Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

terça-feira, 16 de maio de 2017

Cine Curiosidade: MULHER-MARAVILHA TERÁ PRÉ-VENDA DE INGRESSOS A PARTIR DE 18 DE MAIO

Fãs poderão garantir entrada antecipada para o aguardado longa estrelado por Gal Gadot

A Warner Bros. Pictures anuncia a data de início da pré-venda de ingressos para o longa Mulher-Maravilha, que estreia em 1º de junho nos cinemas brasileiros. A partir do dia 18 de maio, os fãs poderão comprar os ingressos antecipadamente e as vendas abrangerão as maiores redes exibidoras do Brasil.
Mais informações sobre os ingressos e programação poderão ser obtidas no site oficial das redes de cinema em breve.

Sobre o filme
Mulher-Maravilha chega às salas de cinema do Brasil em 1º de junho de 2017, quando Gal Gadot retorna como a personagem-título do épico de ação e aventura dirigido por Patty Jenkins (“Monster: Desejo Assassino”, série da AMC “The Killing”). Unindo-se a Gadot no elenco internacional estão Chris Pine (filmes “Star Trek”), Robin Wright (“Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres”, série da Netflix “House of Cards”), Danny Huston (“Fúria de Titãs”, “X-Men Origens: Wolverine”), David Thewlis (filmes “Harry Potter”, “A Teoria de Tudo”), Connie Nielsen (série da Fox “The Following”, “Gladiador”), Elena Anaya (“A Pele que Habito”), Ewen Bremner (“Êxodo: Deuses e Reis”, “Expresso do Amanhã”), Lucy Davis (“Todo Mundo Quase Morto,” série de TV “Better Things”), Lisa Loven Kongsli (“Ashes in the Snow”), Eugene Brave Rock (série de TV “Hell on Wheels”) e Saïd Taghmaoui (“Trapaça”).
Antes de tornar-se Mulher-Maravilha, ela era Diana, princesa das Amazonas e treinada para ser uma guerreira invencível. Diana descobre que um grande conflito assola o mundo quando um piloto americano cai com seu avião nas areias da costa. Convencida de que é capaz de vencer a ameaça de destruição, Diana deixa a ilha. Lutando lado a lado com homens numa guerra que pretende acabar de vez com todas as guerras, ela vai descobrir todos os seus poderes… e seu verdadeiro destino.
Patty Jenkins dirige o longa a partir do roteiro de Allan Heinberg, história de Zack Snyder & Allan Heinberg e Jason Fuchs, baseada nos personagens da DC. Mulher-Maravilha é uma criação de William Moulton Marston.
O filme é produzido por Charles Roven, Deborah Snyder, Zack Snyder e Richard Suckle, com Stephen Jones, Geoff Jones, Jon Berg, Wesley Coller e Rebecca Steel Roven como produtores executivos.
Juntando-se a Jenkins nos bastidores estão o diretor de fotografia Matthew Jensen (“Poder Sem Limites”, “Quarteto Fantástico”, série da HBO “Game of Thrones”), a designer de produção indicada ao Oscar Aline Bonetto (“O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”, “Eterno Amor”, “Peter Pan”), o editor vencedor do Oscar Martin Walsh (“Chicago”, “Operação Sombra - Jack Ryan”, “V de Vingança”), e a figurinista vencedora do Oscar Lindy Hemming (trilogia “O Cavaleiro das Trevas”, “Topsy-Turvy - O Espetáculo”).  A trilha sonora é composta por Rupert Gregson-Williams (“Até o Último Homem”, “A Lenda de Tarzan”).
A Warner Bros. Pictures apresenta, em parceria com a Tencent Pictures e a Wanda Pictures, Mulher-Maravilha, uma produção da Atlas Entertainment/Cruel and Unusual. O filme tem estreia prevista para 1º de junho de 2017 no Brasil e será distribuído pela Warner Bros. Pictures, uma empresa da Warner Bros. Entertainment.
 
