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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 10 de março de 2016

Cine Dicas: Estreias do final de semana (10/03/16)

             A Série Divergente: Convergente
Sinopse: A sociedade baseada em facções, na qual Tris Pior (Shailene Woodley) acreditou um dia, desmoronou, destruída pela violência e por disputas de poder. Agora, Tris terá de lidar com novos desafios e se vê mais uma vez forçada a fazer escolhas que exigem coragem, fidelidade, sacrifício e amor.
 
 
Boa Noite, Mamãe
Sinopse: Uma família vive em uma residência isolada em meio a árvores e plantações de milho. Após dias afastada por conta de cirurgias plásticas, a mãe (Susanne Wuest) volta para casa e não é reconhecida pelos filhos gêmeos. As crianças, de nove anos, duvidam que a mulher de rosto coberto seja realmente sua mãe e a partir de então nada será como antes.

É o Amor
 Sinopse: Odile (Astrid Adverbe) é casada com Jean (Pascal Cervo). Quando ela suspeita que o marido está traindo ela com outra mulher, Odile decide se vingar dele da mesma forma. Logo ela conhece Daniel, um ator que mora com um ex-militar. Apesar de Odile querer apenas punir o marido, sua relação com Daniel ganha novos rumos, fazendo com que os dois fiquem ligados para sempre.

Nossa Irmã Mais Nova
Sinopse: Três irmãs estão em luto pelo pai que não viam há 15 anos. Apesar da distância, elas se sentem tristes. Mas veem uma chance de manterem a lembrança do pai por meio da meia-irmã, a adolescente tímida Suzu Asano (Suzu Hirose), que vai morar com as elas.
 

Tudo Vai Ficar Bem
Sinopse: Certo dia, o escritor Tomas (James Franco) dirige sem rumo e, desatento, acaba atropelando e matando uma criança. O sentimento de culpa o corrói e dificulta a tentativa de retomar sua vida, mesmo 12 anos após a tragédia ter ocorrido.


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quarta-feira, 9 de março de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: KUNG FU PANDA 3



Sinopse: O desajeitado urso panda Po (dublado originalmente por Jack Black), segue sua jornada ao lado do mestre Shifu (Dustin Hoffman), Tigresa (Angelina Jolie), Macaco (Jackie Chan), Víbora (Lucy Liu) e Louva-Deus (Seth Rogen). O grupo precisa enfrentar uma força sobrenatural e Po vai finalmente conhecer o seu pai verdadeiro, que havia sumido.

O primeiro Kung Fu Panda possuía uma história de começo, meio e fim e portanto não era necessária uma sequência. Porém, o segundo filme possuía um total aprofundamento no lado emocional dos personagens, com cenários espetaculares e fazendo dela uma sequência bem superior. Parecia então tarefa impossível para os produtores manterem o nível de qualidade dessa terceira aventura, mas pelo visto não só manterão a qualidade, como também faz com que a trama enlaçasse todas as pontas soltas dos filmes anteriores e encerrando a trilogia com muita dignidade. 
Acompanhamos o protagonista chegando a um novo patamar de sua vida como Dragão Guerreiro, agora sendo mestre dos seus próprios companheiros. Porém, Po precisa descobrir quem realmente ele é em sua vida, para só assim conseguir adquirir o último estágio de suas habilidades das artes marciais. Contudo, um inimigo antigo e poderoso retorna do mundo dos mortos e desejando assim vingança contra os mestres das artes marciais.
Para aqueles que assistiram ao final do filme anterior, além do trailer de divulgação, sabia que o verdadeiro pai do protagonista finalmente apareceria. Portanto a relação de pai, mais pai adotivo e filho se torna o principal centro da trama e rendendo momentos de puro humor pastelão na medida certa. É divertido, inclusive, ver finalmente Po encontrar a aldeia onde se encontra inúmeros pandas que nem ele, mas cada um com sua personalidade distinta e muito bem explorada. Será a partir de seus parentes peludos e rechonchudos que o protagonista irá descobrir o seu “eu” verdadeiro.
Com tantas lições de moral, porém jamais chatas, e que foram apresentadas no filme anterior, parecia que o filme estaria destinado a uma espécie de reprise. Mas é preciso dar palmas para os roteiristas em usarem as mesmas formulas de sucesso visto nos filmes anteriores e fazê-las com que elas se tornem algo para ainda serem mais bem explorados. Se Po estava destinado a ser o dragão guerreiro, a sequência final não deixa a menor dúvida e ao mesmo tempo presta uma bela homenagem aos mangas e animações japonesas.
Visualmente, o filme mantém as cores quentes e os cenários grandiosos vistos no filme anterior. Curiosamente, quando ocorrem as cenas de ação e de luta, não é uma verdadeira montanha russa, mas sim são cenas elegantes, das quais vemos cada detalhe, tanto dos golpes como da energia vindo deles. Vale destacar que uso do 3D torna ainda a sessão muito mais prazerosa, pois os cenários possuem profundidade, assim como a sensação de sentirmos estarmos entre os cenários e personagens.
Com um final grandioso e sem nenhuma situação pendente, Kung Fu Panda 3 encerra a trilogia do guerreiro panda de uma forma divertida, alegre e gostosa de se ver sempre.   




