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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Cine Dica: Próxima Sessão do Clube de Cinema de Porto Alegre 'Corsage'

Segue a programação do Clube de Cinema no próximo final de semana.

SESSÃO CLUBE DE CINEMA

Local: Sala Eduardo Hirtz, Cinemateca Paulo Amorim, Casa de Cultura Mario Quintana

Data: 28/01/2023, sábado, às 10:15 da manhã


"Corsage"

Áustria/ França/ Alemanha, 2022, 113 min, 16 anos

Direção: Marie Kreutzer

Elenco: Vicky Krieps, Colin Morgan, Finnegan Oldfield

Sinopse: O filme é inspirado na vida de Elizabeth da Baviera (1837 - 1898), esposa do imperador da Áustria e que ficou mais conhecida como Sissi, a Imperatriz. Inteligente e perspicaz, Sissi era considerada um ícone de beleza - e lutava para se manter jovem e magra. Quando completou 40 anos, resolveu lutar contra as convenções sociais e contra a imagem hiperbolizada de si mesma. A produção foi indicada pela Áustria para concorrer ao Oscar de filme internacional.


Sobre o Filme: "Spencer", do diretor Pablo Larraín, foi apenas uma representação da superfície sobre o que se passava na vida da Princesa Diana, mas sintetizando uma mulher que estava gritando por dentro e exigindo por socorro. Curiosamente, é um retrato de um conservadorismo retrógrado das Monarquias atuais, que se encontram definhando e que não tem o direito de fazer o palácio real uma prisão para a mulher atual. "Cosarge" (2022) é um retrato livre de amarras de tempos longínquos, mas que fala da mulher atual que sempre deseja ir muito além do que as pessoas esperam.

Dirigido pela cineasta Marie Kreutzer, do filme "O Chão Sob Meus Pés" (2019), o filme conta a história da Imperatriz Elizabeth (Vicky Krieps) da Áustria é idolatrada por sua beleza e conhecida por ditar tendências de moda. Mas, em 1877, a Imperatriz completa 40 anos e é oficialmente considerada velha. Ela inicia então uma cruzada para tentar manter sua imagem pública, em uma batalha contra o tempo e ao mesmo tempo de sua liberdade em risco.



Confira a minha crítica já publicada clicando aqui.  


Atenciosamente,

Carlos Eduardo Lersch

Diretor de Programação CCPA.


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terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'Os Banshees de Inisherin'

Sinopse: Em uma ilha remota na costa oeste da Irlanda, Pádraic e Colm são melhores amigos de longa data. Certo dia, Colm decide por fim na amizade repentinamente e a decisão gera consequências alarmantes para ambos. 

Martin McDonagh é um cineasta autoral que começa a carreira de forma mansa, porém, logo vai chamando atenção por onde passa. O ápice de sua jornada ocorreu em "Três Anúncios de Um crime" (2017), trama policial peculiar em que um crime do passado afeta diversos personagens ao longo do percurso e principalmente pelo fato de não ter sido solucionado. Em "Os Banshees de Inisherin" (2022) ele fala sobre os conflitos em que os seres humanos se envolvem e dos quais nem ao menos entendem como adentraram neles.

A trama se passa na ilha fictícia de Inisherin, em 1923, durante a Guerra Civil Irlandesa.  Pádraic (Colin Farrell) é um homem extremamente gentil cujo ser inteiro é abalado depois de experimentar a crueldade abrupta e casual de Colm (Breendan Gleeson), dois amigos de longa data cuja amizade é quebrada após o conflito surgir no país. Pádraic, confuso e devastado, tenta reatar o relacionamento com o apoio de sua irmã Siobhan (Kerry Condon), que junto com Dominic (Barry Keoghan), filho do policial local, tem suas preocupações dentro da pequena ilha. Mas quando Colm lança um ultimato chocante para tornar suas intenções realidade, os eventos começam a se intensificar.

Com belas paisagens das ilhas de Inishmore e Achill da Irlanda, a trama principal vai se desenrolando enquanto ocorre a Guerra Civil Irlandesa como pano de fundo. O atrito da dupla central, logicamente, é uma espécie de metáfora sobre o que está ocorrendo ao país naquele momento e cujo os motivos que desencadearam o conflito até hoje não fazem o menor sentido. Portanto, a trama fala sobre pessoas que são pertencentes da mesma terra, mas que começam a se matarem por motivações mesquinhas e desencadeando uma teia de eventos interminável e que não os levam para lugar algum para se dizer o mínimo.