Mais informações à imprensa:
ez_2017_poa_amanda.machado

Cine Curiosidade: Atriz de cinema Cris Lopes lança loja no Brasil com acessórios e figurinos de filmes

A atriz Cris Lopes acaba de lançar sua loja online no site Enjoei.com.br  "Lojinha da Cristi by Cris Lopes" com acessórios e figurinos que a atriz usou em filmes e eventos na Europa e América Latina. Estreando como a mais nova "enjoadinha" do pedaço, a atriz  já colocou a venda na loja virtual 10 de seus "enjôos" europeus entre bolsas de grife e sapatos estilosos com entrega em todo o Brasil. Cada produto conta sua história, se foi usado para uma cena de filme internacional, nacional, em tv ou direto do guarda-roupa da atriz.
"Aprendi durante minhas temporadas na Europa (França, Itália e Inglaterra) que tudo tem um valor e pode ser reutilizado por outra pessoa se você não está mais usando.  Estou feliz que nosso país está curtindo essa idéia do desapego e passando adiante o que está parado. Vamos reciclar e reutilizar para um mundo mais sustentável." comenta a atriz de cinema Cris Lopes.
Cris promete novidades toda semana na sua lojinha online com figurinos e looks diversos. A atriz também tem projetos para abrir lojas vintage em Buenos Aires e futuramente em Paris.
Clique aqui para seguir a "Lojinha da Cristi by Cris Lopes":
Divulgação: CRIS LOPES OFICIAL   Face Fan Page @crislopesoficial    Instagram @crislopes.oficial   Twitter @crislopesOFC
                     Trailers Cine & Tv  https://m.youtube.com/c/CRISLOPES_Atriz_Apresentadora_Artista_Actress/videos

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: Taego Ãwa e Crônica da Demolição

 TAEGO ÃWA



Sinopse: Através de cinco fitas VHS com registros dos índios Ãwa, mais conhecidos como Avá-Canoeiros do Araguaia, achadas numa faculdade, que os irmãos deram início ao projeto. A partir daí, encontraram outros materiais e foram em busca daquele povo, investigando a fundo a origem e a trajetória dos Ãwa até aqui, inclusive o passado de enfrentamento com os brancos, o histórico de reclusão, a luta por demarcação de território e pela restituição das terras.



A saga do povo indígena Avá canoeiro é aqui exibida um documentário realístico sobre a capacidade de força de vontade daqueles que nunca se deixaram abater pelas às inúmeras invasões e violações ao seu território Taego Ãwa, se tornando por isso um povo nômade desde pelo menos o século XVIII. Hoje os Avá formam um grupo de no máximo  vinte pessoas, divididos em dois grupos, Araguaia e Tocantins. O documentário da cineasta Marcela Borela e seu irmão Henrique Borela surge a partir de velhas fitas Vhs e fotografias raras encontradas na UFG de registro de contatos de diferentes épocas com os Avá, que após uma aglutinação imensa de material decidem então realizar o filme. Uma tarefa árdua que, desde o primeiro contato da equipe com a comunidade, a própria criação de produção a então árdua tarefa de edição de um material imenso com o montador Guile Martins, o filme nasce a partir de inúmeros obstáculos.
Taego Ãwa está distante dos demais documentários corriqueiros, no sentido informacional, sobre a luta dos Avá, fazendo com que o espectador de primeira viagem sinta uma lacuna forte de compreensão da situação, e essa também parece ser a proposta principal da obra, instigando assim a confrontação desse conhecimento e fazendo com que o cinéfilo procure mais informações sobre o que foi assistido. É talvez uma obra mais próxima do que chamamos “documentário observacional” do qual o filme possa ser compreendido de que esteja  intimamente ligado à relação entre os criadores e os protagonistas sendo observados. Não se ouvem em nenhum momento as palavras dos realizadores colocando perguntas e direcionamentos aos Avá, ainda que essas tenham acontecido, e o filme consegue ter uma verossimilhança que impressiona e sendo cada vez mais rara de ser vista em outras obras.
O que mais impressiona também no documentário é a forma como ele cria um espaço ao povo Avá de volta aos seus berços de nascença um questionamento sobre elas, como numa das cenas mais inesquecíveis, da qual vemos a família fazendo suas pinturas tradicionais com tinta de jenipapo, e o ancião da tribo, Tutal, falecido ano passado, tira a roupa que estava vestindo pra fazer a pintura corretamente e diz que não tem vergonha de estar sem roupa, pois faz parte de suas raízes de origem. Esse momento traz a simbologia de toda aculturação violenta pela qual sofrem os povos indígenas como um todo, descendentes e os verdadeiros donos do território brasileiro que foram ininterruptamente massacrados e desapropriados desde os primeiros anos do descobrimento do Brasil. 


