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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Cine Dica: Programação CineBancários 07 a 13 de fevereiro

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PROGRAMAÇÃO 
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VERGEL
Argentina/Brasil I Ficção I 86 min. Direção: Kris Niklison
Sinopse: É verão. Uma mulher brasileira espera o corpo do seu marido que foi morto durante as férias do casal na Argentina. A burocracia é tanta e a espera tão longa que ela começa a perder a noção do tempo e o senso de realidade. O apartamento onde ela está hospedada é cheio de plantas mas ela sequer consegue cuidar delas. Até que uma vizinha se oferece para ajudar a regar e a mulher encontra nessa desconhecida alguém com quem compartilhar sua dor.
Elenco: camila Morgado, Maria Alive Vergueiro.

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FEVEREIROS
Brasil I Documentário II2018I 72 min. Duração::Marcio Debellian
Sinopse: Longa que acompanhou Maria Bethânia do Rio de Janeiro, com o vitorioso desfile da Mangueira em sua homenagem, até Santo Amaro, sua cidade natal. A Mangueira foi campeã do carnaval 2016 com uma homenagem a Maria Bethânia, escolhendo como recorte principal a peculiar religiosidade da cantora, que é devota do catolicismo e do candomblé. O filme acompanhou a construção deste carnaval - desde os desenhos das primeiras alegorias aos desfiles na avenida - e viajou com Maria Bethânia para o recôncavo baiano, participando de seu ambiente familiar, religioso e das festas da sua cidade natal, Santo Amaro, conhecendo o universo que inspirou o enredo e apontando algumas influências do recôncavo no surgimento do samba carioca. ENTREVISTADOS: Maria Bethânia, Caetano Veloso, Chico Buarque, Leandro Vieira, Luiz Antonio Simas, Mabel Velloso e Squel Jorgea

HORÁRIOS DE 07 A 13 DE FEVEREIRO:
(não abrimos nas segundas-feiras)

Dia 07 de fevereiro:
15h – Fevereiros
17h- Vergel
19h - Fevereiros

Dia 08 de fevereiro:
15h – Fevereiros
17h- Vergel
19h - Fevereiros

Dia 09 de fevereiro:
15h – Fevereiros
17h- Vergel
19h - Fevereiros

Dia 10 de fevereiro:
15h – Fevereiros
17h- Vergel
19h - Fevereiros

Dia 12 de fevereiro:
15h – Fevereiros
17h- Vergel
19h - Fevereiros


Dia 13 de fevereiro:
15h – Fevereiros
17h- Vergel
19h - Fevereiros

Os ingressos podem ser adquiridos por R$ 12,00 na bilheteria do cinema ou no site ingresso.com . Idosos, estudantes, bancários sindicalizados, jornalistas sindicalizados,portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 6,00. Aceitamos Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.
C i n e B a n c á r i o s 
Rua General Câmara, 424, Centro 
Porto Alegre - RS - CEP 90010-230 
Fone: (51) 34331204 

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: 'Vice' - House of Cards Nu e Cru

Sinopse: Dick Cheney era um cidadão comum norte americano, até se tornar um dos homem mais poderoso do mundo. Vice-presidente de George W. Bush, ele remodelou os Estados Unidos e o mundo, gerando mudanc?as que permanecem ate? os dias de hoje. 
  
