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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'Encontro Com o Ditador'

 Sinopse: Há três anos, o Camboja, agora conhecido como Kampuchea Democrático, está sob o jugo de Pol Pot. 

O comunismo se tornou uma palavra de xingamento contra aqueles que desejam um país mais socialista do que continuar encravado no sistema capitalista. Porém, infelizmente, não faltam exemplos de que este sonho se torne um verdadeiro pesadelo a partir do momento em que os seus líderes revolucionários não se tornem tão diferentes como outros Ditadores do passado e que surgirão no decorrer dos últimos anos. "Encontro Com o Ditador" (2024) nos mostra até que ponto em que a ideia social se torne em um genocídio para os olhos do mundo.

Dirigido por Rithy Panh, e baseado no livro de Elizabeth Becker, a trama se passa em 1978 no Camboja, sendo que nesta época estava sob o domínio do ditador Pol Pot e do seu Khmer Rouge há três anos. Três franceses aceitaram o convite do regime na esperança de conseguir uma entrevista exclusiva com Pol Pot – um repórter que conhece o país, um fotojornalista e um intelectual que se sente próximo da ideologia revolucionária. Porém, na medida em que a trama avança, logo os três vão descobrindo os horrores por detrás das cortinas.

A premissa me fez lembrar do longa "A Entrevista" (2014), onde dois jornalistas chegam a Coréia do Norte para entrevistar o Ditador Kim Jong-un. Porém, se lá havia o humor ácido do cinema norte americano, aqui o realizador  Rithy Panh procura criar uma trama em que transite pelo realismo para o seu lado autoral na realização do seu projeto e conseguindo assim um filme que adquire momentos do mais puro suspense. Já no primeiro minuto de projeção temos uma ligeira sensação do que poderá acontecer aos protagonistas, já que a sua trilha musical já nos deixa em posição de expectativa.

Logo se nota que os soldados do Ditador fazem de tudo para passar aos jornalistas uma realidade em que os habitantes são unidos pelo desejo da construção de uma realidade mais social e excluindo o sistema ocidental e até mesmo a sua própria moeda. Rithy Panh cria, portanto, um cenário que vai se revelando na medida em que os protagonistas vão querer descobrir mais sobre a verdade, mas ao mesmo tempo irão se dar conta que podem estar em um beco sem saída. Qualquer semelhança com o filme "Midsommar" (2019) de Ari Aster não é mera coincidência.

Porém, o ponto alto do filme são as passagens que o realizador conduz a trama através de bonecos que representam os personagens além de grandes maquetes que reconstituem o cenário em que eles adentram. São momentos como esse em que tornam o filme ainda mais criativo, principalmente pelo fato que os bonecos em cena seriam uma espécie de visão que os Ditadores têm ao controlar a sociedade como meros fantoches, mas dos quais os mesmos têm vida própria e que não ficarão presos nas cordas. Claro que haverá alguns que não compreenderam a proposta de forma imediata, mas na medida em que se acostumam com a ideia logo irão querer que surjam mais cenas como essas.

Acima de tudo, o filme pode sim servir facilmente de exemplo para aqueles que abominam a ideia do Comunismo. Porém, o filme é uma interessante análise sobre até que ponto se separa o sonho do socialismo para o mais puro barbarismo e culminando em movimento extremista e do qual precisa ser detido. Por conta disso, a cena final do jornalista francês Alain (Grégoire Colin), que sonha com um mundo mais socialista, logo se dá conta o quanto é frágil é esse sonho na medida em que ele é desconstruído para logo se tornar um verdadeiro inferno.

Com cenas reais sobre esse tempo nebuloso do Camboja que se encontra espalhado em determinados pontos da trama, "Encontro Com o Ditador" é um filme que nos faz refletir sobre como certas ideologias podem ser manipuladas e se transformando em uma realidade distorcida do que poderia ter sido um dia. 

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segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'A Semente do Fruto Sagrado'

Sinopse: Em um período de agitação política no Teerã, o recém-promovido juiz de instrução, Iman, se vê pressionado. Sua arma some e ele é tomado por uma paranoia, desconfiando até mesmo da família. 