 

CRÔNICA DA DEMOLIÇÃO



Sinopse: Por meio dos materiais de arquivo e de entrevistas com pessoas envolvidas no caso, Crônica da Demolição reconstrói 70 anos de história da Avenida Central (atual Avenida Rio Branco) e do Palácio Monroe. O filme conta com uma centena de fotos antigas e 26 filmes de arquivo - incluindo um raro registro a cores da demolição do palácio - resultado de um ano de pesquisa em mais de 30 acervos e instituições. Suas filmagens foram realizadas no Rio de Janeiro - lançando um novo olhar sobre o centro da cidade - no Senado Federal, em Brasília, e em Uberaba, na fazenda que hoje abriga um portão e os leões do palácio.



A demolição do Palácio Monroe é ponto de partida para o  documentário dirigido e roteirizado por Eduardo Ades. O longa levanta o debate sobre assuntos relacionados à arquitetura de ontem e hoje, patrimônio histórico e vida pública. Com uma pesquisa precisa entre depoimentos, imagens raras de arquivo, notícias publicadas e passadas naquele período, Crônica da demolição faz uma viagem no tempo da arquitetura da cidade carioca.  Começando  pelo Rio de Janeiro do final do Império, quando a cidade se baseava no modelo arquitetônico da capital da França, Paris, cunhado nos preceitos da Belle Époque. A intenção era modernizar a capital brasileira, até então o Rio, com o objetivo de torná-la conhecida pelo resto do mundo. É por esse pensamento que o Palácio Monroe é construído. Grandes cúpulas e pilastras cilíndricas, colocadas de forma assimétrica para a sustentação da obra, davam ao Palácio um ar majestoso e incomum. O projeto foi criado para um concurso de arquitetura internacional e mais tarde foi trazido para o Brasil. Serviu então como sede do Senado Federal. Era significativo por ser o primeiro prédio de grande porte no Rio de Janeiro construído após a República. Localizava-se em frente a Cinelândia, na Avenida Rio Branco.
A montagem de Crônica da Demolição nos coloca diante de uma esquizofrenia de paisagens possíveis em um lugar tão peculiar que é a capital carioca. Uma sequências sobrepõe croquis arquitetônicos, imagens de arquivo e planos da cidade em nosso tempo, percebe-se o quanto o homem constrói, destrói, reconstrói. Crônica da demolição é também uma crônica sobre a liberdade e a arbitrariedade humana sob a paisagem. Durante os depoimentos, o que se nota é o total descaso em relação ao patrimônio histórico e a vida pública nas cidades, mas a argumentação não é feita de forma de persuadir e aí está o grande acerto deste documentário, uma preocupação com a colocação das falas para criar um discurso narrativo condizente e instigante, não partindo de julgamentos, mas fazendo com a gente reflita e faça uma comparação com aquele período e com relação algo parecido que acontece em nosso presente. 
Sendo assim, O Palácio Monroe é colocado como uma espécie de protagonista do  filme. Um personagem que não fala, mas existe. Para quem nunca tinha ouvido falar sobre ele, fica uma espécie de nostalgia e curiosidade. Em que tempo vivemos? Só podemos assim imaginá-lo a partir das memórias vivências de quem o conheceu. A pergunta é uma: por que exatamente o Palácio Monroe foi destruído? Diante de tantas respostas mal contadas, o filme busca encontrar explicações sobre inúmeras perguntas e das quais tão cedo não irão se calar. 

