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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 29 de junho de 2023

Cine Dica: CINEMATECA PAULO AMORIM - PROGRAMAÇÃO DE 29 DE JUNHO A 05 DE JULHO DE 2023

SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES

 VISÕES DE RAMSÉS

A cinesemana que dá início ao mês de julho marca a estreia, em Porto Alegre, do longa francês VISÕES DE RAMSÉS, exibido na Semana da Crítica do Festival de Cannes de 2022. Entre as novidades ainda está MEDUSA DELUXE, o original filme britânico ambientado em um concurso de cabeleireiros. Seguem em cartaz três sucessos de público em nossas salas: O ÚLTIMO ÔNIBUS, do diretor britânico Gillies MacKinnon; MEU AMIGO ADOLF, do israelense Leon Prudovsky; e EO, do veterano diretor polonês Jerzy Skolimowski.

Confira nossa programação e o portal do cinema gaúcho em www.cinematecapauloamorim.com.br


SALA PAULO AMORIM


14h30 – O ÚLTIMO ÔNIBUS Assista o trailer aqui.

(The Last Bus – Reino Unido, 2022, 92min). Direção de Gillies MacKinnon, com Timothy Spall, Phyllis Logan, Grace Calder. Pandora Filmes, 12 anos. Drama.

Sinopse: Depois da morte da esposa, Tom Harper sai do lugarejo onde viviam, no norte da Escócia, decidido a cumprir uma promessa. Para isso, ele vai fazer uma viagem de ônibus por 1.400 quilômetros até o sul da Inglaterra, usando seu passe gratuito de idoso. No percurso, enfrenta percalços, conhece pessoas gentis e desafia as limitações da idade – ao mesmo tempo em que revisita o seu passado e se depara com um país diverso e multicultural.


16h15 – A HISTÓRIA DA MINHA MULHER Assista o trailer aqui.

(A Feleségem Története -  Alemanha/França/Hungria/Itália, 2022, 170min). Direção de Ildikó Eynedi, com Léa Seydoux, Gijs Naber, Louis Garrel. Pandora Filmes, 18 anos. Drama.

Sinopse: Jacob Störr, capitão da marinha holandesa, faz uma aposta despretensiosa e acaba se casando com Lizzy, uma francesa linda e com alguns mistérios. Apesar de ninguém acreditar no casamento, o amor entre ambos será sincero e doloroso, principalmente porque Jacob sofre com a suposta infidelidade da mulher. O filme, que concorreu no Festival de Cannes em 2022, é uma adaptação do romance homônimo do escritor e poeta húngaro Milán Füst.


19h15 – VISÕES DE RAMSÉS - ESTREIA Assista o trailer aqui.

(Goutte d’Or - França, 2022, 100min.) Direção de Clément Cogitore, com Karim Leklou, Malik Zidi, Elsa Wolliaston. Imovision, 16 anos. Drama.

Sinopse: Ramsés ganha a vida como vidente no popular bairro parisiense La Goutte d’Or, que, junto com Barbès, reúne comunidades de imigrantes de várias partes do mundo: árabes, orientais, africanos, latinos. Ramsés nada mais é do que um picareta que diz o que as pessoas querem ouvir, mas, quando uma gangue de adolescentes marroquinos começa a passar dos limites, ele é obrigado a tomar uma atitude – e acaba tendo visões inesperadas. O filme foi exibido na Semana da Crítica do Festival de Cannes em 2022.


SALA EDUARDO HIRTZ


15h – TINNITUS Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2022, 105min). Direção de Gregório Graziosi, com Joana de Verona, Indira Nascimento, André Guerreiro, Antonio Pitanga. Imovision, 14 anos. Drama.

Sinopse: Marina é uma ex-atleta de saltos ornamentais que sofre de tinnitus, distúrbio causador de um zumbido constante no ouvido e que afeta sua estabilidade física e emocional. Afastada de competições profissionais desde um acidente nas últimas Olimpíadas, ela decide voltar ao esporte em busca de uma medalha nos próximos jogos. Para isso, ela precisa recobrar a confiança em seu corpo e enfrentar seus medos. O filme ganhou os Kikitos de fotografia, montagem e direção de arte no Festival de Gramado de 2022.


17h – MEU VIZINHO ADOLF Assista o trailer aqui.

(Colômbia/Israel/Polônia, 2022, 96min). Direção de Leon Prudovsky, com David Hayman, Udo Kier, Danharry Colorado. A2 Filmes, 14 anos. Comédia dramática.

