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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Cine Dica: Streaming -'Guerreiras do K-Pop'

Sinopse: Quando não estão lotando estádios, as estrelas do K-pop Rumi, Mira e Zoey usam seus poderes secretos para proteger os fãs de ameaças sobrenaturais. 

Desde que "Old Boy" (2003) se tornou um dos melhores filmes do início do século 21 a Coreia do Sul passou a ser vista com um novo olhar e fazendo com que os seus filmes e séries tivessem cada vez mais espaço no ocidente. No mundo da música, por exemplo, a mania K-pop se tornou um vício entre os jovens e fazendo tanto barulho que se tornou uma fonte de ideias a serem exploradas. É então que chegamos a "Guerreiras do K-Pop" (2025), filme que pega o melhor da animação atual e se alinha com o que há de melhor da cultura pop.  

Dirigido por Chris Appelhans e Maggie Kang, o filme conta a história de Rumi, Mira e Zoey que formam um grupo musical de grande sucesso. Porém, quando elas estão distantes dos holofotes, suas apresentações para estádios lotados são trocadas por missões como caçadoras de demônios. Contudo, o sucesso inesperado de um novo grupo rival de K-pop, misteriosamente formado por demônios masculinos, coloca elas em um novo desafio.  

Sinceramente fui assistir ao filme sem muita expectativa, o que acabou colaborando para que o filme me surpreendesse. Embora eu não seja familiarizado com o gênero K-pop é preciso reconhecer que os tipos de elementos deste tipo de show colaboram para o visual do longa como um todo, já que ele é colorido, vivo e que sintetiza até mesmo o estado de espírito dos personagens centrais como um todo. Mas isso não funcionaria se o longa não fosse bem trabalhado e nisso os realizadores conseguem obter com grande êxito.  

Para começar, o filme é alinhado com o uso do desenho tradicional com o CGI e criando uma espécie de anime ainda mais vivo e muito dinâmico. Se "Homem-Aranha no Aranhaverso" (2018) foi pioneiro neste estilo, aqui a coisa se expande ainda mais em termos técnicos e fazendo com que o longa ganhe até mesmo profundidade nas cenas que acabam enchendo os nossos olhos com tamanhos detalhes a todo momento. É claro que o filme não funcionaria também sem um coração pulsante e aqui ele é bem representado pelo trio feminino.  

Predestinadas a serem guerreiras que usam a música como arma contra as forças do mal, Rumi, Mira e Zoey são aquelas típicas personagens que a gente se apaixona pelas suas personalidades fortes e distintas uma da outra. Confesso que o trio me causou uma grande nostalgia, já que elas me lembraram por demais da série "Três Espiãs Demais" e fazendo desejar que algum dia aquele trio tenha a sua merecida adaptação para o cinema. Até lá, ao menos a Netflix tirou o coelho da cartola ao criar uma animação cheia de vida e que com certeza irá gerar uma duradoura franquia. 

Curiosamente, somente fui assistir ao filme pela Netflix quando foi lançado agora nos cinemas norte-americanos e se tornando um verdadeiro sucesso. Ou seja, um feito raro de uma produção já estar no streaming, mas que obteve o seu grande público na sala escura e provando que experiência cinematográfica ainda se encontra em uma sessão de cinema. Quem disse que o cinema morreu é porque não conhece o poder dessa arte de atrair a multidão.  

"Guerreiras do K-Pop" é uma grata surpresa para os amantes de animação com qualidade e que possui os principais ingredientes da cultura pop atualmente.   

Onde Assistir: Netflix. 

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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS DE 28 DE AGOSTO a 03 DE SETEMBRO

 ESTREIA:


O ÚLTIMO AZUL

Brasil/ Drama/ 2024/

Direção: Gabriel mascaro

Sinopse: Tereza tem 77 anos, reside em uma cidade industrializada na Amazônia e recebe um chamado oficial do governo para residir numa colônia habitacional compulsória onde idosos devem "desfrutar" de seus últimos anos, permitindo que a juventude produza sem se preocupar com os mais velhos. Antes do exílio forçado, Tereza embarca numa jornada pelos rios e afluentes para realizar um último desejo que pode mudar seu rumo para sempre. 

