Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
Me acompanhem no meu:
Twitter: @cinemaanosluz
Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
Sinopse: A sociedade
baseada em facções, na qual Tris Pior (Shailene Woodley) acreditou um dia,
desmoronou, destruída pela violência e por disputas de poder. Agora, Tris terá
de lidar com novos desafios e se vê mais uma vez forçada a fazer escolhas que
exigem coragem, fidelidade, sacrifício e amor.
Boa Noite, Mamãe
Sinopse: Uma família vive em uma residência
isolada em meio a árvores e plantações de milho. Após dias afastada por conta
de cirurgias plásticas, a mãe (Susanne Wuest) volta para casa e não é
reconhecida pelos filhos gêmeos. As crianças, de nove anos, duvidam que a
mulher de rosto coberto seja realmente sua mãe e a partir de então nada será
como antes.
É o Amor
Sinopse: Odile
(Astrid Adverbe) é casada com Jean (Pascal Cervo). Quando ela suspeita que o
marido está traindo ela com outra mulher, Odile decide se vingar dele da mesma
forma. Logo ela conhece Daniel, um ator que mora com um ex-militar. Apesar de
Odile querer apenas punir o marido, sua relação com Daniel ganha novos rumos,
fazendo com que os dois fiquem ligados para sempre.
Nossa Irmã Mais Nova
Sinopse: Três irmãs
estão em luto pelo pai que não viam há 15 anos. Apesar da distância, elas se
sentem tristes. Mas veem uma chance de manterem a lembrança do pai por meio da
meia-irmã, a adolescente tímida Suzu Asano (Suzu Hirose), que vai morar com as
elas.
Tudo Vai Ficar Bem
Sinopse: Certo dia, o
escritor Tomas (James Franco) dirige sem rumo e, desatento, acaba atropelando e
matando uma criança. O sentimento de culpa o corrói e dificulta a tentativa de
retomar sua vida, mesmo 12 anos após a tragédia ter ocorrido.
Sinopse: O desajeitado urso
panda Po (dublado originalmente por Jack Black), segue sua jornada ao lado do
mestre Shifu (Dustin Hoffman), Tigresa (Angelina Jolie), Macaco (Jackie Chan),
Víbora (Lucy Liu) e Louva-Deus (Seth Rogen). O grupo precisa enfrentar uma
força sobrenatural e Po vai finalmente conhecer o seu pai verdadeiro, que havia
sumido.
O primeiro Kung Fu Panda possuía
uma história de começo, meio e fim e portanto não era necessária uma sequência. Porém, o
segundo filme possuía um total aprofundamento no lado emocional dos
personagens, com cenários espetaculares e fazendo dela uma sequência bem
superior. Parecia então tarefa impossível para os produtores manterem o nível de
qualidade dessa terceira aventura, mas pelo visto não só manterão a qualidade,
como também faz com que a trama enlaçasse todas as pontas soltas dos filmes
anteriores e encerrando a trilogia com muita dignidade.
Acompanhamos o protagonista
chegando a um novo patamar de sua vida como Dragão Guerreiro, agora sendo
mestre dos seus próprios companheiros. Porém, Po precisa descobrir quem
realmente ele é em sua vida, para só assim conseguir adquirir o último estágio
de suas habilidades das artes marciais. Contudo, um inimigo antigo e poderoso retorna do mundo dos mortos e desejando assim
vingança contra os mestres das artes marciais.
Para aqueles que assistiram ao
final do filme anterior, além do trailer de divulgação, sabia que o verdadeiro
pai do protagonista finalmente apareceria. Portanto a relação de pai, mais pai adotivo
e filho se torna o principal centro da trama e rendendo momentos de puro humor
pastelão na medida certa. É divertido, inclusive, ver finalmente Po encontrar a
aldeia onde se encontra inúmeros pandas que nem ele, mas cada um com sua
personalidade distinta e muito bem explorada. Será a partir de seus parentes peludos e rechonchudos
que o protagonista irá descobrir o seu “eu” verdadeiro.
Com tantas lições de moral, porém
jamais chatas, e que foram apresentadas no filme anterior, parecia que o filme
estaria destinado a uma espécie de reprise. Mas é preciso dar palmas para os roteiristas
em usarem as mesmas formulas de sucesso visto nos filmes anteriores e fazê-las
com que elas se tornem algo para ainda serem mais bem explorados. Se Po estava
destinado a ser o dragão guerreiro, a sequência final não deixa a menor dúvida e
ao mesmo tempo presta uma bela homenagem aos mangas e animações japonesas.
Visualmente, o filme mantém as
cores quentes e os cenários grandiosos vistos no filme anterior. Curiosamente,
quando ocorrem as cenas de ação e de luta, não é uma verdadeira montanha russa,
mas sim são cenas elegantes, das quais vemos cada detalhe, tanto dos golpes
como da energia vindo deles. Vale destacar que uso do 3D torna ainda a sessão
muito mais prazerosa, pois os cenários possuem profundidade, assim como a
sensação de sentirmos estarmos entre os cenários e personagens.
