Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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No domingo, 11 de maio, às 18h30, a Cinemateca Capitólio apresenta uma sessão gratuita do filme Inventário de Imagens Perdidas, dirigido por Gustavo Galvão, seguida de debate com integrantes da equipe. O filme entra em cartaz no dia 8.
De 13 a 29 de maio, a Cinemateca Capitólio recebe seis sessões gratuitas do Cine Estalo. As exibições fazem parte dos Programas Públicos da 14ª Bienal do Mercosul, que têm o objetivo de oferecer atividades que ampliam o que podemos fazer com uma Bienal e o que ela pode ser.
Sinopse: As diferentes fases da carreira do cantor Ney Matogrosso, desde a sua infância, passando pela adolescência e a vida adulta.
Por eu ter nascido no início dos anos oitenta cresci ouvindo muita música na rádio e que posteriormente se tornaram grandes clássicos. Além de Tim Maia eu gostava bastante das músicas de Ney Matogrosso, mas eu sempre achava que ele fosse uma mulher devido a sua voz e por conta disso eu fiquei espantado quando o vi pela primeira vez em um clipe exibido no Fantástico no início dos anos noventa. "Homem com H" (2025) sintetiza esse meu sentimento de espanto, pois Ney é aquele tipo de ser andrógino de grande talento que surge para desequilibrar o nosso universo do politicamente correto.
Dirigido por Esmir Filho, do filme "Alguma Coisa Assim" (2017), o filme conta a história sobre a vida e a obra de Ney Matogrosso e do qual viria a se tornar uma das maiores figuras da música e cultura brasileiras. O filme acompanha a sua origem e os constantes embates familiares em razão dos preconceitos de seu pai. Ao sair de casa e se mudar para São Paulo, Ney dá início à sua carreira artística, mas ao mesmo tempo enfrentando o preconceito e a censura da época.
Inicialmente é preciso reconhecer o trabalho extraordinário de Jesuíta Barbosa como Ney Matogrosso, que simplesmente desaparece em cena e dá alma e corpo ao grande artista. É impressionante como ele constrói o mesmo tipo de olhar que atraia e incomodava diversas pessoas da época e ao mesmo tempo obtendo a mesma musculatura e trejeito que somente Ney Matogrosso tinha. Uma metamorfose muito bem-feita em cena, ao revelar o verdadeiro potencial do ator e fazendo a gente desejar assistir as suas próximas atuações.
Esmir Filho, por sua vez, não freia em momento algum com relação ao explorar o que foi Matogrosso em sua vida pessoal, ao colocar em cena as suas relações, o seu comportamento, por vezes, impulsivo e o modo como respondia perante o preconceito. Neste último caso, por exemplo, isso é explorado com intensidade com relação à figura do pai, do qual foi alguém incrustado nas regras impostas por um governo militar, mas não escondendo em seu olhar a sua frustração com relação ao que acontecia com o país. Seu filho talvez fosse a virada de mesa que o Brasil precisava na época, mesmo não admitindo isso, mas que sentimos esse sentimento através da ótima atuação de Rômulo Braga.
Para o fã é sempre interessante observar o modo como foi construído os seus principais sucessos, desde quando era integrante dos "Secos e Molhados", como também quando decidiu seguir carreira solo. É interessante, por exemplo, vermos a origem da música "Homem com H", da qual teve uma pequena ajuda do músico Gonzaguinha e fazendo um relutante Ney Matogrosso decidir cantar e abraçar um dos seus maiores sucessos. Uma forma interessante de constatar o fato que mesmo os maiores artistas precisam de um pequeno empurrão para obter novas conquistas.
O cineasta ainda corrige um erro histórico visto no filme "Cazuza - O Tempo Não Para" (2004), já que lá não havia sido explorado a relação entre os dois artistas e cuja desculpa dos diretores Sandra Werneck e Walter Carvalho nunca me convenceu. Interpretado aqui pelo ator Julio Reis, o seu Cazuza surge como um furacão do qual nem o próprio Matogrosso poderia controlar, mas revelando o fato de ambos serem duas entidades que nem a sombra da AIDS poderia ofuscar. Ao chegarmos nesta questão, Esmir Filho procura explorar esse ponto da história de uma forma delicada, mas ao mesmo tempo eficaz e principalmente revelando um Ney Matogrosso buscando forças para se sustentar enquanto os seus entes queridos partiam de forma tão precoce.
