Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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MOSTRA DESTACA PARCERIA DE JACQUES DEMY E CATHERINE DENEUVE
A partir de 20 de junho, a Cinemateca Capitólio exibe o ciclo Demy & Deneuve, com cópias restauradas de Os Guarda-Chuvas do Amor, Duas Garotas Românticas e Pele de Asno, três musicais sublimes de Jacques Demy protagonizados pela diva Catherine Deneuve. O valor do ingresso é R$ 10,00.
Com apoio do Institut Français e da Aliança Francesa Porto Alegre, a mostra celebra a semana do dia da Fête de la Musique, evento anual da cultura francesa dedicado à arte da música.
FILME ITALIANO INSPIRADO EM RAY BRADBURY É ATRAÇÃO DO PROJETO RAROS
Na sexta-feira, 21 de junho, às 19h30, a Cinemateca Capitólio apresenta uma edição do Projeto Raros com Circuito Fechado, filme do italiano Giuliano Montaldo inspirado no conto A Savana, de Ray Bradbury. Com apresentação do pesquisador Cristian Verardi, a sessão marca o lançamento da programação da 11ª edição da mostra A Vingança dos Filmes B. Entrada franca.
A Cinemateca Capitólio apresenta duas estreias na semana. O documentário Veríssimo, de Angelo Defanti, entra em cartaz na quinta-feira, 20 de junho. A cópia restaurada de A Hora da Estrela, célebre adaptação de Suzana Amaral para a obra de Clarice Lispector, entra em cartaz na sexta-feira, 21 de junho. O valor do ingresso é R$ 16,00.
Filme exibido para os associados no último dia 08/06/24
Sinopse: Ahmed, de 8 anos, pegou por engano o caderno de seu amigo Mohammad. Ele quer devolvê-lo, senão seu amigo será expulso da escola, então sai em busca da casa de Mohammad na aldeia vizinha.
O diretor Abbas Kiarostami, já nos créditos iniciais, prepara o caminho para um ensaio visual de ritmo lento sobre o cotidiano de uma pequena aldeia no interior do Irã. Através do pequeno herói protagonista da trama, podemos passar de porta em porta, onde vemos ele pedindo às pessoas que o ajudem. Em cada parada Ahmad (Babek Ahmed Poor) vai construindo sua jornada e adquirindo informações.
Nós que assistimos ficamos apreensivos pela possível punição que ele sofrerá quando retornar para casa. Não só isso, mas tememos também que algo de muito pior aconteça. Em pouco tempo, nos encontramos nervosos, sem nunca sabermos o que iremos encontrar no próximo beco. É nessas idas e vindas que testemunhamos um cotidiano pacato de pessoas simples e de como elas sobrevivem ao longo do seu dia a dia.
Em pouco mais de uma hora e vinte, Abbas Kiarostami nos surpreende pela sua simplicidade em contar uma trama simples, mas que se torna uma cruzada sobre a questão de ser prestativo e se importar com o seu próximo desde cedo. Enquanto Ahmad expressa em seus olhos o medo do que pode acontecer com o seu colega, a gente fica até mesmo com raiva da maioria dos adultos que se encontram em cena, em especial da mãe do protagonista que somente insiste ao dizer ao menino em fazer as suas lições e quase não prestando atenção sobre o problema em que ele tem em mãos. Quando ele reconhece para si que não obterá ajuda dos seus pais é então que ele parte para a sua jornada particular.
Nota-se, por exemplo, nesta decisão do menino em partir em busca do seu amigo há uma trilha encravada em um pequeno morro, sendo que esse tipo de cenário é algo que o realizador quase sempre irá explorar no decorrer dos seus filmes, desde "A Vida Continua" (1992) como também "Através das Oliveiras" (1994). No meu entendimento, a trilha significa uma direção para que os personagens tomem o seu rumo e partam para uma jornada particular, mesmo quando ela não lhe traga total satisfação. Neste último caso, nota-se tamanho esforço que o jovem protagonista tenta obter uma informação concreta sobre onde mora o seu amigo, mas obtendo somente algo superficial através dos adultos.
Os adultos, por sua vez, são pessoas atarefadas, sendo que até mesmo não temos um total vislumbre de imediato com relação a eles, já que os seus próprios afazeres fazem com que se percam em meio a eles. Se por um lado há um senhor que não o vemos em meio ao grande feno que carrega, do outro, há as mulheres que ficam atrás de inúmeros lençóis que elas colocam nas cordas e que somente notamos as suas presenças quando uma delas deixa cair uma toalha do segundo andar e pedindo ajuda para o protagonista recolher. Curiosamente, o jovem é sempre parado por um adulto pedindo a sua ajuda, seja para carregar alguma coisa, ou simplesmente pedindo para ele comprar um cigarro.
