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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Cine Especial: 'A Bruxa de Blair - 25 Anos Depois'

O público em geral está tão acostumado com diversas imagens, seja elas verossímeis ou de CGI, que fica cada vez mais difícil delas aceitarem algo mais sugestivo. O gênero de horror está recheado de assassinos ou monstros que surgem na tela, mas há alguns casos em que a criatura demora para surgir em cena e fazendo a gente temer muito mais ela, pois não sabemos até aquele momento como ela é. No clássico "Alien - 8º Passageiro" (1979) a criatura criada e dirigida por Ridley Scott sempre ataca por cima, ou através das sombras, levando um bom tempo para termos uma dimensão de como ela é e até lá tudo é algo muito sugestivo e gerando expectativa dentro de nós.

Em tempos em que os nossos olhos estão cada vez mais cansados com o uso do CGI barato é sempre bom apreciarmos uma obra que usa poucos recursos para elaborar uma trama que nos transmite algo mais pé no chão e que sintamos até mesmo o peso da situação. Para o cinéfilo, logicamente, isso se torna algo curioso para ser observado, mas sendo um grande esforço para o público em geral que se encontra mal acostumado com tudo que é jogado em seus colos de forma explicada e muito mastigada. "A Bruxa de Blair" (1999) é um filme que dividiu opiniões na época, sendo que eu fui um dos defensores daquele período, mas sentindo na pele o desprezo daqueles que odiaram.

Após ter assistido ao filme no saudoso Cine Imperial de Porto Alegre eu logo fui comentar para o pessoal da escola, sendo que os mesmos haviam assistido também, mas odiando o longa como um todo e ficando até mesmo com raiva daqueles que gostaram. Eu acabei levando até mesmo uma pedrada por um dos garotos que não gostaram do longa unicamente por não aceitar eu ter gostado e tornando a discussão muito mais acalorada para dizer o mínimo. Fico imaginando se o filme tivesse sido lançado em uma época em que as redes sociais é um saco sem fundo de discursos de ódio e que qualquer passo em falso é o suficiente para algo ou alguém ser cancelado.

Curiosamente, o filme estreou em uma época que a internet ainda estava engatinhando, sendo que os realizadores criaram um site especialmente para o filme e vendendo para o público a ideia que os eventos vistos na tela eram reais. Daniel Myrick e Eduardo Sanchez passaram para nós que as imagens vistas haviam sido gravadas por três estudantes de cinema que adentraram nas matas do estado de Maryland para fazer um documentário sobre a lenda da Bruxa de Blair e que desapareceram misteriosamente. Um ano depois, uma sacola cheia de rolos de filmes e fitas de vídeo foi encontrada na mata. As imagens registradas pelo trio dão algumas pistas sobre seu macabro destino.

Porém, tudo não passava de um filme "found footage", que consiste em fazer com que as pessoas acreditem que estão assistindo a filmagens que foram encontradas, com tudo o que isso implica em termos de trabalho de câmera instável e tomadas mal enquadradas. Rodado com apenas R$ 60 mil dólares, o filme faturou quase R$ 250 milhões de dólares na época e se tornando um dos filmes mais bem sucedidos na história. Vale destacar que além do site oficial da obra havia sido lançado dias antes do lançamento um documentário do canal norte-americano, Syfy, que dava ainda mais veracidade sobre o desaparecimento dos três jovens e explorando ainda mais o mistério envolvendo a Bruxa.

O filme foi realizado durante oito dias, onde os realizadores Daniel Myrick e Eduardo Sanchez deixaram os três interpretes, Heather Donahue, Michael C. Williams, Joshua Leonard, sozinhos dentro da mata, tendo apenas pouca comida, equipamento e anotações sobre o que eles deveriam falar ou agir na frente da câmera. Embora sabendo o que tinham que falar conforme o que estava descrito no roteiro, muito o que é visto na tela é improvisação, já que os três atores eram iniciantes e fazendo com as suas ações e reações se tornassem ainda mais verossímeis. Pelo fato de ficarem cada vez mais isolados dentro da floresta isso fez com que os três realmente sentissem medo, sendo que em algumas tomadas a gente sente o real pavor vindo da parte deles.