Elenco: Denise Weinberg, Rodrigo Santoro, Miriam Socarrás.

URSO DE PRATA NO FESTIVAL DE BERLIM


EM CARTAZ:


LUIZ GONZAGA – LÉGUA TIRANA

Brasil/ Drama/ 2024/ 115min.

Direção: Diogo Fontes e Marcos Carvalho

Sinopse: Retrata a vida e obra do icônico Luiz Gonzaga do Nascimento. Focando em sua infância e adolescência, o filme busca explorar as profundas conexões entre o artista em formação e os mitos que moldaram a cultura nordestina.

Elenco: Kayro Oliveira, Luiz Carlos Vasconcelos, Cláudia Ohana, Tonico Pereira.


OS ENFORCADOS

Brasil/ drama/ 2024/ 123min.

Direção: Fernando Coimbra

Sinopse: Em um Rio de Janeiro tomado pelo crime, o casal Valério e Regina se vê envolvido em dívidas e traições herdadas da família de Valério. Uma noite, eles encontram o plano perfeito. Mas, ao executá-lo, são sugados por uma espiral de violência que parece não ter fim.

Elenco: Leandra Leal, Irandhir Santos, Thiago Thomé, Pêpê Rapazote, Ernani Moraes, Augusto Madeira, Ricardo Bittencourt.


HORÁRIOS DE 28 DE AGOSTO A 03 DE SETEMBRO(não há sessões nas segundas-feiras):

15H: LUIS GONZAGA – LÉGUA TIRANA (ATENÇÃO! DIA 28/8, QUINTA, NÃO HAVERÁ SESSÃO DE LUIZ GONZAGA - LÉGUA TIRANA)

17h: OS ENFORCADOS

19h: O ÚLTIMO AZUL


Ingressos: Os ingressos podem ser adquiridos a R$ 14,00 na bilheteria do CineBancários. Idosos (as), estudantes, bancários (as), jornalistas sindicalizados (as), portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 7,00. São aceitos PIX, cartões nas bandeiras Banricompras, Visa, MasterCard e Elo. Na quinta-feira, a meia-entrada é para todos e todas. EM TODAS AS QUINTAS TEMOS A PROMOÇÃO QUE REDUZ O VALOR DO INGRESSO PARA TODOS E EM TODAS AS SESSÕES PARA R$ 7,00.


C i n e B a n c á r i o s 

Rua General Câmara, 424, Centro 

Porto Alegre - RS - CEP 90010-230 

Fone: 51- 30309405

terça-feira, 26 de agosto de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'Faça ela Voltar'

Sinopse: Um irmão e uma irmã testemunham um ritual aterrorizante na casa isolada de sua nova mãe adotiva. 

Os irmãos Michael Philippou e Danny Philippou vieram dos canais do Youtube para obter o estrelato na direção através do seu ótimo "Fale Comigo" (2023). Esse filme de terror surpreendeu o público e a crítica na época e fez a gente se perguntar qual seria a próxima empreitada da dupla. Eis que a resposta veio com "Faça ela voltar" (2025), um filme de horror psicológico, com pitadas do sobrenatural e que fará qualquer um recuar os olhos da tela.

Na trama, acompanhamos a vida de dois meios-irmãos que, após encontrarem seu pai morto no banheiro, são alocados para um lar adotivo. Andy e Piper acabam na casa de Laura, sua nova guardiã. Com um jeito excêntrico, Laura trabalha como conselheira pedagógica e, além dos irmãos, também adota um jovem mudo chamado Oliver. Afastada da cidade grande, o imóvel no qual a garota e o garoto vivem esconde grandes segredos, e a descoberta de um ritual aterrorizante.