Tudo orquestrado com doses de humor ácido, fazendo com que o pequeno vilarejo se torne uma panela de pressão a todo momento e fazendo com que qualquer fofoca se torne um grande assunto e até mesmo gerando um interminável conflito. Martin McDonagh capricha em um ritmo dinâmico em seu primeiro ato, onde o humor e piadas criativas fazem com que conquiste a nossa atenção e fazendo a gente desejar saber o quanto antes como será finalizado a trama desse cenário isolado do mundo. O ritmo se perde um pouco do segundo até o início do terceiro ato, mas nada que prejudique o resultado final e principalmente pelo fato do elenco principal ser a fórmula do sucesso.

Colin Farrell e Breendan Gleeson haviam trabalhado juntos com o diretor no ótimo "Na Mira do Chefe" (2008) e cuja a trama sobre dois assassinos profissionais que se veem em volta de uma trama recheada de situações imprevisíveis. Aqui não é diferente, principalmente pelo fato que as situações estranhas começarem a partir do personagem de Gleeson e cujo o seu desejo de não querer mais ser amigo do personagem de Farrell desencadeia uma situação chocante e que muda o tom do filme como um todo. A situação só não fica mais transloucada porque existe a presença do bom senso, do qual é muito bem representado pela personagem Siobhan, vivida com intensidade pela atriz Kerry Condon, mas cuja a mesma se torna uma representação de uma parcela de uma sociedade daquela época que desejava fugir do conflito daquele país e buscar uma nova oportunidade do outro lado do mundo.

Ao final, constatamos que não há como fugir de suas raízes, mesmo quando dois lados da mesma moeda se encontram em conflito. O conflito, aliás, talvez gire em torno do fato de um dos personagens enxergar a vida passar rápido demais enquanto uma guerra está bem próxima a ele e fazendo se perguntar o que fez em vida para ser lembrado algum dia. Tudo o que resta no final das contas são os atos e consequências desses personagens em cena enquanto longe dali os realizadores do real conflito ficam rindo à toa.

Com uma participação curta, porém, primorosa do jovem ator Barry Keoghan, "Os Banshees de Inisherin" é sobre os conflitos que não fazem o menor sentido e cujo o término somente acontece quando ambos os lados se darem conta o quanto estavam errados. 

NOTA: O filme entrará em Cartaz nos cinemas dia 02/02.


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Cine Curiosidade: Indicados ao Oscar 2023

Tudo o que faltou nos filmes da Marvel o cultuado "Tudo em Todo Lugar ao Mesmo o Tempo" complementa com relação ao multiverso e cria um dos filmes mais surpreendentes do ano e favorito para o Oscar. Porém, "Nada de Novo no Front" aparece como segundo maior indicado e surpreendendo o público e a crítica. Quem ganha essa?

Confira a lista completa dos indicados. A cerimônia acontece  dia 12 de Março. 


MELHOR FILME

Nada de Novo no Front

Avatar: O Caminho da Água

Os Banshees de Inisherin

Elvis

Tudo em Todo Lugar ao Mesmo o Tempo

Os Fabelmans

Tár

Top Gun: Maverick

Triângulo da Tristeza

Entre Mulheres


MELHOR DIREÇÃO

Martin McDonagh, por Os Banshees de Inisherin

Daniel Kwan & Daniel Scheinert, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo

Steven Spielberg, por Os Fabelmans

Todd Field, por Tár

Rubem Östlund, por Triângulo da Tristeza


MELHOR ATOR

Austin Butler, por Elvis

Colin Farrell, por Os Banshees de Inisherin

Brendan Fraser, por A Baleia

Paul Mescal, por Aftersun

Bill Nighy, por Living


MELHOR ATRIZ

Cate Blanchett, por Tár

Ana de Armas, por Blonde

Andrea Riseborough, por To Leslie

Michelle Williams, por Os Fabelmans

Michelle Yeoh, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo


MELHOR ATOR COADJUVANTE

Brendan Gleeson, por Os Banshees de Inishering

Brian Tyree Henry, em Causeway

Judd Hirsch, em Os Fabelmans

Berry Keoghan, por Os Banshees de Inisherin

Ke Huy Quan, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo


MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

Angela Bassett, por Pantera Negra: Wakanda Para Sempre

Hong Chau, por A Baleia

Kerry Condon, por Os Banshees of Inisherin

Jamie Lee Curtis, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo

Stephanie Hsu, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo


MELHOR ROTEIRO ORIGINAL

Martin McDonagh, por Os Banshees de Inisherin

Daniel Kwan & Daniel Scheinert, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo

Steven Spielberg & Tony Kushner, por Os Fabelmans

Todd Field, por Tár

Ruben Östlund, por Triângulo da Tristeza


MELHOR ROTEIRO ADAPTADO

Edward Berger, Lesley Paterson & Ian Stokell, por Nada de Novo no Front

Rian Johnson, por Glass Onion: Um Mistério Knives Out

Kazuo Ishiguro, por Living

Ehren Kruger, Eric Warren Singer & Christopher McQuarrie, por Top Gun: Maverick

Sarah Polley, por Entre Mulheres


MELHOR FOTOGRAFIA

James Friend, por Nada de Novo no Front

Darius Khondji, por Bardo: Falsa Crônica de Algumas Verdades

Mandy Walker, por Elvis

Roger Deakins, por Império da Luz

Florian Hoffmeister, por Tár


MELHOR TRILHA SONORA

Volker Bertelmann, por Nada de Novo no Front

Justin Hurwitz, por Babilônia

Carter Burwell, por Os Banshees de Inisherin

Son Lux, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo

John Williams, por Os Fabelmans


MELHOR CANÇÃO ORIGINAL

Sofia Carson - "Applause" (de Tell it Like a Woman)

Lady Gaga - "Hold My Hand" (de Top Gun: Maverick)

Rihanna - "Lift Me Up" (de Pantera Negra: Wakanda Para Sempre)

"Naatu Naatu" (de RRR)

Son Lux - "This is a Life" (de Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo)


MELHOR EDIÇÃO

Mikkel E.G. Nielsen, por Os Banshees de Inisherin

Matt Villa & Jonathan Redmond, por Elvis

Paul Rogers, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo

Monika Willi, por Tár

Eddie Hamilton, por Top Gun: Maverick


MELHOR FIGURINO

Mary Zophres, por Babilônia

Ruth E. Carter, por Pantera Negra: Wakanda Para Sempre

Catherine Martin, por Elvis

Shirley Kurata, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo

Jenny Beavan, por Sra. Harris Vai a Paris


MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO

Nada de Novo no Front

Avatar: O Caminho da Água

Babilônia

Elvis

Os Fabelmans


MELHOR CABELO & MAQUIAGEM

Nada de Novo no Front

Batman

Pantera Negra: Wakanda Para Sempre

Elvis

A Baleia


MELHOR SOM

Nada de Novo no Front

Avatar: O Caminho da Água

Batman

Elvis

Top Gun: Maverick


MELHORES EFEITOS VISUAIS

Nada de Novo no Front

Avatar: O Caminho da Água

Batman

Pantera Negra: Wakanda Para Sempre

Top Gun: Maverick


MELHOR ANIMAÇÃO EM LONGA METRAGEM

Pinóquio de Guillermo Del Toro

Marcel the Shell with Shoes On

Gato de Botas 2: O Último Pedido

A Fera do Mar

Red - Crescer é uma Fera


MELHOR ANIMAÇÃO EM CURTA METRAGEM

The Boy, the Mole, the Fox and the Horse

The Flying Sailor

Ice Merchants

My Year of Dicks

An Ostrich Told Me the World is Fake and I Think I Believe It


MELHOR CURTA METRAGEM EM LIVE-ACTION

An Irish Goodbye

Ivalu

Le Pupille

Night Ride

The Red Suitcase


MELHOR FILME INTERNACIONAL

Nada de Novo no Front (Alemanha)

Argentina, 1985 (Argentina)

Close (Bélgica)

EO (Polônia)

The Quiet Girl (Irlanda)


MELHOR DOCUMENTÁRIO EM LONGA METRAGEM

All That Breathes

All The Beauty and the Bloodshed

Fire of Love

A House Made of Splinters

Navalny


MELHOR DOCUMENTÁRIO EM CURTA METRAGEM

The Elephant Whisperers

Haulout

How do You Measure a Year?