Daniel Myrick e Eduardo Sanchez, por sua vez, sempre criaram meios de fazer diversos barulhos dentro da mata, além de criar pilhas de pedra, bonecos de madeira em um determinado momento do longa e tornando tudo algo ainda mais estranho para ser observado de perto. Além disso, antes dos personagens irem para mata, os mesmos acabaram entrevistando pessoas de Maryland, sendo que elas relatam sobre as diversas histórias macabras que ouviram ao longo dos anos, tanto com relação a figura da Bruxa, como também de certo personagem que havia cometido uma atrocidade com um grupo de crianças. Tudo isso colaborando para dar maior realismo para o projeto e cujo resultado acabou sendo mais do que positivo.

Vale destacar que o filme foi lançado em uma época que ocorreu o "Dogma 95" onde os cineastas Thomas Vinterberg e Lars von Trier iniciaram o movimento. Em suas regras se pregava que o cinema fosse feito da forma mais natural possível, sendo proibidos a adição de sons que não estão em cena, truques de câmera e filtros, construção ou produção de cenários e utilização de estúdios. As filmagens deviam ser feitas à mão, mesmo que a câmera balance, e não podiam ser utilizadas iluminações especiais, apenas a luz ambiente. O movimento também não aceitava filmes de gênero e ações “superficiais” nos longas, como armas e assassinatos.

Embora não faça parte do momento, eu acredito que Daniel Myrick e Eduardo Sanchez se inspiraram nele na realização do longa, já que as imagens da câmera são quase sempre tremidas, não há trilha sonora e a iluminação é sempre natural, sendo que as cenas vistas na noite é algo granulado e que por vezes quase não vemos o que ocorre em cena. Talvez o ápice do filme se encontra no ato final da trama, onde os personagens encontram uma misteriosa casa abandonada, onde há vestígios de marcas de mãos de crianças pequenas, ocorre os gritos de um deles ecoando no local, já que o mesmo havia sumido anteriormente e terminando de uma forma demasiadamente abrupta. Me lembro claramente que muitos xingaram dentro da sessão de cinema em que eu estava quando o filme se encerrou dessa forma, pois a maioria com certeza gostaria de ter visto ao menos o nariz da misteriosa Bruxa.

O filme foi divisor de águas para o subgênero "found footage", sendo que a partir dele o cinema foi invadido por diversos títulos com uma proposta semelhante, sendo que o meu preferido acabou se tornando o Espanhol "REC" (2007). Logicamente, "A Bruxa de Blair" gerou duas continuações, mas que jamais superaram o peso de qualidade do filme original e nasceram unicamente para obter bilheteria em torno de todo o sucesso que havia se gerado. Pode-se dizer que o filme de 1999 também pode ser interpretado como a transição da forma de divulgação de longas metragens pela internet e que dali em diante nada mais seria como antes em termos de marketing.

"A Bruxa de Blair" é um dos filmes de horror mais importantes da história do cinema, onde o teor sugestivo ainda é a ferramenta mais eficaz para assustar a plateia e fazendo com ela não se desgrude da tela. 

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Cine Dica: Clube de Cinema - 'A Canções'

Qual é a sua música?

Na próxima terça-feira, 13 de agosto, o Clube de Cinema e a Sala Redenção retomam o Ciclo de Cinema Documentário com um tributo a Eduardo Coutinho, um dos maiores documentaristas do cinema brasileiro. 

Exibiremos "As Canções" (2011), uma das obras-primas de Coutinho, em uma sessão especial que marca os 10 anos de sua partida. Este encontro é uma oportunidade de reviver seu legado nas telas e discutir sua vida e impacto no cinema brasileiro. A entrada é franca.