Acima de tudo, é um filme que revela um homem que foi na contramão a tudo o que acontecia em um Brasil preso às regras de uma ditadura e que testemunhou o ressurgimento da Democracia que ainda engatinhava. São poucos como ele que sobrevivem há tantos percalços deste mundinho que se diz politicamente correto, quando na verdade o próprio estava livre de um casulo que não lhe pertencia e tão pouco continuaria dentro dele. Mas diferente de uma borboleta, Ney Matogrosso decidiu seguir firme em vida e provando ser vaso ruim que não se quebra, pois é deste tipo de cerâmica que o mundo ainda precisa.
"Homem Com H" revela um Ney Matogrosso como ele foi e como ele é, sendo um ser andrógeno de grande talento e que o Brasil precisava obter.
Sinopse: Glória Hartman, uma mulher madura que atravessa uma crise existencial e financeira, volta à sua cidade natal, que também passa por um processo de abandono. Por meio de uma fenda nas ruínas onde morou a escritora Clarice Lispector, Glória começa a ver cenas fantásticas que vão alterar a sua vida.
Sinopse: Cinebiografia de Ney Matogrosso, Homem com H apresenta a intensa trajetória do artista desde a infância até se tornar uma das grandes figuras da música e cultura brasileiras. O filme acompanha a origem em Bela Vista no Mato Grosso do Sul e os constantes embates familiares em razão dos preconceitos de seu pai. Ao sair de casa e se mudar para São Paulo, Ney dá início à sua carreira artística. Com uma voz única e uma veia criativa e performática inesquecível, Ney Matogrosso compõe um terço da banda Secos & Molhados e enfileira sucessos como Rosa de Hiroshima e Sangue Latino em meio à repressão da ditadura militar. Passando por cada fase de sua carreira, Homem com H conta a história de vida de um ícone artístico, demonstra sua identidade revolucionária e arrebatadora, seu ímpeto libertário e sua inconfundível presença de palco. Dodos maiores artistas brasileiros da atualidade.
Elenco: Jesuíta Barbosa, Bruno Montaleone, Jullio Reis.
NOEL ROSA UM ESPÍRITO CIRCULANTE
Brasil/ Documentário/ 2023/ 72min.
Direção: Joana Ninn
Sinopse: Documentário musical que busca rastros deixados pelo compositor no bairro de Vila Isabel, no Rio de Janeiro. O artista morreu aos 26 anos, em 1937, e deixou um legado de quase 250 músicas. O filme cria paralelos entre passado e presente, sobretudo pela forma como o samba e a figura de Noel Rosa se misturam até hoje ao redor de seu berço criativo. Vozes de antigos parceiros, como Cartola, Aracy de Almeida e Marília Batista, se juntam às de intérpretes atuais, como Dori Caymmi, Moacyr Luz, Mart'nália e Edu Krieger, entre outros.
Elenco: Dori Caymmi, Edu Krieger, Moacyr Luz, Martn'ália, Cláudio Jorg.
HORÁRIOS DE 08 A 14 DE MAIO (não há sessões nas segundas-feiras):
15h: NOEL ROSA, UM ESPÍRITO CIRCULANTE
17h: LISPECTORANTE
19h: HOMEM COM H
Ingressos: Os ingressos podem ser adquiridos a R$ 14,00 na bilheteria do CineBancários. Idosos (as), estudantes, bancários (as), jornalistas sindicalizados (as), portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 7,00. São aceitos PIX, cartões nas bandeiras Banricompras, Visa, MasterCard e Elo. Na quinta-feira, a meia-entrada é para todos e todas. EM TODAS AS QUINTAS TEMOS A PROMOÇÃO QUE REDUZ O VALOR DO INGRESSO PARA TODOS E EM TODAS AS SESSÕES PARA R$ 7,00.
