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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 13 de março de 2023

Cine Especial: Próxima Sessão do Clube de Cinema de Porto Algre - 'Luzes da Cidade'

Segue a programação do Clube de Cinema na próxima terça-feira.


CICLO COMÉDIA ROMÂNTICA

Sessão Comentada Clube de Cinema

ENTRADA FRANCA

Local: Sala Redenção, Campus Central da UFRGS

Data: 14/03/2023, terça-feira, às 19:00 horas


"Luzes da Cidade" (City Lights)

EUA, 1931, 87 min, legendado, Livre

Direção: Charles Chaplin 

Elenco: Charles Chaplin, Virginia Cherrill, Harry Myers, Florence Lee, Al Ernest Garcia, Hank Mann, Robert Parrish, Henry Bergman, Albert Austin


Sinopse: Um vagabundo (Charles Chaplin) impede um homem rico (Harry Myers), que está bêbado, de se matar. Grato, ele o convida até sua casa e se torna seu amigo. Só que ele esquece completamente o que aconteceu quando está sóbrio, o que faz com que o vagabundo seja tratado de forma bem diferente. Paralelamente, o vagabundo se interessa por uma florista cega (Virginia Cherrill), a quem tenta ajudar a pagar o aluguel atrasado e a restaurar a visão. Só que ela pensa que seu benfeitor é, na verdade, um milionário.

Sobre o Filme: Obra prima com Chaplin em seus melhores dias como o vagabundo envolvido com um milionário que, quando bêbado, o trata como amigo, mas, quando sóbrio, o desconhece e o trata a pontapés . Apesar de lançado em 1931, o filme é mudo porque Chaplin se recusou por anos a fazer filmes falados. Bela trilha sonora composta pelo próprio Chaplin. Vale destacar que o filme possui uma das cenas mais marcantes do cinema, e carregadas de significado. Não precisou de uma única palavra, apenas um olhar. Até hoje a cena é relembrada pelos grandes críticos como um exemplo da magia do cinema.

Com relação à escolha da atriz principal, Chaplin escolheu Virginia Cherrill, uma garota de 20 anos amadora – experiência não era exatamente um requisito, Chaplin apenas queria atores que seguissem suas ordens. O relacionamento dos dois no set não era fácil, e mesmo 50 anos depois, Cherrill dizia que os dois não se gostavam. Na ocasião das gravações, o diretor chegou a demiti-la e iria colocar a protagonista de Em Busca do Ouro no filme, mas refilmá-lo seria muito caro, então devolveu à Cherrill o papel. Talvez por conta da tensão, o trabalho da atriz foi brilhante.

Aliás, quer ver o exigente Chaplin dirigindo uma cena em Luzes da Cidade? 342 takes pra ele conseguir o que queria na cena em que o vagabundo conhece a florista. 


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Cine Curiosidade: Vencedores do Oscar 2023

A cerimônia da 95ª edição do Oscar, a principal premiação do cinema, aconteceu neste domingo (12), no Teatro Dolby, em Los Angeles, nos Estados Unidos. A Academia de Artes e Ciências Cinematográfica recebeu as celebridades Hollywood e premiou os destaques desta temporada. Veja todas as categorias abaixo.

“Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” foi o grande vencedor da noite, levando sete dos 11 prêmios que concorria. São eles: Melhor Filme, Direção, Atriz, Ator Coajudvante, Atriz Coadjuvante, Roteiro Original e Montagem. Além de fazer história no Oscar, o filme se tornou o mais premiado da história do cinema, conquistando 165 prêmios nesta temporada.

Outro destaque da premiação foi o longa alemão “Nada de Novo no Front” que ganhou quatro categorias: Melhor Filme Internacional, Direção de Arte, Fotografia e Trilha Sonora Original. Brendan Fraser marcou seu retorno à Hollywood com “A Baleia” e ganhou como Melhor Ator. O filme também venceu na categoria de Cabelo e Maquiagem. Um vídeo mostra como é feita a transformação do ator.Guillermo del Toro venceu mais um Oscar, dessa vez por “Pinóquio”, em que usou a técnica stop-motion para dar vida à uma nova versão do boneco de madeira.


