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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 2 de agosto de 2022

Cine Dica: CINEMATECA CAPITÓLIO - PROGRAMAÇÃO 4 a 10 de agosto de 2022

 
CRIMES DO FUTURO


CINEMA NIGERIANO NA SESSÃO PLATAFORMA

A quarta edição de 2022 da Sessão Plataforma apresenta no sábado, 06 de agosto, às 19h, o longa-metragem Eyimofe - Esse é o Meu Desejo, dirigido pelo duo nigeriano dos irmãos Arie Esiri e Chuko Esiri. Estreado no Festival de Berlim em 2020 e vencedor da Mostra de São Paulo no Brasil e de diversos festivais estrangeiros, o filme foi lançado pelo prestigioso catálogo da Criterion Collection nos EUA. Todos podem pagar meia entrada (R$ 8,00) na sessão.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/5274/sessao-plataforma-eyimofe-esse-e-o-meu-desejo/


SESSÃO VAGALUME EXIBE CLÁSSICO DA ANIMAÇÃO

A próxima edição da Sessão Vagalume irá exibir um dos maiores clássicos da Disney. A versão original dublada de Os 101 Dálmatas, lançada em 1961, voltará à telona nos dias 6 e 7 de agosto, sábado e domingo, às 15h, na Cinemateca Capitólio (Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro Histórico, Porto Alegre). Antes das projeções, haverá visitas guiadas pelo prédio histórico a partir das 14h30min. Os ingressos populares custam apenas R$ 4,00 (inteira) e R$ 2,00 (meia-entrada).


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/5276/sessao-vagalume-101-dalmatas-a-guerra-dos-dalmatas/


SEGUNDA SEMANA DA MOSTRA CÂMERAS DA ÁFRICA

A segunda semana da mostra Câmeras da África apresenta filmes de grandes mestres do continente como Djibril Diop Mambéty, Ibrahim Shaddad, Ousmane Sembène e Idrissa Ouédraogo. Na sexta-feira, 5 de agosto, o Cineclube Academia das Musas promove um encontro gratuito em torno da pioneira senegalesa Safi Faye, a partir do filme Fad’jal. A mostra segue em exibição até o dia 10 de agosto.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/novidades/5240/cameras-da-africa/


ESTREIA DE CRIMES DO FUTURO

A partir de terça-feira, 9 de agosto, entra em cartaz na Cinemateca Capitólio Crimes do Futuro, o novo filme do mestre canadense David Cronenberg. O valor do ingresso é R$ 16,00.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/5278/crimes-do-futuro/


GRADE DE HORÁRIOS

4 a 10 de agosto de 2022


4 de agosto – (quinta)

15h – Tajouj 

17h – Bal Poussière 

19h – Jamal + Samba Traoré 


5 de agosto – (sexta)

15h – Jamal + Samba Traoré 

17h – Cabascabo + Mulher, Carro, Casa, Dinheiro

19h – Cineclube Academia das Musas: Safi Faye 


6 de agosto – (sábado)

15h – Sessão Vagalume: Os 101 Dálmatas

17h – Wendemi

19h – Sessão Plataforma: Eyimofe (Esse é o Meu Desejo)


7 de agosto (domingo)

15h – Sessão Vagalume: Os 101 Dálmatas

17h – E a Neve Se Foi + Flame 

19h – Bal Poussière


9 de agosto (terça)

15h - E a Neve Se Foi + Flame  

17h – Le Damier + A Pequena Vendedora de Sol

19h – Crimes do Futuro


10 de agosto (quarta)

15h – Mandabi

17h – África sobre o Sena + Câmera da África 

19h – Crimes do Futuro

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Cine Dica: Em Cartaz - 'Casa de Antiguidades'

Sinopse: Cristovam sai do interior do Brasil em busca de melhores condições de trabalho no sul. Mas o contraste cultural e étnico da nova morada em relação à sua terra natal provoca no vaqueiro um processo de solidão e perda de identidade. 

Embora se passe nos dias atuais, o filme de estreia do diretor João Paulo Miranda Maria nos convida para voltarmos ao passado, mais precisamente em tempos em que as pessoas poderiam ser açoitadas, discriminadas e até mesmo mortas por serem diferentes. Não há escravidão nos dias de hoje, porém, o filme nos mostra que o horror de tempos passados continua vivo e que precisa ser enfrentado a todo custo. Com esse pensamento, o diretor nos convida para adentrar sobre a vida do protagonista Cristovam, interpretado pelo ator Antônio Pitanga.