Começando no ramo da comédia em filmes como “Quase Irmãos” (2008), Adam McKay provou que ousar ainda se pode ganhar os melhores holofotes no cinema norte americano de hoje. Em "A Grande Aposta" (2015), por exemplo, ele conseguiu unir humor com uma crítica ácida sobre as verdadeiras causas de uma das maiores crises norte americanas e que explodiu em meados de 2008. Com "Vice", ele destrincha as verdadeiras raízes das articulações políticas da era Bush e revelando quem foi o grande articulador que viria a mudar o curso da história do povo americano e do mundo.
O filme conta a história de Dick Chane (Christian Bale), um cidadão comum norte americano, mas que aos poucos vai subindo de status. No auge de sua carreira no ramo da política, ele se torna um dos grandes articuladores do submundo do empurra e empurra entre os poderosos da Casa Branca. Não demora muito para ele ser convidado pelo George W. Bush (Sam Rockwell), de “Três Anúncios de um Crime“(2017), para ele se tornar o seu vice nas eleições norte americanas de 2000.
Adam Mckay não tem medo ao tocar o dedo na ferida sobre aqueles que erguem os pilares da democracia norte americana, dos quais a maioria, infelizmente, são movidos pela ambição em mover uma nação através da mentira. Com uma edição dinâmica, o cineasta usa a sua câmera para transitar entre o passado e presente, para que assim possamos obter uma linha de eventos das principais mudanças do governo dos EUA nas últimas décadas. Embora com diversas informações sendo jogadas na tela, Adam Mckay tem a proeza de não tornar a narrativa cansativa e o narrador, que se auto denomina Kurt (Jesse Plemons) de "Pontes dos Espiões" (2015), nos informa sobre tudo o que acontece na tela, além de possuir um papel mais do que relevante dentro da trama.  
Contudo, por melhor que seja o desempenho da direção de Adam Mckay, a melhor carta na manga do filme é possuir em cena o desempenho extraordinário de Christian Bale. Já tendo provado a muito tempo que é um dos melhores camaleões do cinema atual, Bale está totalmente irreconhecível e se entregando de corpo e alma ao seu personagem, do qual transita entre a serenidade e uma lábia venenosa, porém, sedutora. Pelo olhar do cineasta, Dick Chane era o verdadeiro chefão do submundo político, enquanto os demais eram meros piões ao seu serviço e cuja as suas únicas ambições eram obter algum lucro.  
Com os ataques terrorista ocorridos no 11 de Setembro de 2001, Chane se viu na oportunidade de colocar o país no seu bolso e realizar uma das maiores farsas da história que foi a invasão do Iraque. Pode-se dizer que era Bush e Chane foi eram tempos pré-fake news, do qual uma mentira não era ainda muito alimentada pelas redes sociais, mas sim por uma inteligência articuladora. Que o nosso Presidente fake Bolsonaro não assista esse filme como dever de casa.  
Infelizmente nem tudo é perfeito nesse ótimo filme político, já que Sam Rockwell não faz muito em cena, a não ser ficar bem caracterizado como George W. Bush. Porém, talvez isso tenha sido proposital, já que muitos sabiam que Bush filho era incapaz de governar um país e atuação econômica de Rockwell, talvez, seja uma forma de representar o lado ineficaz dele no ramo da política e como Presidente ter sido uma verdadeira piada sem graça. Mas se por um lado ficamos na dúvida sobre atuação de Rockwell, do outro, Emy Adams novamente nos brinda com uma atuação digna de nota, ao interpretar a esposa de Dick Cheney e em momentos em que ela rouba a cena.  
Com um final em que se faz uma homenagem mais do que explicita a série "House of Cards", "Vice" é um retrato corajoso de uma política maquiavélica norte americana e da qual, infelizmente, não é muito diferente do nosso circo político brasileiro.  


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Cine Dica: Filme argentino VERGEL estreia no CineBancários dia 07 de fevereiro

VERGEL
UM FILME DE KRIS NIKLISON , estreia no CineBancários,
dia 07 de fevereiro, ás 17h.

Coprodução: – Brasil - Argentina
Elenco: Camila Morgado e Maricel Álvarez

Uma mulher brasileira espera que lhe entreguem o corpo do seu marido, morto durante as férias do casal na Argentina. É verão e o apartamento onde ela se hospeda está cheio de plantas. Atravessada pelo luto, a mulher mal consegue regá-las. A burocracia para a repatriação do corpo resulta cada vez mais complexa e na longa espera ela começa a perder a noção do tempo e o senso de realidade.
Quando a vizinha de baixo se oferece a regar, a mulher encontra nessa desconhecida alguém a quem trasladar a sua dor.