O cinéfilo de hoje conhece o Irã através dos filmes, mais precisamente aqueles rodados pelos mestres como Abbas Kiarostami e Jafar Panahi. Porém, se Kiarostami construiu uma carreira autoral mesmo com a sombra da censura imposta pelo governo, por outro lado, Panahi sofreu ao desafiar o mesmo e tendo que continuar filmado de forma clandestina como foi no caso do seu "Isso Não é um Filme" (2011). "A Semente do Fruto Sagrado" (2024) é um filme corajoso onde se é perfurado a bolha e nos revelando um Irã que procura nos dizer que o seu povo realmente vai as ruas desejando maior liberdade para se continuar vivendo.

Dirigido por Mohammad Rasoulof, o filme foi rodado no Teerã, porém, de forma clandestina e financiado pela Alemanha. Na história, conhecemos Iman, recém-promovido a juiz de instrução e que recebe dos seus superiores uma arma da qual não pode ser perdida. Porém, a arma desaparece e fazendo com que o mesmo desconfie da sua própria esposa e de suas duas filhas.

Mohammad Rasoulof foi no decorrer dos anos bastante perseguido pela República Islâmica do Irã, ao ponto do seu passaporte ser confiscado após o seu retorno de um festival nos EUA. Por conta disso, pode-se dizer que o longa fala muito de sua pessoa, já que a história transita entre momentos de ficção com a realidade, já que o roteiro dá espaço para cenas verdadeiras filmadas em celulares e onde testemunhamos pessoas reais protestando contra o governo e fazendo com que o mesmo ataque o próprio povo. A família central da trama, por sua vez, é uma síntese sobre o medo e a paranoia daqueles que convivem em temos de incertezas, de serem presos ou até de serem mortos ao seu posicionarem contra o governo e fazendo com que a mesma se dívida no decorrer do percurso.

Mohammad Rasoulof constrói um clima claustrofóbico no decorrer da trama, já que boa parte dela se passa no apartamento da família, como se lá fosse uma espécie de porto seguro enquanto nas ruas ficam ocorrendo os protestos. Há, logicamente, uma desavença entre as gerações devido aos costumes de ontem e hoje e fazendo com que as duas irmãs sejam uma espécie de símbolo contra o medo e fazendo com que ambas tomem uma iniciativa mesmo colocando as suas vidas em risco. Em contrapartida, tanto o pai como a mãe são submissos as regras, principalmente pelo fato do primeiro ter chances de ser promovido ao ser uma espécie de carrasco da polícia, mas fazendo com que seja temido até mesmo pela sua própria esposa.

Uma vez que desaparece a tal arma é imposto um cenário onde a paranoia se faz de governante e fazendo a gente questionar quem em cena está dizendo a verdade. Por conta disso, Mohammad Rasoulof elabora planos sequências para que tudo se torne ainda mais sufocante, ao ponto que acabamos temendo pela vida deles, pois os mesmos podem se matarem a qualquer momento devido à loucura imposta pelo medo. Pode-se dizer que o filme ganha pinceladas de um verdadeiro filme de suspense psicológico e cujo ato final simboliza muito bem isso.

Surpreendentemente, o seu final me remeteu ao clássico "O Iluminado" (1980), sendo que ambos os casos vemos um pai fazendo de tudo para manter a sua promoção no trabalho, nem que para isso tenha que machucar a sua própria família. Se tira o hotel com a neve do clássico de Stanley Kubrick e se tem as ruínas de uma cidade no deserto, mas cujo resultado acaba se tornando o mesmo. Porém, aqui não há fantasmas ou monstros, mas sim o próprio ódio vindo do mundo real que envenena as pessoas, mas cuja resistência real vista nos últimos minutos da trama simboliza que sempre haverá esperança.

"A Semente do Fruto Sagrado" é reflexão política alinhada com um suspense claustrofóbico e culminando com um dos finais mais surpreendentes neste início de ano.  

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Cine Dica: CINEMATECA CAPITÓLIO PROGRAMAÇÃO 23 A 29 DE JANEIRO

Quem Matou o Ursinho de Pelúcia?


ABERTURA DA TEMPORADA 2025 DO PROJETO RAROS

Na sexta-feira, 24 de janeiro, às 19h30, a primeira edição de 2025 do Projeto Raros apresenta Quem Matou o Ursinho de Pelúcia? (Joseph Cates, 1965). O lendário ator Sal Mineo (de Juventude Transviada) é a estrela dessa produção independente rodada nos recantos mais suspeitos da Nova York dos anos 1960, que aborda temas tabus como pornografia, voyeurismo e incesto, antecipando imagens que marcaram a paisagem subversiva da Nova Hollywood nos anos 1970. Entrada franca.


Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/8127/projeto-raros-quem-matou-o-ursinho-de-pelucia/


KASA BRANCA EM PRÉ-ESTREIA NA CINEMATECA CAPITÓLIO

Kasa Branca, comédia que aborda temas como a irmandade negra, o luto e a força dos afetos, dirigido por Luciano Vidigal, ganha sessões de pré-estreia na Cinemateca Capitólio a partir desta quinta-feira, 23 de janeiro. O filme ganhou o prêmio principal no Festival do Rio em 2024. O valor do ingresso é R$ 16,00.


Mais informações:  https://www.capitolio.org.br/eventos/8153/kasa-branca/


VISIBILIDADE TRANS NA CAPITÓLIO

Nos dias 25 e 26 de janeiro, às 19h, a Cinemateca Capitólio apresenta as sessões dos filmes Intransitivo: um documentário sobre narrativas trans, de Gabz 404, Gustavo Deon, Luka Machado, Lau Graef, e Extermínio, de Mirela Kruel. Com entrada franca, as sessões celebram o mês da visibilidade trans.  


GRADE DE HORÁRIOS

23 a 29 de janeiro de 2025


23 de janeiro (quinta)

15h – Misericórdia

17h – Baby

19h – Kasa Branca


24 de janeiro (sexta)

15h – Misericórdia

17h – Baby

19h30 – Projeto Raros: Quem Matou o Ursinho de Pelúcia?


25 de janeiro (sábado)

15h – Misericórdia

17h – Baby

19h – Intransitivo: um documentário sobre narrativas trans


26 de janeiro (domingo)

15h – Tudo que Imaginamos Como Luz

17h – Baby

19h – Extermínio


28 de janeiro (terça)

15h – Misericórdia

17h – Baby

19h – Kasa Branca


29 de janeiro (quarta)

15h – Misericórdia

17h – Baby

19h – Kasa Branca

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Cine Especial: Revisitando 'Viagem ao Centro da Terra'

Clássico da sessão da tarde, este longa é uma das melhores adaptações de Jules Verne para o cinema. Com uma belíssima fotografia na Panavision, efeitos especiais até de certa qualidade levando em consideração a época em que foi produzido e cenas de ação extremamente criativas, temos aqui um ótimo filme de aventuras. Por sinal,  algumas cenas de ação foram copiadas ou utilizadas como inspiração em filmes posteriores.

Entre elas, vemos uma cena com uma pedra gigante rolando atrás dos personagens igual em “Os Caçadores da Arca Perdida”, a clássica sequência em que uma ponte (de pedra ou madeira) desaba e até a cena do local fechado que é inundado com os personagens escapando por um pequeno buraco no minuto final. Hoje são cenas clichês, mas na época eram inéditas. Vale destacar o elenco encabeçado pelo clássico ator inglês James Mason e pelo famoso cantor americano Pat Boone.

Como curiosidade, a atriz Arlene Dahl era mãe do ator canastrão Lorenzo Lamas da série “Renegade”. A realização é particularmente dinâmica para a altura, o filme tem uma boa montagem e nada se perde, mantendo-se sempre interessante do principio ao fim. Isso se fortifica principalmente pelo fato de haver diversos ambientes, com cenários diversificados, excelentes até em  escala verdadeiramente épica e todo o design do filme está muito bem planejado.

Apesar do clima descontraído dos personagens, existem algumas situações de certo suspense com a introdução de um vilão que não há no livro, mas o destaque acaba ficando mesmo para o mundo cheio de mistérios e criatividade concebido pelas linhas de Júlio Verne. Assim como o livro, boa parte da graça do filme é ver a concepção de como é o centro da terra, o filme funciona bem nesse quesito, as cenas são bonitas e interessantes. Por ser um filme antigo, eu fiquei na dúvida de como as criaturas citadas no livro iriam aparecer, já que a produção não tinha efeitos especiais, mas o diretor deu uma boa solução para isso: Ele filmou alguns répteis sozinhos e colocou as cenas no meio do filme.