No passado, o mesmo trabalhava de boiadeiro, porém, ele decide se mudar para a região Sul, onde começa a trabalhar em uma fábrica de laticínio e sendo quase sempre ignorado pelos donos. Quando um grupo alemão começa assumir o controle sem tem início a mudanças da empresa, assim como também para os funcionários e cujo os mesmos são obrigados a desistirem das suas posições. Cristóvão, por sua vez, aceita o seu lugar da comunidade, de um idoso que começa aos poucos sendo ignorado pela comunidade e até mesmo hostilizado.

Basicamente a trama é essa, ao retratar um homem comum tentando resistir a passagem do tempo, mas cujo o mesmo testemunha tudo aquilo que ele havia criado sendo corroído. Porém, isso é apenas a superfície, já que a complexidade da trama está bem mais embaixo e pode pegar muitos de forma desprevenida. A saga do colonialismo alemão do sul do país, da qual influenciou a cultura local como um todo, é posta aqui de uma forma crítica pelo cineasta, sendo que ele possui a colaboração do roteiro de Felipe Sholl, sendo que esse é especialista em nos trazer assuntos primordiais que se encontram nas entrelinhas de determinada trama. Porém, a discrição essa acaba se tornando mínima e o resultado é um verdadeiro tapa na cara.

Aqui, o personagem quase não fala, pois as suas ações falam por si, principalmente perante essa sociedade branca que deseja que o mesmo vai embora por achar que ele não pertence aquele lugar. Aqui vemos a luta de uma sociedade preconceituosa que deseja eliminar os homens negros, mas cuja essas raízes já estão fincadas a muito tempo e que deveriam aceita-las como um todo. É o desejo pelo sangue puro que essa imigração estrangeira deseja alastrar por todas essas terras, cujo esse desejo parece coisa vinda do passado, mas que se encontra forte infelizmente nos dias de hoje em que a política retrógrada se encontra dominante.

Por conta disso, a imagem de um homem negro idoso é tratada durante toda a trama como um forasteiro, um ser vindo de outro mato e que incomoda os que acreditam serem donos daquele local. O sulista retratado dentro da trama não reconhece de forma alguma as raízes africanas, principalmente da imagem do boiadeiro, que também conta com ancestralidade daquele continente, mas não sendo reconhecido no Brasil de ontem e hoje. Mesmo com poucas palavras, o protagonista tenta resistir, ao tentar manter tudo que ele criou em vida, mesmo que aos poucos tudo venha a ser apagado da história.

O filme em si é cheio de simbolismos, cujo os mesmos parecem reprimir o protagonista e impossibilitando do mesmo em enxergar o verdadeiro mal que o cerca em alguns momentos. Falando em simbolismos, a casa é uma peça fundamental dentro da trama, pois ela representa o passado daqueles que viveram ali, mas que tem suas raízes negras apagadas através da linha do tempo. Os objetos existentes dentro da casa o tornam ainda forte para resistir, mesmo quando elas começam a se esfarelar.

Ao tentar resistir ele se torna um símbolo que o fez ser excluído, ou seja, o boiadeiro que se vê no lugar do “Boi, boi, boi. Boi da cara preta. Que pega essa criança que tem medo de careta” Ele se transforma nesta figura no ápice da trama, ao utilizar o palco do presidente da fábrica de laticínios como um fardo que carregou ao longo do tempo e fazendo do terceiro ato um dos grandes momentos do filme como um todo. Tudo isso ainda alimentado pela ótima fotografia de Benjamín Echazarreta, sendo que em muitos momentos as cores se tornam simbólicas, seja neste momento da cena do palco, ou quando o protagonista se encontra trabalhando na fábrica e cujo o ambiente branco não se torna nenhum pouco acolhedor, mas sim muito opressor.

Porém, o que torna o filme um belo trabalho do cinema brasileiro atual não é somente pelo seu incrível roteiro, como também pelo seu forte elenco. Antônio não somente encarna com perfeição o protagonismo dentro da trama, como também se torna um simbolismo do protagonismo negro dentro do nosso cinema como um todo e cuja a sua presença em cena poderá ser facilmente lembrada em um futuro próximo. Já atriz Ana Flavia Cavalcanti se destaca como a personagem em que os donos do racismo a usam para tentar evitar mais conflitos naquele cenário, mas fazendo dela uma figura ainda mais trágica e não muito diferente do protagonista.