The Martha Mitchell Effect

Stranger at the Gate

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segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'Corsage'

Sinopse: A Imperatriz Elisabeth da Áustria é idolatrada pela sua beleza e moda. Mas em 1877, ´Sissi´ comemora seu 40º aniversário e deve lutar para manter a sua imagem pública. Com um futuro de apenas deveres cerimoniais à sua frente, ela rebela-se contra a imagem hiperbolizada de si mesma e apresenta um plano para proteger seu legado. 

"Spencer", do diretor Pablo Larraín, foi apenas uma representação da superfície sobre o que se passava na vida da Princesa Diana, mas sintetizando uma mulher que estava gritando por dentro e exigindo por socorro. Curiosamente, é um retrato de um conservadorismo retrógrado das Monarquias atuais, que se encontram definhando e que não tem o direito de fazer o palácio real uma prisão para a mulher atual. "Cosarge" (2022) é um retrato livre de amarras de tempos longínquos, mas que fala da mulher atual que sempre deseja ir muito além do que as pessoas esperam.

Dirigido pela cineasta Marie Kreutzer, do filme "O Chão Sob Meus Pés" (2019), o filme conta a história da Imperatriz Elizabeth (Vicky Krieps) da Áustria é idolatrada por sua beleza e conhecida por ditar tendências de moda. Mas, em 1877, a Imperatriz completa 40 anos e é oficialmente considerada velha. Ela inicia então uma cruzada para tentar manter sua imagem pública, em uma batalha contra o tempo e ao mesmo tempo de sua liberdade em risco.

Um corpete ou espartilho, o "corsage" do título, é o objeto que além de marcar fisicamente o corpo da imperatriz Elizabeth da Áustria, representa a prisão em que ela passa a viver ao alcançar a velhice, aos quarenta anos. Prisão essa que não há grades que mantenham ela presa, mas que se vê obrigada em viver nas aparências, não somente para agradar o seu marido, como também diante de uma sociedade hipócrita que vive das aparências e não toleram alguém da ala aristocrática sair dos trilhos em hipótese alguma.

Porém, Elizabeth é uma entidade pronta para explodir a todo momento, onde cada cena da protagonista se revela algo angustiante através do seu olhar, pois lá encontramos toda a sua dor e o desejo de não pertencer a esse grande teatro, mas sim com a ambição de fazer algo mais além do que os outro propunham. No decorrer do filme há uma espécie de jogo com relação a expectativa dos demais da família, sobre qual será o próximo passo da protagonista, já que ela não esconde as suas armas e tão pouco se cala perante uma situação errônea. Não deixa de ser interessante, por exemplo, quando ela visita um manicômio, onde lá se encontram diversas mulheres enfermas, mas fazendo da situação um reflexo sobre a sua própria vida.

Mais conhecida pela sua atuação no filme "Trama Fantasma" (2017), Vicky Krieps dá um verdadeiro show de interpretação, onde ela consegue construir para si uma Elizabeth frágil fisicamente, mas não escondendo a sua força que vem através dos seus pensamentos e que disparam através de suas palavras que desconcertam os demais em cena. A interprete também se sai muito bem ao se misturar com a reconstituição da época, cuja a fotografia, figurino e edição de arte se alinham perfeitamente com a sua presença e fazendo da mesma uma peça central em cada cena. No geral, é um filme que fala sobre tempos em que aparência perfeita ditava as regras, mas não significa que não havia liberdade por detrás das cortinas.

Uma vez que a protagonista se encontra com as suas damas de companhia ela se vê na possibilidade de ser ela mesma, pois no universo dos homens há somente a disciplina e no direito de se achar que pode controlar tudo a distância. Transitando entre fatos verídicos e ficção, o ato final nos leva para um encerramento surpreendente, que nos dá mais perguntas do que respostas e fazendo a gente questionar onde começa e onde termina a nossa liberdade nos dias atuais. Como a protagonista disse em um determinado momento da trama, a Monarquia se encontra em declínio, pois ninguém no seu juízo perfeito aguentaria um universo sobrecarregado de formalismo e que não permite a liberação do nosso lado mais humano.