Sinopse: Depois de perder sua família para o regime nazista, o sobrevivente polonês Marek Polsky vai viver em um vilarejo no interior da Colômbia. Em plena década de 1960, já acostumado com a solidão dos dias, o velho Polsky entra em disputa com um novo vizinho por causa de um pedaço do terreno. A situação piora quando Polsky começa a desconfiar que o alemão da casa ao lado pode ser Adolf Hitler – o que até faz algum sentido, pois a América do Sul se tornou um destino de fuga para muitos líderes do ditador.


 18h45 – UMA VIDA SEM ELE Assista o trailer aqui.

(À Propos de Joan - França/Alemanha/Irlanda, 2022, 101min). Direção de Laurent Larivière, com Isabelle Huppert, Lars Eidinger, Swann Arlaud. Imovision, 14 anos. Drama.

Sinopse: Joan Verra sempre foi uma mulher independente, com um espírito livre e aventureiro. Quando seu primeiro amor retorna depois de muitos anos, ela decide não contar que tiveram um filho juntos. Junto com essa mentira, ela terá de enfrentar um segredo do passado.


PRÉ-ESTREIA DIA 29/06


19h – PESSOAS HUMANAS

(Personas Humanas - Panamá/Brasil, 2017, 93min). Direção de Frank Spano, com Luis Fernandez, Roberto Birindelli, Ana Maria Perez. Panda Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Um imigrante que vive do crime nos Estados Unidos retorna 30 anos depois à sua cidade natal, na Colômbia, com uma encomenda: contrabandear um rim. Nessa viagem, o criminoso revive histórias do seu passado violento, o que o faz pensar sobre como resgatar seu futuro.


QUARTA, DIA 05/07


19h – CURTAS DE CRISTIANE OLIVEIRA

Exibição dos filmes MESSALINA (2004, 15min) e HÓSPEDES (2008, 15min). 

A exibição faz parte da programação da exposição "Outra Maneira de Ver", que comemora os 20 anos de parceria da diretora Cristiane Oliveira e da montadora e artista visual Tula Anagnostopoulos.


SALA NORBERTO LUBISCO


14h45 – EO Assista o trailer aqui.

(Polônia/Itália, 2022, 85min). Direção de Jerzy Skolimowski, com Sandra Drzymalska, Mateusz Kosciukiewicz, Isabelle Huppert. Zeta Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Em tom de fábula, o filme acompanha a jornada de um burro cinza e suas descobertas pela Europa contemporânea – ele vivia em um circo e ganhou sua liberdade depois de um protesto pela liberação dos animais. Sozinho no mundo e movido por um espírito curioso, ele encara várias experiências e momentos inusitados. Com este longa, o veterano diretor Skolimowski, de 85 anos, faz uma homenagem a Robert Bresson e seu “A Grande Testemunha”, de 1966. O filme competiu no Festival de Cannes 2022 e foi um dos cinco indicados ao Oscar de filme internacional.  


16h30 – MEDUSA DELUXE Assista o trailer aqui.

(Reino Unido, 2022, 100min). Direção de Thomas Hardiman, com Clare Perkins, Kayla Meikle, Anita-Joy Uwajeh. O2 Play/Mubi, 12 anos. Drama policial

Sinopse: Durante a preparação para um concurso de cabeleireiros, um dos participantes é morto e escalpelado. Em meio a pentes, escovas, tinturas e muito cabelo sintético, os participantes tentam descobrir o que aconteceu e quais são as intenções do assassino. O filme se estrutura em longos plano-sequência, que possibilitam que o espectador desvende o mistério junto com os personagens.


18h30 – QUANDO ESCURECE

(Cuando Oscurece - Argentina, 2022, 80min). Direção de Néstor Mazzini, com Cesar Troncoso, Matilde Creimer Chiabrando, Andrea Carballo. Distribuição independente, 14 anos. Drama.

Sinopse: Flor acredita que está passeando com o pai quando eles rodam muitos quilômetros por lugarejos do interior. Mas a intenção de Pedro é sequestrar a filha, já que acredita que nunca mais poderá vê-la. Quando a menina percebe o que está acontecendo, decide buscar pela mãe. Prêmio de melhor direção na competição de filmes latinos do Festival de Cinema de Gramado 2022, "Cuando Oscurece" é a segunda parte da trilogia "Autoengano", que Mazzini iniciou com o longa "36 Horas".