Assim, “Casa de Antiguidades” é uma obra necessária para ser vista e revista neste país que alguns dizem que não há racismo, mas cujo o mesmo desvia o olhar quando encara o seu próprio preconceito fabricado ao longo dos séculos. 

Nota: O filme segue em cartaz no Cinebancários. Confira a programação completa da sala clicando aqui.    

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sexta-feira, 29 de julho de 2022

Cine Dica: CÂMERAS DA ÁFRICA

 Mandabi

De 29 de julho a 10 de agosto, a Cinemateca Capitólio apresenta a mostra Câmeras da África, com uma seleção de dezesseis clássicos realizados no continente africano, incluindo obras-primas de nomes consagrados da história do cinema, como Ousmane Sembène, Oumarou Ganda, Moustapha Alassane, Safi Faye, Idrissa Ouedraogo e Djibril Diop Mambéty. O valor do ingresso é R$ 10,00.


A curadoria da mostra é do crítico de cinema e pesquisador Pedro Henrique Gomes.

Entre personagens africanos vivendo na diáspora e os que regressam da Europa à África, passando pelas lutas de libertação contra o colonialismo e as experiências de organização social dos países já independentes, a mostra Câmeras da África exibirá filmes de 9 países: Senegal, República Democrática do Congo, Sudão, Gabão, Costa do Marfim, Burkina Faso, Zimbábue, Tunísia e Níger.

Os filmes que integram a programação, realizados entre o início dos 1950 e o final dos anos 1990, compõem um pequeno panorama de uma história rica e múltipla, ainda pedindo para ser descoberta. Dos primeiros filmes realizados por cineastas africanos no continente e voltados aos públicos africanos após as independências, como Mandabi (1968), de Ousmane Sembène, E a Neve se foi (1965), de Ababacar Samb Makharam, e Cabascabo (1969), de Oumarou Ganda, até os mais recentes Flame (1996), de Ingrid Sinclair e A Pequena Vendedora de Sol (1999), de Djibril Diop Mambéty, a mostra terá ainda uma sessão especial gratuita, no dia 5 de agosto, que discutirá a obra da cineasta senegalesa Safi Faye, em parceria com o Cineclube Academia das Musas.

Câmeras da África tem o apoio da Cinemateca da Embaixada da França, do Institut Français, da Mostra de Cinemas Africanos e do festival Olhar de Cinema.


Informação completa da programação: http://www.capitolio.org.br/novidades/5240/cameras-da-africa/


GRADE DE HORÁRIOS

MOSTRA CÂMERAS DA ÁFRICA


29 de julho (sexta-feira)

19h30 – África sobre o Sena + Mandabi


30 de julho – (sábado)

19h – Cabascabo + Mulher, Carro, Casa, Dinheiro


31 de julho – (domingo)

17h – Era uma vez Libreville

19h – África sobre o Sena + Câmera da África


2 de agosto – (terça)

17h – Era uma vez Libreville

19h – Tajouj


3 de agosto – (quarta)

17h – Wendemi

19h – Le Damier + A Pequena Vendedora de Sol


4 de agosto – (quinta)

15h – Tajouj

17h – Bal Poussière

19h – Jamal + Samba Traoré


5 de agosto – (sexta)

15h – Jamal + Samba Traoré

17h – Cabascabo + Mulher, Carro, Casa, Dinheiro

19h – Cineclube Academia das Musas: Safi Faye


6 de agosto – (sábado)

17h – Wendemi

19h – Sessão Plataforma: Eyimofe (Esse é o Meu Desejo)


7 de agosto (domingo)

17h – E a Neve Se Foi + Flame

19h – Bal Poussière


9 de agosto (terça)

15h – E a Neve Se Foi + Flame

17h – Le Damier + A Pequena Vendedora de Sol


10 de agosto (quarta)

15h – Mandabi

17h – África sobre o Sena + Câmera da África 

Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEMATECA CAPITÓLIO - 29 de julho a 03 de agosto de 2022

                                                                 Queremo Róque!
 