Com um final grandioso e sem nenhuma
situação pendente, Kung Fu Panda 3 encerra a trilogia do guerreiro panda de uma
forma divertida, alegre e gostosa de se ver sempre.
O
longa-metragem colombiano “O Abraço da Serpente”, de Ciro Guerra, entra
em cartaz na sala de cinema do CineBancários no dia 10 de março,
dividindo os horários com os outros filmes da programação: “A Vizinhança
do Tigre”, de Affonso Uchoa, e “Ela Volta na Quinta”, de André Novais.
Primeira
produção colombiana a ser indicada ao Oscar em toda a história, o longa
do diretor Ciro Guerra é também o único representante latino-americano
entre os finalistas. O filme foi recentemente premiado no Festival de
Sundance com o “Science in Film”, dedicado aos filmes que tratem de
temáticas ligadas à ciência e à tecnologia, assim como à experiência de
vida de cientistas, matemáticos ou engenheiros. Nos anos anteriores, “O
Homem Urso” de Werner Herzog, “Computer Chess” de Andrew Bujalski,
“Sleep Dealer” de Alex Rivera e “Frank e o Robô”, pelo roteiro de
Christopher Ford, também foram premiados.
O
Abraço da Serpente também levou o prêmio Art Cinéma da Quinzena dos
Realizadores do último Festival de Cannes, onde foi aplaudido de pé por
dez minutos após a sua exibição.
OUTROS PRÊMIOS E INDICAÇÕES:
- Prêmios Fénix 2015: Melhor Direção, Melhor Som, Melhor Música e Melhor Fotografia;
- Melhor Filme Estrangeiro do Festival Intl de Cinema da Costa Rica 2015;
- Melhor Filme do Festival Intl de Cinema da Índia 2015;
- Melhor Filme do Festival Latino-Americano de Cinema de Lima 2015;
- Melhor Filme e Menção Especial do Júri da Crítica do Festival Intl de Cinema de Odessa 2015;
- Indicado na competição 'Horizontes Latinos' do Festival Intl de Cinema de San Sebastián 2015;
- Finalista do Independent Spirit Awards.
SINOPSE:
Karamakate,
outrora um poderoso xamã da Amazônia, é o último sobrevivente de seu
povo, e agora vive em isolamento voluntário nas profundezas da selva. Os
anos de solidão absoluta o tornam vazio, privado de emoções e memórias.
Sua vida sofre uma reviravolta quando chega ao seu esconderijo remoto
Evan, um etnobotânico americano em busca da Yakruna, uma poderosa
planta, capaz de ensinar a sonhar.
O
xamã decide acompanhar o estrangeiro em sua busca, e juntos embarcam em
uma viagem ao coração da selva, onde passado, presente e futuro se
confundem, fazendo-o aos poucos recuperar suas memórias. Essas
lembranças trazem uma dor profunda que não libertará Karamakate até que
ele transmita o conhecimento ancestral que antes parecia destinado a
perder-se para sempre.
FICHA TÉCNICA:
O ABRAÇO DA SERPENTE
(El Abrazo de la Serpiente)
Colômbia - 2015 - 125min – Aventura
de Ciro Guerra
com Brionne Davis, Nilbio Torres, Antonio Bolívar, Jan Bijvoet,
Nicolás Cancino, Yauenkü Migue, Luigi Sciamanna
GRADE DE HORÁRIOS:
8 de março (terça-feira)
15h - A Vizinhança do Tigre, de Affonso Uchoa
17h - A Vizinhança do Tigre, de Affonso Uchoa
19h - Ela Volta na Quinta, de André Novais
9 de março (quarta-feira)
15h - A Vizinhança do Tigre, de Affonso Uchoa
17h - A Vizinhança do Tigre, de Affonso Uchoa
19h – Malala, de Davis Guggenheim
10 de março (quinta-feira)
15h – Ela Volta na Quinta, de André Novais
17h – O Abraço da Serpente, de Ciro Guerra
19h – A Vizinhança do Tigre, de Affonso Uchoa
11 de março (sexta-feira)
15h – Ela Volta na Quinta, de André Novais
17h – O Abraço da Serpente, de Ciro Guerra
19h – A Vizinhança do Tigre, de Affonso Uchoa
12 de março (sábado)
15h – Ela Volta na Quinta, de André Novais
17h – O Abraço da Serpente, de Ciro Guerra
19h – A Vizinhança do Tigre, de Affonso Uchoa
13 de março (domingo)
15h – Ela Volta na Quinta, de André Novais
17h – O Abraço da Serpente, de Ciro Guerra
19h – A Vizinhança do Tigre, de Affonso Uchoa
15 de março (terça-feira)
15h – Ela Volta na Quinta, de André Novais
17h – O Abraço da Serpente, de Ciro Guerra
19h – A Vizinhança do Tigre, de Affonso Uchoa
16 de março (quarta-feira)
15h – Ela Volta na Quinta, de André Novais
17h – O Abraço da Serpente, de Ciro Guerra
19h – A Vizinhança do Tigre, de Affonso Uchoa
Os
ingressos podem ser adquiridos no local a R$10,00. Estudantes, idosos,
bancários sindicalizados e jornalistas sindicalizados pagam R$5,00.