Neste último caso isso é focado através do avô do menino, que o vê com pouca disciplina e deseja que ele tome a iniciativa em ter a consciência de obter maior responsabilidade. Embora ele não saiba da situação em que ele está envolvido, é a partir do avô que obtemos uma melhor reflexão da parte dos adultos, onde ele fala sobre os seus tempos e da maneira em que os seus pais o disciplinaram para ter maior responsabilidade na vida. Em contrapartida, ele é explorado a ser persuadido em comprar portas melhores por um vendedor que insiste em vender.
Esse, por sua vez, acaba sendo o novo foco Ahmad, já que ele acha que o homem possa ser o pai do colega que ele está procurando e vai então atrás dele. É a partir desse diálogo entre o vendedor de portas e o avô do menino que se obtém uma análise sobre a transição dos tempos, em que portas e janelas velhas da aldeia são substituídas por novas, sendo deixadas de lado uma história que estava encravada nelas. Fala sobre uma geração que aos poucos é descartada de lado, onde a maioria deixa as suas antigas casas e vão debandando para as grandes cidades.
Essa questão prossegue quando o pequeno protagonista se encontra com um senhor de idade avançada em uma janela e pede ajuda para encontrar o seu amigo. Talvez esse seja o melhor adulto ao ser explorado dentro da trama, pois ele começa a contar para o menino um pouco de sua história, em que ajudou a construir as mais diversas portas e janelas daquele vilarejo, mas cujo trabalho começa a ser esquecido através do tempo, pois a sua geração quase não existe mais e a nova começa a ir embora para a cidade grande. O jovem e o velho andando juntos na subida e descida de diversos becos daquele cenário é onde notamos certa similaridade entre ambos.
O senhor começa a contar a sua iniciativa em ajudar as pessoas e fazendo então paralelo com o menino que busca em ajudar o seu colega a todo custo. Ao se separarem durante uma subida Abbas Kiarostami decide continuar com esse senhor até a sua casa, onde ele começa arrumar as suas coisas e fechando a janela onde ele havia aparecido pela primeira vez. Ainda dentro do cômodo vemos o senhor tirando os seus calçados, sendo que as meias estão rasgadas nos calcanhares e sintetizando uma vida cheias de caminhadas e de histórias para se contar.
Ao retornar para casa, o jovem protagonista procura tomar a iniciativa em fazer a lição de casa para o seu colega e com a intenção de devolver o caderno no início da aula. Reparem nesta cena que ele observa uma tempestade se aproximando, como se houvesse algo grande chegando e para logo em seguida ele tirar os seus calçados e revelar as meias também rasgadas nos calcanhares. Conclui-se que o menino de hoje se tornará futuramente aquele senhor de idade e do qual sempre irá procurar em ajudar o próximo.
Em um filme protagonizado por crianças, Abbas Kiarostami faz uma análise delicada sobre o próprio povo do Irã, que passaram por diversos dilemas, lutas, golpes e revoluções, mas sempre procuraram fazer a diferença em meio as adversidades. O pequeno protagonista da trama, portanto, se torna um pequeno símbolo de esperança para que o social e o prazer de ajudar o próximo faça a diferença para um futuro indefinido e que sempre está em mudanças constantes como um tudo. Cabe ouvirmos o que o próximo está falando e para assim deixarmos por um momento nossas atividades e ajudá-lo.
Em "Onde Fica a Casa do Meu Amigo?" Abbas Kiarostami fala sobre a sociedade iraniana através da perspectiva de um simples menino e nos revelando a sua real natureza como um todo.
Sinopse: A cantora e ícone pop Taylor Swift faz um show que mostra por que ela é um fenômeno cultural. No espetáculo, a artista apresenta canções de todas as fases de sua carreira.
Embora o cinema seja algo essencial para a minha vida a música não fica muito atrás. Curiosamente, a sétima arte me faz até mesmo conhecer certos cantores da música pop, pois muitos sucessos que eu apreciava na rádio eu nunca sabia ao certo de quem era, mas o cinema sempre estava lá para fazer conhecê-los plenamente. É o caso de "Taylor Swift The Eras Tour" (2023), filme que documenta a grande turnê da cantora pelos EUA e fazendo eu ter uma dimensão maior do seu sucesso.
Dirigido por Sam Wrench, o filme é uma gravação dos shows da The Eras Tour, em que apresenta fenômeno da música Taylor Swift. A cantora lançou seu primeiro álbum em 2006, enquanto ainda estava associada à gravadora Big Machine Records. O filme documenta três apresentações de Swift no SoFi Stadium, durante a turnê mundial de 2023/2024 - sexta na carreira de Taylor.