Sinopse: Um grupo de super vilões e anti-heróis entram em missões para o governo. Baseado na série de quadrinhos de mesmo nome.
Eu sempre gosto de comparar o gênero de Super Heróis para o cinema com o gênero de faroeste, já que ambos foram levados para as telas ao máximo, mas chegando ao seu esgotamento. A Marvel, por exemplo, viu a sua fórmula de sucesso não atrair mais o grande público e testemunhar os seus últimos projetos desagradando aqueles que esperavam algo novo. "Thunderbolts" (2025) talvez seja uma prova que a Casa das Ideias tenha ouvido as críticas, já que o filme vai pôr um outro caminho até então inédito, identificável e mais humano.
Dirigido por Jake Schreier, o filme conta a história de Yelena Belova, Bucky Barnes, Guardião Vermelho, Fantasma, Treinadora e John Walker, figuras nada heróicas e que são somente recrutadas para missão obscuras comandadas da CIA Valentina Allegra de Fontaine. Porém, ela decide eliminá-los para apagar provas de sua corrupção dentro do governo dos EUA. O que ela não esperava é a união dessas figuras nada heróicas e fazendo com que ela ative o projeto Sentinela.
Desde "Vingadores - Ultimato" (2019) a Marvel não sabia ao certo para que caminho trilhar, pois o filme havia atingido o teto. O problema foi justamente investir ainda em fórmulas desgastadas, sendo que o mundo havia mudado durante a Pandemia e se o mundo real muda é questão de tempo para que os filmes caminhem com os ventos da mudança do mundo real. Dito isso, temos aqui personagens que precisam lidar não somente com um possível vilão, como também com relação a eles mesmos.
Yelena Belova, por exemplo, ainda sofre com a perda da irmã Viúva Negra, além de se sentir cada vez mais no piloto automático em missões sujas e que cada vez lhe deixam mais deprimida. Florence Pugh nos brinda com uma ótima interpretação, já que ela consegue passar para a sua personagem toda a dor que ela está passando e fazendo assim com que o público se identifique com ela, pois o que ela passa todos nós já passamos um dia e cabe ela enfrentar o seu próprio vazio interior. Falando em vazio, o filme vai ainda mais a fundo, não somente com os demais personagens em cena, como também através da figura de Bob, interpretado por Lewis Pullman e se tornando peça primordial da trama.
O charme do filme como um todo está entre a interação dos protagonistas, já que eles são distintos um do outro, mas possuindo dilemas similares com relação aos erros do passado. Embora a maioria já tenha aparecido nos outros filmes e séries do estúdio, é curioso observar como o roteiro foi bem escrito para compreendermos quem é quem e fazendo com que o marinheiro de primeira viagem não tenha a preocupação de assistir as demais produções do passado. O filme, portanto, se distância de um mero produto e tendo sido criado com uma preocupação maior de ser mais cinema, mesmo quando o próprio estúdio ainda hoje dá a sua palavra final.
Outro fator negativo visto nas produções anteriores foi o acúmulo de CGI em diversas cenas, sendo que elas pareciam terem sido criadas às pressas e fazendo que elas somente poluíssem as tramas. Aqui não é o caso, já que há muito mais efeitos práticos, cenas de ação mais verossímeis e fazendo com que a gente sinta o peso e o impacto delas. A cena da perseguição na estrada, por exemplo, é digna de nota, sendo que ela soa mais realística e menos plástica.
É claro que o estúdio ainda possui o seu vício pelas velhas fórmulas das quais não consegue se desvencilhar, como no caso do humor inserido em momentos até mesmo dramáticos e nos passando a sensação de que foi colocado em última hora para dizer o mínimo. Felizmente nesta questão tudo cai nas costas do personagem Guardião Vermelho, mas sendo um alívio cômico proposital, já que ele se torna uma espécie de âncora para que a sua filha Yelena e os demais integrantes não caíam perante o desânimo da missão, por vezes, quase impossível. David Harbour possui uma simpatia em abundância e fazendo com que isso torne o seu personagem ainda mais rico em cena.