Teremos a honra de contar com a presença de Daniel Rodrigues, presidente da Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (ACCIRS), e a mediação será conduzida por Kelly Demo Christ, Diretora de Comunicação do Clube de Cinema.

Data: 13/08 às 19h

Local: Sala Redenção da UFRGS (Av. Paulo Gama, 110 - Farroupilha)

Sinopse: O documentarista Eduardo Coutinho entrevista pessoas que contam suas histórias e relembram canções clássicas da música brasileira que marcaram suas vidas.


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quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Cine Dica: Sessão Clube de Cinema 10/08: "Pedágio" no Capitólio


Neste sábado, a parada obrigatória para os associados do Clube é na Cinemateca Capitólio, onde exibiremos "Pedágio", filme de Carolina Markowicz. Elogiado pela crítica, o longa aborda questões contemporâneas brasileiras para tocar em temas universais, como tensionamentos de crenças, afetos e desafetos. Confira a programação!


SESSÃO CLUBE DE CINEMA

Local: Cinemateca Capitólio (R. Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro)

Data: 10/08/2024, sábado, às 10:15 da manhã


"Pedágio"

Brasil, 2023, 100 min, 14 anos

Direção: Carolina Markowicz

Elenco: Maeve Jinkings, Kauan Alvarenga, Tomás Aquino, Aline Maia 

Sinopse: Suellen, cobradora de pedágio, percebe que pode usar seu trabalho para fazer uma renda extra ilegalmente. Mas tudo por uma causa nobre: financiar a ida de seu filho à caríssima cura gay ministrada por um famoso pastor estrangeiro. O filme conquistou os prêmios de melhor atriz (Maeve Jinkings), melhor ator (Kauã Alvarenga) e melhor atriz coadjuvante (Aline Maia) no Festival do Rio.


Contamos com sua presença, até lá!

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Cine Dica: CINEMATECA PAULO AMORIM - PROGRAMAÇÃO DE 8 A 14 DE AGOSTO DE 2024

 SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES

A sala Eduardo Hirtz retoma sua programação de filmes nesta quinta-feira, dia 8 de agosto, depois de passar por obras de recuperação dos prejuízos causados pelas enchentes. A programação desta primeira semana de reabertura será diversificada e com horários alternados, dando conta de novidades e também recuperando alguns títulos que estavam em cartaz na semana da enchente e praticamente não foram vistos em Porto Alegre.

A estreia principal é TESTAMENTO, do diretor canadense Denys Arcand, que faz uma crítica bem humorada à cultura atual do politicamente correto. Outra novidade é ESTÔMAGO, filme brasileiro do Marcos Jorge, lançado em 2008 e que volta aos cinemas em cópia restaurada. Entre os filmes da época da enchente, teremos a reexibição do longa japonês PLANO 75, da diretora Chie Hayakawa.


As salas Paulo Amorim e Norberto Lubisco estão em reforma.


Confira nossa programação completa e portal do cinema gaúcho em www.cinematecapauloamorim.com.br


SALA EDUARDO HIRTZ


15h – ESTÔMAGO (NOS DIAS 8, 10 E 13 – QUINTA, SÁBADO E TERÇA) Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2008, 113min). Direção de Marcos Jorge, com João Miguel, Fabíola Nascimento, Carlo Briani, Babu Santana. Paris Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: Raimundo Nonato se muda para a cidade grande em busca de uma vida melhor. Seu primeiro emprego é em um bar, onde começa como faxineiro – mas logo faz sucesso na cozinha, preparando coxinhas. Seus dotes culinários servem de passaporte para uma vida melhor, com dinheiro, prestígio, uma paixão e algumas confusões. Depois de 15 anos, o filme volta aos cinemas em cópia restaurada e terá uma continuação no final deste mês.


15h – ESTRANHO CAMINHO (NOS DIAS 9, 11 E 14 – SEXTA, DOMINGO E QUARTA) Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2023, 83min). Direção de Guto Parente, com Lucas Limeira, Carlos Francisco, Tarzia Firmino. Embaúba Filmes, 12 anos. Drama.