Antes de assistir ao filme eu não tinha ideia de quem era Taylor Swift, mesmo gostando de músicas como "Blank Space", "long Live" e principalmente "Shake It Off". Se acha isso absurdo imagine eu conhecer Lady Gaga somente quando ela começou atuar em filmes como "Homens de Preto 3" (2012) para somente assim saber que ela era uma cantora e dona de músicas que eu até mesmo gostava, mas não sabia de quem pertencia. Assim é o cinema, me abrindo novas janelas e enlaçando outras mídias para conhecer grandes talentos que não pertencem exclusivamente a sétima arte.
Voltando ao filme, são mais de três horas de duração onde vemos Taylor Swift cantando os seus maiores sucessos, mas tudo envolvido com um verdadeiro show de luz e cores e fazendo os fãs vibrarem cada vez mais nas arquibancadas. É preciso destacar como é impressionante o uso de efeitos visuais no palco, fazendo que determinados momentos se tornem surpreendentes e não havendo limites para cada apresentação da cantora. Portanto, não se surpreenda se surgir uma serpente enorme saindo do palco para logo surgir em cena Taylor Swift cantar "Shake It Off".
Além das diversas músicas, danças e efeitos visuais em abundância, o verdadeiro efeito é a própria artista que esbanja simpatia e conversa com o seu público no decorrer da apresentação. Vale destacar que cada passagem do show não é somente uma apresentação de suas músicas, como também uma forma da cantora expressar a sua pessoa e um pouco de sua história, seja dos seus sonhos ou até mesmo do lado mais duro de sua vida para dizer o mínimo. O que mais me deixou ainda encantando é a forma como rapidamente ela troca de roupa e nos dando a entender que tudo é cronometrado, encenado e que para que tudo saia perfeito.
Portanto, a obra vem para eu reconhecer com certa vergonha que não conhecia Taylor Swift, mas sim suas músicas que embalaram e ainda embalam certas baladas ao redor do globo. Mas, se suas músicas vieram para mim antes de conhecer a sua pessoa, é sinal então que a sua obra será sempre lembrada, pois é exatamente isso que a arte nos ensina. Em suma, agradeço novamente ao cinema em corrigir essa minha falha de conhecer antes as músicas do que o seu próprio artista, mas acredito eu que não será a última vez, mas a sétima arte sempre estará para me informar.
"Taylor Swift The Eras Tour" é um verdadeiro show de luz e cores de uma grande performance de um grande talento da música pop atualmente.
Sinopse: Ao lado de sua namorada (Brigette Lundy-Paine), Edward (Carloto Cotta) decide desvendar os segredos a respeito de sua família biológica, com quem nunca teve contato. No entanto, o que parecia ser uma jornada de descobertas pelo Norte de Portugal rapidamente se transforma em um pesadelo indescritível.
A ESTAÇÃO
Sinopse: A Estação conta a história de Sofia, uma mulher misteriosa que chega caminhando à “Vila Clemência” na esperança de pegar um trem, pois o comboio no qual estava quebrou.
AVASSALADORAS 2.0
Sinopse: Avassaladoras 2.0 apresenta Bebel (Fefe Schneider), uma adolescente apaixonada pelo influenciador ativista ambiental J-Crush (Murilo Bispo). De sua casa em Hollywood, ela troca mensagens com J se passando por uma atriz em ascensão.
MALLANDRO, O ERRADO QUE DEU CERTO
Sinopse: Sérgio Mallandro está afundado em dívidas e precisa se reinventar. Recém eliminado de um reality show, ele aceita participar de um piloto para um novo programa de auditório
PRODUÇÕES DO RS NO ENCERRAMENTO DA MOSTRA AO SENTIDO COMUNITÁRIO
A Transformação de Canuto
O último final de semana da mostra Ao Sentido Comunitário destaca uma programação especial com produções do Rio Grande do Sul. No sábado, 15 de junho, às 19h, o longa-metragem Campo Grande é o Céu, de Bruna Giuliatti, Jhonatan Gomes e Sérgio Guidoux, documenta a tradição de cantos e heranças ancestrais de comunidades quilombolas de Mostardas. No domingo, 16 de julho, às 18h30, será exibido A Transformação de Canuto, de Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho, que narra a criação de um filme sobre a história de um homem que virou onça na Comunidade Mbyá-Guarani. O valor do ingresso é R$ 10,00. A renda da mostra será destinada ao projeto Futuro Audiovisual RS.
SESSÃO ESPECIAL DE FILME SOBRE GRUPO FALOS & STERCUS
Na sexta-feira, 14 de junho, às 19h30, a Cinemateca Capitólio apresenta uma sessão especial do filme Falos, de Nós Para Vocês, de André Arieta, que documenta processo de criação do grupo Falos e Stercus no espetáculo Hibrys. O valor do ingresso é R$ 16,00.