Eles não interagem com os atores em momento algum, mas fica perfeitamente claro que eles estão no mesmo lugar e como as cenas dos répteis foram filmadas de perto, a impressão que se tem é de que os animais de fato são gigantes, como os descritos no livro. O elenco funciona bem e os figurinos são especialmente bonitos. Assim como o livro, o filme é um ótimo exemplo de uma história de aventura com toques de fantasia. Concorreu a 3 Oscar em 1959, época onde o prêmio ainda significava alguma coisa.

Fotografia impecável, efeitos sonoros também. O roteiro de Walter Reisch é impecável, no melhor estilo de roteiros clássicos, com todos os arcos em seus devidos lugares, intercalando entre a aventura e comédia na medida certa; ao contrário dos filmes de hoje, que se transformaram em bobagens infantiloides e insossas. "Viagem no Centro da Terra" é a melhor adaptação do clássico de Júlio Verne, sem ser pretensiosa e muito divertida na medida certa.  


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quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (16/01/25)

 MARIA CALLAS

Sinopse: Acompanha a história da vida da maior cantora de ópera do mundo, Maria Callas, durante seus últimos dias na Paris dos anos 1970.


Mma - Meu Melhor Amigo

Sinopse: Max, um grande campeão de MMA que está enfrentando o fim de sua carreira, está afastado do ringue enquanto se recupera de uma lesão séria no ombro. Quando descobre ser pai de um menino autista de 8 anos, ele precisa enfrentar dois desafios.


LOBISOMEM

Sinopse: Neste arrebatador conto de horror, um homem deve lutar para proteger a si mesmo e sua família quando eles se tornam alvos de um lobisomem mortal. 


AQUI

Sinopse: Ambientado em um único lugar, ’Aqui’ acompanha diversas famílias ao longo de gerações, todas conectadas por este espaço que um dia chamaram de lar. Estrelado por Tom Hanks e Robin Wright, é uma emocionante jornada de amor, perdas, risos e memórias, que nos transporta desde o passado mais distante até um futuro próximo. 

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Cine Dica: CINEMATECA PAULO AMORIM - PROGRAMAÇÃO DE 16 A 22 DE JANEIRO DE 2025

SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES

A SEMENTE DO FRUTO SAGRADO

Nossa nova cinesemana destaca a estreia do documentário LUIZ MELODIA – NO CORAÇÃO DO BRASIL, homenagem a um grande compositor da nossa MPB. Também entra em cartaz o drama histórico ENCONTRO COM O DITADOR, mais um filme em que o cambojano Rithy Panh investiga a memória de seu país. Outro destaque é A SEMENTE DO FRUTO SAGRADO, uma história iraniana que representa a Alemanha na corrida pelo Oscar.

Sucessos de público, seguem em cartaz a delicada produção iraniana MEU BOLO FAVORITO e os longas COMO GANHAR MILHÕES ANTES QUE A AVÓ MORRA (da Tailândia) e TUDO QUE IMAGINAMOS COMO LUZ (da Índia). A produção brasileira BABY, do diretor Marcelo Caetano, ganha mais uma semana de exibição.


Confira nossa programação completa e o Portal do Cinema Gaúcho em www.cinematecapauloamorim.com.br


SALA PAULO AMORIM


14h45 – MEU BOLO FAVORITO Assista o trailer aqui.

(Keyke mahboobe man – Irã/França/ Suécia/Alemanha, 2024, 97min). Direção de Maryam Moghadam e Behtash Sanaeeha, com Lily Farhadpour e Esmail Mehrabi. Imovision, 14 anos. Drama.

Sinopse: Mahin tem 70 anos, é viúva e vive sozinha em Teerã. Apesar da rotina solitária, ela mantém a vitalidade e o interesse pelas coisas do cotidiano – o que inclui afrontar a Polícia da Moral que controla os costumes no país. Disposta a revitalizar sua vida amorosa, a viúva convida o taxista Faramarz para um encontro. O filme foi o vencedor do prêmio Fipresci (da crítica) e do Juri Ecumênico no Festival de Berlim 2024, mas seus diretores foram proibidos de deixar o Irã para acompanhar a premiação.


16h45 – COMO GANHAR MILHÕES ANTES QUE A AVÓ MORRA (NOS DIAS 16, 18 E 21) Assista o trailer aqui.