Sinopse: Situado na
Nova Inglaterra, no ano 1630, a história é narrada pela jovem Thomasin (Anya
Taylor-Joy). Depois que sua família se muda para uma nova casa na floresta,
coisas estranhas começam a acontecer: animais tornam-se malévolos, a plantação
morre e uma criança desaparece inexplicavelmente. Desconfiados, os membros da
família acusam a adolescente de praticar feitiçaria.
Quando
A Bruxa de Blair estreou em 1999 muitas pessoas acusaram o filme de ser enganoso,
pois a obra não mostrava a bruxa em si em nenhum momento. Passados mais de quinze
anos o filme é sempre relembrado pela sua ousadia de apresentar a trama de uma forma
incomum e não convencional. O problema do cinema americano foi sempre acomodar
o cinéfilo e fazê-lo com que ele esperasse sempre pelo “mais do mesmo” e quando
surgem filmes que desafiam nossas perspectivas como o recente A Bruxa corre o
sério risco de ser mal interpretado. Coproduzido pelo nosso brasileiro Rodrigo Teixeira e dirigido pelo estreante Roger Eggers, acompanhamos a saída de uma família de um
vilarejo no ano de 1630 da nova Inglaterra. Quando se assentam numa terra que
se divide com uma floresta misteriosa, imediatamente alguns fatos estranhos acontecem. A
situação piora quando o bebê da família desaparece, justamente quando estava
aos cuidados da filha adolescente Thomasin (Anya Taylor-Joy). Formado o palco dos acontecimentos
que irá prosseguir, o filme começa gradualmente quebrando as nossas expectativas
com relação ao que acontece em seguida. Há uma floresta, e possivelmente algo
de sinistro dentro dela, mas as situações vão muito além disso. O filme também
aproveita para retratar o quanto as pessoas eram presas as suas crenças
religiosas, sendo elas até tão assustadoras quanto o próprio mal que eles tanto
temem. Basicamente o filme
bebe das mais puras lendas antigas com relação a bruxas das quais nos faz
remeter aos contos que nós ouvíamos antigamente. De uma forma explicita o filme,
por vezes, lembra os primeiros contos dos irmãos Grimm, dos quais sempre foram
adaptados em inúmeras mídias, mas nunca da sua forma original. Em A Bruxa,
percebemos que as origens dos verdadeiros contos de fadas são mais assustadoras
do que se possa imaginar. Com uma fotografia
sombria, o filme possui também uma trilha sonora que nos desconcerta e fazendo
que perfure o ponto mais nervoso de nosso ser. Basicamente a trilha remete a
filmes clássicos como o filme O Iluminado, do qual a trilha criava uma aura de expectativa e fazendo com que a gente espere pelo pior a seguir. O pior, aliás,
é que as cenas de horror não poupam nem os pequenos protagonistas da família que,
embora sejam cenas mais sugestivas do que explicitas, não deixa de ser desconcertante
quando elas acontecem e nos pegam desprevenidos.
Curiosamente, as
cenas de horror, quando elas acontecem, surgem em lugares apertados, criando
uma sensação de claustrofobia, do qual não tem como escapar de tal ato. Com uma
reconstituição de época perfeita, o lar dessa família, arrasada pela terra infértil
e pelo inverno chegando, se torna ainda um ambiente mais opressor, mesmo quando
o mau não se encontra a espreita. Uma vez quando o sobrenatural surge, ele
acaba se tornando apenas um pequeno empurrão, pois aquele cenário e as crendices
extremas, por sua vez, já haviam criado o palco do juízo final para aquela família.
Embora William (Ralph
Ineson) e Katherine (Kate Dickie) se saem bem como o casal daquela família, é Anya
Taylor-Joy que rouba a cena com a sua personagem Thomasin. Com um rosto angelical, Thomasin se vê
a frente de situações inexplicáveis, das quais ela própria não sabe explicar e
se tornando a principal suspeita por atos de bruxaria. Com uma presença cheia
de ambiguidade, suas reais motivações perante o horror que acontecem somente
será respondido nos minutos finais da obra.
Falando do final,
talvez ele seja o único ponto falho do filme, pois ele é convencional e contradiz
toda a obra da forma como ela nos foi apresentada. Não que os derradeiros
minutos finais sejam ruins, mas se esperava algo no mínimo diferente, o que na
realidade não acontece. Porém, as formulas como a fotografia, cenário e trilha
estão ali naquele momento para moldar e selar o filme da forma como ele é como
um todo.
Com pouco mais de uma
hora e meia, A Bruxa é aquele tipo de filme que você não sabe ao certo se você
amou ou odiou no decorrer da sessão, mas ele vai junto com você na sua mente,reavalie e tenha certeza que assistiu a um horror que desafia as perspectivas
de dentro do nosso ser.