Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Cine Dica: Conheça e Anuncie na Rádio Cultura Cigana


terça-feira, 10 de setembro de 2019

Cine Dica: Em Blu-Ray - DVD – VOD: 'A Mula' - Conservador Genuíno

Sinopse: Um homem de quase 90 anos com problemas econômicos aceita trabalhar no transporte de drogas para um cartel mexicano em Illinois. Com o dinheiro fácil que consegue, ele tenta ajudar seus parentes, mas um agente da Narcóticos o acompanha. 

Clint Eastwood pertence a velha guarda de um cinema conservador e do qual atualmente busca um lugar ao sol. Porém, não estou falando do extremismo geopolítico disfarçado de conservadorismo que assola não só o Brasil como outros países do mundo atual, mas sim de um conservadorismo que busca, ao menos, manter regras coerentes, dar voz para ambos os lados e não ao contrário que ocorre nestes tempos nebulosos. No seu mais novo filme "A Mula", Easwood procura dialogar com essa nova geração e cujo os seus velhos princípios se chocam com uma realidade nenhum pouco acolhedora.  
No filme, Eastwood interpreta Earl, um paisagista e decorador de flores, do qual ganha muito prestigio, mas que acaba meio que ignorando a sua família ao longo dos anos. Porém, devido aos avanços tecnológicos, Earl entra em falência e acaba aceitando se tornar uma espécie de mula ao transportar drogas para um cartel mexicano em Illinois. Porém, a força tarefa, liderada pelo agente Colin (Bradley Cooper) começa a ficar em seu encalço.  
Diferente da ala jovem do cinema americano atual, Clint Eastwood não se preocupa com a sua imagem em cena, pois ele retrata um Earl fragilizado, mas ao mesmo tempo disposto ao tentar buscar algum sustento para ele e a sua família. Em sua jornada pelo universo das drogas, Earl encara pessoas perigosas, como se elas saíssem de um típico filme de ação e cheio de estereótipos. O mesmo vale para a ala da justiça, da qual vemos o personagem de Cooper como alguém destemido e insubornável. 
Por conta disso, Earl acaba se tornando o personagem mais humano em cena, como se sua figura fosse uma forma de desiquilibrar essa linha tênue que divide os possíveis bons e maus da trama, sendo que, talvez, no mundo real nem exista essa classificação. Enquanto os demais personagens são moldados por estereótipos, Earl é moldado pelas suas ações que definem a sua pessoa, ou seja, genuinamente humana. Isso faz com que ele se torne um dos melhores personagens da filmografia de Eastwood, já que Earl não pertence em nenhum dos dois lados, mas sim somente da realidade que ele próprio havia construído.  
É por essa realidade, aliás, que Earl busca a sua redenção, mesmo sabendo que já pode ser muito tarde para poder obtê-la. Entre os seus personagens familiares, se destaca a sua ex-mulher, interpretada pela veterana Dianne Wiest e da qual não se envergonha de ainda amar alguém que sempre foi um ausente em sua vida. Não deixa de ser comovente, por exemplo, as cenas em que os grandes interpretes contracenam juntos e se tornando os melhores momentos do filme como um todo.  
Porém, é preciso destacar a relação entre o mocinho e bandido, mesmo quando esses estereótipos são unicamente usados para separar essas duas pessoas que, mesmo de gerações diferentes, possuem vidas similares. Em uma cena digna de nota, a caça dá conselhos ao seu caçador, para que esse último não venha a se tornar que nem ele futuramente. Quando ambos se colidem no ápice do filme, não há vitórias e nem derrotas, mas somente pessoas comuns tendo que aceitar as consequências de suas próprias escolhas.  
"A Mula" é um filme digno da filmografia de Clint Eastwood e do qual somente comprova que o seu lado conservador não se mistura com esses tempos de extremismo geopolítico. 



Joga no Google e me acha aqui:  

Me sigam no Facebook,  twitter, Linkedlin e Instagram.  

