa durante 18 anos, mas também ator, cinéfilo, escritor inspirado e leitor criativo.“João Benard da Costa: outros amarão as coisas que eu amei”, é uma inusual biografia que conta a vida do homem através dos seus amores, medos e contemplações, impressas na arte da pintura, do cinema e literatura.

O propósito do cineasta  Manuel Mozos e deste seu documentário é, mais do que uma declaração de amor para o cinema, mas também traçar um caminho poético e emocionalmente grandioso pelas diversas facetas da vida dessa figura da cinemateca portuguesa. Desde a juventude até ao reconhecimento internacional, Mozos recolheu diversos textos de Bénard da Costa, e também imagens suas, e de outros, além da própria voz deste cinéfilo da cultura portuguesa, para conseguir chegar ao seu objetivo. É por isso que, além de visitarmos a mente e os diversos amores de Bénard da Costa, ficamos a conhecer também os locais onde viveu e se formou as experiências que mais o marcaram, e episódios singulares de uma vida especial.
Essa constante auto-analise, uma narrativa intercalada entre a linguagem própria do cinema (Ordet, de Carl Theodor Dreyer, o seu "favorito" Johnny Guitar, de Nicholas Ray, e até mesmo a mentira prolongada da cinematografia de Lubitsch) e os seus escritos lidos pelo seu filho, funciona como uma das pinceladas que contribuem para esta impressionante reconstituição dos fatos. O retrato de Bénard da Costa, o seu intimo hino de amor ao cinema partilhado por todos os cinéfilos. Até porque, assim como indica o titulo original do filme, Outros Amarão as Coisas que eu Amei - Costa não está, nem esteve sozinho. Esta relação com o Cinema permanece intacta, cada vez mais amada, mesmo que as memórias tendem em tornar-se mais distantes, mas com imagens projetadas em tela, que tudo torna-se numa razão de existência. Uma verdadeira declaração de amor ao cinema. 
Resumidamente o documentário é uma bela homenagem ao mesmo tempo um pretexto para conhecer essa figura do universo cinematográfico português. Diretor da cinemateca portuguesa durante 18 anos, mas também ator, cinéfilo, escritor inspirado e leitor criativo. “Fundamental é a vida. A vida continua sempre. É de vida que fala este filme de morte.” Estas palavras, ditas pela boca de Bénard da Costa, encerram o documentário de Mozos.



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Cine Dica: Filmes de Axelle Ropert em exibição

SALA P. F. GASTAL EXIBE A FAMÍLIA WOLBERG E MOSTRE A LÍNGUA, MOÇA
 
A partir de 26 de julho, a Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) exibe os dois longas de Axelle Ropert, uma das mais instigantes realizadoras francesas da atualidade, A Família Wolberg (2009) e Mostre a Língua, Moça (2013).  Realização da Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia de Porto Alegre em parceria com a Embaixada da França, a Cinemateca da Embaixada da França no Brasil e o Institut Français. O valor do ingresso é R$ 4,00.

Ralé, novo filme de Helena Ignez, segue em exibição na sessão das 15h. Teobaldo Morto, Romeu Exilado, de Rodrigo de Oliveira, entra em cartaz na sessão das 16h30. O valor do ingressos é R$ 8,00.


TEOBALDO MORTO, ROMEU EXILADO
(Brasil, 2014, 118 minutos)
De Rodrigo de Oliveira
Elenco: Alexandre Cioletti, Rômulo Braga, Erik Martincues

Após ser dispensado pela esposa grávida, o músico João (Alexandre Cioletti) decide se isolar no meio do mato. Após três meses afastado, ele conclui que está pronto para voltar e acompanhar o nascimento do filho, mas é surpreendido pela aparição de Max (Rômulo Braga), antigo melhor amigo que ele pensava estar morto. Exibição em blu-ray.