"Corsage" é um retrato corajoso de uma das mais famosas Imperatrizes da história, mas próximo da realidade nua e crua e que faz com que a gente cidadão comum nos identifique com ela. 


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sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (20/01/23)

 BABILÔNIA

Ambientado em Los Angeles, a narrativa traz uma história de ambição e excessos desmedidos, acompanhando a ascensão e a queda dos personagens durante uma era de decadência desenfreada e depravação em uma jovem Hollywood. 


CHEF JACK – O COZINHEIRO AVENTUREIRO

Chef Jack é uma animação de aventura que conta a história de Jack, uma mistura de Indiana Jones com Masterchef, um cara de bom coração, mas com uma pitada de excesso de confiança. Ele é um dos prodígios da Culinária de Aventura e viaja o mundo todo atrás dos ingredientes mais raros para completar suas receitas únicas. 


FERVO

Em “Fervo”, três fantasmas irreverentes ficam presos em uma casa e assombram os novos moradores na tentativa de finalizarem sua missão na Terra.


HOLY SPIDER

O homem de família Saeed embarca em sua própria busca religiosa - para “limpar” a sagrada cidade iraniana de Mashhad de prostitutas de rua imorais e corruptas. Depois de assassinar várias mulheres, ele fica cada vez mais desesperado com a falta de interesse público em sua missão divina.



M3gan

Um engenheiro de robótica de uma empresa de brinquedos constrói uma boneca realista que começa a ganhar vida própria. 



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Cine Dica: Programação de 19 a 25/01 - Cinemateca Paulo Amorim

 CINEMATECA PAULO AMORIM – ESPAÇO BANRISUL DE CINEMA

PROGRAMAÇÃO 19 A 25 DE JANEIRO DE 2023 - SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES

Regra 34

SALA EDUARDO HIRTZ


NOSSA SENHORA DO NILO (Notre-Dame du Nil – França/Bélgica/Ruanda, 2019, 90min). Direção de Atiq Rahimi, com Amanda Santa Mugabekazi, Albina Sydney Kirenga, Malaika Uwamahoro. Pandora Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: No início dos anos 1970, em Ruanda, um grupo de meninas adolescentes estuda em um internato dirigido por religiosos belgas. Apesar de compartilharem sonhos e preocupações típicas da idade, o cotidiano das garotas é marcado pelas diferenças étnicas do país, onde a maioria hutu e a minoria tutsi vivem em conflito. O filme é baseado nas memórias da escritora tutsi Scholastique Mukasonga, que sobreviveu ao massacre cometido por extremistas em 1994, quando cerca de 800 mil pessoas foram mortas no país africano.

Sessões:  14h


CORSAGE (Áustria/França/Alemanha, 2022, 113min). Direção de Marie Kreutzer, com Vicky Krieps, Colin Morgan, Finnegan Oldfield. Imovision, 16 anos. Drama biográfico.

Sinopse: O filme é inspirado na vida de Elizabeth da Baviera (1837 - 1898), esposa do imperador da Áustria e que ficou mais conhecida como Sissi, a Imperatriz. Inteligente e perspicaz, Sissi era considerada um ícone de beleza - e lutava para se manter jovem e magra. Quando completou 40 anos, resolveu lutar contra as convenções sociais e contra a imagem hiperbolizada de si mesma. A produção foi indicada pela Áustria para concorrer ao Oscar de filme internacional.

Sessões:  15h40min


AFTERSUN (Reino Unido/EUA, 2022, 100min). Direção de Charlotte Wells, com Frankie Corio e Paul Mescal. O2 Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Quando tinha 11 anos, Sophie passou alguns dias de férias com o pai, numa praia ensolarada e cheia de descobertas. Vinte anos depois, ela encontra um vídeo daquele verão e tenta se reconciliar com suas lembranças e com aquele homem que até hoje não conhece plenamente.

Sessões:  17h40min


ESTREIA:


REGRA 34 (Brasil/França, 2022, 100min). Direção de Julia Murat, com Sol Miranda, Lucas Andrade, Lorena Comparato. Imovision, 18 anos. Drama.