Confira os vencedores do Oscar 2023:


Melhor Filme

“Nada de Novo no Front”

“Avatar: O Caminho da Água

“Os Banshees de Inisherin”

“Elvis”

Vencedor “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo"


“Tár”

“Os Fabelmans”

“Top Gun: Maverick”

“Triângulo da Tristeza”

“Entre Mulheres”


Melhor Direção

Vencedores: Daniel Kwan e Daniel Scheinert, por “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”

Martin McDonagh, por “Os Banshees de Inisherin”

Steven Spielberg, por “Os Fabelmans”

Todd Field, por “Tár”

Ruben Östlund, por “Triângulo da Tristeza”


Melhor Ator

Austin Butler, por Elvis

Colin Farrell, por “Os Banshees de Inisherin”

Paul Mescal, por ‘Aftersun”

Bill Nighy, por “Living”

Vencedor: Brendan Fraser, por “A Baleia”


Melhor Atriz

Cate Blanchett, por “Tár”

Ana de Armas, por “Blonde”

Andrea Riseborough, por “To Leslie”

Michelle Williams, por “Os Fabelmans”

Vencedora: Michelle Yeoh, por “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”


Melhor Ator Coadjuvante

Vencedor: Ke Huy Quan, por “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”

Brendan Gleeson, por “Os Banshees de Inisherin”

Bryan Tyree Henry, por “Passagem”

Barry Keoghan, por “Os Banshees de Inisherin”

Judd Hirsh, por “Os Fabelmans”


Melhor Atriz Coadjuvante

Vencedora: Jamie Lee Curtis, por “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”

Angela Bassett, por “Pantera Negra: Wakanda para Sempre”

Hong Chau, por “A Baleia”

Kerry Condon, por “Os Banshees de Inisherin”

Stephanie Hsu, por “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”


Melhor Roteiro Original

Vencedor: “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”

“Os Banshees de Inisherin”

“Os Fabelmans”

“Tár”

“Triângulo da Tristeza”


Melhor Roteiro Adaptado

Vencedor: “Entre Mulheres”

“Nada de Novo no Front”

“Glass Onion: Um Mistério Knives Out”

“Top Gun: Maverick”

“Living”


Melhor Filme Estrangeiro

Vencedor: “Nada de Novo no Front” (Alemanha)

“Close” (Bélgica)

“EO” (Polônia)

“The Quiet Girl” (Irlanda)

“Argentina, 1985” (Argentina)


Melhor Animação em Longa Metragem

Vencedor: “Pinóquio de Guillermo del Toro”

“Marcel the Shell with Shoes On”

“O Gato de Botas 2: O Último Pedido”

“Red – Crescer é uma Fera”

“A Fera do Mar”


Melhor Animação em Curta Metragem

Vencedor: “O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo”

“The Flying Sailor”

“Ice Merchants”

“My Year of Dicks”

“An Ostrich Told Me the World Is Fake and I Think I Believe It”


Melhor Documentário em Longa Metragem

Vencedor: “Navalny”

“All That Breathes”

“All The Beauty and the Bloodshed”

“Fire of Love”

“A House Made of Splinters”


Melhor Documentário em Curta Metragem

Vencedor: “The Elephant Whisperers”

“Haulout”

“How do You Measure a Year?”

“The Martha Mitchell Effect”

“Stranger at the Gate”


Melhor Curta-metragem em Live-action

Vencedor: “A Irish Goodbye”

“Ivalu”

“Le Pupille”

“Night Ride”

“The Red Suitcase”


Melhor Fotografia

Vencedor: James Friend, por “Nada de Novo no Front”

“Bardo, Falsa Crônica de Algumas Verdades”

“Elvis”

“Tár”

“Império da Luz”


Melhor Cabelo e Maquiagem

Vencedor: “A Baleia”

“Nada de Novo no Front”

“Batman”

“Pantera Negra: Wakanda para Sempre”

“Elvis”


Melhor Figurino

Vencedora: Ruth E. Carter, por “Pantera Negra: Wakanda para Sempre”

“Babilônia”

“Elvis”

“Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”

“Sra. Harris Vai a Paris”


Melhor Trilha Sonora Original

Vencedor: “Nada de Novo no Front”

“Babilônia”

“Os Banshees de Inisherin”

“Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”

“Os Fabelmans”


Melhor Design de Produção

Vencedor: “Nada de Novo no Front”

“Avatar: O Caminho da Água”

“Babilônia”

“Elvis”

“Os Fabelmans”


Melhores Efeitos Visuais

Vencedor: “Avatar: O Caminho da Água”

“Nada de Novo no Front”

“Batman”

“Pantera Negra: Wakanda para Sempre”

“Top Gun: Maverick”


Melhor Canção Original

Vencedor: “Naatu Naatu” (de “RRR”)