 
 
Me sigam no Facebook, twitter, Google+ e instagram

Cine Dica: PROGRAMAÇÃO DE 11 A 17 DE MAIO DE 2017 na Casa de Cultura Mario Quintana

 CLASH

SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES
SALA 1 / PAULO AMORIM

15h30 – DOLORES – UMA MULHER, DOIS AMORES
(Dolores - Brasil/Argentina, 100min, 2017). Direção de Juan Dickinson, com Emilia Attías, Guillermo Pfening, Roberto Birindelli. Fenix Filmes, 12 anos. Drama romântico.
Sinopse: Ambientado na Argentina durante a Segunda Guerra Mundial, o filme gira em torno de Dolores, que viveu durante anos na Escócia e está de volta à fazenda da família, no interior do país. Sua irmã morreu e Dolores quer ficar perto do sobrinho, Harry. Ao mesmo tempo, ela reencontra o cunhado, por quem foi apaixonada durante a adolescência, e se sente atraída por Octavio Brand, um rico fazendeiro filho de alemães.

17h30 – O FILHO DE JOSEPH
(Le Fils de Joseph - França, 2016, 110min). Direção de Eugène Green, com Victor Efenzis, Mathieu Amalric e Maria de Medeiros. Supo Mungam Filmes, 12 anos. Comédia dramática.
Sinopse: Vincent é um adolescente que vive com a mãe em Paris e tem um cotidiano típico de qualquer jovem da sua idade. Tudo muda quando ele resolve conhecer seu paí - que a mãe diz que não existe -, o que o leva ao encontro de um editor famoso e muito cínico. Tudo é muito rico e detalhista no cinema de Eugène Green, que, neste filme, faz uma sátira de cânones das artes e dos textos sagrados.

19h30 – CLASH
(Clash - França/Egito, 100min, 2017). Direção de Mohamed Diab, com Nelly Karim, Tarek Abdel Aziz, Ahmed Malek. Imovision, 14 anos. Drama.

Sinopse: O filme acompanha um dia de manifestações no Cairo, a capital do Egito, em 2013, mostrando a tensão entre os apoiadores do presidente Mohamed Morsi, derrubado por um golpe militar, e os adeptos do novo regime. O diretor mostra este universo de uma maneira bem peculiar: de dentro de um caminhão-cela, que aos poucos vai se enchendo com os detidos pelos policiais. A partir deste pequeno número de presos, o filme dá conta das ideologias e sentimentos de cada personagem. O filme foi indicado pelo Egito ao Oscar de melhor longa estrangeiro. 

PROGRAMAÇÃO DE 11 A 17 DE MAIO DE 2017
SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES
SALA 2/ EDUARDO HIRTZ

 
15h e 19h15 – CENTRAL – O FILME
(Brasil, 90min, 2017). Documentário de Tatiana Sager. 14 anos.
Sinopse: Baseado no livro "Falange Gaúcha", do jornalista Renato Dornelles, o filme mostra a realidade do Presídio Central de Porto Alegre, que já foi considerado o pior cárcere do Brasil. A partir de depoimentos de policiais, representantes do judiciário, de presos e seus familiares, o filme mostra uma realidade que passa por galerias superlotadas, o controle das facções (inclusive financeiro) e as decisões governamentais para evitar tragédias.
* Não haverá a sessão das 19h15 no dia 16, terça-feira, devido ao lançamento do DVD “Sobre Anjos e Grilos”.
 16h45 – A CRIADA
(Agassi - Coréia do Sul, 2016, 140min). Direção de Park Chan-Wook, com Kim Min-Hee, Kim Tae-Ri e Ha Jung-Woo. Mares Filmes, 18 anos. Drama e suspense.
Sinopse:  Durante a ocupação japonesa na Coréia do Sul, na década de 1930, a jovem orfã Hideko vive sob a proteção de um tio autoritário. Ela está prestes a herdar uma grande fortuna, o que atrai a cobiça de dois vigaristas: Sookee, que vai trabalhar na casa como empregada, e Fujiwara, um conde fajuto que tenta seduzir a orfã rica. Este jogo de intrigas tem vários pontos de vista e é temperado por histórias eróticas, um dos passatempos preferidos do tio da protagonista.
  