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 14,00 (R$ 7,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 16,00 (R$ 8,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTE BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES MEDIANTE PAGAMENTO COM O CARTÃO DO BANCO.


Estudantes devem apresentar Carteira de Identidade Estudantil.

Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013. A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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quarta-feira, 28 de junho de 2023

Cine Especial: Próximo do Clube de Cinema de Porto Alegre - 'O Último Ônibus'

SESSÃO CLUBE DE CINEMA  


Local: Sala Paulo Amorim, Cinemateca Paulo Amorim, Casa de Cultura Mario Quintana

Data: 01/07/2023, sábado, às 10:15 da manhã


"O Último Ônibus" (The Last Bus)

Reino Unido, 2022, 86min, 12 anos

Direção: Gillies MacKinnon

Elenco: Timothy Spall, Phyllis Logan, Grace Calder

Sinopse: Depois da morte da esposa, Tom Harper sai do lugarejo onde viviam, no norte da Escócia, decidido a cumprir uma promessa. Para isso, ele vai fazer uma viagem de ônibus por 1.400 quilômetros até o sul da Inglaterra, usando seu passe gratuito de idoso. No percurso, enfrenta percalços, conhece pessoas gentis e desafia as limitações da idade – ao mesmo tempo em que revisita o seu passado e se depara com um país diverso e multicultural.

Sobre o Filme: "Road Movie" é um subgênero muito querido pelos cinéfilos, pois são filmes que nos identificamos com os personagens e principalmente pelo fato de sempre querermos um dia fazer uma longa viagem. Em alguns casos, por exemplo, a premissa da história é de o protagonista embarcar em uma longa jornada para cumprir determinada promessa pessoal que guarda para consigo já um longo tempo. "O Último ônibus" (2021) fala exatamente disso, ao testemunharmos um velho veterano embarcar em uma grande aventura e da qual fará o mesmo testemunhar as características atuais da vida humana.

Dirigido por Gillies MacKinnon, o filme conta a história de Tom (Timothy Spall), um homem idosos que, após a morte da esposa, aproveita seu passe gratuito de ônibus para viajar até o outro lado do Reino Unido para revisitar o local onde nasceu. Contando apenas com ônibus locais como meio de transporte, Tom parte em uma viagem repleta de momentos nostálgicos - levando consigo as cinzas da mulher para que ela conheça os habitantes da cidade em que passou sua infância. Ele só não contava com, até o final da jornada, ter se transformado em uma celebridade.

É sempre bom quando assistimos um longa que não nos passa de forma imediata a temática central da trama, pois isso nos dá a chance de podermos degustarmos dela e assim ficarmos imaginando as motivações dos protagonistas. No caso aqui já temos uma noção do que virá a seguir, já que vemos o protagonista se arrumando e se preparando para uma longa viagem, mas não sabemos ao certo as suas reais motivações. Porém, aos poucos, passado e presente vão se alinhando e para assim possamos então compreender as suas motivações.

Vemos, portanto, um senhor de idade cheio de vida, com muitas histórias para se contar, mas que somente está interessado em cumprir a sua promessa. Ao longo do percurso, porém, surgem pessoas que ficam curiosas com aquela figura e fazendo com que sintam o peso de sua história através de sua presença. Curiosamente, não vemos exatamente uma geração alienada como a gente espera, mas sim pessoas que param com relação ao que estão fazendo e começam observar aquele protagonista com maior atenção e fazendo com que se esqueçam dos seus celulares por alguns instantes.

Porém, o mesmo aparelho registra situações em que o velho protagonista se mete e fazendo com que se torne uma pequena celebridade em sua jornada. Se nos últimos tempos as redes sociais têm sido alvo constante de uma crítica acida com relação ao fato de fazer as pessoas estarem cada vez mais presos a ela, ao menos aqui é retratado da forma como ela realmente deveria ser usada. Em contrapartida, o protagonista usa velhas fórmulas para essa geração nova seguir em frente, principalmente quando a mesma nem sabe ao certo o que fazer quando um transporte enguiçar.