Sofia Carson – “Applause” (de “Tell it Like a Woman”)

Lady Gaga – “Hold My Hand” (de “Top Gun: Maverick”)

Rihanna – “Lift Me Up” (de “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre”)

Son Lux – “This is a Life” (de “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”)


Melhor Som

Vencedor: “Top Gun: Maverick”

“Nada de Novo no Front”

“Batman”

“Avatar: O Caminho da Água”

“Elvis”


Melhor Montagem

Vencedor: “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”

“Os Banshees de Inisherin”

“Elvis”

“Tár”

“Top Gun: Maverick”

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domingo, 12 de março de 2023

Cine Especial: Próximo Cine Debate - 'As Linhas Tortas de Deus'

Sinopse: Alegando sofrer de paranoia, uma detetive particular se interna em um hospital psiquiátrico para investigar a morte de um dos pacientes. 

Um filme de suspense é bom quando ele nos surpreende com uma fantástica reviravolta na reta final da trama e fazendo a gente revisitar a obra em uma outra ocasião. Porém, há casos de que determinado filme possui tantas reviravoltas que faz com que a obra como um todo crie para si um sério risco de ficar na corda bamba e fazendo com que a gente se canse da história. Pois bem, "As Linhas Tortas de Deus" (2022) seguem essa minha última observação, mas se salvando por uma ótima direção e elenco competente.

Dirigido por Oriol Paulo, do filme "Um Contratempo" (2016), o filme conta a história de Alice, uma investigadora particular, que se interna em um hospital psiquiátrico fingindo paranoia com o objetivo de coletar evidências para o caso em que está trabalhando: a morte de um interno em circunstâncias pouco claras. Mas a realidade que ela enfrenta em seu confinamento excederá suas expectativas e lançará dúvidas sobre sua própria sanidade. Um mundo desconhecido e emocionante se abrirá diante de seus olhos.

Filmes que exploram os lados mais sombrios da mente humana não é novidade para o cinéfilo, pois basta pegarmos, por exemplo, o grande clássico do expressionismo alemão "O Gabinete do Dr. Caligari" (1920) para se obter uma vaga ideia do que eu estou falando. O clássico, aliás, serviu de base para o ótimo "A Ilha do Medo" (2010) do mestre Martin Scorsese, mas obtendo alma própria, graças a sua bela direção e com o seu final ambíguo. Neste último caso, a ambiguidade é a palavra-chave que move o filme de Oriol Paulo, que é baseado em um livro policial "Los renglones torcidos de Dios" e escrito por Torcuato Luca de Tena.

Em um primeiro momento, nós ficamos na dúvida sobre as reais intenções da protagonista, ou se ela possui realmente problemas mentais que a faça criar uma nova realidade para ela. Ao mesmo tempo, a trama principal é intercalada com uma subtrama de um assassinato que ocorre no mesmo sanatório, mas que num primeiro momento a gente acredita que se trata de algo que se passe no passado. Porém, há várias pistas que são disparadas a todo momento para fazer com que duvidemos disso.

O grande problema do filme de Oriol Paulo talvez seja pelo fato de ser fiel por demais com relação a sua fonte literária, já que em alguns momentos me dá aquela sensação de que determinada passagem me soaria melhor se ela tivesse ficado somente na escrita de uma página. Em tempos em que várias obras da literatura são adaptadas como minisséries para a tv eu acredito que o conto se encaixaria melhor neste formato. Porém, não significa que o filme não tenha os seus méritos.

Para começar, é preciso dar crédito ao realizador em criar diversas cenas muito bem filmadas, principalmente aquelas que vem e vão como uma forma de pista e se casando com as soluções que virão logo em seguida. Ao explorar, aparentemente, uma protagonista cuja a mente pode estar fragmentada, é preciso dar crédito para as cenas em que testemunhamos a mesma adentrar a sua própria mente que procura determinadas respostas: a cena em que ela se vê em diversos momentos em único cenário é desde já um dos melhores momentos do filme como um todo.

Mas o filme é sustentado ainda mais graças ao seu grande elenco, em especial pela atriz Bárbara Lennie, do filme "Todos Já Sabem" (2019). Como Alice, ela constrói uma personagem complexa, da qual nos faz duvidar dela a todo momento e ficamos na dúvida sobre a sua sanidade até o ato final, pois as diversas reviravoltas se casam com a ambiguidade que a própria intérprete cria e que passa para nós do começo ao final da história. Neste último caso, é preciso digerir os últimos acontecimentos de forma gradual para termos então um veredito.