O estúdio A24 tem se especializado em filmes de horror que vão muito além da proposta principal e isso vem desde os tempos da obra prima "Hereditário" (2018) de Ari Aster. Além disso, os engravatados do estúdio são especialistas ao revelar grandes cineastas promissores e os irmãos Philippou são os mais novos candidatos para prestarem maior atenção em cada filme que eles forem lançando. Se "Fale Comigo" surpreendeu, "Faça ela Voltar" nos brinda com um filme cheio de tensão em cada cena em que os irmãos realizam, sendo que a trama principal se passa em uma peculiar casa cheia de histórias sinistras e gerando em nós uma sensação claustrofóbica.

Essa sensação ainda aumenta principalmente pelo fato que já prólogo sabemos de antemão que há algo muito ruim que irá acontecer através de um determinado ritual. Até lá é construído a relação entre os personagens centrais e cujo roteiro colabora para que possamos entender suas motivações e o passado que os assombra. Os meios-irmãos, por exemplo, já sofrem desde o início após uma terrível perda, mas mal sabem o que lhes esperam quando são jogados nos braços de uma estranha tutora e sendo brilhantemente interpretada por Sally Hawkins.

A veterana atriz já havia chamado atenção da parte da crítica através de diversos filmes como no caso de "Blue Jasmine" (2013), mas foi a partir do filme de horror e fantasia "A Forma da Água" (2017) que ganhou atenção do grande público e participando de até mesmo filmes de grande orçamento como no caso de "Godzilla" (2014). Aqui sem sombra de dúvida ela nos brinda com um dos seus melhores e mais perturbadores desempenhos de sua carreira e cuja sua personagem nos causa repulsa, mas ao mesmo tempo uma grande pena. Se o mundo fosse justo, ela merecia até mesmo uma indicação ao Oscar no ano que vem.

Transitando entre o sobrenatural e o horror psicológico, os irmãos cineastas optaram por uma trama mais pé no chão, com direito ao fato que os erros de cada um se tornem lembranças terríveis e que acabem assombrando o dia a dia deles. Quando o lado sobrenatural acontece, porém, a situação beira a quase o gore, com direito a cenas violentas angustiantes e que dificilmente sairá de nossas mentes. Atenção para a cena da beirada de uma mesa que é, desde já, uma das coisas mais perturbadoras que eu vi dentro do gênero recente.

Embora o filme traga um final até mesmo um pouco reconfortante, ele não tira o peso que o longa nos provoca durante a projeção. A meu ver podemos sim esperar algo mais tenebroso e genial vindo dos irmãos Philippou, pois pelo andar da carruagem qualquer roteiro que eles forem tocar valerá ouro. "Faça ela Voltar" é desde já um dos melhores e mais assustadores filmes do ano e isso por si só já é um grande feito.      


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Cine Dica: Cinemateca Capitólio - PROGRAMAÇÃO 28 de agosto a 03 de setembro de 2025


 

MOSTRA 3x TRUFFAUT

A partir de 28 de agosto, a Cinemateca Capitólio apresenta a mostra 3x Truffaut, com três filmes dirigidos por François Truffaut, um dos grandes nomes da Nouvelle Vague Francesa. Serão exibidos Jules e Jim - Uma Mulher para Dois, A História de Adèle H. e Na Idade da Inocência. O valor do ingresso é R$ 10,00.  Apoio: Institut Français e Cinemateca da Embaixada da França.

Mais informações: https://www.capitolio.org.br/novidades/9170/3x-truffaut/


SESSÃO COMENTADA COM O COLETIVO MBYÁ-GUARANI DE CINEMA

Na terça-feira, 2 de setembro, às 19h, na Cinemateca Capitólio, será exibido o filme Bicicletas de Nhanderú (2011), em sessão seguida de conversa com seus realizadores, Patrícia Ferreira e Ariel Ortega, fundadores do Coletivo Mbyá-Guarani de Cinema. A sessão faz parte do projeto Vagalume Plurais, produzido pelo Programa de Alfabetização Audiovisual. Entrada franca.

Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/9159/bicicletas-de-nhanderu-debate/


SESSÃO ESPECIAL DE ANTOLOGIA VAMPÍRICA

No domingo, 31 de agosto, às 17h, a Cinemateca Capitólio recebe uma sessão especial de Drops From Hell – Antologia Vampírica, que reúne sete curtas-metragens dirigidos por oito realizadoras e realizadores de diferentes partes do país sobre o universo dos vampiros. Após a sessão, ocorre um debate com realizadoras. Entrada franca.

Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/9157/drops-from-hell-antologia-vampirica/


LANÇAMENTO DE SÉRIE DOCUMENTAL PQ?

No dia 3 de setembro de 2025, a Cinemateca Capitólio recebe, das 19h às 21h, o lançamento da série documental PQ?, com sessão comentada pelo diretor Regis Duarte. Na ocasião, serão exibidos os dois primeiros episódios da série, cada um com 20 minutos de duração. Após a exibição, os artistas entrevistados para a série participarão de um debate aberto ao público, ampliando a reflexão sobre arte, memória e identidade, em um diálogo direto entre diferentes gerações. O evento contará com a presença de nomes consagrados das artes visuais, como Zoravia Bettiol e Britto Velho, entre outros convidados especiais, reforçando a proposta de criar uma ponte entre trajetórias, experiências e olhares diversos. Entrada franca.

Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/9161/pq/


GRADE DE HORÁRIOS

28 de agosto a 03 de setembro de 2025


28 de agosto (quinta-feira)

15h – Iracema – Uma Transa Amazônica

17h – No Céu da Pátria Nesse Instante

19h – A História de Adèle H.


29 de agosto (sexta-feira)

15h – Pacto da Viola

17h – No Céu da Pátria Nesse Instante

19h – Na Idade da Inocência


30 de agosto (sábado)

15h – Iracema – Uma Transa Amazônica

17h – No Céu da Pátria Nesse Instante

19h – Jules e Jim - Uma Mulher para Dois


31 de agosto (domingo)

15h – Carlota Joaquina, Princesa do Brazil

17h – Drops From Hell + debate


02 de setembro (terça-feira)

15h – Pacto da Viola

17h – No Céu da Pátria Neste Instante

19h – Bicicletas de Nhanderú + debate


03 de setembro (quarta-feira)

15h – Carlota Joaquina, Princesa do Brazil

17h – No Céu da Pátria Nesse Instante

19h – PQ? + debate

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'Placar: A Revista Militante'

Sinopse: Relembra a história da revista que transformou o jornalismo esportivo em um ato de resistência. 

Ser crítico de cinema é o mesmo que obter uma janela para conhecer melhor o mundo, principalmente em uma realidade que não desfrutou ao longo de sua vida como um todo. Na prática, eu sempre quando assisto ao futebol é de uma forma esportiva, nunca religiosa, mas tendo total consciência da força como esse esporte atrai as pessoas. "Placar: A Revista Militante" (2025) não somente revela os bastidores dessa revista, como também a paixão e as principais histórias desse esporte ao longo de sua história.

Dirigido por Ricardo Corrêa e Sérgio Xavier Filho, o documentário cria uma linha do tempo na história da Revista Placar, que não só influenciou o futebol e o jornalismo esportivo, como também o debate político no Brasil. Através de depoimentos de lendas do futebol e do jornalismo como Pelé, Zico e Walter Casagrande, Juca Kfouri, Mauro Beting e Paulo Vinícius Coelho, o longa discute o potencial da publicação jornalística como ferramenta de resistência durante a ditadura militar brasileira.

Em tempos ditatoriais era comum surgirem revistas e jornais independentes e para que assim fugissem da censura dos tempos de chumbo. No caso da revista Placar ela surgiu dentro da editora Abril, na época a mais poderosa do Brasil, mas que sempre seguia as regras exigidas pelo governo militar daqueles tempos. Porém, o documentário revela que a revista foi criada por jornalistas que sabiam driblar essa sombra e que colaborou para dar voz aos jogadores que não ficavam em cima do muro na época.