(Lahn Mah - Tailândia, 2024, 125min). Direção de Pat Boonnitipat, com Putthipong Assaratanakul, Usha Seamkhum, Sanya Kunakorn. Paris Filmes, 12 anos. Drama.

Sinopse: Amah é uma senhora idosa que, de acordo com as tradições de seu país, sonha em ter uma sepultura própria quando morrer. Isso atrai o interesse de seu neto, que resolve cuidar da avó por conta da herança que ela pode deixar depois que partir. À medida em que o jovem se aproxima da idosa, as vivências e sentimentos entre ambos vão se modificando, com base no amor e respeito. O longa é o representante da Tailândia no Oscar e está entre os 15 títulos pré-selecionados ao prêmio de filme internacional.


16h45 – TUDO QUE IMAGINAMOS COMO LUZ (NOS DIAS 17, 19 E 22) 

(All we imagine as light - Índia/França/Holanda/Luxemburgo, 2024, 120min). Direção de Payal Kapadia, com Kani Kusruti, Divya Prabha, Chhaya Kadam. Filmes da Mostra, 14 anos. Drama.

Sinopse: Na caótica Mumbai, a rotina de três mulheres que trabalham em um hospital é atravessada por sentimentos e situações que dão conta das tradições de um país. Prahna não tem notícias do marido, que foi tentar a sorte em outro país. Anu vive um romance com um rapaz que os pais não aprovam. Parvaty perdeu o marido e também está prestes a perder sua casa. O alento para o caos pode estar em uma viagem para o interior, onde há paz de espírito. O filme foi o vencedor do grande prêmio do júri no Festival de Cannes e já aparece em várias listas de melhores produções do ano.


19h – BABY Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2024, 106min). Direção de Marcelo Caetano, com João Pedro Mariano e Ricardo Teodoro. Vitrine Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: Após ser liberado de um centro de detenção juvenil, Wellington se vê sozinho nas ruas de São Paulo, sem nenhum contato com os pais ou recursos para reconstruir a vida. Ele encontra Ronaldo, um homem maduro que lhe ensina novas formas de sobrevivência. Prêmios de melhor filme e ator no Festival do Rio.


SALA EDUARDO HIRTZ


14h30 – A SEMENTE DO FRUTO SAGRADO Assista o trailer aqui.

(The Secret of the Sacred Fig - Alemanha/França/Irã, 2024, 165min). Direção de Mohammad Rasoulof, com Mahsa Rostami, Setareh Maleki, Niousha Akhshi. Mares Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: Casado e pai de duas filhas, Iman acaba de ser promovido a juiz de instrução no Tribunal Revolucionário de Teerã. Isso representa uma vida mais confortável para a família, mas também obriga Iman a ignorar alguns valores éticos e morais. Ao mesmo tempo em que tenta se manter fiel ao regime, o protagonista vê as relações familiares se deteriorarem. O filme tem como pano de fundo os episódios recentes de protestos pela jovem que foi morta por usar o véu de maneira incorreta, que aparecem em imagens de arquivo. Proibido no Irã, o filme foi indicado pela Alemanha na corrida ao Oscar de filme internacional e já ganhou vários prêmios, incluindo o prêmio Especial do Júri e o da crítica no Festival de Cannes.


17h30 – ENCONTRO COM O DITADOR - ESTREIA Assista o trailer aqui.

(Rendez-vous avec Pol Pot - Camboja/França/Turquia, 2024, 110min). Direção de Rithy Panh, com Irène Jacob, Grégoire Colin, Cyril Guei. Pandora Filmes, 14 anos. Drama histórico.

Sinopse: O ano é 1978 e o Camboja, que foi renomeado como Kampuchea Democrático, está sob o domínio de Pol Pot e do seu Khmer Vermelho há três anos. O país está economicamente devastado e quase 2 milhões de cambojanos morreram durante um genocídio ainda não conhecido. Neste contexto, três franceses aceitam o convite do regime para visitar o país, todos com diferentes expectativas: um repórter que conhece o país, um fotojornalista e um intelectual que apoia os revolucionários. Este é mais um filme do diretor em que resgata a história do seu país e traz suas memórias de sobrevivente – ele conseguiu fugir para a Tailândia em 1979, com apenas 15 anos.