PROGRAMAÇÃO DE 11 A 17 DE MAIO DE 2017
SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES
SALA 3 / NORBERTO LUBISCO

15h – INSUBSTITUÍVEL
(Médecin de Campagne - França, 2017, 100min). Direção de Thomas Lilti, com François Cluzet e Marianne Denicourt. CineArt Filmes, 12 anos. Drama.
Sinopse: Jean-Pierre é um médico dedicado que trabalha há anos numa região do interior da França. A comunidade acredita que ele é insubstituível e o médico se sente bem com o respeito das pessoas. Mas esta relação começa a mudar com chegada de Natalie, uma jovem recém-formada que vem de Paris para tentar ajudar o médico veterano.

17h – JOAQUIM
(Brasil, 2017, 100min). Direção de Marcelo Gomes, com Júlio Machado, Nuno Lopes, Rômulo Braga. Imovision, 16 anos. Drama histórico.
Sinopse: Pouco se sabe a respeito de Tiradentes antes de ele se tornar o mártir da Inconfidência Mineira e um herói brasileiro. O filme investiga esta parte da história e mostra a tomada de consciência política de Joaquim José da Silva Xavier, que era um funcionário da coroa portuguesa e se transformou em rebelde. O longa participou da seleção oficial do Festival de Berlim em 2017.

19h – OS BELOS DIAS DE ARANJUEZ
(Les Beaux Jours d'Aranjuez - França/Alemanha, 100min, 2017). Direção de Wim Wenders, com Reda Kateb, Sophie Semin, Jens Harzer. Imovision, 14 anos. Drama.

Sinopse: Baseado na peça teatral do mesmo nome, de autoria de Peter Hanke, o longa acompanha o encontro entre um casal que conversa sobre temas diversos, das lembranças de infância às viagens, do sexo à filosofia. Tudo vai se transformando em livro, conforme a imaginação do autor que trabalha na casa ao lado.
Nossas  redes sociais:

sábado, 13 de maio de 2017

Cine Especial: Horror Britânico - Uma Orgia de Sangue e Pavor: Parte 2



Nos dias 20 e 21 de Maio eu estarei participando do curso Horror Britânico - Uma Orgia de Sangue e Pavor, criado pelo Cine Um e ministrado pelo crítico de cinema e especialista no gênero fantástico Carlos Primati. Enquanto os dias da atividade não chegam, eu estarei por aqui falando sobre os melhores filmes dos estúdios Hammer e Amicus  em ordem cronológica.   

O Monstro de Duas Faces (1960)



Sinopse: Londres, 1874. Henry Jekyll (Paul Massie) é um dedicado pesquisador que há 6 anos está casado com Kitty (Dawn Addams), mas lhe dá pouca atenção. Com isso ela se apaixonou por Paul Allen (Christopher Lee), o maior amigo de Jekyll. Paralelamente Henry desenvolve uma fórmula que faz vir à tona o lado negro de cada ser e, ao aplicar em si esta droga, Jekyll se altera não só psicologicamente como fisicamente. Logo ele está na Sphinx, uma casa noturna cara, mas de má reputação. Lá encontra Kitty e Paul, que conversam com ele. Logo Jekyll está dançando com Kitty, que não imagina que este desconhecido que diz se chamar Edward Hyde é o seu marido, que ela tanto evita. Este encontro marca o início de várias tragédias.