Conhecido mundialmente pela sua participação na franquia "Harry Potter", Timothy Spall obtém aqui um dos seus melhores desempenhos de sua carreira, ao nos transmitir através do seu personagem uma pessoa vivida, não escondendo as suas cicatrizes físicas e emocionais que adquiriu em sua vida, mas seguindo em frente para cumprir a sua promessa. Uma figura enigmática, mas da qual compreendemos ela independente dos flashbacks que surgem na tela. Neste último caso, por exemplo, eles surgem mais para entendermos mais do seu passado, muito embora não há muita explicação para ser dita, mas sim sentida.

Ao final, desejamos que a jornada do protagonista não termine tão cedo, pois já estamos mais do que enfeitiçados por essa aventura cheia de significado. Ao final, compreendemos que a promessa que ele queria cumprir era uma das mais simples possíveis, porém, de grande peso emocional e que somente ele poderia sentir. Distante dali uma geração de jovens que a recém começou a viver fica fascinada pela sua figura, mas mal sabendo que os próprios podem sim obter a sua própria jornada.

"O Último Ônibus" é tudo aquilo que a gente espera de um ótimo "road movie" e fazendo despertar em nós o desejo de saímos de nosso dia a dia e embarcamos em nossa própria jornada. 



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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS DE 29 DE JUNHO A 05 DE JULHO

 ESTREIAS:


LA PARLE


França/Brasil / Drama/ 2022/ 84min.

Direção: Fanny Boldini, Gabriela Boeri, Kevin Vanstaen, Simon Boulier

Classificação Indicativa: 14 anos

Sinopse:Durante suas férias de verão, Fanny precisa lidar com a iminência de um exame médico. Acompanhada de três amigos, seu momento de relaxamento se torna uma experiência profunda conforme o grupo cria conexões inesperadas.

Elenco: Fanny Boldini, Gabriela Boeri, Kevin Vanstaen, Simon Boulier


SEUS OSSOS E SEUS OLHOS

Brasil/2019/Drama/1h58m.

Direção: Caetano Gotardo

Classificação indicativa: 16 anos

Sinopse:Em Seus Ossos e Seus Olhos, vivendo de sua própria maneira peculiar na cidade de São Paulo, o cineasta de classe média Antônio (Wandré Gouveia) está habituado a passar por uma série de encontros e desencontros durante sua rotina. Desde relacionamentos mais habituais e simples como Irene (Malu Galli), uma amiga de longa data, até seu namorado Álvaro (Vinicius Meloni) e seu companheiro casual Matias (Carlos Escher), com quem mantém relações apenas sexuais. Tudo o que ele vive eventualmente se converte em inspiração e criatividade, como as longas conversas com amigos e os  encontros com desconhecidos, que geram reflexões pessoais.

Elenco: Caetano Gotardo,Malu Galli,Vinicius Meloni

EM CARTAZ:


DERRAPADA

Brasil/Comédia/ 2022/104min

Direção: Pedro Amorim

Classificação indicativa: 16 anos

Sinopse: A vida de Samuca parecia pela primeira vez estar dando certo quando descobre que a namorada Alicia está grávida. Além das consequências que isso traz para qualquer adolescente, Samuca está inconformado por repetir a mesma “derrapada” de sua mãe, que engravidou dele também aos 16 e precisou lidar com a realidade de criar o filho de um pai irresponsável e ausente.

O filme é uma adaptação do livro SLAM, de Nick Hornby.

Elenco:Matheus Costa, Heslaine Vieira, Nanda Costa, Leandro Soares, Augusto Madeira, Luis Miranda, Jussara Mathias e Felipe Rocha


HORÁRIOS CINEBANCÁRIOS DE 29 DE JUNHO A 05 DE JULHO (não há sessões nas segundas-feiras):


14h45: SEUS OSSOS E SEUS OLHOS

17h: DERRAPADA

19h: LA PARLE


Os ingressos podem ser adquiridos por R$ 12,00 na bilheteria do cinema . Idosos, estudantes, bancários sindicalizados, jornalistas sindicalizados, portadores de ID Jovem, trabalhadores associados em sindicatos filiados a CUT-RS e pessoas com deficiência pagam R$ 6,00.Aceitamos Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.

ATENÇÃO: NAS QUINTAS-FEIRAS TODOS PAGAM MEIA ENTRADA EM TODAS AS SESSÕES!

CINEBANCÁRIOS :Rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre -Fone: 30309405/Email:cinebancarios@sindbancarios.org.br


C i n e B a n c á r i o s 

Rua General Câmara, 424, Centro 

Porto Alegre - RS - CEP 90010-230 

Fone: 51- 30309405

terça-feira, 27 de junho de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'Tinnitus'

Sinopse: Marina é uma atleta de saltos ornamentais. No auge de sua carreira, ela é vítima de um grave acidente causado por uma terrível crise de zumbido. Alienada do esporte, Marina trabalha no aquário municipal vestida de sereia. 