Eu sinceramente não li o livro que serviu de base para o filme, mas há quem diga que ele soa tão complexo quanto ao que foi apresentado na adaptação, que dede já nos brinda com mais dúvidas do que respostas. Porém, não há como negar que o plano final é realmente enigmático e que me fez lembrar rapidamente do filme "A Origem" (2009), sendo que ambos são obras que exploram o potencial e a complexidade da mente humana e sobre até que ponto ela pode se tornar a nossa inimiga. Talvez não haja uma resposta plausível e cabe cada um tirar suas próprias conclusões com relação ao seu final complexo.

"As Linhas Tortas de Deus" é aquele típico filme enigmático, do qual irá dividir a opinião de muitos e fazendo a gente desejar revisitá-lo mesmo quando ele possui alguns defeitos nítidos. 


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sexta-feira, 10 de março de 2023

Cine Especial: Revisitando 'A Pequena Sereia'

Sinopse: Ariel é uma sereia princesa de dezesseis anos de idade insatisfeita com a vida no fundo do mar e curiosa sobre o mundo na terra. Ela se apaixona por um príncipe humano e faz um acordo com a bruxa do mar para transformar-se em humana.  

Os anos 70 e 80 foram terríveis para o estúdio Disney, pois os seus longas metragens de animação não obtinham o retorno desejado para eles se sustentarem. Entre 1967 e 1977, os únicos dois grandes sucessos da produtora nessa área foram "Mogli – O Menino Lobo" (1967) e "Bernardo e Bianca" (1977), porém, sofreram com um grande fracasso representado pelo "Caldeirão Mágico" (1985). A grande virada de mesa aconteceria somente em 1989, quando foi lançado "A Pequena Sereia", filme que inauguraria o que chamamos hoje de "a era de ouro Disney".

O filme se tornou um megassucesso, fazendo com que gerasse outros, como no caso do maravilhoso "A Bela e a Fera" (1991), sendo que esse ´título seria o primeiro longa animado da história a conquistar uma indicação ao Oscar de Melhor Filme. Posteriormente viria outras obras primas como "O Rei Leão" (1994) e fazendo com que essa época se tornasse tão importante para o estúdio quanto foi quando havia sido lançado "Branca de Neve e os Sete Anões" (1937). Portanto, se hoje a Disney é uma das marcas mais poderosas do cinema muito se deve "A Pequena Sereia".

Mas para chegar a esse tal feito não foi uma tarefa fácil, pois o estúdio precisava se reinventar através dos seus fracassos, mesmo quando eles possuíam alguns atrativos a serem analisados. Tanto o já citado O "Caldeirão Mágico" como também "As Peripécias do Ratinho Detetive" (1986) foram belos exemplos de tempos pré-computação gráfica alinhada com o desenho tradicional, mas que nos passava a sensação de que algo a mais estaria por vir em um futuro próximo. Portanto, esses filmes serviram de laboratório para a criação de "A Pequena Sereia", sendo esse conhecido anteriormente como um poema escrito pelo escritor Hans Christian Andersen, mas se tornando mundialmente conhecido pelas mãos do estúdio.

Ariel (voz de Jodi Benson) é uma princesa sereia fascinada pelo mundo dos humanos, mas seu pai, o Rei Tritão (Kenneth Mars), proíbe que os seres do fundo do mar tenham contato com os da terra. A jovem se sente prisioneira, mas depois que salva o príncipe humano Eric (Christopher Daniel Barnes) de um naufrágio, ela apaixonando-se por ele, é seduzida pelas promessas da vilanesca Úrsula (Pat Carroll), caindo em uma armadilha montada pela bruxa para derrubar Tritão do trono.

A trama é bastante convidativa, simples, mas bem estruturada. Ariel é uma jovem sonhadora como todos nós, que deseja ir muito mais além do que estava predestinada e fazendo com que nos identifiquemos com ela de forma imediata. O outro lado da moeda se encontra através da imagem de Ursula, o que faz despertar um total desespero vindo do personagem Sebastian (Samuel E. Wright), o siri jamaicano conselheiro do rei e babá a contragosto da menina. Suas aventuras no mar e na terra representam, com uma grande beleza, a busca de aventuras e o amadurecimento de uma jovem, pontilhado de inesquecíveis números musicais de Alan Menken e Howard Ashman.