CLÁSSICOS AFRICANOS EM EXIBIÇÃO

De 29 de julho a 10 de agosto, a Cinemateca Capitólio apresenta a mostra Câmeras da África, com uma seleção de dezesseis clássicos realizados no continente africano entre as décadas de 1950 e 1990, incluindo obras-primas de nomes consagrados da história do cinema como Ousmane Sembène, Oumarou Ganda, Moustapha Alassane, Idrissa Ouedraogo e Djibril Diop Mambéty. A sessão de abertura, na sexta-feira, 29 de julho, às 19h30, apresenta novas restaurações de duas obras pioneiras: África sobre o Sena, de Paulin Soumanou Vieyra, Mamadou Sarr e Jacques Melo Kane, e Mandabi, de Ousmane Sembène. O valor do ingresso é R$ 10,00.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/novidades/5240/cameras-da-africa/


BANDA REPOLHO É TEMA DE DOCUMENTÁRIO

No sábado, 30 de julho, às 17h, a Cinemateca Capitólio apresenta uma sessão especial do documentário Queremo Róque!, de Jivago Del Claro, retrato bem-humorado da trajetória da banda Repolho, de Chapecó, uma das mais importantes do rock independente brasileiro. Com entrada franca, a sessão será apresentada pelo diretor e pelos dois idealizadores do grupo, os irmãos Roberto e Demetrio Panarotto.


Mais informações:  http://www.capitolio.org.br/eventos/5267/queremo-roque/


CAMILA DE MORAES DEBATE MÃE SOLO

Na quarta-feira, 03 de agosto, às 20h30, a diretora Camila de Moraes apresenta seu novo curta-metragem, Mãe Solo, na Cinemateca Capitólio. Após a sessão, a diretora, Negra Jaque (rapper) e Maria Conceição Lopes Fontoura (Doutora em Educação) conversarão com o público. Entrada franca.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/5271/mae-solo-debate/


OS PRIMEIROS SOLDADOS E A COLMEIA EM CARTAZ

Dois destaques do cinema brasileiro contemporâneo, Os Primeiros Soldados, de Rodrigo de Oliveira, e A Colmeia, de Gilson Vargas, ganham mais uma semana de exibições na Cinemateca Capitólio.


GRADE DE HORÁRIOS

28 de julho a 03 de agosto de 2022


28 de julho (quinta-feira)

15h – Os Primeiros Soldados

17h – Seguindo Todos os Protocolos

19h – A Colmeia


29 de julho (sexta-feira)

15h – Os Primeiros Soldados

17h – A Colmeia

19h30 – África sobre o Sena + Mandabi


30 de julho – (sábado)

15h – Os Primeiros Soldados

17h – Queremo Róque!

19h –  Cabascabo + Mulher, Carro, Casa, Dinheiro


31 de julho – (domingo)

15h – A Colmeia

17h – Era uma vez Libreville 

19h – África sobre o Sena + Câmera da África


2 de agosto – (terça)

15h – Os Primeiros Soldados

17h – Era uma vez Libreville

19h – Tajouj


3 de agosto – (quarta)

15h – A Colmeia

17h – Wendemi

19h – Le Damier + A Pequena Vendedora de Sol

20h30 – Mãe Solo + debate

quinta-feira, 28 de julho de 2022

Cine Dica: PROGRAMAÇÃO DE 28 DE JULHO A 03 DE AGOSTO DE 2022 da Cinemateca Paulo Amorim

 SEGUNDAS-FEIRAS NÃO HÁ SESSÕES

STALKER


SALA 1 / PAULO AMORIM


14h30 – O ACONTECIMENTO Assista o trailer aqui.

(L´Événement – França, 2021, 100min). Direção de Audrey Diwan, com Anamaria Vartolomei, Kacey Mottet Klein, Luàna Bajrami. Zeta Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: Adaptado do romance homônimo de Annie Ernaux, o roteiro conta o drama de Anne, uma estudante promissora que engravida. O ano é 1963 e ela decide abortar, pronta para fazer qualquer coisa para se livrar do bebê e ser dona de seu próprio corpo e de seu futuro. Mas ela se envolve sozinha em uma corrida contra o tempo, desafiando a lei. Vencedor do Leão de Ouro de melhor filme no Festival de Veneza em 2021.


16h30 – PARADISE – UMA NOVA VIDA Assista o trailer aqui.

(Paradise - Una Nuova Vita - Itália/Eslovênia, 2020, 90min). Direção de Davide Del Degan, com Vincenzo Nemolato, Giovanni Calcagno. Arteplex Filmes, 14 anos. Comédia.