Neste sábado, o Clube de Cinema de Porto Alegre te convida para mais uma sessão no Espaço de Cinema. Às vésperas do Dia do Cinema Brasileiro, vamos conferir o mais recente trabalho do aclamado diretor Guel Arraes, que está recebendo grande destaque na mídia.
Confira as informações abaixo!
SESSÃO CLUBE DE CINEMA
Local: Espaço de Cinema, Sala 3, Bourbon Shopping Country (Av. Túlio de Rose, 80 - Passo d'Areia)
Data: 15/06/2024, sábado, às 10:15 da manhã
"Grande Sertão"
Brasil, 2024, 115 min, 18 anos
Direção: Guel Arraes
Elenco: Caio Blat, Luisa Arraes, Rodrigo Lombardi
Sinopse: "Grande Sertão" adapta o clássico romance da literatura brasileira, "Grande Sertão: Veredas", de Guimarães Rosa, para a realidade da periferia urbana. Na trama, a comunidade "Grande Sertão" é dominada por facções criminosas, onde a luta entre policiais e bandidos se assemelha a uma guerra. Nesse cenário, Riobaldo (Caio Blat) se envolve com uma dessas facções para seguir Diadorim (Luisa Arraes), cuja identidade e o amor que sente são enigmas que o atormentam. Em meio a um ambiente hostil e violento, Riobaldo enfrenta dilemas éticos, morais e existenciais, enquanto busca compreender seu lugar no mundo e a sua própria essência.
Sinopse: Lucy (Dakota Johnson) e Jane (Sonoya Mizuno) são amigas inseparáveis e de longa data. Elas fazem tudo juntas, sabem cada segredo e cada parte da vida uma da outra. Porém...
Através do Clube de Cinema de Porto Alegre eu assisti por um ano inteiro clássicos da comédia romântica, sendo que cada filme representou um passo à frente para que o gênero se mantivesse vivo ao longo dos anos. O problema é como sustentar um gênero que sempre sustenta um final feliz quando a vida real não é bem assim que as coisas acontecem em um relacionamento. "Está Tudo Bem Comigo?" (2024) é uma comédia romântica que se difere das outras, onde a protagonista busca o seu par perfeito, mas que não é exatamente o que ela está esperando.
Dirigido por Tig Notaro e Stephanie Allynne, o filme conta a história de Lucy (Dakota Johnson) e Jane (Sonoya Mizuno) amigas inseparáveis por vários anos. Porém, Jane é promovida e muito em breve irá se mudar para outro país. Isso desestabiliza Lucy, principalmente quando finalmente sai do armário e tenta se relacionar com outras mulheres.
A comédia romântica se sustentava com velhas fórmulas de sucesso, tipo o casal se conhece, se apaixona, briga e somente na reta final reatam e vivem felizes para sempre. Em tempos em que a realidade bate cada vez mais a porta é muito difícil esse tipo de enredo se sustentar hoje em dia e cabe os roteiristas serem criativos antes que o gênero morra como um todo. No caso aqui, a trama fala sobre relacionamentos não resolvidos, descobertas sobre si mesmo e cuja amizades valem muito mais do que qualquer namoro eterno.
A história como um todo não revoluciona o gênero, mas somente nos mostra o que já devia ter sido feito com ele há bastante tempo, principalmente em tempos em que as pessoas não se conhecem somente na realidade, como também em redes sociais, mas que também mais atrapalha do que ajuda. O humor aqui se encaixa nos dilemas entre as duas protagonistas, sendo que cada uma tem os seus respectivos planos, mas cujo mesmos podem acabar prejudicando amizade delas mesmo quando não estão percebendo. No final das contas sempre é preciso acontecer algo de ruim para nos darmos conta sobre o que realmente nós prezamos na vida.
Dakota Johnson e Sonoya Mizuno estão ótimas em seus respectivos papeis, sendo que elas são realmente o casal central da trama mesmo sendo somente amigas. Talvez a mensagem que o filme realmente queira nos passar é que o amor e a felicidade não se encontrem somente na relação carnal, como também em uma amizade duradoura e que se torna difícil imaginar ela desfeita. Ambas aprendem nos melhores e piores momentos da história e fazendo com que a gente torça para que elas terminem juntas.
Em um mundo conectado e cada vez mais confuso é sempre bom termos um ombro realmente amigo e cujo esse amor é ainda mais verdadeiro do que qualquer relação duradoura que cruzamos por aí hoje em dia. Talvez não dê um passo à frente para o gênero se revitalizar, mas chegou perto. "Está Tudo Bem Comigo?" é uma comédia romântica fora do padrão e é por isso mesmo que deu tão certo.