Só com Ariel já é uma protagonista que nos encanta, não somente pela sua beleza, mas também pela sua personalidade genuína e da qual a sua inocência perante o universo dos humanos nos conquista. Porém, os personagens coadjuvantes obtêm um peso maior, ao ponto de roubarem o espetáculo da trama em alguns momentos, em especial no caso de Sebastian. A sua voz ficou a cargo de Samuel E. Wright e fazendo com que músicas como "Under the Sea e Kiss the Girl" começassem a ecoar nas mentes das pessoas por muito tempo.

Visualmente, o filme possui um dos traços mais inesquecíveis do estúdio, cuja cidade submarina do rei Tritão é um verdadeiro colírio para os nossos olhos na primeira vez que a testemunhamos. É preciso também destacar o visual surpreendente de Úrsula, que combina com estilo cantora de blues com um polvo e suas duas moreias, Flotsam e Jetsam, cada uma com um olho tipo farol, que nos faz lembrar dos crocodilos de Bernardo e Bianca. São traços que fazem com que os personagens ganhem personalidades distintas uma da outra e fazendo com que o filme se torne ainda mais rico de todas as formas.

Mesmo sendo um desenho feito tradicionalmente para época, o filme recebeu investimentos absurdos para algo que não era feito naqueles tempos. Com traços simples, o desenho se alinhava com os últimos avanços daqueles tempos, fazendo com que os cenários se tornassem absurdamente realistas e fazendo com que ganhassem profundidade na medida em que os nossos olhos vão em direção a elas. Curiosamente, o filme foi realizado com a presença de atores, onde os mesmos davam vida aos seus respectivos personagens e posteriormente sendo substituídos pelos desenhos, sendo algo parecido com que é visto atualmente com a “captura de performance”, mas sem os recursos de computadores.

Tudo isso foi a última e grande aposta do estúdio naquela época para gerar um grande lucro ou gerando um grande prejuízo que poderia fazer com que fechasse suas portas para sempre. Isso não ocorreu, pois o filme obteve ótimas críticas, se tornando um estouro de bilheteria e revitalizando a casa do Mickey Mouse de tal maneira que as consequências positivas são sentidas até hoje em dia. O filme abriu as portas para que o estúdio se arriscasse ainda mais, principalmente com relação a computação gráfica e que seria logo posto em prática em "A Bela e a Fera" na famosa cena do baile.

Por fim, "A Pequena Sereia" é uma obra prima, que representa para o estúdio Disney o fim de uma era e o começo de uma outra e da qual o brilho permanece até mesmo hoje em dia.  

NOTA: O filme foi exibido na "Sessão Vagalume" na Cinemateca Capitólio em sessões lotadas nos dias 04 e 05 de Março.   

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quinta-feira, 9 de março de 2023

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (09/03/2023)

 Coração de Neon

Sinopse: Um jovem trabalha com o pai em um típico carro de telegrama cantante brasileiro chamado Coração de Neon. A bordo de um carro personalizado, eles são contratados para entregar mensagens românticas dadas como presentes para pessoas de toda a cidade. Após uma performance que terminou tragicamente, sua vida muda completamente e ele inicia uma jornada alucinante em busca de seus sonhos.



65 - Ameaça Pré-Histórica

Sinopse: 65 é a história de um cruzador espacial “futurista” que cai em um planeta distante e apenas o capitão e uma jovem sobrevivem. À medida que os dois viajantes espaciais se orientam pelo terreno estrangeiro, é revelado que o planeta é na verdade a Terra há 65 milhões de anos - e cheio de dinossauros pré-históricos que ameaçam sua sobrevivência. As coisas ficam ainda mais complicadas quando eles descobrem que um grande asteróide.



QUANDO FALTA O AR

Sinopse: O trabalho realizado por profissionais do SUS em uma das maiores crises sanitárias da história. O documentário traz a interseção da saúde com a religiosidade, a desigualdade social e o racismo estrutural presentes no país. A abordagem contempla ainda a pandemia com foco nos diferentes tempos e dimensões envolvidas no cuidado em saúde, revelando a face humana da luta coletiva contra a Covid-19.