Sinopse: Calogero entra para o programa de proteção a testemunhas depois de presenciar um assassinato da máfia na Sicília. Com outra identidade, ele vai viver uma temporada em uma aldeia situada nos Alpes italianos, mas não se anima muito com a cultural local. Para piorar a situação, o assassino que Calogero denunciou virou informante e foi beneficiado pelo mesmo programa – e na mesma aldeia.


18h30 – MOSTRA QUINTANA: IMAGEM EM MOVIMENTO

Programação em comemoração ao aniversário de 116 anos de Mario Quintana (1906 – 1994), reunindo alguns dos filmes preferidos do poeta. Curadoria e apresentação da fotógrafa Liane Neves.


28/07 - QUINTA

Sala Paulo Amorim

18h30 – O GAROTO


29/07 - SEXTA

Sala Paulo Amorim

18h30 – A DAMA DAS CAMÉLIAS


30/07 - SÁBADO

Sala Paulo Amorim

18h30 – CONVERSA COM LIANE NEVES


31/07 - DOMINGO

Sala Paulo Amorim

18h30 – JANELA INDISCRETA


02/08 - TERÇA

Sala Paulo Amorim

18h30 – O FANTASMA DA ÓPERA


03/08 - QUARTA

Sala Paulo Amorim

18h30 – NOSFERATU – O VAMPIRO DA NOITE


SALA 2 / EDUARDO HIRTZ

14h15 – ILUSÕES PERDIDAS Assista o trailer aqui.

(Illusions Perdues – França, 2021, 150min). Direção de Xavier Giannoli, com Benjamin Voisin, Cécile de France, Vincent Lacoste. California Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Adaptado da obra de Honoré de Balzac, o filme é ambientado no século XIX e segue o jovem poeta Lucien na sua busca pela fama. Ele sai de um pequeno vilarejo do interior da França e vai viver em Paris, onde conta com ajuda de sua amante para encontrar um editor. Mas ele logo percebe que o mundo da arte é pautado por mentiras e subornos e, apesar de ser contra este sistema, decide jogar com as regras. O longa concorreu no Festival de Veneza 2021.


17h – A COLMEIA Assista o trailer aqui.

(Brasil, 105min, 2021). Direção de Gilson Vargas, com Andressa Matos (Mayla), Janaina Pelizzon (Bertha), João Pedro Prates (Christoffer), Martina Fröhlich. Lança Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: A trama é ambientada nos anos da Segunda Guerra Mundial, quando os imigrantes eram proibidos de falar alemão no sul do Brasil. Devido às ameaças do governo, uma atmosfera de desconfiança paira nas cidades e nos campos. Neste cenário, a família de Bertha e Werner tenta seguir sua rotina, mas os seus filhos gêmeos Mayla e Christoffer não concordam com as visões dos adultos. Christoffer prefere vagar pelas matas, enquanto Mayla luta para fugir da colônia.


19h – MOSTRA TARKOVSKY 90 ANOS

Programação apresentada pelo CPC Umes Filmes e Estúdio Mosfilm em comemoração ao aniversário de Andrei Tarkovsky (1932 – 1986), um dos principais nomes da Sétima Arte.


28/07 - QUINTA

Sala Eduardo Hirtz

19h – O ROLO COMPRESSOR E O VIOLINISTA


29/07 - SEXTA

Sala Eduardo Hirtz

19h – STALKER


30/07 - SÁBADO

Sala Eduardo Hirtz

19h – SOLARIS


31/07 - DOMINGO

Sala Eduardo Hirtz

19h – O ESPELHO


02/08 - TERÇA

Sala Eduardo Hirtz

19h – A INFÂNCIA DE IVAN


03/08 - QUARTA

Sala Eduardo Hirtz

19h – ANDREI RUBLEV


SALA 3 / NORBERTO LUBISCO

15h45 – DOIS TEMPOS Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2021, 88min). Documentário de Pablo Francischelli. Doble Chapa. Livre.

Sinopse: Depois de um longo tempo distantes, o veterano violonista argentino Lucio Yanel e seu virtuoso pupilo gaúcho Yamandu Costa partem numa viagem que sai do interior do Rio Grande do Sul com destino à província de Corrientes. A bordo de um motorhome, durante duas semanas, eles compartilham memórias, histórias e muita música boa. Além do reencontro, o objetivo da viagem é uma apresentação dos dois instrumentistas na Festa Nacional do Chamamé, um dos mais importantes eventos da música folclórica argentina.