Dirigido por Terence Fisher, a produção se diferencia se comparado ao livro. Ao começar pelo fato de que aqui, Hyde não tem um aspecto monstruoso e sim de um homem bonito, mas com um olhar diabólico, dando a entender, que o diretor quis passar a idéia de que o mau esta em todo o lugar, não importa o seu aspecto, seja feio ou bonito. Mesmo desconhecido por boa parte do publico, Paul Massie tem um ótimo desempenho fazendo o papel duplo do protagonista e mesmo auxiliado pela maquiagem, o ator soube criar uma interpretação que diferenciasse uma da outra. Novamente, Christopher Lee retornaria nesta produção para trabalhar com Fisher, mas como personagem secundário, mas importante para a trama. Curiosamente, Lee faria Henry Jekyll numa versão interessante feita pelo estúdio rival Amicus.


A Górgona (1964)



Sinopse:No ano de 1910, na cidade rural Alemã de Vandorf, sete assassinatos foram cometidos nos últimos cinco anos, todas as vítimas transformadas em pedra. As autoridades locais temem que uma antiga lenda tenha se tornado realidade: a última das Górgonas assombra o local e transforma suas vítimas em pedra durante a lua cheia.



Tendo a famosa dupla dinâmica Christopher Lee e Peter Cushing contracenando juntos, agora com papeis invertidos, já que Lee era o mocinho e Cushing o bandido, mais uma vez a direção ficou a cargo do competente Terence Fisher, a trilha sonora com James Bernard e a produção de Anthony Nelson Keys. A Górgona é um filme da Hammer. Ponto. Dizer isso instintivamente fará com que você logo visualize a ambientação de época, os costumes, os dois nobres senhores Lee e Cushing desferindo diálogos afiados, trilha sonora contundente e tudo mais.

 

Epidemia de Zumbis (1966)



Sinopse: Uma estranha epidemia de proporções gigantescas toma conta do território inglês. Milhares de mortos estão levantando de suas tumbas e aterrorizando o mundo dos vivos. Dr. Peter Thompson, com a ajuda de seu mestre, Sir James Forbes, está tentando controlar a terrível praga. Suas investigações os levarão a uma horrível descoberta.



Antes de Romero praticamente sufocar o zumbi tradicional, ligado à magia negra, essa pérola britânica combinou mortos-vivos, luta de classes, investigação e romance, e o resultado é digno de aplausos. Com ritmo preciso, cenas marcantes e um final perfeitamente encaixado à narrativa. Talvez Epidemia não agrade a todos os públicos, pois a narrativa ocorre de forma lenta em ritmo de clássico. Agora, é obrigatório a quem gosta da Produtora Hammer e para quem quiser saber como os zumbis eram antes de Romero revolucionar o gênero com A Noite dos Mortos Vivos.   

 

Drácula: O Príncipe das trevas (1966)



Sinopse:Jovens casais viajando em férias são aconselhados por moradores de um pequeno vilarejo na região das Montanhas Carpathians a desistir de seus planos. Segundo os habitantes da região uma maldição vive escondida no interior da floresta. Julgando tratar-se de mera superstição dos moradores locais, os viajantes ignoram o aviso e partem em direção ao desconhecido. Abandonados pelo cocheiro em pleno interior da floresta, eles caminham até um castelo onde poderão contar apenas com a hospitalidade do Conde Drácula.



Sequência do clássico O Vampiro na noite e novamente estrelado pelo eterno Drácula Christopher Lee. O filme apesar de ser inferior em alguns aspectos (a ausência do ótimo Van Helsing-Peter Cushing é sentida) o filme é um ótimo exemplar da boa e velha experiência de se assistir um bom filme de horror do pioneiro estúdios Hammer. Curiosamente neste filme Drácula não fala nenhuma palavra, isso porque Lee não gostou do roteiro que foi escrito por Jimmy Sangster (creditado como John Sansom), a partir de uma história do produtor Anthony Hinds (sob o pseudônimo de John Elder). Tanto que para evitar a possibilidade de uma repercussão insatisfatória de seu personagem, ele pediu que sua participação fosse silenciosa, ou seja, o vampiro não diz uma única palavra no filme inteiro, apenas atuando com expressões faciais, e somente entrou em cena após quase cinquenta minutos de história. Mesmo não falando nada, a presença de Christopher Lee é sempre marcante.