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Cine Dica: CINEMATECA PAULO AMORIM - PROGRAMAÇÃO DE 9 A 15 DE MARÇO DE 2023

 SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES

BELCHIOR – APENAS UM CORAÇÃO SELVAGEM


SALA PAULO AMORIM


15h – A PORTA AO LADO - ESTREIA Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2022, 110min). Direção de Júlia Rezende, com Dan Ferreira, Letícia Colin, Túlio Starling e Bárbara Paz. Manequim Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Mari e Rafa vivem um relacionamento tradicional e estável. O casamento segue tranquilo até o dia em que se muda para o apartamento ao lado o casal Isis e Fred. Os novos vizinhos vivem em uma relação aberta, separam sexo de amor e decidiram não ter filhos. O encontro dos dois casais irá provocar desejos, dúvidas, inseguranças, mentiras e transformações, fazendo com que cada um reavalie suas escolhas.


17h - CLOSE Assista o trailer aqui.

(Bégica/França/Holanda, 2022, 105min). Direção de Lukas Dhont, com Eden Dambrine, Gustav De Waele, Émilie Dequenne. O2 Filmes, 12 anos. Drama.

Sinopse: Léo e Rémi, de 13 anos, são inseparáveis - melhores amigos e próximos como irmãos. Mas, quando começam um novo ano escolar, as pressões da adolescência desafiam este vínculo tão fraterno, gerando consequências inesperadas e de longo alcance. O filme é um dos cinco indicados ao Oscar de melhor longa internacional.


19h – BELCHIOR – APENAS UM CORAÇÃO SELVAGEM - ESTREIA Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2022, 90min). Documentário de Natália Dias e Camilo Cavalcanti. Clariô Filmes. 14 anos.

Sinopse: Antonio Carlos Belchior Fontenelle Fernandes (1946 – 2017), mais conhecido como Belchior, ganha um autorretrato que mergulha no coração selvagem do poeta, cantor e compositor cearense. Com suas canções geniais e suas ideias cortantes, ele marcou e ainda marca a vida de muita gente.


 (NÃO HAVERÁ SESSÃO NA TERÇA, DIA 14.)


19h – MOSTRA TUCO-TUCO DE VIDEOARTE RS - ENTRADA FRANCA.

(90min – classificação: 16 anos).

Sinopse: O projeto, financiado com recursos da lei Aldir Blanc, reúne 10 produções videográficas em três categorias: estudante, experimental e profissional. A seleção foi feita entre 60 produções, de artistas de 15 cidades do Rio Grande do Sul. Além da sessão em Porto Alegre, haverá exibições em Bento Gonçalves, Vacaria e Caxias do Sul.

(SESSÃO SOMENTE NA TERÇA, DIA 14.)


SALA EDUARDO HIRTZ


14h15 – MORTE A PINOCHET Assista o trailer aqui.

(Kill Pinochet - Chile, 2021, 81min). Direção de Juan Ignacio Sabatini, com Daniela Ramírez, Cristián Carvajal, Gastón Salgado. A2 Filmes, 16 anos. Drama político.

Sinopse: Enquanto o Chile vivia uma ditadura cruel sob o comando de Augusto Pinochet, poucos ousados consideravam o impossível: matar o presidente general. Os integrantes da Frente Patriótica Manuel Rodríguez, liderados pelo professor de educação física Ramiro e a psicóloga Tamara, marcaram o ataque armado para uma tarde de domingo, em setembro de 1986. Baseado em um episódio real, o filme destaca um movimento que foi determinante para a história chilena no contexto da época.


15h45 - AFTERSUN Assista o trailer aqui.

(Reino Unido/EUA, 2022, 100min). Direção de Charlotte Wells, com Frankie Corio e Paul Mescal. O2 Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Quando tinha 11 anos, Sophie passou alguns dias de férias com o pai, numa praia ensolarada e cheia de descobertas. Vinte anos depois, ela encontra um vídeo daquele verão e tenta se reconciliar com suas lembranças e com aquele homem que até hoje não conhece plenamente. Paul Mescal é um dos cinco indicados ao Oscar de melhor ator.


17h40 - BELAS PROMESSAS Assista o trailer aqui.

(Les Promesses - França, 2021, 100min). Direção de Thomas Kruithof, com Isabelle Huppert, Reda Kateb, Naidra Ayadi. Pandora Filmes, 12 anos. Drama.

Sinopse: Prefeita de uma cidadezinha do interior da França, Clémence é reconhecida pela sua dedicação às questões sociais, incluindo o combate à pobreza, ao desemprego e às gangues. Durante o mandato - que agora está chegando ao fim -, Clémence sempre contou com a ajuda de Yazid, seu chefe de gabinete. Entretanto, ao ser cotada para um ministério federal, a prefeita começa a questionar suas prioridades.