Sinopse: Um jovem cineasta retorna à sua cidade natal, em Fortaleza, justamente no início da crise da Pandemia de Covid-19. Sem ter onde ficar, acaba procurando pelo pai, com quem ele não conversa há mais de uma década. A jornada de tensão e esperança entre os dois é marcada por acontecimentos perturbadores e por vezes inexplicáveis. O filme foi selecionado para o Festival do Rio de 2023.


17h – PLANO 75 (NOS DIAS 8 E 11 – QUINTA E DOMINGO) Assista o trailer aqui.

(Plan 75 - Japão/França/Filipinas/Qatar, 2022, 105min). Direção de Chie Hayakawa, com Chieko Baishô, Hayato Isomura, Stefanie Arianne. Sato Company, 16 anos. Drama.

Sinopse: No Japão, o programa governamental Plano 75 incentiva cidadãos idosos a serem voluntários de uma morte assistida como solução para lidar com o envelhecimento da sociedade. Neste contexto, uma senhora idosa cujos meios de sobrevivência estão desaparecendo, um vendedor pragmático do Plano 75 e uma jovem trabalhadora filipina precisam lidar com suas escolhas.


17h – CLUBE ZERO (NOS DIAS 9 E 13 – SEXTA E TERÇA) Assista o trailer aqui.

(Club Zero - Reino Unido/França/Alemanha, 2023, 110min). Direção de Jessica Hausner, com Mia Wasikowska, Ksenia Devriendt, Luke Barker. Pandora Filmes, 18 anos. Drama.

Sinopse: Miss Novak acaba de entrar para o quadro de educadores de uma escola de elite e forma um forte vínculo com cinco alunos que têm objetivos de vida distintos. Mas a filosofia da professora é bem controversa, já que ela incentiva os jovens a não se alimentarem. O filme trata de maneira original temas como os distúrbios alimentares e a autoimagem, mas causou polêmica no Festival de Cannes, quando foi exibido em 2023, na competição oficial.


17h – VERISSIMO (NOS DIAS 10 E 14 – SÁBADO E QUARTA) Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2023, 90min). Documentário de Angelo Defanti. Vitrine Filmes, Livre.

Sinopse: O filme foi rodado em setembro de 2016, às vésperas de Luis Fernando Verissimo completar 80 anos. Dentro de sua casa e rodeado pelos seus familiares, nosso cronista maior leva uma rotina simples, de movimentos lentos e uma predileção por ficar escrevendo no computador. Também não gosta de jogar conversa fora - seu estilo é o de prestar atenção para depois criar crônicas antológicas. Verissimo é, ao mesmo tempo, engraçado e sério, leve e profundo. O diretor Angelo Defanti já adaptou textos de Verissimo para a ficção, incluindo o longa "O Clube dos Anjos" (2022).


19h – TESTAMENTO (NA QUARTA, DIA 14, A SESSÃO COMEÇA AS 19h30) - ESTREIA Assista o trailer aqui.

(Testament, França, 2024, 83min). Direção de Denys Arcand, com Rémy Girard, Sophie Lorain, Marie-Mai. Imovision, 14 anos. Comédia/Drama.

Sinopse: O cineasta canadense retorna com seu humor ácido e críticas sociais a partir do protagonista Jean-Michel, um homem culto e já aposentado. Jean-Michel leva uma vida pacata em um lar para idosos, mas começa a se irritar com algumas situações que envolvem o politicamente correto e uma certa moral que condena os tempos da sua juventude. Ao mesmo tempo, ele começa a se envolver amorosamente com Suzanne, diretora da instituição onde ele vive e que tem uma opinião diferente sobre alguns assuntos.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 14,00 (R$ 7,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 16,00 (R$ 8,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTE BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES MEDIANTE PAGAMENTO COM O CARTÃO DO BANCO.


Estudantes devem apresentar Carteira de Identidade Estudantil.

Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (08/08/24)

 Armadilha 


Sinopse: Em Armadilha, Cooper (Josh Hartnett) e a filha adolescente estão em um show de música pop, até que o pai percebe a presença de policiais no local e descobre que eles estão em busca de um serial killer e toda a situação é uma armadilha. Classificação indicativa 14 Anos. Contém atos criminosos, linguagem imprópria, violência.

Borderlands 

Sinopse: O Destino do Universo Está em Jogo acompanha Lilith (Cate Blanchett), uma criminosa com um passado enigmático que retorna ao seu planeta natal, Pandora, em busca da filha desaparecida de Atlas (Edgar Ramirez), um influente proprietário de uma das mais poderosas empresas de armas da galáxia. Classificação indicativa 14 Anos. Contém drogas lícitas, linguagem imprópria, violência.

É Assim Que Acaba 

Sinopse: É Assim Que Acaba, o primeiro romance de Colleen Hoover adaptado para o cinema, conta a história envolvente de Lily Bloom (Blake Lively), uma mulher que supera uma infância traumática para começar uma nova vida em Boston e ir atrás do sonho de abrir seu próprio negócio.

Saideira

Sinopse: Duas irmãs, vividas por Thati Lopes e Luciana Paes, que não se viam há anos, embarcam numa inusitada caça ao tesouro em busca de uma preciosíssima cachaça que receberam de herança.

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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS DE 08 A 14 DE AGOSTO DE 2024

 ESTREIA

MORCEGO NEGRO

Brasil/Documentário/135min

Direção: Chaim Litewski, Cleisson Vidal

Sinopse: O documentário apresenta uma biografia de Paulo César Farias, mais conhecido como PC Farias. PC foi tesoureiro de Fernando Collor de Mello e esteve diretamente envolvido no processo que culminou com o impeachment do ex-presidente, abalando profundamente a recém-restaurada democracia brasileira. A partir do depoimento de dezenas de pessoas que conheceram e conviveram com Farias, além de farta documentação e material de arquivo exclusivo, o documentário revela os meandros da política brasileira, ressaltando as relações entre capital, ideologia, poder e o crime organizado.


EM CARTAZ


ESTRANHO CAMINHO

Brasil, Drama, 2023, 83'

Direção: Guto Parente

Sinopse: Um jovem cineasta que visita sua cidade natal é surpreendido pelo rápido avanço de uma pandemia e precisa encontrar seu pai, com quem não fala há mais de dez anos. Depois do primeiro encontro, coisas estranhas começam a acontecer.

Elenco: Lucas Limeira, Carlos Francisco, Tarzia Firmino, Rita Cabaço, Renan Capivara, Ana Marlene 


A FILHA DO PALHAÇO

Brasil/Drama/104min.

Direção: Pedro Diógenes

Sinopse: Joana, uma adolescente de 14 anos, aparece para passar uma semana com o pai, Renato, um humorista que apresenta seus shows em churrascarias, bares e casas noturnas de Fortaleza interpretando a personagem Silvanelly. Apesar de mal se conhecerem, pai e filha terão que conviver durante essa semana. Eles vão viver novas experiências, experimentar novos sentimentos e esse tempo juntos irá transformar profundamente a vida dos dois.

Elenco: Jesuíta Barbosa, Mateus Honori, Démick Lopes


HORÁRIOS DE 08 a 14 DE AGOSTO

(não há sessões nas segundas-feiras)

15h: A FILHA DO PALHAÇO

17h: ESTRANHO CAMINHO

18h50: MORCEGO NEGRO


Ingressos

Os ingressos podem ser adquiridos a R$ 12 na bilheteria do CineBancários. Idosos (as), estudantes, bancários (as), jornalistas sindicalizados (as), portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 6. São aceitos cartões nas bandeiras Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.

Na quinta-feira, a meia-entrada é para todos e todas.