MOSTRA AXELLE ROPERT

Axelle Ropert começou sua carreira como crítica de cinema e co-editora-chefe da revista La lettre du cinéma, e também escreveu para a revista Les Inrockuptibles. É a roteirista dos três filmes de Serge Bozon, L’Amitié, (1998), Mods (2003), no qual desempenha um papel, e La France (2007). Também apareceu nos filmes de Pierre Léon (Le dieu Mozart), de Judith Cahen (La révolution sexuelle n’a pas eu lieu) e de Benjamin Esdraffo (Le cou de Clarisse). Em 2005, Axelle Ropert apresentou seu média-metragem Etoile violette na Quinzena dos Diretores em Cannes. Em 2009, ela voltou com o seu primeiro longa-metragem, A Família Wolberg. Lançou o segundo longa, Mostre a Língua, Moça, em 2013. Seu novo filme, La prunelle de mes yeux, foi selecionado para a mostra principal do Festival de Locarno deste ano.


A FAMÍLIA WOLBERG

La Famille Wolberg (França 2009).
De Axelle Ropert. Com François Damien, Jocelin Quivrin. Em cores/82’.

Ele é capaz de fazer um discurso de tirar o fôlego sobre a alma americana para alunos boquiabertos, é capaz de interferir na privacidade de seus cidadãos ou ainda fazer a filha de 18 anos jurar que nunca deixará a casa da família. Simon Wolberg é o prefeito de uma pequena cidade da província, loucamente apaixonado por sua esposa, pai invasivo e um filho provocador. Este homem é conduzido pela obsessão com a sua família, que o leva a pôr à prova a força e a fragilidade de suas relações. Exibição digital com legenda em português.


MOSTRE A LÍNGUA, MOÇA

Tirez La Langue, Mademoiselle
(França 2013). De Axelle Ropert. Com Cédric Kahn, Louise Bourgoin, Serze Bozon. Drama em cores/100’.

Os irmãos Boris e Dimitri são médicos no 13º distrito de Paris. Eles sempre trabalham juntos e se dedicam integralmente aos seus pacientes. Um dia, eles começam a cuidar de uma criança com diabetes criada por sua mãe solteira, Judith. Boris e Dimitri se apaixonam perdidamente pela moça, o que irá desestabilizar o forte laço entre eles. Exibição digital com legenda em português.


26 de julho (terça)
15h – Ralé
16h30 – Teobaldo Morto, Romeu Exilado
19h – A Família Wolberg

27 de julho (quarta)
15h – Ralé
16h30 – Teobaldo Morto, Romeu Exilado
19h – Sessão Fechada

28 de julho (quinta)
15h – Ralé
16h30 – Teobaldo Morto, Romeu Exilado
20h – Mostre a Língua, Moça

29 de julho (sexta)
15h – Ralé
16h30 – Teobaldo Morto, Romeu Exilado
20h – Sessão especial de pré-estreia de Fome

30 de julho (sábado)
15h – Ralé
16h30 – Teobaldo Morto, Romeu Exilado
19h – A Família Wolberg

31 de julho (domingo)
15h – Ralé
16h30 – Teobaldo Morto, Romeu Exilado
19h – Mostre a Língua, Moça

  
Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: MÃE SÓ HÁ UMA



Sinopse: A vida do adolescente Pierre vira de cabeça pra baixo quando ele recebe uma denúncia e é obrigado a fazer um teste de DNA. Após o resultado, ele descobre que sua mãe não é sua verdadeira mãe e é obrigado a trocar de família, de nome, de casa, de escola... e de gênero?