19h30 - CLOSE 

(Bégica/França/Holanda, 2022, 105min). Direção de Lukas Dhont, com Eden Dambrine, Gustav De Waele, Émilie Dequenne. O2 Filmes, 12 anos. Drama.

Sinopse: Léo e Rémi, de 13 anos, são inseparáveis - melhores amigos e próximos como irmãos. Mas, quando começam um novo ano escolar, as pressões da adolescência desafiam este vínculo tão fraterno, gerando consequências inesperadas e de longo alcance. O filme é um dos cinco indicados ao Oscar de melhor longa internacional.


SALA NORBERTO LUBISCO


16h - MATO SECO EM CHAMAS Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2021, 152min). Direção de Joana Pimenta e Adirley Queirós, com Joana Darc Furtado, Léa Alves Da Silva, Andreia Vieira. Sessão Vitrine, 14 anos. Drama.

Sinopse: Na favela de Sol Nascente, na Ceilândia (DF), a principal moeda de troca entre grupos inimigos é o petróleo. Chitara, grande gasolineira da região, tenta fidelizar a clientela junto ao seu poço particular, com a ajuda da irmã. Quando o Brasil se torna mais conservador e ameaça votar na extrema-direita, o posicionamento de Chitara se transforma num ato político. Prêmios de melhor direção e roteiro no Festival de Brasília 2022.


19h15 – A PORTA AO LADO - ESTREIA

(Brasil, 2022, 110min). Direção de Júlia Rezende, com Dan Ferreira, Letícia Colin, Túlio Starling e Bárbara Paz. Manequim Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Mari e Rafa vivem um relacionamento tradicional e estável. O casamento segue tranquilo até o dia em que se muda para o apartamento ao lado o casal Isis e Fred. Os novos vizinhos vivem em uma relação aberta, separam sexo de amor e decidiram não ter filhos. O encontro dos dois casais irá provocar desejos, dúvidas, inseguranças, mentiras e transformações, fazendo com que cada um reavalie suas escolhas.

  (NÃO HAVERÁ SESSÃO NA QUINTA, DIA 9.)


19h30 – A MÚSICA DE ORISTELA ALVES - ENTRADA FRANCA

(Brasil, 2023, 37min) – documentário dirigido por Sandro Cartier e Raquel Guerra. O filme integra o projeto Cinema Musical Gaúcho, que apresenta filmes sobre a música do RS.

Sinopse: O filme a resgata trajetória de Oristela Alves, intérprete que brilhou nos palcos da Califórnia da Canção Nativa do Rio Grande do Sul entre 1975 e 1985 e em outros festivais no mesmo período.

(SESSÃO SOMENTE NA QUINTA, DIA 9.)

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PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 12,00 (R$ 6,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 14,00 (R$ 7,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTES DO BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES. 

Professores têm direito a meia-entrada mediante apresentação de identificação profissional. Estudantes devem apresentar carteira de identidade estudantil. Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013. Brigadianos e Policiais Civis Estaduais tem direito a entrada franca mediante apresentação de carteirinha de identificação profissional.

*Quantidades estão limitadas à disponibilidade de vagas na sala.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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quarta-feira, 8 de março de 2023

Cine Especial: Próximas Sessões do Clube de Cinema de Porto Alegre - 'Close' e 'A Porta ao Lado'

 Segue a programação do Clube de Cinema no próximo final de semana.


SESSÃO DE SÁBADO CLUBE DE CINEMA 

Local: Espaço de Cinema, Bourbon Shopping Country

Data: 11/03/2023, sábado, às 10:15 da manhã

"Close"

Bélgica/ França/ Holanda, 2022, 105 min, 12 anos

Direção: Lukas Dhont

Elenco: Emilie Dequenne, Eden Dambrine, Gustav De Waele

Sinopse: Um estudo elegante, poético e empático da juventude, do aclamado escritor e diretor Lukas Dhont. Léo e Rémi, de treze anos, são inseparáveis; melhores amigos, tão próximos como irmãos. No entanto, quando começam um novo ano escolar, as pressões da adolescência florescente desafiam seu vínculo com consequências inesperadas e de longo alcance. Com atuações incríveis dos estreantes Eden Dambrine e Gustav De Waele, o segundo filme de Dhont é uma história de amadurecimento profundamente comovente que terá um impacto duradouro.