Vergel foi ganhadora do concurso ANCINE INCAA 2013 (concurso para coproduções Brasil- Argentina) e filmado no verão de 2016 em Buenos Aires, durante cinco semanas.
A ação se desenvolve em um jardim de um terraço situado no coração de Buenos Aires, desde onde se registra também a ação na rua e nos terraços vizinhos.
“Vergel trata do choque de duas pulsões opostas e complementares: a pulsão da vida e a pulsão da morte. De um lado as plantas, o sol, a água, as cores vivas. De outro a noite, a solidão, o luto, os tons frios. A vizinha representa a vida, a mulher representa a morte. Para retratar este tema profundo e essencial, recorri a uma rigorosa fotografia baseada no uso da luz natural, a um desenho de arte que buscava aproveitar o jogo de luz e sombras e a uma edição que permitisse a criação (e a sustentação) dos climas.De background multidisciplinar, consegui me expressar em cada uma dessas áreas graças à segurança que me outorgou o apoio de destacados artistas, suporte que recebi ao longo dos cinco anos nos quais desenvolvi o projeto e plantei com minhas próprias mãos, cada uma das plantas”, declara Kris Niklison
Kris Niklison - Internacionalmente premiada como atriz, coreógrafa, autora e diretora teatral, nasceu em Buenos Aires em 1966. Autodidata e cosmopolita, viveu em Amsterdam, onde fundou a Kris Niklison Theatre Company, trabalhou com Peter Greenaway, Dario Fo e deu aulas na The National Ballet Academy; e em Hamburgo onde foi protagonista do Cirque du Soleil. Seus espetáculos, uma combinação de texto, teatro físico, dança e projeções, foram apresentados em mais de 20 países de quatro continentes.
Atualmente desenvolve seus projetos cinematográficos entre São Paulo e Buenos Aires. Seu primeiro longa-metragem, Diletante, foi declarado de Interesse pelo Honorável Senado da Nação Argentina, ganhador de Melhor Longa-metragem Argentino no 23º. Festival de Mar del Plata, Melhor Documentário no 50º. Festival de Cartagena e produzido por Lita Stantic.

Ficha técnica
Vergel (Argentina-Brasil, 2017, 86 min.)
Elenco: Camila Morgado (Olga, de Jayme Monjardim); Maricel Álvarez (Biutiful, de Alejandro González Iñárritu).
Participações especiais: Maria Alice Vergueiro, Daniel Fanego, Daniel Aráoz, André Caldas, Claudio Torres, Sang Min Lee
Silvina Bosco, Nelson Rueda, Cacá Vicente
Produtoras: Casadasartes Films (BR), Basata Films (AR)
Escrita, dirigida e produzida por: Kris Niklison (AR)
Produção Executiva: Mi Chan Tchung (BR)
Produção Administrativa: Victor Schneider (AR)
Fotografia e Arte: Kris Niklison (AR)
Som: Martin Grignaschi (AR)
Música Original: Arrigo Barnabé (BR)
Edição: Kris Niklison, Karen Harley (AR-BR)
Figurino: Gabriela Marra (BR)
Maquiagem: Mary Paiva (BR)
Assistente de Direção: Gigi Soares (BR)
Ditribuidora: Arthouse

Horários de 07 a 13 de fevereiro:
(não abrimos nas segundas-feiras)

Dia 07 de fevereiro:
15h – Fevereiros
17h – Vergel
19h – Fevereiros

Dia 08 de fevereiro:
15h – Fevereiros
17h – Vergel
19h – Fevereiros

Dia 09 de fevereiro:
15h – Fevereiros
17h – Vergel
19h – Fevereiros

Dia 10 de fevereiro:
15h – Fevereiros
17h – Vergel
19h – Fevereiros

Dia 12 de fevereiro:
15h – Fevereiros
17h – Vergel
19h – Fevereiros

Dia 13 de fevereiro:
15h – Fevereiros
17h – Vergel
19h – Fevereiros


Os ingressos podem ser adquiridos por R$ 12,00 na bilheteria do cinema ou no site ingresso.com . Idosos, estudantes, bancários sindicalizados, jornalistas sindicalizados,portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 6,00. Aceitamos Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.