CineBancários

Rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre

Mais informações pelo telefone (51) 3030.9405 

ou pelo e-mail cinebancarios@sindbancarios.org.br

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Cine Dica: Streaming - 'A Casa do Dragão'

Sobre a 1ª Temporada  

Com a última temporada encerrada, e da qual dividiu a opinião de muitos, "Game of Thrones" deixou muitos fãs órfãos e querendo que o universo criado pelo escritor George R.R. Martin retornasse no canal da HBO. Eis que do nada surge "A Casa do Dragão" (2022), baseado no livro “Dança dos Dragões - Fogo e Sangue” e cuja a trama se passa quase duzentos anos antes dos eventos da série principal. Como o nome já diz, a produção não explora exatamente cada um dos sete reinos, mas sim mais precisamente a casa de Targaryen e da qual era dona do Trono de Ferro. Por explorar uma única casa e se passando a trama no passado isso acaba se tornando um convite para o marinheiro de primeira viagem e que nunca havia assistido há nenhum episódio sequer das temporadas anteriores.

Mas assim como a sua série irmã, o jogo político, traições e desconfianças permanecem elevadamente no enredo e deixando ação em segundo plano. Destaco a grande atuação de Paddy Considine como o Rei Viserys e cuja as suas cenas finais em um determinado episódio são dignas de diversos prêmios. Na medida em que a trama avança os personagens mais jovens vão ganhando novos rostos, assim como personagens que nascem e vão ganhando maior destaque ao longo da temporada. Neste último caso requer atenção para saber, por exemplo, quem é filho de quem, pois a família se torna cada vez maior e fazendo com que conflitos e ambições se aflorem cada vez mais.  "Casa do Dragão" é uma grata surpresa, uma redenção para aqueles que não haviam gostado do encerramento de sua série irmã e fazendo a gente torcer que a HBO não caia perante as suas próprias ambições.   


Sobre a 2ª Temporada  

Após os eventos trágicos do final da primeira temporada, esse novo ano começa a todo vapor, com direito aos jogos políticos de ambas as partes aflorarem ainda mais e cujos os crimes desencadeiam uma guerra iminente. É claro que o público fã que for assistir irá colocar todas as suas atenções para  Rhaenyra Targaryen, interpretada com intensidade pela atriz Emma D'Arcy. O mesmo vale para Daemon Targaryen, interpretado novamente por Matt Smith, cuja sua presença é peça importante para esse jogo de poder, mesmo quando o público começar a se irritar com ele devido as crises de ilusões e pesadelos que ele sofrerá ao longo dos episódios. 

Em termos de produção é novamente um show cinematográfico, com direito aos dragões finalmente ganharem maior destaque, sendo que o maior deles a serviço de Rhaenyra terá papel fundamental na reta final da trama e protagonizando um dos momentos mais horripilantes até aqui. Uma coisa é ter sangue Targaryen, outra coisa é realmente ser aceito por tais criaturas que mais parecem saídas do calor do inferno. Falando em sangue, a temporada toca na ferida sobre até que ponto o sangue real é realmente necessário para ser reconhecido como digno de um conflito de poderes, pois ao longo dos séculos o mesmo sangue pode estar, tanto nos aposentos reais, como também na mais simples cabana de um camponês.

Como sempre, "A Casa do Dragão" não poupará os nossos nervos e fazendo a gente temer por personagens que nos simpatizamos. Se em "Game of Thrones" aprendemos nos piores momentos que ninguém está seguro de uma possível morte o mesmo vale aqui. Porém, até aonde eu sei, a série segue fielmente o livro e para aqueles que já leram com certeza já estão esperando pelo pior. Resta saber se os realizadores serão fieis a sua fonte, principalmente pelo fato que já foi anunciado que a série se encerrará na quarta temporada e colocando em dúvida se toda as temporadas serão baseadas neste único livro.

Por enquanto, "A Casa do Dragão" corresponde com as minhas expectativas até aqui, mas também fazendo eu desejar adquirir ainda mais o livro que inspirou a série e saber de uma vez por todas como termina a história. 

Onde Assistir: Max.

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