Cine Curiosidade: Curta-metragem trata do afeto entre cães e moradores de rua

As gravações do documentário começam neste mês e financiamento coletivo pretende reverter parte dos recursos para entrevistados

Está em produção o documentário “O Afeto e a rua”, dirigido por Thiago Köche (Manifesto Porongos), que aborda a relação entre pessoas em situação de rua que vivem com cachorros em Porto Alegre. Independente e sem recursos públicos, um financiamento coletivo será lançado na última quarta-feira (04). Parte dos valores arrecadados serão revertidos para os entrevistados.
Algumas pessoas a serem entrevistadas já foram selecionadas em diferentes bairros da Capital. Um dos moradores cuida de mais de 20 cachorros que estavam abandonados. "Nossa ideia é dar protagonismo às pessoas em situação de rua, cidadãos que muitas vezes são invisibilizados pela sociedade. Ao mesmo tempo, também visamos sensibilizar as pessoas para a adoção de animais", ressalta Köche.
A educadora social Veridiana Machado destaca a importância da produção do documentário. "Esse projeto pode demonstrar de forma muito bacana o quanto essa relação é importante e como essas pessoas conseguem cuidar de seus cães. Isso vai contra o pensamento recorrente da maioria das pessoas, que acredita que os animais não estão sendo bem cuidados".


Cenário de exclusão
Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Brasil tinha em 2015 mais de 100 mil pessoas em situação de rua. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que existem cerca de 30 milhões de animais abandonados no País. Dessa forma, o projeto O Afeto e a Rua visa debater esses dois temas.
Conforme a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), aproximadamente 4 mil pessoas estão em situação de rua na capital gaúcha. Os dados são baseados em atendimentos das equipes de abordagem social. Já movimentos sociais de luta por moradia estimam que esse número possa ser ainda maior em Porto Alegre.

Financiamento coletivo
Diferentemente da maioria dos financiamentos coletivos, a proposta de recompensas do projeto O Afeto e a Rua pretende reverter parcela dos recursos obtidos em apoio às pessoas e aos animais que aparecerão no curta-metragem. "Perguntaremos a essas pessoas o que elas precisam. Imaginamos demandas como colchões, cobertas, barracas ou roupas. Além disso, os cachorros ganharão roupinhas para o frio e uma revisão veterinária. Com isso, visamos não apenas dar vez e voz às pessoas em situação de rua, mas também ajudá-las de alguma forma. E claro, a nossa esperança é que alguém as veja e queira, eventualmente, dar um trabalho ou mesmo um lar", sublinha a produtora Karen Lose.
O financiamento coletivo para realizar o filme será realizado através do site Catarse (catarse.me/oafetoearua). Para obter mais informações sobre o projeto, acesse o link da página em facebook.com/oafetoearua.
A equipe também contará com a co-direção da jornalista Samantha Klein e com a edição de som e trilha sonora de Humberto Schumacher. O principal trabalho do diretor Thiago Köche é o documentário Manifesto Porongos (2016), que foi selecionado para 26 festivais nacionais e internacionais e vencedor de 9 prêmios, e que pode ser assistido aqui.  


Contatos para entrevistas
Samantha Klein (51) 99166.0582
Thiago Köche (51) 99971-1010

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre: 'LIMITE' (1931)

Sinopse: A trama começa por nos apresentar três pessoas, um homem e duas mulheres, num pequeno barco no mar alto. Já sem agua, debaixo de forte sol e prestes a ficar sem comida, apresentam-se no extremo da desolação. 

“Limite”, o único filme concluído por Mario Peixoto, filmado em 1930 quando o realizador tinha 22 anos de idade. Um filme que, tendo estreado em 1931, não chegou a ter distribuição comercial e cuja única cópia esteve em risco de destruição em 1959 por deterioração, mas que, graças a um trabalho de restauro durante os vinte anos seguintes, foi recuperado e alcançou finalmente a consagração em 1988, quando foi eleito pela Cinemateca Brasileira como o melhor filme brasileiro de todos os tempos.
O que torna o filme tão especial é o cuidado, o planejamento e sensibilidade colocados em cada plano, na sua interação com a banda sonora (apenas musical), na utilização de meios puramente cinematográficos (de uma forma que para mim se aproxima da magia) para expressar este sentimentos de aprisionamento, desolação e fuga (diria que tão louca como o amour fou nos filmes surrealistas) da sociedade. É para mim difícil encontrar paralelos no cinema para a expressão destes sentimentos com esta força. Talvez só na fuga de Karin no fim do “Stromboli” ou no suicídio de Alain Leroy no “Le Feu Follet”. Mas esses são filmes diferentes.
Este é um filme que deve ser o mínimo explicado e não o tentarei adiantar mais. Como afirma o próprio Peixoto, a experiência oferecida por “Limite” não pode ser adequadamente capturada pela linguagem, mas foi feita para ser sentida. Para ele o espectador deve ser subjugado às imagens como “angustiantes acordes de uma sintética e pura linguagem de cinema”. O seu filme é como um “grito almejando ressonância ao invés de compreensão”. Para ele “o filme não ousa (ou não quer) analisar. Ele mostra. Ele se afirma como um diapasão, capturando o fluxo entre passado e presente, detalhes de objetos e contingências como se sempre tivesse existido nos seres e nas coisas, ou destes se desprendendo tacitamente”.