*Não haverá sessão na quinta, dia 28.


18h15 – O TRUQUE DA GALINHA Assista o trailer aqui.

(Feathers - Egito/França/Grécia/Holanda, 2021, 110min). Direção de Omar El Zohairy, com Demyana Nassar, Samy Bassouny, Fady Mina Fawzy. Imovision, 16 anos. Comédia dramática.

Sinopse: Durante a festa de aniversário de um menino de quatro anos, um truque de mágica dá errado e o pai do garoto é transformado em uma galinha. A partir desta situação bizarra, a mãe – que sempre dependeu do marido autoritário – precisa assumir o comando da família e sustentar a casa. Eles são pobres, a sociedade é machista e parece que a única esperança é desfazer o feitiço da galinha. Mas pequenas coincidências apontam para um outro caminho na vida desta mulher e sua prole. O filme foi o vencedor do prêmio da crítica no Festival de Cannes.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 12,00 (R$ 6,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS).SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 14,00 (R$ 7,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTES DO BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES. 

Professores têm direito a meia-entrada mediante apresentação de identificação profissional. Estudantes devem apresentar carteira de identidade estudantil. Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013.Brigadianos e Policiais Civis Estaduais tem direito a entrada franca mediante apresentação de carteirinha de identificação profissional.


*Quantidades estão limitadas à disponibilidade de vagas na sala.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


Acesse nossas plataformas sociais:

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Cine Especial: Próxima Sessão do Clube de Cinema de Porto Alegre - 'Solaris'

 Boa Noite. 

Segue a programação do Clube de Cinema no próximo final de semana. Exibiremos um longa-metragem que faz parte da mostra TARKOVSKY 90 ANOS em cartaz na Cinemateca Paulo Amorim de 28 de julho a 3 de agosto. A sessão começará mais cedo em virtude da longa duração do filme.


SESSÃO CLUBE DE CINEMA

Local: Sala Eduardo Hirtz, Cinemateca Paulo Amorim, Casa de Cultura Mario Quintana. Data: 30/07/2022, sábado, às 10:00 da manhã 


"Solaris" (Solyaris)

União Soviética, 1972, 167 min, 14 anos

Direção: Andrei Tarkovsky

Elenco: Natalya Bondarchuk, Donatas Banionis, Jüri Järvet, Vladislav Dvorzhetskiy, Nikolay Grinko, Anatoliy Solonitsyn 

Sinopse: Cientista enviado para investigar estranhos fenômenos ocorridos na estação espacial que orbita Solaris, reencontra ali a esposa que se matara há 10 anos. Depois de ser bombardeado com raios-x, o enigmático oceano que cobre o planeta parece dotado de alguma forma de razão com poderes para penetrar no íntimo dos seres humanos e materializar suas memórias, tornando-as reais através da criação dos "visitantes". O filme recebeu o Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes em 1972. Matriz restaurada pelo Estúdio Mosfilm. O filme faz parte da mostra TARKOVSKY 90 ANOS em cartaz na Cinemateca Paulo Amorim de 28 de julho a 3 de agosto.


Sobre o Filme: 

Refilmado em 2002 por Steven Soderbergh, "Solaris" é um clássico filme russo dirigido por Andrey Tarkovskiy baseado na obra do autor polonês Stanislaw Lem. Há quem considere Solaris uma resposta soviética ao americano "2001 – Uma Odisséia no Espaço". Mas Tarkovsky afirmava não ter assistido o filme dirigido por Stanley Kubrick antes de produzir sua aclamada ficção científica. Stanisław Lem quase não permitiu a adaptação de Tarkovski, pois o diretor russo inicialmente insistia em retirar do roteiro toda referência à ficção científica, o que desagradou o escritor.

"Solaris" apresenta uma das histórias mais complexas, belas e trágicas. Muitos reclamam do início lento da obra, e realmente sua primeira meia hora é lentíssima, às vezes com cenas muito desconexas em relação à trama principal. Mas o filme cresce assustadoramente quando o protagonista Kelvin chega à Estação Solaris e o que se segue é quase um filme de terror com vultos passando, silêncio inquietante, um clima realmente assustador.

Atenciosamente, 

Marcelo Castro Moraes

Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do CCPA.

https://cinemacemanosluz.blogspot.com/

segunda-feira, 25 de julho de 2022

Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre - 'Os Primeiros Soldados'

 Nota: filme exibido para associados no último sábado (23/07/22). 