O longa, portanto, revela um paralelo entre o universo do futebol com o que acontece no mundo político, sendo que existe até mesmo nos dias de hoje corrupção e fazendo dos jogadores meros bonecos a serem controlados. A ideia, por exemplo, dos jogadores lutarem pelo direito de escolher os times que desejam jogar foi algo até então inédito para época, sendo que foi a partir da revista que eles obtivessem a sua voz, como foi no caso do jogador Casagrande. Em 1982 ele fez parte da Democracia Corintiana, movimento que dizia respeito tanto ao esporte quanto à política.

O grande charme do documentário se encontra também no fato dele transmitir o lado mais romântico e dourado deste esporte, onde muitos jogadores jogavam pela camisa e não somente pelo lucro que ela poderia gerar futuramente. Portanto, é sempre bom revermos na tela talentos como Pelé, Zico e Walter Casagrande que conseguem nos passar toda uma história, não somente por palavras, como também através de olhares profundos e que tem muito a dizer como um todo.

Curiosamente, os próprios jornalistas reconhecem os erros que a revista acabou cometendo ao longo da história, principalmente nos anos noventa em que o sexismo estava em alta. Portanto, era comum a revista explorar o lado sensual daquelas que carregavam o termo "Maria Chuteira", cujo estereótipo foi usado à exaustão não somente pela revista, como também em programas de domingo e colunas de fofoca. Em tempos atuais, em que o politicamente correto domina nas redes até mesmo com certo exagero, isso seria visto para essa nova geração como espécie de abominação, mas que não se pode mudar o que já se encontra incrustado na história.

Assistindo ao documentário me surpreende que ainda hoje exista a revista, principalmente em tempos em que a internet domina. Porém, devido ao seu legado como um todo, é justo que a mesma ainda sobreviva, ao possuir uma bagagem de histórias sobre o futebol e de como o jornalismo desse meio se aventurou. É um documentário que sintetiza um pedaço da história do Brasil, cuja maioria do povo se vê atraída por esse esporte e que testemunhou vários campeonatos e mundiais até aqui.

Com a participação emocionante do rei Pelé, "Placar: A Revista Militante" é um curioso documentário que explora, não somente o jornalismo esportivo, como também sobre a maneira que esses profissionais souberam driblar as adversidades nos tempos de chumbo. 


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Cine Dica: “Cinco Tipos de Medo" é o grande vencedor do 53º Festival de Cinema de Gramado

 Gero Camilo e Malu Galli venceram os Kikitos de Melhor Ator e Atriz. Xamã e Aline Marta Maria ganharam os prêmios de Melhor Ator e Atriz Coadjuvantes

O 53º Festival de Cinema de Gramado chegou ao fim neste sábado, 23 de agosto, depois de movimentar a Serra Gaúcha com 11 dias de evento, que reuniu cineastas, artistas, jornalistas, estudantes e um público estimado em 40 mil pessoas. O maior festival de cinema do Brasil exibiu 74 filmes, entre curtas e longas-metragens, com destaque para as cinco mostras competitivas — longas brasileiros de ficção, documentários, curtas brasileiros, longas gaúchos e curtas gaúchos — além de produções universitárias, títulos fora de competição, pré-estreia de série e sessões especiais. Ao todo foram entregues 52 prêmios, sendo 40 Kikitos. Com Marla Martins e Roger Lerina como mestres de cerimônia, a premiação teve transmissão ao vivo para todo o país no Canal Brasil, na TVE e no YouTube do Festival.

O grande vencedor da 53ª edição foi "Cinco Tipos de Medo" (MT), de Bruno Bini, que levou para casa quatro Kikitos: Melhor Filme, Melhor Roteiro e Melhor Montagem para Bini, além do prêmio de Melhor Ator Coadjuvante para Xamã. O longa conta a história de cinco vidas que se conectam. Murilo, um jovem músico em luto, que se envolve com Marlene, enfermeira presa a um relacionamento abusivo com um traficante. Suas histórias cruzam as de Luciana, policial movida por vingança, e Ivan, advogado com intenções ocultas. 