São poucos títulos ao longo da história do cinema que há um bom casamento entre a sétima arte e o mundo do esporte. Porém, uma vez que isso ocorre surge então um filme poderoso e do qual na maioria dos casos é sobre superar os seus medos interiores para assim continuar adiante. "Tinnitus" (2022) fala sobre quedas, redenções e saber enfrentar o seu "eu" interior para superar as adversidades mesmo com um alto preço que virá pela frente.

Dirigido por Gregório Graziosi, o filme conta a história de Marina Lenk (Joana de Verona) é uma experiente atleta de Saltos Ornamentais. Mas, a jovem sofre de um terrível zumbido no ouvido, afetando sua estabilidade física e emocional. Aterrorizada pela súbita crise de Tinnitus, ela se afasta de competições profissionais. Longe do esporte que ama, ela troca a perigosa e desafiadora plataforma de saltos, por uma pacata vida no aquário, onde trabalha fantasiada de sereia, desde que sofreu um acidente nas últimas Olimpíadas. Todavia, Marina decide voltar para o esporte em busca de uma medalha nos próximos jogos e para isso, ela precisa recobrar a confiança em seu corpo e enfrentar seus medos.

É curioso observar que achamos em um primeiro momento que a protagonista irá enfrentar o problema do zumbido ao longo de todo o filme, mas não é exatamente isso o que acontece. Uma vez ela fazendo tratamento ela começa a lutar para sobreviver, desde a fazer uma sereia em clube aquático, como também pelo fato de ter que lutar para reaver as amizades que havia perdido. O filme fala sobre a questão de enfrentar os seus medos interiores e ter que reaver os laços que haviam deixado ela mais forte.

Há também um certo grau de competição entre as personagens femininas dentro da trama, sendo que o trio central, interpretado por Joana de Verona, Indira Nascimento e Allison Willow criam uma espécie de relação de amor, admiração e ódio que nos é apresentado ao longo da projeção. A situação cria momentos de até mesmo tensão, já que nunca sabemos ao certo qual será ação e reação das respectivas personagens e gerando uma sensação de dúvida na gente.

Gregório Graziosi, por sua vez, é um diretor brasileiro que fazia um bom tempo que não o via trabalhando e fazendo com que me esquecesse do seu lado autoral como cineasta. "Boa Sorte, Meu Amor" (2013), por exemplo, falava sobre um protagonista em busca de suas raízes perdidas, ao que remete ao que é visto aqui neste filme, mas de uma forma ainda mais profunda. Vale destacar que o realizador não se intimidou ao realizar belas cenas subaquáticas e cuja maravilhosa fotografia sinteriza até mesmo o estado de espírito da protagonista.

Na reta final o filme ainda nos gera maior tensão, principalmente quando o trio central feminino começa a gerar maior atrito e culminando em momentos imprevisíveis. Talvez o ápice se encontre realmente nos minutos finais da obra, sendo ele angustiante e fazendo a gente até mesmo recuar o rosto no momento do ato. Ao final, constatamos que a protagonista teve que pagar um alto preço para abraçar o seu maior sonho e fazendo com que o seu futuro se tornasse incerto para os nossos pensamentos.

"Tinnitus" é um filme incomum sobre a força de vontade perante algo que pode ser destruído, mas tendo que pagar um alto preço. 



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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEMATECA CAPITÓLIO 29 de junho a 04 de julho de 2023

O Chalé do Lobo


SEGUNDA SEMANA PARA VER FANTASIA TCHECA NA CAPITÓLIO

A segunda semana da mostra “Era uma vez na Tchéquia: animações, fantasias e mistérios” apresenta filmes de grandes nomes do cinema tchecoslovaco como Jiří Menzel, František Vláčil, Martin Frič e Ester Krumbachová. Na sexta-feira, 30 de junho, às 19h30, uma edição especial do Projeto Raros apresenta O Chalé do Lobo, ficção-científica de horror construída com uma atmosfera insólita, no final dos anos 1980, pela cultuada Věra Chytilová.