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Cine Dica: O Abraço da Serpente" entra em cartaz no CineBancários

O longa-metragem colombiano “O Abraço da Serpente”, de Ciro Guerra, entra em cartaz na sala de cinema do CineBancários no dia 10 de março, dividindo os horários com os outros filmes da programação: “A Vizinhança do Tigre”, de Affonso Uchoa, e “Ela Volta na Quinta”, de André Novais.
Primeira produção colombiana a ser indicada ao Oscar em toda a história, o longa do diretor Ciro Guerra é também o único representante latino-americano entre os finalistas. O filme foi recentemente premiado no Festival de Sundance com o “Science in Film”, dedicado aos filmes que tratem de temáticas ligadas à ciência e à tecnologia, assim como à experiência de vida de cientistas, matemáticos ou engenheiros. Nos anos anteriores, “O Homem Urso” de Werner Herzog, “Computer Chess” de Andrew Bujalski, “Sleep Dealer” de Alex Rivera e “Frank e o Robô”, pelo roteiro de Christopher Ford, também foram premiados.
O Abraço da Serpente também levou o prêmio Art Cinéma da Quinzena dos Realizadores do último Festival de Cannes, onde foi aplaudido de pé por dez minutos após a sua exibição.

OUTROS PRÊMIOS E INDICAÇÕES:
- Prêmios Fénix 2015: Melhor Direção, Melhor Som, Melhor Música e Melhor Fotografia;
- Melhor Filme Estrangeiro do Festival Intl de Cinema da Costa Rica 2015;
- Melhor Filme do Festival Intl de Cinema da Índia 2015;
- Melhor Filme do Festival Latino-Americano de Cinema de Lima 2015;
- Melhor Filme e Menção Especial do Júri da Crítica do Festival Intl de Cinema de Odessa 2015;
- Indicado na competição 'Horizontes Latinos' do Festival Intl de Cinema de San Sebastián 2015;
- Finalista do Independent Spirit Awards.

SINOPSE:
Karamakate, outrora um poderoso xamã da Amazônia, é o último sobrevivente de seu povo, e agora vive em isolamento voluntário nas profundezas da selva. Os anos de solidão absoluta o tornam vazio, privado de emoções e memórias. Sua vida sofre uma reviravolta quando chega ao seu esconderijo remoto Evan, um etnobotânico americano em busca da Yakruna, uma poderosa planta, capaz de ensinar a sonhar.
O xamã decide acompanhar o estrangeiro em sua busca, e juntos embarcam em uma viagem ao coração da selva, onde passado, presente e futuro se confundem, fazendo-o aos poucos recuperar suas memórias. Essas lembranças trazem uma dor profunda que não libertará Karamakate até que ele transmita o conhecimento ancestral que antes parecia destinado a perder-se para sempre.

FICHA TÉCNICA:
O ABRAÇO DA SERPENTE
(El Abrazo de la Serpiente)
Colômbia - 2015 - 125min – Aventura
de Ciro Guerra
com Brionne Davis, Nilbio Torres, Antonio Bolívar, Jan Bijvoet,
Nicolás Cancino, Yauenkü Migue, Luigi Sciamanna

GRADE DE HORÁRIOS:
8 de março (terça-feira)
15h - A Vizinhança do Tigre, de Affonso Uchoa
17h - A Vizinhança do Tigre, de Affonso Uchoa
19h - Ela Volta na Quinta, de André Novais

 
9 de março (quarta-feira)
15h - A Vizinhança do Tigre, de Affonso Uchoa
17h - A Vizinhança do Tigre, de Affonso Uchoa
19h – Malala, de Davis Guggenheim

 
10 de março (quinta-feira)
15h – Ela Volta na Quinta, de André Novais
17h – O Abraço da Serpente, de Ciro Guerra
19h – A Vizinhança do Tigre, de Affonso Uchoa

11 de março (sexta-feira)
15h – Ela Volta na Quinta, de André Novais
17h – O Abraço da Serpente, de Ciro Guerra
19h – A Vizinhança do Tigre, de Affonso Uchoa

12 de março (sábado)
15h – Ela Volta na Quinta, de André Novais
17h – O Abraço da Serpente, de Ciro Guerra
19h – A Vizinhança do Tigre, de Affonso Uchoa

13 de março (domingo)
15h – Ela Volta na Quinta, de André Novais
17h – O Abraço da Serpente, de Ciro Guerra
19h – A Vizinhança do Tigre, de Affonso Uchoa

15 de março (terça-feira)
15h – Ela Volta na Quinta, de André Novais
17h – O Abraço da Serpente, de Ciro Guerra
19h – A Vizinhança do Tigre, de Affonso Uchoa

16 de março (quarta-feira)
15h – Ela Volta na Quinta, de André Novais
17h – O Abraço da Serpente, de Ciro Guerra
19h – A Vizinhança do Tigre, de Affonso Uchoa

Os ingressos podem ser adquiridos no local a R$10,00. Estudantes, idosos, bancários sindicalizados e jornalistas sindicalizados pagam R$5,00.

terça-feira, 8 de março de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: A BRUXA



Sinopse: Situado na Nova Inglaterra, no ano 1630, a história é narrada pela jovem Thomasin (Anya Taylor-Joy). Depois que sua família se muda para uma nova casa na floresta, coisas estranhas começam a acontecer: animais tornam-se malévolos, a plantação morre e uma criança desaparece inexplicavelmente. Desconfiados, os membros da família acusam a adolescente de praticar feitiçaria.