Laís Melo venceu o prêmio de Melhor Direção por "Nó" (PR), longa que também conquistou o Kikito de Melhor Fotografia (Renata Corrêa) e foi eleito o Melhor Longa-metragem Brasileiro pelo Júri da Crítica. "Papagaios" (RJ), de Douglas Soares conquistou o prêmio de Melhor Longa-metragem Brasileiro pelo Júri Popular e também venceu os Kikitos de Melhor Direção de Arte (Elsa Romero), Melhor Desenho de Som (Bernardo Uzeda, Thiago Sobral e Damião Lopes) e Melhor Ator para Gero Camilo. O Kikito de Melhor Atriz foi para Malu Galli, por "Querido Mundo" (RJ), de Miguel Falabella.

"A Natureza das Coisas Invisíveis" (DF), de Rafaela Camelo, garantiu os prêmios de Melhor Atriz Coadjuvante para Aline Marta Maria e Melhor Trilha Musical para Alekos Vuskovic, além do Prêmio Especial do Júri. Já "Sonhar com Leões" (SP), de Paolo Marinou-Blanco, ganhou uma Menção Honrosa.

“Lendo o Mundo” venceu o prêmio de Melhor Longa-metragem Documentário.

Na Mostra Competitiva de Documentários, o grande vencedor foi o filme “Lendo o Mundo" (RN), de Catherine Murphy e Iris de Oliveira. O documentário acompanha o início dos anos 1960, quando Paulo Freire liderou um projeto experimental no nordeste do Brasil, permitindo que centenas de adultos lessem, escrevessem e votassem. A agitação política levou ao exílio de Freire, durante o qual ele se tornou um ícone global, promovendo a democracia por meio da educação. O longa-metragem "Para Vigo Me Voy!" (RJ), de Lírio Ferreira e Karen Harley, conquistou uma Menção Honrosa.

"Até Onde a Vista Alcança" (SP), de Alice Villela e Hidalgo Romero, e "Os Avós" (AM), de Ana Ligia Pimentel, também foram exibidos na Mostra Competitiva de Documentários.

O Júri Oficial de longas-metragens de ficção foi composto pelo ator Edson Celulari, pela atriz Isabel Fillardis e pelos cineastas Sergio Rezende, Fernanda Lomba e Petrus Cariry. Já na mostra de longas documentais, o professor e realizador Bertrand Lira, o ator Marcos Breda e a jornalista e cineasta Thais Fernandes formaram o júri. 

O Júri da Crítica, formado por profissionais integrantes da Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (ACCIRS) e da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (ABRACCINE), foi composto por Arthur Gadelha (CE), Cristian Verardi (RS), Ivana Silva (RS), Paulo Henrique Silva (MG) e Raquel Carneiro (SP). 


53ª edição

A programação do 53º Festival de Cinema de Gramado também promoveu a formação de novos talentos, com a estreia da 1ª Mostra Nacional de Cinema Estudantil e a tradicional Mostra Educavídeo, reunindo produções de estudantes do ensino fundamental, médio e superior. Paralelamente, o Conexões Gramado Film Market fortaleceu o mercado audiovisual por meio de painéis, encontros de negócios, debates e mostras universitárias. Atividades voltadas para crianças, como a Sessão Infantil e o projeto Cinema nos Bairros, ampliaram o acesso do público à tela grande.

O festival foi marcado por homenagens a grandes nomes do cinema brasileiro: Rodrigo Santoro recebeu o Troféu Kikito de Cristal, Mariza Leão foi laureada com o Troféu Eduardo Abelin e Marcélia Cartaxo, com o Troféu Oscarito. A cerimônia de abertura contou com a Orquestra Sinfônica de Gramado e a exibição do premiado longa “O Último Azul”, de Gabriel Mascaro, enquanto a programação competitiva reuniu estreias de grandes longas nacionais.