Com entrada franca, a mostra é uma realização da Cinemateca Capitólio e do Consulado da República Tcheca em São Paulo, e tem o apoio do Museu Karel Zeman, do Arquivo Nacional de Cinema da República Tcheca (NFA), e da Associação Cultural Tcheco-Brasileira em Porto Alegre.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/novidades/6344/era-uma-vez-na-tchequia-animacoes-fantasias-e-misterios/


SESSÃO VAGALUME APRESENTA CULTUADA ANIMAÇÃO FRANCESA

Produzida pelo Programa de Alfabetização Audiovisual da Cinemateca Capitólio, a Sessão Vagalume apresenta nos dias 01 e 02 de julho, às 15h, a cultuada animação francesa Kirikú e a Feiticeira, de Michel Ocelot e Raymond Burlet. A exibição tem apoio da Cinemateca da Embaixada da França e do Institut Français. O valor do ingresso é R$ 4,00.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/6426/sessao-vagalume-kiriku-e-a-feiticeira/


GRADE DE HORÁRIOS

29 de junho a 04 de julho de 2023


29 de junho (quinta-feira)

15h – Velhas Lendas Tchecas

17h – Viagem à Pré-História

19h – Uma Invenção Destrutiva


30 de junho (sexta-feira)

15h – Quem Quer Matar Jessie?

16h30 – O Assassinato do Sr. Diabo

17h45 – Fim de Agosto no Hotel Ozone

19h30 – Projeto Raros: O Chalé do Lobo


01 de julho (sábado)

15h - Sessão Vagalume: Kirikú e a Feiticeira

17h – Os Magníficos Homens da Manivela

19h – O Assassinato do Sr. Diabo


02 de julho (domingo)

15h - Sessão Vagalume: Kirikú e a Feiticeira

17h – O Imperador e o Golem

19h30 – A Pomba Branca


04 de julho (terça-feira)

15h - Uýra - A Retomada da Floresta

17h – A Pequena Ninfa do Mar

19h – A Planta Dourada


05 de julho (quarta-feira)

15h - A Primeira Morte de Joana

17h – Os Magníficos Homens da Manivela

19h – Final de Agosto no Hotel Ozone

segunda-feira, 26 de junho de 2023

Cine Especial: Próximo Cine Debate - 'Monsieur Lazhar'

Sinopse: Quando a professora de uma escola primária morre de forma trágica, o substituto escolhido é Bachir Lazhar, um imigrante argelino. Ninguém suspeita do passado doloroso do professor ou de seu risco de ser deportado a qualquer momento. 

A sala de aula é uma espécie de base preparatória para que as crianças possam sair de lá e enfrentar o mundo que elas irão encontrar. Porém, essa fase também nos traz adversidades, tristezas, mas que com elas possamos amadurecer e obter algo que não nos ensinam dentro de casa. "Monsieur Lazhar" (2011) fala sobre uma classe que sofre metamorfose após um evento trágico, mas obtendo novas fronteiras através de novos ensinamentos.

Dirigido por Philippe Falardeau, a trama começa quando uma professora de uma escola primária sofre uma morte trágica, o substituto escolhido é Bachir Lazhar, um imigrante argelino. Enquanto as crianças passam por um longo processo de luto, ninguém suspeita do passado doloroso do professor, ou do grande risco que Lazhar seja deportado a qualquer momento. Aos poucos o cenário daquele local de estudo vai mudando conforme o tempo vai passando.

Os minutos iniciais são primorosos, já que testemunhamos um dia comum de escola e onde as crianças despreocupadas não esperam nada de inesperado naquele momento. Porém, basta um incidente trágico ocorrido com uma professora para que a realidade daqueles jovens se torne pesada e fazendo com que os mesmos tenham certa dificuldade de compreender o ocorrido. Essa abertura, aliás, não deve nada para um filme de suspense, pois ela é chocante para o nosso olhar, assim como também para os pequenos protagonistas.

Philippe Falardeau escancara no filme o fato que ninguém está preparado para dialogar sobre o assunto, principalmente no momento em que vemos a diretora da escola em tentar recuar sobre o ocorrido em diversas formas e usar somente o básico para que tudo volte como era. O caso que isso só não basta, pois é preciso as pessoas, independentemente de sua idade, colocar para fora os seus sentimentos sobre determinada situação, pois nada se resolve pelo convencional, mas sim através das palavras e das quais possam ser ouvidas. Com a chegada do professor substituto o mesmo decide ouvir esses jovens de perto, nem que para isso indo contra os seus superiores.