C i n e B a n c á r i o s 
Rua General Câmara, 424, Centro 
Porto Alegre - RS - CEP 90010-230 
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terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: Fevereiros - Música, Amor e Tradição

Sinopse: O documentário foi responsável por registrar a vitória da escola de samba carioca Estação Primeira de Mangueira em 2016, que teve um enredo homenageando a cantora baiana Maria Bethânia.  

Nos tempos retrógados de hoje que se alastra venenosamente para todo o Brasil se tornou comum políticos hipócritas, por exemplo, ficarem dizendo que o Brasil é moldado somente por um povo Cristão. Dizer isso é o mesmo que ignorar as verdadeiras raízes do país, do qual é moldado por imigrantes, escravos e o verdadeiros donos dessa terra que são os Índios. Mais do que uma homenagem a cantora Maria Bethânia, "Fevereiros" é sobre a nossa real cultura e que jamais se calará perante uma ditadura.  
Dirigido por Marcio Debellian ("O Vento lá Fora", 2014), o documentário faz um registro sobre a vitória da escola de samba carioca Estação Primeira de Mangueira em 2016, que teve como tema o enredo em homenageando a cantora baiana Maria Bethânia. Além de registrar a escola e o preparo para apresentação, os realizadores do documentário ainda acompanharam a cantora nas festas da Nossa Senhora da Purificação, na Bahia. 
Nos últimos tempos se tornou natural o cantor Caetano Veloso fazer parte de diversos documentários brasileiros como, por exemplo, "A Vida Extra-Ordinária de Tarso de Castro"(2018), pois são obras que trazem à tona períodos ou figuras importantes da nossa cultura brasileira. Portanto, sua presença aqui era mais do que óbvia, já que, para os desavisados, Caetano é irmão de Maria Bethânia e fazendo com que ambos em cena se tornem os dois lados da mesma moeda sobre a trajetória deles no ramo da música e em meio as raízes do universo baiano.  
Curiosamente, embora tenha crescido com as diretrizes impostas pela igreja católica, Maria Bethânia sempre optou em desfrutar e abraçar as belezas das religiões vindas, por exemplo, do candomblé e das demais que moldam o universo cheio de mitologia da Bahia. O documentário, portanto, procura fazer um pequeno mosaico sobre raízes culturais brasileiras a partir do momento em que se houve depoimentos de familiares, amigos, além da câmera sempre seguir os passos da cantora em meio a procissões e festas da região. Curiosamente, as cenas dela participando da escola de samba da Mangueira acabou ficando em segundo plano durante o documentário, mas quando finalmente surge as cenas da escola no ano de 2016, o filme ganha um grau maior de luzes, cores e significados. Com a participação sempre ilustre de Chico Buarque, “Fevereiros” é um pequeno documentário cheio de luz e brilho, do qual não é somente uma homenagem a cantora Maria Bethânia, como também nos lembra que vivemos em um país laico e que nenhum governo retrógrado irá mudar isso. 

Em Cartaz: Cinebancários. Rua General Câmara, nº 424, centro de Porto Alegre. Horários: 15h, 17 e 19h.  

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Cine Dica: Cine Dica: Adyos General, Madrugada Maldita e Morto Não Fala (5 a 10 de fevereiro)

SESSÃO ESPECIAL DE CLÁSSICO TRANSGRESSOR DO CINEMA GAÚCHO MADRUGADA MALDITA EXIBE QUATRO FILMES ATÉ O SOL NASCER DENNISON RAMALHO DEBATE MORTO NÃO FALA

A programação da segunda semana da mostra A Vingança dos Filmes B – Parte VIII apresenta sessões comentadas de Adyos, General, de Omar “Matico” Barros, e Morto Não Fala, de Dennison Ramalho, dois importantes filmes realizados no Rio Grande do Sul, e a Madrugada Maldita, com uma seleção repleta de sangue, tripas e diversão até o amanhecer.
A Cinemateca Capitólio Petrobras conta, em 2019, com o projeto Cinemateca Capitólio Petrobras - programação especial 2019 aprovado na Lei Rouanet/Governo Federal, que será realizado pela FUNDACINE - Fundação Cinema RS e possui patrocínio master da PETROBRAS. O projeto contém 26 diferentes atividades entre mostras, sessões noturnas e de cinema acessível, master classes e exposições.