Com uma programação diversa, o evento celebrou a produção audiovisual brasileira e gaúcha. A curadoria, assinada por Caio Blat, Camila Morgado e Marcos Santuario, reforçou o festival como a primeira janela para importantes lançamentos do cinema brasileiro. O evento reafirmou seu papel como um dos mais importantes palcos do audiovisual na América Latina e de maior festival de cinema do Brasil.

A premiação dos longas-metragens gaúchos e dos curtas-metragens brasileiros foi na sexta-feira, dia 22, e a dos curtas gaúchos no dia 17 - a lista completa de vencedores está no site do festival.

O Festival de Cinema de Gramado confirmou a data de sua 54ª edição: de 12 a 22 de agosto de 2026.


LISTA COMPLETA PREMIADOS:

Melhor Filme: "Cinco Tipos de Medo", de Bruno Bini

Melhor Direção: Laís Melo, por “Nó”

Melhor Ator: Gero Camilo, por “Papagaios”, de Douglas Soares

Melhor Atriz:  Malu Galli, por "Querido Mundo", de Miguel Falabella

Melhor Roteiro: Bruno Bini, por "Cinco Tipos de Medo" 

Melhor Fotografia: Renata Corrêa, por "Nó", de Laís Melo 

Melhor Montagem: Bruno Bini, por "Cinco Tipos de Medo" 

Melhor Trilha Musical: Alekos Vuskovic, por "A Natureza das Coisas Invisíveis", de Rafaela Camelo

Melhor Direção de Arte: Elsa Romero, por "Papagaios", de Douglas Soares

Melhor Atriz Coadjuvante: Aline Marta Maria, por "A Natureza das Coisas Invisíveis", de Rafaela Camelo 

Melhor Ator Coadjuvante: Xamã, por "Cinco Tipos de Medo", de Bruno Bini

Melhor Desenho de Som: Bernardo Uzeda, Thiago Sobral e Damião Lopes, por "Papagaios", de Douglas Soares

Prêmio Especial do Júri: "A Natureza das Coisas Invisíveis", de Rafaela Camelo

Menção Honrosa: "Sonhar com Leões", de Paolo Marinou-Blanco

Melhor Filme pelo Júri Popular: "Papagaios", de Douglas Soares 

Melhor Filme pelo Júri da Crítica: "Nó", de Laís Melo

Melhor Longa-metragem Documentário: “Lendo o Mundo", de Catherine Murphy e Iris de Oliveira

Menção Honrosa Documentário: "Para Vigo Me Voy!", de Lírio Ferreira e Karen Harley


O 53º Festival de Cinema de Gramado é apresentado por Ministério da Cultura, Secretaria de Estado da Cultura e Petrobras. Lei de Incentivo à Cultura. Apresentação: Petrobras. Patrocinador Máster: Gav Resorts. Patrocínio: Stella Artois Pure Gold e Banrisul Seguros. Apoio: Hasam Group, O2 Pós, Globo Filmes, Naymovie, RBT Internet, Brutal Fruit, Vinícola Miolo, Campari, Autogeradora, KIA Brasil, Cinema Paradiso e Secretaria de Turismo do Estado do Rio Grande do Sul. Hospedagem Oficial: Laghetto Hotéis, Resorts & Experiências. Transmissão Oficial: Canal Brasil. Parceiro sustentável: Tereos Açúcar e Energia Brasil. Midia Partner: SBT. Transporte Aéreo Executivo: Helisul. Apoio Institucional: Fundacine RS, APTC RS, SIAV RS, ACCIRS, Assembléia Legislativa, TVE RS, Museu do Festival de Cinema de Gramado, Embratur e Embaixada da França no Brasil. Agente Cultural: AM Produções. Promoção: Prefeitura de Gramado. Financiamento: IECINE, Pró-cultura, Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Realização: Gramadotur, Ministério da Cultura, Governo Federal, Brasil, União e Reconstrução.