Interpretado por Mohamed Fellag, o professor Bachir se apresenta em um primeiro momento como alguém controlado, simpático e disposto em ajudar os alunos após os eventos trágicos. Porém, o próprio já vem de um passado dolorido, onde a violência a intolerância lhe tirou muito, mas optando em buscar alguma razão em continuar existindo. Ao se tornar professor ele vê nos jovens uma segunda chance dentro dessa realidade e ao mesmo tempo buscando uma forma de ajudar cada uma delas antes que seja tarde.

Curiosamente, é justamente através das crianças que o filme engrandece ainda mais, já que o elenco mirim são todos bem expressivos e sendo que cada um consegue sintetizar através dos olhares de seus personagens peso dos últimos eventos escolares que eles passaram. Destaque para os jovens atores Sophie Nélisse e Émilien Néron, dos quais interpretam dois alunos que eram muito próximos da professora anterior e sendo que cada um carrega consigo uma dor distinta uma da outra e cabe cada um deles saber expressar a sua dor pela perda antes que seja tarde. Não há como não se emocionar no momento em que cada um expressa os seus sentimentos em momentos cruciais dentro da sala e que fará com que tome novos rumos naquele cenário em que ainda carrega diversas lembranças.

Embora seja de 2011 o filme continua mais atual do que nunca, não somente com relação da maneira correta de como lidar com a classe escolar, como também sobre qual a maneira melhor de lidar com o luto, seja na vida pessoal ou no ambiente de trabalho. Em tempos em que a maioria das pessoas se encontram cada vez mais no piloto automático devido as redes sociais, é sempre bom nos lembrarmos sobre o que realmente nos faz humanos e que é mais do que necessário ouvirmos o próximo. "Monsieur Lazhar" é uma singela carta de amor para aqueles que realmente exercem a profissão de ensinar e ouvir os futuros talentos desse mundo complexo. 


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sábado, 24 de junho de 2023

Cine Especial: 'Jurassic Park - 30 Anos Depois'

Embora a minha paixão pelos filmes tenha começado pra valer nos meados dos anos noventa eu desde o princípio queria ver determinados títulos nos cinemas, mas não tinha assim tanta liberdade no início da vida. Na época era os meus pais que me levavam ao cinema e a maioria dos títulos que a gente assistia na tela grande era os filmes dos Trapalhões. O ano de 1993, por exemplo, meus pais me levaram para assistir "Dragão - A História de Bruce lee" (1993) no saudoso Cine Imperial da rua das Andradas de Porto Alegre.

Porém, na outra sala estava estreando aquele que mudaria a história do cinema dali em diante. Dias antes, porém, eu estava assistindo ao Jornal Nacional onde foi noticiado que um cientista havia revelado a chance de reproduzir um dinossauro através de um sangue que estava preservado dentro de um mosquito fossilizado. Tudo é claro não passou de uma brincadeira para promover "Jurassic Park" (1993), o filme de Steven Spielberg que revolucionária os efeitos visuais e que a partir dali tudo seria possível no mundo da sétima arte.

Baseado na obra de Michael Crichton, o filme se passa em um parque construído por um milionário (Richard Attenborough), que tem como habitantes dinossauros diversos, extintos a sessenta e cinco milhões de anos. Isto é possível por ter sido encontrado um inseto fossilizado, que tinha sugado sangue destes dinossauros, de onde pôde-se isolar o DNA, o código químico da vida, e, a partir deste ponto, recriá-los em laboratório. Mas, o que parecia ser um sonho se torna um pesadelo, quando a experiência sai do controle de seus criadores.

Steven Spielberg sempre foi um contador de histórias fantásticas, mas nunca deixou de colocar boas doses de realismo em seus projetos ao longo do percurso. Com a obra de Michael Crichton em mãos, o cineasta teve a brilhante ideia de fazer uma aventura que trazia ao mesmo tempo um debate sobre até que ponto é correto o ser humano brincar de Deus e ter a ousadia de trazer animais extintos há milhares de anos. O resultado é um filme cheio de aventura, suspense, mas que nos faz pensar do começo ao fim dessa jornada.

A tarefa para levar essas criaturas de forma verossímil para as telas do cinema não foi das tarefas mais fáceis. Claro que no passado isso já havia acontecido, mas com o uso de animatrônicos, ou com o velho e bom Stop motion. Neste último caso, por exemplo, a técnica seria usada na recriação dos dinossauros, mas o mais próximo do realismo possível e sendo algo do que já havia sido visto em "Jasão e o Velo de Ouro" (1963). Porém, ninguém contava com a genialidade da Industrial Light & Magic.