 

Frankenstein Criou a Mulher (1967)



Sinopse: No século XIX, no pequeno Vilarejo de Balkan, o Barão Frankenstein e um médico auxiliar estão trabalhando numa experiência secreta que consiste em transferir a alma de pessoas mortas para outros corpos.

Peter Cushing encarna pela quarta vez o cientista nesse curioso filme que substitui o habitual erotismo da produtora por um enredo até romântico, com uma detalhada recriação dos aspectos técnicos das experiências do barão, e que inclui uma certa relação com Pigmalião (a garota cujo corpo Frankenstein usa é complexada devido a sua deformação física e ele, auxiliado por outro cientista, a transforma numa beldade).O filme é um verdadeiro clássico da Hammer, que no título fez um "ironia" com  "E Deus criou a Mulher" de Brigitte Bardot, de Roger Vadim, que dirigiu Barbarella, um filme de Tudor Gates, que também escreveu Os Amantes Vampiros com Ingrid Pitt. A cena da mulher conversando com uma cabeça decepada é super original,

 

Frankenstein Tem Que Ser Destruído (1969)



Sinopse: A experiência do Barão Frankenstein deu errado, muito errado. Assim, outra vítima repousa em um túmulo provisório. De repente, uma corrente de água estoura, forçando o braço do cadáver para a superfície. Logo a corrente leva o corpo para cima. Em pânico, o ajudante do Dr. Frankenstein tenta esconder o corpo novamente. mas não é que cadáveres podem mesmo ser incontroláveis?



É considerado um dos mais violentos do estúdio, principalmente pesas cenas de cabeças sendo cerradas em longos takes e cérebros a mostra. É também um filme que foca  mais no personagem Frankenstein que em uma de suas criações. E falando nele, o cientista está agora mais vilanesco no que nunca, não mostrando qualquer traço de remorso, piedade ou caráter, itens os quais dava leves resquícios nos dois filmes anteriores. Há inclusive uma cena onde estupra a personagem Verônica Carlson (a personagem, por favor), em uma sequencia totalmente deslocada do roteiro. Dizem por aí até que tal cena nem tava no script e foi incluída só para agradar os distribuidores americanos. Enfim, um filme bem intenso e cheio de reviravoltas e destinos trágicos até para alguns personagens.

 

Conde Drácula (1970)



Sinopse:Uma vez de volta à vida, o eterno "Príncipe das Trevas" Drácula (Christopher Lee) continua a matar as belas jovens do vilarejo vizinho de seu imponente castelo gótico, sugando-lhe o sangue pelo pescoço. Revoltados, os aldeões se reúnem.

O sexto filme da série e o quinto estrelado pelo eterno Christopher Lee. O filme pertence à fase que os estúdios Hammer em que, infelizmente, já não estava nos seus melhores tempos. Mesmo assim o filme é mais um ótimo exemplo do bom e velho filme de horror, com castelo fantasmagórico, camponeses amedrontados, e viajantes que acabam se metendo no lugar errado e na hora errada. Vale nota que esse é o mais violento filme de toda a série, não faltam cenas fortes, como Drácula matando a punhaladas uma de suas servas, ou numa chacina dentro de uma igreja, onde várias mulheres foram mortas por morcegos a serviço do conde. Tudo para dar mais audiência e atrair mais o publico que o estúdio estava começando a perder e uma pequena mostra do que os filmes de terror iriam apresentar no restante da década de 70.
 