Sinopse: Em Vitória, na virada de 1983, um grupo de jovens LGBTQIA+ celebra o réveillon sem ideia do que se avizinha. O biólogo Suzano sabe que algo de muito terrível começa a transtornar seu corpo. 

Quando a pandemia do Covid-19 se espalhou pelo mundo existiam todas as informações e as regras sanitárias para se evitar o contágio em larga escala. Porém, isso não foi o suficiente para evitar milhares de mortes, já que a maioria dos governos não levaram a situação a sério, mesmo quando o número de mortes já estava mais do que explícito. E se os governos atuais não se aceleraram para evitar essa tragédia o que dizer quando surgiu a AIDS nos anos oitenta.

Tendo começado os primeiros registros em 1981 nos EUA e, dois anos mais tarde, foi identificado como HIV, a AIDS gerou inúmeras desinformações e preconceito, já que no início a contaminação estava mais concentrada na comunidade LGBT e gerando assim uma realidade alternativa em que os héteros sexuais acreditavam que não pegariam tal doença. O tempo provou o quanto estavam errados, mas não sendo o suficiente que acelerassem uma busca pela cura e sendo que essa cruzada perdura até nos dias de hoje.

O cinema, por sua vez, teve um papel até mesmo fundamental para que essa cortina de informações falsas fosse deixada de lado e revelando os verdadeiros fatos. O drama "Filadélfia" (1993) mostra a luta de um advogado em busca de justiça por ter sido demitido de forma injusta enquanto o recente "120 Batimentos Por Minuto" (2017) a trama se passa no início dos anos noventa, onde um grupo ativista Act Up intensifica seus esforços para que a sociedade reconheça a importância da prevenção e do tratamento da aids. E eis que chegamos, finalmente, ao "Primeiros Soldados" (2022), onde retrata a inocência de uma juventude que mal sabia do perigo que estaria por ver nos primeiros anos de década de oitenta.

Dirigido por Rodrigo de Oliveira, do documentário "Todos os Paulos do Mundo" (2018), a trama se passa no Réveillon da virada de 1983 para 1984, onde um grupo de jovens capixabas homossexuais decidiram celebrar o ano novo juntos, mas sem terem ideia do mal que estava por vir. Suzano, que é biólogo, começa a perceber os sinais logo cedo. Com futuro incerto e falta de informação, o biólogo se aproxima a Rose, uma transexual, e do videomaker Humberto, ambos também infectados.

Com uma estética que remete fielmente o visual daqueles longínquos anos, Rodrigo de Oliveira surpreende na utilização de imagens em vídeo, onde nos faz lembrar de tempos em que usávamos vídeo cassetes e registrávamos o dia a dia de nossas vidas. Aqui, o recurso é usado de uma forma na realização de um falso documentário, ou seja, a maneira que o trio central da trama encontrou para dissecar e analisar passo a passo sobre o que realmente estava atingindo os seus corpos. Aos poucos, o horror da verdade é revelado e nada pode ser mais feito, a não ser alertar o maior número de pessoas possível.

Com um elenco estelar, o filme tem coração, alma e sangue através do trio central, mais precisamente sendo interpretados Johnny Massaro, Vitor Camilo e Renata Carvalho. Essa última, aliás, protagoniza uma das cenas mais emblemáticas do filme como um todo, ao falar direto para câmera, com palavras de dor e fúria e que representa, não somente a revolta perante o preconceito e a desinformação, como também palavras que ressoam até mesmo nos dias de hoje. Embora a trama se passe nos anos oitenta não tem como não fazer uma comparação sobre os tempos nebulosos em que vivemos e do qual pagamos um alto preço.

Acima de tudo, o filme é um retrato da luta de uma população que foi largada a própria sorte e coube os mesmos saírem das sombras e pedirem socorro para assim continuarem vivendo. Neste último caso, por exemplo, isso é muito bem representado pelo personagem de Johnny Massaro e que, talvez, tenha nos entregado uma das interpretações mais poderosas do nosso cinema brasileiro deste ano. Com uma criativa inserção da clássica música "Fala" do grupo Secos & Molhados com Ney Matogrosso, "Os Primeiros Soldados" é um filme sobre um passado doloroso, mas cuja essa dor repercute até os dias de hoje e cabe nós acharmos a cura mesmo que ela ainda se encontre distante. 


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