Fonte


domingo, 24 de agosto de 2025

Cine Especial: Próximo Cine Debate - 'Nonnas'

Sinopse: Para honrar a memória da mãe, um homem arrisca tudo e abre um restaurante italiano. As chefs são talentosas e divertidas vovós.  

Os filmes sobre a culinária exploram a arte de se fazer comida e como isso é essencial para que o gosto dure para sempre na boca. O belo filme da Pixar, "Ratatouille" (2007) é um genuíno exemplo de uma boa história alinhada com o universo da cozinha e como ela pode até mesmo mudar a perspectiva sobre o que comemos ao longo da vida. "Nonnas" (2025) é um simpático filme sobre a realização de um sonho perante os obstáculos que se encontram no caminho.

Dirigido por Stephen Chbosky, de "As Vantagens de Ser Invisível" (2012), o filme conta a história de Joe Scaravella (Vince Vaughn), que se vê sem caminho após a perda de sua mãe. Porém, em homenagem a ela, ele decide abrir um restaurante italiano e investir tudo que tem para alcançar esse objetivo. O que ele não esperava era virar gerente de adoráveis vovós italianas e que fazem a diferença no mundo da culinária.

Stephen Chbosky construiu a carreira através da literatura e devido a esse amor pela escrita decidiu que um dos seus principais livros fossem adaptados por ele mesmo no cinema. "As Vantagens de Ser Invisível" foi o que lhe abriu as portas para a direção e do qual chamou também atenção através do grande sucesso "Extraordinário" (2017). Eu acredito que é através desses trabalhos que ele soube conduzir com certo êxito o filme "Nonnas", já que em comum são longas que falam sobre família, amizade e a força de seguir em frente com os seus objetivos mesmo quando o mundo lhe diz ao contrário.

Porém, diferente dos outros longas, esse é baseado na história real de Joe Scaravella, que após perder diversos entes queridos ao longo de sua vida decide abrir um restaurante. O que ninguém imaginava é que na cozinha deste local todas as chefs da casa seriam avós italianas, cada uma responsável por trazer um pedaço da própria história para o cardápio. Isso foi o suficiente para chamar atenção do cineasta e criar então esse longa como um todo.

O resultado é um filme agradável, onde o realizador soube conduzir elementos dramáticos com belas pitadas de humor na medida certa. O grande acerto foi a escolha do ator Vince Vaughn, que há tempos não o via em uma boa comédia e aqui ele nos brinda no que sabe fazer de melhor, ao construir um personagem cheio de disposição para realizar o seu sonho em homenagear a sua mãe, mas não escondendo também o peso da responsabilidade pelo nascimento do local. Sua atuação melhora ainda mais com a presença de veteranas como no caso de Susan Sarandon e que demonstra ainda o poder de nos apresentar bons desempenhos.

Outro charme do filme está na interação dela com as demais atrizes que interpretam as vovós da cozinha, sendo que cada uma possui uma história para contar e fazendo com que a arte da culinária se diferencie uma da outra. Stephen Chbosky capricha em uma edição de cenas em que nos transmite o melhor do universo da culinária e fazendo com que a gente crie dentro de nós o desejo de ir em um restaurante mais próximo e que sejamos ser bem acolhidos. Neste último caso, por exemplo, o filme explora o quanto é importante esses lugares possuírem um ambiente agradável e cuja sua história faz toda a diferença.

Não é um filme que irá mudar a vida de ninguém, sendo que o roteiro nos dá o direito de termos uma noção de como isso irá terminar. Porém, é um longa gostoso de ser visto, acolhedor nos momentos certos e que nos conquista em uma tarde chuvosa de domingo. Em tempos atuais em que a comida em geral é feita a toque de caixa é sempre bom lembrarmos que tudo é preciso ser feito de coração pois sem isso o resultado acaba não tendo gosto e nenhum sentido.

"Nonnas" é um agradável passatempo sobre o universo da culinária e como a paixão pela criação de um prato faz toda a diferença.  

Onde Assistir: Netflix. 

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