SESSÃO COMENTADA DE ADYOS, GENERAL

Na quarta-feira, 6 de janeiro, às 20h, a Cinemateca Capitólio Petrobras apresenta a sessão comentada do clássico Adyos, General (Brasil, 1986, 16mm, 56 min), com a presença do diretor Omar L. de Barros Filho, o “Matico”. Com exibição em vídeo, a sessão tem entrada franca.
Inspirado na mítica figura do líder da extrema-direita salvadorenha, José Alberto Medrano, o filme Adyós, dirigido por Omar L. de Barros Filho, foi revelado ao país depois de sua inclusão na Mostra do Cinema de Invenção, que circulou pelo Brasil por iniciativa do cineasta Julio Calasso. O filme mostra a saga do comandante paramilitar Medrano, seus delírios psicóticos, sua fome de poder e ordem. Sobre Adyós, General, o jornalista Marcos Faerman escreveu: “É a síntese de três escolas: Eisenstein, Mayakovski, Glauber Rocha.” Por sua vez, o crítico L.C. Merten também se referiu ao filme na revista Moviola: “Diferente é a alternativa de Omar de Barros Filho, o Matico, que retoma a bandeira de Glauber Rocha (Terra em Transe), e volta-se para a América hispânica: o filme foi feito em 16mm, na base do mutirão, envolvendo o trabalho de 350 pessoas.” O cinema da crueldade, da esquizofrenia e da violência que explode em Adyós, General, com roteiro do cineasta Luiz Rosemberg Filho em parceria com o diretor, foi assim descrito pelo jornalista Jorge  Pinheiro, que organizava sessões especiais do copião sem cortes do filme em sua casa, em São Paulo: “É um choque, é um soco na cara, guerrilheiro e anarquista. “É Guernica!” afirmou o dramaturgo José Celso Martinez Correa, depois de uma maratona de cinco horas de projeção.
Amado e odiado pelas plateias, Adyos, General ganhou uma Lâmpada de Prata do Rio Cine Festival pela qualidade de sua fotografia. Vaiado e aplaudido, o filme foi destacado pelo diretor Carlos Reichenbach como um dos mais instigantes produzidos no país durante a transição para a democracia. Na vida real, Omar L. de Barros Filho conheceu a guerra e a morte de perto. Depois editar o jornal Versus em São Paulo, durante a ditadura, o repórter foi correspondente na guerra civil salvadorenha, sobre a qual escreveu com Hélio Goldzstjen um livro de reportagens sobre o assunto (El Salvador: Um Fuzil para Ana Guadalupe). Foi, portanto, no próprio cenário centro-americano, que o diretor identificou o potencial dramático da história do sanguinário general Medrano. No cinema, o protagonista de Adyós,
General foi o intuitivo e visceral ator Zeno Ribeiro. Antes de receber o Kikito de Melhor Ator de filmes de curta e média metragem no Festival de Gramado em 1987, por Viva a Morte, também de Omar L. de Barros Filho, Zeno Ribeiro, sempre no papel de “vilão”, atuou em telenovelas ao vivo e em produções de  Teixeirinha. Quando foi “redescoberto”, ganhava a vida como garçom no cabaré Madrigal, na avenida Farrapos, em Porto Alegre. O ator morreu em 2006, aos 82 anos.

SANGUE, TRIPAS E DIVERSÃO NA MADRUGADA MALDITA

No sábado, 9 de fevereiro, a partir das 23h59, a Madrugada Maldita apresenta os filmes A História de Ricky, de Lam Ngai Kai, O Estripador de Nova York de Lucio Fulci, Dia dos Namorados Macabro, de George Mihalka, e um filme surpresa para celebrar o fim da maratona. O valor do ingresso para assistir a todos os filmes é R$ 20,00, mas todos podem pagar meia entrada na sessão. 