Sinopse: Simone é uma jovem advogada negra que pagou a faculdade de Direito fazendo performances online de sexo. Seu sonho é defender mulheres em casos de abuso, mas seu passado volta à tona quando seus interesses sexuais a levam a um mundo de violência e erotismo. O filme foi o vencedor do Leopardo de Ouro no 75º Festival Internacional de Cinema de Locarno.

Sessões:  19h30min (exibições somente nos dias 20, 21 e 22 – sexta, sábado e domingo), Confira a minha crítica já publicada clicando aqui. 


SACADA MUSICAL (Brasil, 32min) – documentário de Cleber Zerbielli, realizado com recursos da lei Aldir Blanc.

Sinopse: O filme destaca alguns momentos da trajetória do violonista gaúcho Yamandu Costa e sua paixão pelo chimarrão, levando o músico a conhecer a produção da erva mate no Vale do Taquari. A sessão abre o projeto Cinema Musical Gaúcho, que vai apresentar filmes sobre a música do RS na Cinemateca Paulo Amorim.

Sessão: Quinta (dia 19), às 19h30min. Entrada franca.


CICLO VISIBILIDADE TRANS – programação do Janeiro Lilás, promovida pela Secretaria de Estado da Cultura. Entrada franca

Dia 24/01 (terça), às 19h30min – exibição do curta-metragem POSSA PODER, de Victor di Marco e Márcio Picoli.

Dia 25/01 (quarta), às 19h30min – exibição do curta-metragem JARDIM DAS HORAS, de Matheus Picoli.

Dia 26/01 (quinta), às 19h30min – exibição da videoarte ABEBÉ 2021, de Fayola Ferreira.


SALA NORBERTO LUBISCO


SEGREDOS DE GUERRA (Firebird - Reino Unido/Estônia, 2021, 107min). Direção de Direção de Peeter Rebane, com Tom Prior, Oleg Zagorodnii, Diana Pozharskaya. Synapse Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Sergey, um jovem soldado da Força Aérea soviética, e Roman, um oficial reconhecido pelas suas habilidades como piloto, prestam serviço militar durante os anos da Guerra Fria. Além da tensão constante que vivem na base, os dois veem sua amizade se transformar em amor – o que faz ambos arriscarem suas vidas e sua liberdade ao confrontar um regime rígido e conservador. O filme é baseado na história que deu origem ao livro “A Tale About Roman”, escrita pelo próprio Sergey Fetisov (1952-2017).

Sessões: 15h


MARTE UM (Brasil, 2021, 115min). Direção de Gabriel Martins, com Cícero Lucas, Carlos Francisco, Camilla Damião. Embaúba Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: Os Martins, uma família negra de classe média baixa, vivem na periferia de uma grande cidade brasileira – e, apesar da situação do país, tentam equilibrar suas expectativas e dificuldades. A mãe, Tércia, acha que está amaldiçoada depois de levar um susto, enquanto a filha mais velha planeja ir morar com a namorada. O pai, Wellington, que trabalha como porteiro, sonha com o dia em que o filho mais novo será um jogador de futebol, mas Deivinho sonha mesmo em viajar para Marte. O longa foi o indicado pelo Brasil para concorrer a uma vaga na disputa pelo Oscar de melhor filme internacional.

Sessões: 17h


CORSAGE (Áustria/França/Alemanha, 2022, 113min). Direção de Marie Kreutzer, com Vicky Krieps, Colin Morgan, Finnegan Oldfield. Imovision, 16 anos. Drama biográfico.

Sinopse: O filme é inspirado na vida de Elizabeth da Baviera (1837 - 1898), esposa do imperador da Áustria e que ficou mais conhecida como Sissi, a Imperatriz. Inteligente e perspicaz, Sissi era considerada um ícone de beleza - e lutava para se manter jovem e magra. Quando completou 40 anos, resolveu lutar contra as convenções sociais e contra a imagem hiperbolizada de si mesma. A produção foi indicada pela Áustria para concorrer ao Oscar de filme internacional.

Sessões: 19h10min


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 12,00 (R$ 6,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 14,00 (R$ 7,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTES DO BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES. 

Professores têm direito a meia-entrada mediante apresentação de identificação profissional. Estudantes devem apresentar carteira de identidade estudantil. Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013. Brigadianos e Policiais Civis Estaduais tem direito a entrada franca mediante apresentação de carteirinha de identificação profissional.