Dois anos antes, James Cameron havia impressionado o mundo com o seu "O Exterminador do Futuro 2 - O Julgamento Final" (1991) onde nos foi apresentado o vilão 1-000 e do qual o mesmo era apresentado inúmeras vezes em efeito digital. Até aquele momento Spielberg estava mais do que satisfeito em fazer dos seus dinossauros em stop motion, porém, ele decidiu chamar os seus técnicos em realizar um curta usando a tecnologia da Industrial Light & Magic e que havia sido posto em prática no último filme de James Cameron. A cena, aliás, é o T-Rex andando como se estivesse caçando na floresta e partir daquele momento tudo mudou.

Pela primeira vez na história testemunhamos dinossauros realistas ao extremo, ao ponto de algumas pessoas terem ficado até desconfiados na época achando que eles foram realmente revividos. Essa revolução é sentida no primeiro vislumbre de um Braquiossauro e do qual deixaram os personagens Dr. Alan Grant (Sam Neill), Dra. Ellie Sattler (Laura Dern) e Ian Malcolm (Jeff Goldblum) estupefatos. Curiosamente, o impacto de realismo da cena é tão grande que os próprios intérpretes não foram capazes de nos transmitir os seus respectivos personagens realmente impressionados perante algo impossível, pois os próprios efeitos visuais naquele momento deixaram eles em segundo plano.

Isso também gerou inúmeros debates com relação ao futuro dos próprios intérpretes daquela época, sendo que alguns temiam até mesmo na possibilidade da criação de atores digitais para substituírem os reais futuramente. De imediato isso não aconteceu, mas logo a seguir se temeu o fato que o realismo dos filmes, graças aos efeitos visuais de ponta, seria uma espécie de semente que germinaria e daria certos problemas para o futuro com relação ao que é real ou falso. Uma pequena mostra disso se daria logo a seguir em "Forrest Gump" (1994) e onde vemos o protagonista contracenar com celebridades que até mesmo já haviam falecido.

Polêmicas à parte, por melhor que fosse os efeitos visuais, isso não funcionaria se o filme não fosse comandado por um ótimo diretor e Steven Spielberg provou que era o homem certo na hora certa. Além das habituais formas de filmar de sua autoria, Spielberg teve a proeza de criar verdadeiras aulas de suspense e das quais não se deve nada ao mestre Alfred Hitchcock. Se ele estivesse vivo com certeza lançaria um largo sorriso.

Há pelo menos duas cenas que merecem realmente destaque, sendo uma protagonizada pelo T-Rex e a outra pelos velociraptores. Na primeira, por exemplo, testemunhamos o rei dos dinossauros destruindo a rede elétrica, atacando os carros elétricos e colocando em risco a vida dos protagonistas. Curiosamente, não há trilha sonora alguma, pois o próprio barulho e o rugido da criatura já nos deixam com o coração pra fora da boca.

Ao mesmo tempo, Steven Spielberg foi engenhoso na apresentação do enorme personagem, sendo que ele é apresentado de forma gradual e muito bem-feita. A cena em que vemos o estrondo de suas pisadas e fazendo os copos dentro carro tremerem são dignas de nota e já nos preparando para o verdadeiro terror que viria em seguida. Já a cena dos  velociraptores é outra grande joia do suspense, já que as crianças da trama são presas fáceis para as criaturas e fazendo com que cada cena se torne angustiante na medida em que a trama avança.

Sucesso gigantesco em todo o mundo, o filme se tornou a maior bilheteria de todos os tempos e sendo somente batido pelo megassucesso de James Cameron "Titanic" (1997). O filme renderia duas boas continuações e uma nova trilogia que havia se encerrado no ano passado, mas nenhum capítulo superou o grande clássico, pois dificilmente um relâmpago cai duas vezes no mesmo lugar. A partir dali o cinema abriria as portas para diversas possibilidades, desde ao testemunharmos o universo expandido de "Star Wars" como também das diversas adaptações de HQ e que somente foi possível graças aos avanços tecnológicos.

"Jurassic Park" é aquele clássico que mudou as engrenagens de se fazer filmes para o cinema e cuja mudanças são sentidas até hoje em dia.


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