A HISTÓRIA DE RICKY
(Lik Wong aka Riki Oh: The Story of Ricky, Hong Kong, 1991, 91′)
De Ngai Choi Lam.
Com: Siu-Wong Fan,
Mei Sheng Fan, Yukari Ôshima.
Após assassinar uma gangue de traficantes, o jovem Ricky é enviado para uma penitenciária dominada pela brutalidade. Para sobreviver neste inferno será necessário utilizar suas incríveis habilidades nas artes marciais, eliminando com extrema violência os guardas corruptos e as gangues que controlam o presídio. Baseado no mangá Riki-Oh, é uma das produções  mais insanas dos anos 90. Sua violência gore e absurda, e seu senso de humor bizarro o transformaram num filme de culto. 

O ESTRIPADOR DE NOVA YORK
(Lo Squartatore diNew York, Itália, 1982, 93’)
De Lucio Fulci.
Com Jack Hedley,
Almanta Suska, Howard Ross.
Nova York, um detetive e um psicanalista caçam um brutal serial killer de mulheres. A marca registrada do psicopata são suas ligações para a polícia onde narra seus crimes imitando a voz de Pato Donald. Devido a sua extrema violência “O Estripador de Nova York” é considerado um dos filmes mais polêmicos de Fulci. 

DIA DOS NAMORADOS MACABRO
(My Bloody Valentine, Canadá, 1981, 90′)
De George Mihalka.
Com: Paul Kelman, Lori Hallier, Neil Affleck 20 anos após um serial killer aterrorizar uma cidade no dia dos namorados, a delegacia recebe um aviso de que a carnificina irá recomeçar: uma caixa de bombons contendo um coração humano. “Dia dos Namorados Macabro” é considerado um dos slashers mais violentos dos anos 80.

FILME SURPRESA (76 minutos)

PRÉ-ESTREIA DE MORTO NÃO FALA
A sessão encerramento apresenta Morto Não Fala, de Dennison Ramalho, um dos filmes de horror nacionais mais aguardados dos últimos tempos. Morto Não Fala é a estreia em longas-metragens de  Dennison, um dos mais cultuados diretores brasileiros dedicados ao cinema fantástico, após uma exitosa carreira como curta-metragista, com filmes aterradores como Amor Só de Mãe e Ninjas. O valor do ingresso é R$ 10,00, mas todos podem pagar meia entrada na sessão. 

MORTO NÃO FALA
(Brasil, 2018, 110’, DCP)
de Dennison Ramalho.
Com: Daniel de Oliveira,
Fabiula Nascimento, Bianca Comparato.Plantonista de um necrotério, Stênio (Daniel  de Oliveira) possui o dom paranormal de se comunicar com os mortos. Trabalhando a noite, ele já está acostumado a ouvir relatos do além. Porém, quando essas conversas revelam segredos sobre sua própria vida, o homem ativa uma maldição perigosa para si e todos a sua volta.

GRADE DE HORÁRIOS
5 a 10 de fevereiro de 2019

05 de fevereiro
(terça-feira)
14h - Estação do Diabo (pré-estreia)
18h – Lucio Fulci, Poeta da Crueldade:Os Quatro do Apocalipse
20h – Lucio Fulci, Poeta da Crueldade: Premonição

06 de fevereiro
(quarta-feira)
14h - Estação do Diabo (pré-estreia)
18h – Por Ordem da Cosa Nostra
20h – Adyos, General + debate

7 de fevereiro (quinta)
14h - Estação do Diabo (pré-estreia)
18h - A  Máfia nunca Perdoa
20h - Lucio Fulci, Poeta
da Crueldade: O Segredo do Bosque dos Sonhos

8 de fevereiro (sexta)
14h - Estação do Diabo (pré-estreia)
18h - Lucio Fulci, Poeta da Crueldade: Premonição
20h - O Príncipe das Trevas + debate

9 de fevereiro (sábado)
15h - O Estranho Caso de Ezequiel
17h - Sessão Shoot or Die 2
20h30 - Perigo Extremo + debate
23h59 - Madrugada Maldita (A História de Ricky, O Estripador de Nova York, Dia dos Namorados Macabro + filme surpresa)

10 de fevereiro (domingo)
15h – A Mata Negra
17h - Lucio Fulci, Poeta da Crueldade: Terror nas Trevas
20h - Morto Não Fala + debate

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Cine Curiosidade: Qual filme dessa noite?



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