Carmilla – A Vampira de Karnstein (1970)



Sinopse:Quando uma misteriosa condessa viaja para o exterior para visitar um amigo doente, o general Spielsdorf oferece sua hospitalidade para cuidar de sua filha Carmilla. O que o general não imagina é que Carmilla é a reencarnação de uma terrível vampira que inicia um ritual macabro para saciar sua sede de sangue. Primeiro filme da trilogia Karnstein que explora a personagem criada pelo escritor irlandês Joseph Sheridan LeFanu.



Baseado no livro Carmilla, escrito pelo igualmente irlandês Sheridan Le Fanu (1814 / 1873), o filme foi uma das inúmeras alternativas dos estúdios Hammer no início da década de 70 em se manter firme, pois após alguns filmes regulares, o estúdio andava que mau das pernas na época. Com uma proposta ousada naquele tempo, o filme carregada um certa dose de erotismo e lesbianismo, algo raro na época e curiosamente em nenhum momento o filme possui algum toque de humor tendo um clima bem sério e sombrio. 
Destaque para a participação de Peter Cushing, o eterno lendário caçador de vampiros Prof. Van Helsing e claro para atriz polonesa Ingrid Pitt que se tornou uma das mais sensuais vampiras do cinema com esse filme e acabou participando de outros inúmeros tipos do gênero como A Condessa Drácula.



O Médico e a irmã monstro (1971)



Sinopse: Na busca pelo elixir da vida eterna, o Dr. Henry Jekyll começa a usar hormônios femininos retirados de cadáveres frescos fornecidos por Burke e Hare .Estes têm o efeito de alterar não só o seu comportamento (para pior), mas também de mudar seu gênero, transformando-o em uma linda porém diabólica mulher.

O filme é baseado no conto O Médico e o Monstro, mas foi à produção que mais teve liberdade para criar algo que se diferenciasse do livro. É notável por mostrar Jekyll se transformar em um Hyde feminino, mas também incorpora elementos da história de Jack - o Estripador, e o caso Burke e Hare, dois imigrantes irlandeses que mataram 17 pessoas em Edimburgo, na Escócia, e venderam seus cadáveres para dissecação.
Apesar do elenco desconhecido, a produção é bem redonda e caprichada, mesmo numa época que o estúdio estava começando a entrar em decadência. Do elenco desconhecido, se destacam Ralph Bates e Martine Beswick, ambos fazendo o protagonista(s) da trama.

 

Frankenstein e o Monstro do Inferno (1974)



Sinopse: Frankenstein está preso em um hospícios para loucos e assassinos, mas continua seus experimentos secretamente. Com a chegada do Dr. Helder, preso por praticar os mesmos crimes do Barão, ambos unirão forças para criar a melhor e mais sofisticada criatura já vista. Para isso, eles contarão com o corpo de Herr Schneider, um brutamontes que foi mantido vivo por Frankenstein após cometer suicídio e Sarah, uma linda jovem muda que auxilía o Barão e é carinhosamente chamada de Angel. Mas que tipo de criatura surgiria em um lugar desses?



Sendo o último fime de Terence Fisher na direção e o último da franquia Frankenstein do estúdio, Frankenstein e o Monstro do Inferno deixou a desejar de acordo com a crítica, principalmente devido ao baixíssimo orçamento, visível principalmente na carência dos cenários e na caracterização do monstro, que, apesar de legal, não perde em nenhum momento a cara de "filme B" (apesar de falar muito pouco, quando o faz sua boca permanece imóvel). Produzido em 1972, mas lançado apenas dois anos depois, este longa derradeiro conta com o melhor assistente do Barão. Dr. Helder, interpretado pelo excelente ator Shane Bryant, apesar de não ser um vilão, demonstra plena falta de caráter, o que faz sua química com o protagonista funcionar muito bem, principalmente quando eles discordam. A criatura é interpretada por David Prowse, o Darth Vader. Curiosamente, mesmo sendo planejado como último, este é o único filme da franquia que dá uma deixa para continuações, sendo que os anteriores sempre pareciam dar um ponto final à carreira do Barão.     

Interessados por mais informações sobre atividade cliquem aqui.