Essa autoestima, por sua vez, será a arma principal para que os integrantes enfrentem justamente o vazio, não somente com relação aos seus medos interiores, como também da ameaça final que surge de uma maneira inesperada. Eles precisam sim enfrentar um super ser, mas ele é a representação da insegurança, medo e ansiedade que todos os personagens em cena enfrentam e cabe a união de todos para que consigam eliminá-lo. Se por um lado a solução final possa soar um tanto previsível, ao menos até lá os realizadores nos brindam com um verdadeiro show de efeitos práticos e alinhado com um ótimo desempenho do elenco.
Curiosamente, é interessante observar que a desavença dos personagens contra a famigerada Valentina é solucionada de uma forma tão simples, mas ao mesmo tempo nos proporcionando uma surpresa inesperada e muito bem-vinda. E como não poderia deixar de ser, há uma cena pós-crédito que nos passa uma ideia sobre o futuro do grupo, muito embora ela possa ser facilmente dispensada, já que o filme funciona muito bem sem ela. Já passou da hora da Marvel começar a se preocupar em fazer mais cinema e não somente um mero produto para que o público seja obrigado em obter outras peças desse grande tabuleiro que haviam criado. "Thunderbolts" dá um novo respiro ao gênero de super-heróis da Marvel para as telonas, pois fazia tempo que não nos identificamos com personagens tão humanos e que lidam com problemas similares aos nossos.
Sinopse: Paris, década de 1920. A empresária Ida Rubinstein escolheu Maurice Ravel para compor o balé de sua próxima produção. Em busca de inspiração, o compositor mergulha em suas memórias, amores e fracassos para dar forma à sua obra-prima: o Bolero.
No universo da música existem artistas que se tornam conhecidos por uma única obra, mas sendo o suficiente para entrar na história. Até lá, cabe ao artista passar por percalços e testar a sua força de vontade como um todo. "Bolero: Melodia Eterna" (2024) fala sobre um dos maiores compositores da história, mas do qual se viu envolvido em diversos obstáculos para a realização de sua maior obra prima.
Dirigido por Anne Fontaine, do filme "Agnus Dei" (2015), o filme conta a história sobre o compositor Maurice Ravel, onde o foco está no processo criativo que o levou a criar um dos maiores clássicos da música do último século que foi "Bolero". Para alcançar esse feito, antes disso, a coreógrafa Ida Rubinstein encomendou uma trilha especial para embalar a nova apresentação de balé do seu grupo de dança. Porém, há um bloqueio criativo assombrando o próprio artista e que o fará enfrentar a sua própria pessoa.
Com sensibilidade, Anne Fontaine constrói um filme cujo eventos vistos na tela são de acordo com a visão do seu protagonista, sendo que a sua história é fragmentada e fazendo com que a gente testemunhe o passado e o presente do protagonista em diversos pontos do longa. A escolha para esse formato se dá ao fato de compreendermos melhor o porquê ele ter dificuldade de realizar uma obra que o faça se consagrar, ou os motivos que o levam a não agradar aqueles que se dizem entendedores de uma boa música. Porém, dos fracassos nasce um catalisador que o faz não desistir e pela sua persistência que nos chama atenção no decorrer da história.
Com uma bela reconstituição de época, Anne Fontaine aproveita para nos brindar com uma Paris menos conservadora do início do século e nos revelar uma realidade mais rica e da qual a cultura falava mais alto. A fotografia, por exemplo, transita entre as cores quentes de tempos mais dourados, para uma preta e branca e que revela tempos mais mórbidos e dos quais o protagonista terá que enfrentar. Tudo isso orquestrado por uma visão bem autoral da cineasta, mas da qual funciona ainda melhor graças a ótima atuação de Raphaël Personnaz como Ravel.