*Quantidades estão limitadas à disponibilidade de vagas na sala.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - "Regra 34"

Sinopse:  Simone (Sol Miranda) é uma jovem defensora pública que defende mulheres em casos de abuso. No entanto, seus próprios interesses sexuais a levam a um mundo de violência e erotismo.  

Júlia Murat tem uma predileção na realização de filmes em que se retrata uma parcela de uma sociedade escondida do nosso olhar, mas da qual se expressa através de sua cultura, arte e do seu próprio corpo cheio de cicatrizes em que tem muito a dizer. No seu ótimo "Histórias Que Existem Quando São Contadas" (2011), por exemplo, vemos uma jovem fotografa que encontra uma cidadezinha perdida no mapa, mas da qual a mesma possui uma vida adormecida e da qual desperta no momento em que a protagonista coloca os pés por lá. E se por um lado a cultura e o prazer são expressados através do corpo no seu filme "Pendular" (2017), do outro, o seu recente "Regra 34" (2022) explora até que ponto leva o indivíduo em querer obter prazer físico através da dor, pois a realidade o acaba lhe trazendo tristeza e a destruição da pele parece uma espécie de fuga para uma outra realidade.

“Regra 34” conta a história de Simone (Sol Miranda), uma jovem negra que acabou de ser aprovada na defensoria pública e pagou os estudos fazendo performance on-line de sexo como camgirl. O filme, é uma produção das brasileiras Esquina Filmes e Bubbles Project (“Benzinho”, “Família Submersa”, “Pendular”), além da francesa  Still Moving, tem distribuição da Imovision. 

Abertura do filme me fez lembrar do ótimo "Má Sorte no Sexo ou Pornó Acidental" (2022), onde a protagonista de lá se filmava para obter maior prazer através do seu parceiro, mas tendo as suas cenas vazadas e causando um sério problema. Aqui a situação é inversa, já que Simone não tem vergonha de ser despir, já que o dinheiro que ganha acaba sendo usado para o pagamento dos seus estudos, mas ao mesmo tempo podendo pagar um alto preço em um futuro próximo. O problema talvez nem seja o fato dela pôr em prática isso, mas sim permitindo que o dia a dia dentro da Defensoria Pública lhe prejudique mentalmente, pois a mesma vê com horror a situação atual da mulher do Brasil.

O filme é uma crítica pesada sobre o sistema Judicial em um país que se diz democrático, mas cuja a superfície mais parece um território Patriarcado em que as mulheres são tratadas como lixo. Curiosamente, fico na dúvida se algumas das vítimas vistas na tela são interpretes ou atores reais, já que o desabado de algumas é verossímil e nos dando uma dor no peito. Só temos uma ligeira suspeita de que seja ficção no momento em que entra em cena o ator Babu Santana, do qual o mesmo interpreta um marido violento e se tornando um estopim para que a protagonista fique em declínio.

Porém, Simone é alguém que transita entre a lucidez e o desejo de se entregar ao próprio prazer, nem que para isso corra o risco de perder os seus melhores amigos. Sol Miranda entrega no que talvez seja o melhor desempenho até aqui, onde ela nos passa  em que a interprete enche a tela e nos fazendo questionar o que irá acontecer em seguida.em determinados planos, por exemplo, os mais diversos sentimentos em atrito através de sua expressão e da qual o seu olhar tem muito mais a dizer do que qualquer palavra que poderia lançar. Se alguém acha exagerado no que eu estou falando aguarde então o minuto final

Até lá, o filme nos passa a sensação de um Brasil indefinido com relação ao que é certo e errado, onde a Justiça somente se torna justa através dos bem aventurados homens de boa fortuna, enquanto os menos favorecidos se preocupam em até mesmo em cruzar na rua, pois temem pela sua própria vida. Simone, por exemplo, pode ser a fagulha de esperança para essas pessoas que precisam de ajuda, mas cabe ela ser forte para não sucumbir as escolhas erradas após ser abatida pela realidade nua e crua. "Regra 34" é sobre uma geração brasileira perdida, que busca por Justiça, mas que acaba enfrentando diversos espinho através desta estrada nebulosa.


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