Sobre o Filme: Embora seja vendido como um filme infantil é preciso reconhecer que o maravilhoso "Divertidamente" (2015) serve como também de alerta para as pessoas de todas as idades em jamais conter os seus sentimentos, mas sim libera-los para logo em seguida sentir-se bem consigo mesmo. Infelizmente vivemos em meio a uma sociedade em que se vive pelas aparências, como se a pessoa fosse obrigada a sempre tirar uma selfie sorrindo, quando na verdade está morrendo por dentro. "Close" (2022) fala sobre sentimentos amor e dor reprimidos e dos quais provocam consequências irreversiveis uma vez que não são liberados.

Dirigido por Lukas Dhont, acompanhamos  a história de dois super próximos, Leo e Rémi, ambos com 13 anos, acabam tendo a amizade interrompida. Tentando compreender o que aconteceu, Leo fala com Sophie, mãe de Rémi. Mas tudo isso aconteceu quando eles entraram na escola. Seus colegas percebem essa intimidade, comentam e alguns perguntam. Apesar de tudo, Leo parece ser o primeiro a perceber que sua relação com Rémi pode ser ruim para outras pessoas. Ele começa a evitar o contato físico entre eles na escola e também quando estão sozinhos, o que leva a uma luta de quarto que vai um pouco longe demais em uma manhã.

Lukas Dhont já havia explorado um assunto delicado com relação ao transexualismo no seu filme "Girl" (2020). Porém, aqui ele explora uma questão em que muitos irão se identificar pois, indepedente da sua Sexualidade, é um filme em que toca em um assunto espinhoso com relação a sentimentos reprimidos, devido ao medo pelas opiniões dos outros e não sendo feliz e satisfeito consigo próprio. O grande acerto no filme está pelo fato da trama explorar a pré-adolescência, sendo talvez um dos periodos mais complexos com relação a transição da inocência para os primeiros passos para a chegada da vida adulta.

Leo e Rémi são amigos desde sempre, ao ponto que essa amizade começa a se tornar algo a mais, mesmo eles não compreendendo exatamente ainda o que é. Por conta disso a reação por não compreender exatamente o que está passando faz com que ambos se expressam de formas peculiares, desde brigarem fisicamente, como também pelo fato de Leo começar a querer se afastar do seu amigo por medo, não somente pelo que os outros pensariam, mas talvez por não compreender ainda o que está sentido. Tanto  Leo e Rémi como Gustav De Waele estão ótimos em seus respectivos papeis, sendo que o primeiro expressa todos os seus sentimentos através de um olhar cheio de cicatrizes emocionais e das quais tem muito a dizer.

Uma vez que acontece uma determinada tragédia o filme ganha uma nova camada, mas cujo assunto sobre reprimir o que sente continua acentuado e isso irá até o fim do percurso. Os sentimentos de culpa de Leo se tornam uma força da qual busca uma saída, mas do qual o mesmo não deseja libera-los, pois teme pelas consequências que viram no decorrer do tempo. Esse medo é acentuado quando ele procura se abrir com a mãe de Rémi, sendo que ambos na realidade desejam se abrirem, porém, temendo com relação ao que forem ouvir um do outro. Ao final, a verdade precisa ser dita perante a possibilidade de uma nova tragédia, pois o casulo que os personagens se encontram precisa ser quebrado e isso é muito bem sintetizado nos derradeiros minutos finais da trama como um todo.

Vencedor do prêmio pelo Juri no último festival de Cannes e concorrendo ao próximo Oscar de Melhor filme Internacional, "Close" é sobre sentimentos reprimidos, dos quais se encontram assim devido ao medo da opinião dos outros, quando na verdade é preciso libera-los para assim não correr nenhum risco. 

* * * * * 

SESSÃO DE DOMINGO CLUBE DE CINEMA 

Local: Sala Paulo Amorim, Cinemateca Paulo Amorim, Casa de Cultura Mario Quintana. Data: 12/03/2023, domingo, às 10:15 da manhã

"A Porta ao Lado" 

Brasil, 2022, 110min, 14 anos

Direção: Júlia Rezende

Elenco: Dan Ferreira, Letícia Colin, Túlio Starling, Bárbara Paz

Sinopse: Mari e Rafa vivem um relacionamento tradicional e estável. O casamento segue tranquilo até o dia em que se muda para o apartamento ao lado o casal Isis e Fred. Os novos vizinhos vivem em uma relação aberta, separam sexo de amor e decidiram não ter filhos. O encontro dos dois casais irá provocar desejos, dúvidas, inseguranças, mentiras e transformações, fazendo com que cada um reavalie suas escolhas.

Atenciosamente, 

Marcelo Castro Moraes

Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do CCPA.

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