Protagonista de títulos como "Julia(s)" (2022), Raphaël Personnaz talvez tenha obtido aqui o seu melhor desempenho na carreira, onde constrói um Ravel obcecado pela perfeição, mas ao mesmo tempo se sentindo atormentado perante aqueles que o criticam. Curiosamente, esse Ravel se apresenta como um ser respirando somente através da música e cujos outros prazeres ele deixa em segundo plano, muito embora o papel feminino se torne algo importante do decorrer do enredo. Vale destacar que Raphaël Personnaz consegue nos transmitir o sentimento do seu personagem através do seu olhar e o que torna a sua atuação ainda mais poderosa diga-se de passagem.
Em termos de olhar, por exemplo, o filme explora com delicadeza os problemas de saúde que o compositor teve no decorrer dos últimos anos, sendo que há um jogo de cenas sobre até que ponto é verdade ou mentira com relação ao que o protagonista observa. Até lá, o realizador testemunha o seu maior feito que é a criação da música "Bolero' e do qual muito bem apresentado através de duas apresentações, mas criando sentimentos distintos em tais momentos. Após ouvi-la, tudo que podemos fazer é somente lamentar a partida tão precoce deste grande artista e que ainda tinha muito a oferecer em vida.
"Bolero: Melodia Eterna" é sobre a busca pela perfeição no universo da música, mas onde o artista terá que enfrentar os seus detratores além dos seus próprios temores.
Na próxima terça-feira, nosso encontro será às 19h na Sala Redenção, para mais uma sessão do Ciclo de Cinema de Animação! Desta vez, exibiremos a fábula europeia A Famosa Invasão dos Ursos na Sicília (2019), dirigida pelo premiado ilustrador Lorenzo Mattotti e baseada no clássico infantil de Dino Buzzati.
Misturando aventura, fantasia e crítica social, o filme acompanha um grupo de ursos que, famintos após um inverno rigoroso, descem das montanhas em busca de alimento — e acabam enfrentando o exército do Duque da Sicília. Uma história cativante e visualmente deslumbrante, para todas as idades.
A entrada na Sala Redenção é sempre franca, traga seus amigos!
Confira os detalhes abaixo:
SESSÃO CLUBE DE CINEMA
Local: Sala Redenção – Cinema Universitário da UFRGS (Rua Eng. Luiz Englert, 333 – Campus Central)
Data: Terça-feira, 06/05, às 19h
A Famosa Invasão dos Ursos na Sicília
(La famosa invasione degli orsi in Sicilia)
França/Itália, 2019, 82 min, classificação livre
Direção: Lorenzo Mattotti
Roteiro: Lorenzo Mattotti, Jean-Luc Fromental, Thomas Bidegain
Baseado na obra de Dino Buzzati
Sinopse: Passando fome após um rigoroso inverno, os ursos descem as montanhas até os vales da Sicília em busca de alimento. Lá, enfrentam o exército do Duque e outros perigos em uma jornada marcada por batalhas, descobertas e transformações. Uma animação envolvente que reflete sobre o poder, a convivência e a perda da inocência.
Esperamos você para mais uma sessão especial do nosso Ciclo de Cinema de Animação 2025!
Sobre o filme: Pedro Almodóvar já estava namorando a ideia de trabalhar em obras de língua inglesa já algum tempo. Embora isso possa soar estranho em um primeiro momento, ele prova que ainda manteve a sua visão com relação ao mundo mesmo em território americano como no curta "Voz Humana" (2021) e na média metragem "Estranha Forma de Vida" (2023). Em seu primeiro longa-metragem em língua inglesa, "O Quarto ao Lado" (2024) revela um Almodóvar mais sintonia com relação ao mundo e revelando os seus pensamentos através das duas protagonistas da trama como um todo.
Na história, baseada na obra da escritora Sigrid Nunez, acompanhamos sobre as jornalistas Ingrid (Julianne Moore) e Martha (Tilda Swinton), que foram muito amigas no passado quando trabalhavam juntas em uma mesma editora. Devido aos trabalhos distintos, isso fez com que elas se distanciassem ao longo dos anos, mas se reencontrando após Martha revelar para a sua amiga que está sofrendo de um câncer terminal. Em meio a isso, Ingrid carrega uma grande responsabilidade com relação a um pedido que Martha faz para ela.
Confira a minha crítica já publicada clicando aquie participe do próximo Cine Debate.