Quando A Bruxa de Blair estreou em 1999 muitas pessoas acusaram o filme de ser enganoso, pois a obra não mostrava a bruxa em si em nenhum momento. Passados mais de quinze anos o filme é sempre relembrado pela sua ousadia de apresentar a trama de uma forma incomum e não convencional. O problema do cinema americano foi sempre acomodar o cinéfilo e fazê-lo com que ele esperasse sempre pelo “mais do mesmo” e quando surgem filmes que desafiam nossas perspectivas como o recente A Bruxa corre o sério risco de ser mal interpretado.
Coproduzido pelo nosso brasileiro Rodrigo Teixeira e dirigido pelo estreante  Roger Eggers, acompanhamos a saída de uma família de um vilarejo no ano de 1630 da nova Inglaterra. Quando se assentam numa terra que se divide com uma floresta misteriosa, imediatamente alguns fatos estranhos acontecem. A situação piora quando o bebê da família desaparece, justamente quando estava aos cuidados da filha adolescente Thomasin (Anya Taylor-Joy). 
Formado o palco dos acontecimentos que irá prosseguir, o filme começa gradualmente quebrando as nossas expectativas com relação ao que acontece em seguida. Há uma floresta, e possivelmente algo de sinistro dentro dela, mas as situações vão muito além disso. O filme também aproveita para retratar o quanto as pessoas eram presas as suas crenças religiosas, sendo elas até tão assustadoras quanto o próprio mal que eles tanto temem.
Basicamente o filme bebe das mais puras lendas antigas com relação a bruxas das quais nos faz remeter aos contos que nós ouvíamos antigamente. De uma forma explicita o filme, por vezes, lembra os primeiros contos dos irmãos Grimm, dos quais sempre foram adaptados em inúmeras mídias, mas nunca da sua forma original. Em A Bruxa, percebemos que as origens dos verdadeiros contos de fadas são mais assustadoras do que se possa imaginar.
Com uma fotografia sombria, o filme possui também uma trilha sonora que nos desconcerta e fazendo que perfure o ponto mais nervoso de nosso ser. Basicamente a trilha remete a filmes clássicos como o filme O Iluminado, do qual a trilha criava uma aura de expectativa e fazendo com que a gente espere pelo pior a seguir. O pior, aliás, é que as cenas de horror não poupam nem os pequenos protagonistas da família que, embora sejam cenas mais sugestivas do que explicitas, não deixa de ser desconcertante quando elas acontecem e nos pegam desprevenidos.
Curiosamente, as cenas de horror, quando elas acontecem, surgem em lugares apertados, criando uma sensação de claustrofobia, do qual não tem como escapar de tal ato. Com uma reconstituição de época perfeita, o lar dessa família, arrasada pela terra infértil e pelo inverno chegando, se torna ainda um ambiente mais opressor, mesmo quando o mau não se encontra a espreita. Uma vez quando o sobrenatural surge, ele acaba se tornando apenas um pequeno empurrão, pois aquele cenário e as crendices extremas, por sua vez, já haviam criado o palco do juízo final para aquela família.
Embora William (Ralph Ineson) e Katherine (Kate Dickie) se saem bem como o casal daquela família, é Anya Taylor-Joy que rouba a cena com a sua personagem  Thomasin. Com um rosto angelical, Thomasin se vê a frente de situações inexplicáveis, das quais ela própria não sabe explicar e se tornando a principal suspeita por atos de bruxaria. Com uma presença cheia de ambiguidade, suas reais motivações perante o horror que acontecem somente será respondido nos minutos finais da obra.
Falando do final, talvez ele seja o único ponto falho do filme, pois ele é convencional e contradiz toda a obra da forma como ela nos foi apresentada. Não que os derradeiros minutos finais sejam ruins, mas se esperava algo no mínimo diferente, o que na realidade não acontece. Porém, as formulas como a fotografia, cenário e trilha estão ali naquele momento para moldar e selar o filme da forma como ele é como um todo. 
Com pouco mais de uma hora e meia, A Bruxa é aquele tipo de filme que você não sabe ao certo se você amou ou odiou no decorrer da sessão, mas ele vai junto com você na sua mente, reavalie e tenha certeza que assistiu a um horror que desafia as perspectivas de dentro do nosso ser.   
 

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