19h30 – LUIZ MELODIA - NO CORAÇÃO DO BRASIL – ESTREIA (NÃO HAVERÁ SESSÃO NO DIA 22) Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2024, 75min). Documentário de Alessandra Dorgan. Embaúba Filmes, 12 anos.

Sinopse: Carioca do Morro do Estácio, Luiz Melodia (1951 - 2017) é um dos principais representantes da música brasileira dos anos 1970 e 1980, lembrado pela sua originalidade e mistura de ritmos. O filme, com narrativa em primeira pessoa, traz imagens raras e vídeos de arquivo que contam a história de canções como “Estácio Holly, Estácio”, “Pérola Negra” e “Juventude Transviada”, além das parcerias com Gal Costa, Elza Soares, Jards Macalé e outros artistas. Vencedor do prêmio de melhor filme no Festival In-Edit de 2024.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 16,00 (R$ 8,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 20,00 (R$ 10,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTE BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES MEDIANTE PAGAMENTO COM O CARTÃO DO BANCO.

Estudantes devem apresentar Carteira de Identidade Estudantil.

Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Cine Dica: Streaming - 'Comando das Criaturas' 

Sinopse: Amanda Waller decide formar uma nova equipe e que desta vez a maioria não é exatamente humana.

Quando James Guun saiu da Marvel para dirigir a sua versão de "Esquadrão Suicida" (2021) talvez o mesmo não se imaginava hoje sendo o responsável pela direção criativa da Warner/DC e tendo a responsabilidade de começar esse universo cinematográfico do zero. O seu "Superman" (2025) é uma promessa ainda incerta e fazendo a gente questionar se tudo dará certo ao longo do percurso. Até lá, podemos desfrutar da ótima animação "Comando das Criaturas" (2025), série que transita por momentos sombrios, violentos e com uma pitada de humor ácido e muito bem-vindo.

Na trama, vemos novamente Amanda Waller (voz de Viola Davis) formar uma nova equipe de operações, mas desta vez composto pela sua maioria por seres não humanos. A equipe é formada pela Noiva do Frankenstein (Indira Varma), Doninha (), Rick Flag Sr. (Frank Grillo), Nina Mazursky (Zoë Chao), Doctor Phosphorus (Alan Tudyk), Eric Frankenstein (David Harbour) e G.I. Robot (Sean Gunn). Com habilidades especiais, essa nova equipe suicida terá a missão de conter um conflito entre duas nações, mas nem tudo é o que aparenta ser.

 Com um traço que não deve nada aos animes japoneses, a série nos conquista através dos seus personagens bem construídos e isso se fortalece ainda mais pelo fato de que cada um adquire os seus flashbacks com relação ao seu passado. A Noiva, por exemplo, é a melhor personagem em cena, pois ela transita entre um ar de durona para momentos em que ela não esconde o seu lado mais humano, mas do qual foi se perdendo ao longo dos anos. E por mais que aparente ser bestial a Doninha, o seu passado trágico faz a gente se dar conta que o lado irracional pode se encontrar em qualquer ser humano desinformado.

Com ótimas cenas de ação bem fluidas, a série nos passa uma curiosa ideia do que está por vir desse novo universo Warner/DC. Se no passado o estúdio foi acusado de levar os personagens que nós conhecemos por momentos sombrios demais, por outro lado, esse desenho prova que talvez esse teor prossiga nos demais projetos, mas ao mesmo tempo tendo um humor caprichado e alinhado com personagens bem construídos. Em menos de meia hora, cada capítulo é recheado de informações sobre cada um dos personagens, mas tudo moldado de uma forma compreensível e que faz com que nos identifiquemos com eles de um modo mais facil. 

Curiosamente, tanto há elementos que alinham a tudo o que já foi feito nos filmes anteriores, como também os novos que estarão espalhados neste novo universo de James Guun. Talvez a intenção do estúdio não seja apagar por completo tudo o que havia sido construído até aqui, mas sim obter um novo direcionamento para que o gênero se mantenha vivo nos próximos anos. Se a concorrência ainda insiste na velha fórmula de sucesso, ao menos a Warner/DC procura por enquanto aprender com os seus erros e para assim nos apresentar algo mais palatável.

"Comando das Criaturas" é uma grata surpresa para aqueles que ainda tem esperança com relação as adaptações das HQ para o cinema TV e despertando maior curiosidade sobre os futuros lançamentos.     

Onde Assistir: MAX. 

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