No filme “Que horas ela volta?”, a cineasta Anna Muylaert retira as máscaras da relação entre empregada e patrão e escancara o fato de que a sociedade brasileira ainda convive com a hipocrisia e tentando esconder a realidade com relação à divisão de classes que perdura até hoje. A proposta daquele filme pode ser vista também como uma forma de sintetizar os males do país de hoje que, cada vez mais, se encontra numa situação da qual não há dialogo, mas sim uma promessa superficial e pálida e que nunca dará em nada. Em seu mais novo filme, Mãe só há Uma, a cineasta coloca frente a frente os conflitos de gerações, através da relação conflituosa entre pais e filhos, mas em uma situação ainda mais delicada e da qual ninguém quer estar nela.
Acompanhamos a história de Pierre ( Naomi Nero), um adolescente comum, do qual está numa fase de descobertas e que vive com a mãe (Dani Nefussi) e com a sua irmã mais nova. Certo dia recebe a bombástica notícia de que sua mãe havia lhe sequestrado no hospital de onde nasceu e que seus pais verdadeiros Matheus (Matheus Nachtergaele) e Gloria (também interpretada pela atriz Dani Nefussi) estavam lhe procurando todo esse tempo. De um dia para o outro Pierre se encontra em uma nova realidade e da qual não sabe ao certo como administrá-la. 
A trama vista no filme é algo que nos soa familiar, já que a todo o momento assistimos e ouvimos situações semelhantes, desde no rádio como na TV. O caso é que, por meios da comunicação temos somente contato  com a superfície, mas não temos uma base de como será essa nova realidade para as pessoas envolvidas numa situação como essa. Anna Muylaert escancara o fato de que ninguém está preparado para isso, tanto os adultos, como também as crianças. 
Achar o filho do qual sempre procurou pode soar até fácil, principalmente se for comparado ao peso da situação que virá depois, onde os protagonistas terão que construir uma relação que nunca existiu. É aí que se encontra o cenário dos mais absurdos, porém humanos, em que os pais biológicos tentam criar um quadro de harmonia a tanto sonhado: a cena em que vemos todos reunidos em um restaurante para comemorar a vinda de um desorientado Pierre demonstra a total falta de preparo e a falta de sintonia (ou nenhuma) que eles têm com o rapaz.
Em meio a esse redemoinho do qual o protagonista enfrenta, temos também a sub-trama de seu irmão mais novo, sendo que esse último não deseja ter uma aproximação com o a recém chegado Pierre. Porém, percebemos que o jovem não tem somente esse problema, como também ele a recém está entrando na fase adolescente e tendo que enfrentar as mudanças das quais ela trás, desde saber se entrosar com a turma da escola como também saber dialogar com as meninas. Percebemos que ambos os jovens são dois lados da mesma moeda, mas que irão somente perceber que possuem algo em comum nos segundos finais da trama. 
A situação desses jovens simboliza o embate dessa geração (pais e filhos) uma contra a outra, da qual o diálogo para saber compreender um ao outro é nulo, desejando somente a perfeição da superfície, mas esquecendo de que há as ondulações na água. Uma vez em que essas ondulações quebram a superfície se tem o surgimento da frustração, incompreensão e hostilidade, da qual todas vindas de uma só vez geram um tsunami de sentimentos feridos sendo transbordados todos para fora. Tudo isso se encontra no ato final da trama, onde todos perdem suas máscaras dos quais se protegiam e revelando então suas reais faces.
O elenco todo está excepcional, ao começar por Naomi Nero que, mesmo com poucas palavras ditas, sua expressão de tristeza, fúria e frustração que ele cria para o seu personagem se tornam a alma do filme. Porém, não podemos deixar de elogiar a sempre competente interpretação Matheus Nachtergaele, cujo seu personagem tenta ter uma relação paternal com o seu filho, mas na qual realmente nunca começou. Contudo, a grande surpresa fica por conta do assombroso desempenho da atriz Dani Nefussi, que aqui faz tanto a mãe de criação do protagonista, como também a mãe biologia, mas com uma interpretação tão distinta uma da outra, que não percebemos que ambas são á mesma atriz.
Com um final em aberto com relação ao futuro desses personagens, Mãe só há Uma escancara o despreparo das pessoas na construção de relação familiar de hoje, principalmente numa situação delicada, da qual não se pode da noite pro dia desconstruir uma realidade já enraizada dentro de cada um de nós. 




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