NOTA: Filme será exibido para associados e não associados na próxima terça-feira (10/09/19) na Sala Redenção as 19h.  Av. Paulo Gama, 110 - Farroupilha, Porto Alegre.


Faça parte do Clube de Cinema de Porto Alegre.  
Mais informações através das redes sociais:
Facebook: www.facebook.com/ccpa1948
twitter: @ccpa1948  
Instagram: @ccpa1948 



Joga no Google e me acha aqui:  

Me sigam no Facebook,  twitter, Linkedlin e Instagram.  

Cine Dica: Melhor Filme Nacional do Ano Segue no Cinebancários

Bacurau

Contribua com o CineBancários!
Entre para o nosso Clube, através do: apoia.se/clubecinebancarios

PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS DE 12 a 18 DE SETEMBRO:

BACURAU
Brasil I Drama I 2019 I 132min. I Direção: Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles
Sinopse: Num futuro recente, Bacurau, um povoado do sertão de Pernambuco, some misteriosamente do mapa. Quando uma série de assassinatos inexplicáveis começam a acontecer, os moradores da cidade tentam reagir. Mas como se defender de um inimigo desconhecido e implacável?


HORÁRIOS DE 12 a 18/9 (não há sessões nas segundas);

Dia 12 de setembro:
15h: BACURAU
17h30: BACURAU
20h: BACURAU

Dia 13 de setembro:
15h: BACURAU
17h30: BACURAU
20h: BACURAU

Dia 14 de setembro:
15h: BACURAU
17h30: BACURAU
20h: BACURAU

Dia 15 de setembro:
15h: BACURAU
17h30: BACURAU
20h: BACURAU

Dia 17 de setembro:
15h: BACURAU
17h30: BACURAU
20h: BACURAU

Dia 18 de setembro:
15h: BACURAU
17h30: BACURAU
20h: BACURAU

EM BREVE:

TORRE DAS DONZELAS
Brasil I 2018 I Documentário I 97min I Direção: Susanna Lira
Sinopse:Há desejos que nem a prisão e nem a tortura inibem: liberdade e justiça.Há razões que nos mantêm íntegros mesmo em situações extremas de dor e humilhação: a amizade e a solidariedade. O filme traz relatos inéditos da ex-presidente Dilma Rousseff e de suas ex-companheiras de cela do Presídio Tiradentes, em São Paulo, resultando em um exercício coletivo de memória feito por mulheres que acreditam que resistir ainda é um único modo de se manter livre.


OS JOVENS BAUMANN
Brasil I 2019 I Drama I 70min. I Direção: Bruna Carvalho Almeida
Sinopse: 1992. Os Jovens Baumann, últimos herdeiros de uma prestigiosa família de Santa Rita d’Oeste, sul de Minas Gerais, desapareceram sem deixar vestígios. 2017. Uma caixa com fitas VHS é encontrada, contendo registros caseiros de seus últimos momentos, durante suas férias na fazenda da família. Através da compilação desses arquivos familiares, o filme reorganiza os fragmentos de um mistério até hoje sem solução.

Nossos ingressos podem ser adquiridos por R$ 12,00 na bilheteria do cinema ou no site ingresso.com . Idosos, estudantes, bancários sindicalizados, jornalistas sindicalizados,portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 6,00. Aceitamos Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.

CINEBANCÁRIOS
Rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre
Fone: 34331205
Email: cinebancarios@sindbancarios.

NOTA: Confira a minha crítica sobre Bacurau clicando aqui. 

sábado, 7 de setembro de 2019

NOTA: #LeiaComOrgulho e Diga NÃO a Censura



Joga no Google e me acha aqui:  

Me sigam no Facebook,  twitter, Linkedlin e Instagram.  

Cine Especial: 'Era Uma Vez no Oeste' - 50 Anos Depois

Era Uma Vez no Oeste

No último dia dez de agosto se comemorou os cinquenta anos da estreia do clássico "Era Uma Vez no Oeste" no Brasil. Portanto, por eu ser grande fã dessa obra prima de Sergio Leone, eu não podia deixar a data passar em branco e portanto eu fiz uma analise mais do que especial para o site Cinesofia. Confira clicando aqui.



Joga no Google e me acha aqui:  

Me sigam no Facebook,  twitter, Linkedlin e Instagram.