Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Nos dias 21 e 22 de
novembro, eu estarei participando do curso Narrativas Seriadas: Da TV ás novas
mídias, criado pelo CENA UM e ministrado
pela professora e publicitária Sheron Neves. Enquanto os dois dias não chegam,
por aqui, estarei me relembrando e compartilhando com vocês, sobre as series
que eu assisti ao longo desses anos e que entraram para á historia da televisão.
Esquadrão Classe-A
Sinopse: Esquadrão
Classe-A (The A-Team) foi uma série de televisão americana, sobre um grupo de
ex-comandos do Exército dos Estados Unidos que atuavam como mercenários,
utilizando práticas comuns da Guerra do Vietnã.
No Brasil, o
Esquadrão Classe-A foi exibido às sextas à noite no SBT entre 1984-1986, sendo
uma das séries mais populares da década de 80. A série foi exibida também no
início da década de 90, nas tardes da Sessão Aventura na Rede Globo. Curiosidade: O termo "A-Team", do título
original, refere-se à designação das subunidades básicas das Forças Especiais
do Exército dos EUA (conhecidas como os "Boinas Verdes"), a que,
supostamente, as personagens da série teriam pertencido.
O Homem Que Veio do Céu
Sinopse: Jonathan
Smith é um anjo na Terra, que normalmente está na Califórnia ajudando as
pessoas, é capaz de falar com Deus e é dotado de certos poderes sobrenaturais,
como fazer as coisas aparecerem ou desaparecem ou moverem-se sem serem tocadas.
Apesar de sua resistência à dor física, muitas vezes a série mostra a sua
capacidade de sentir e compartilhar o sofrimento das pessoas. Antes de se
tornar um anjo, entende-se que, por suas boas ações, era um ser humano normal.
O Homem Que Veio do
Céu (Highway to Heaven) é uma série de televisão norte-americana. No Brasil foi
transmitida pelo SBT durante a década de 80 e pela Tv Bandeirantes no início da
década de 90. Foi estrelada pelos falecidos atores Michael Landon (o anjo Jonathan
Smith) e Victor French (seu companheiro Mark Gordon).
Além de protagonista,
Michael Landon foi o produtor, diretor e roteirista da série. Landon teria se
baseado no filme A Felicidade Não Se Compra para escrever o enredo da série. O
Homem Que Veio do Céu foi apresentado originalmente nos Estados Unidos pela
rede NBC, entre 19 de setembro de 1984 a 4 de agosto de 1989, num total de 111
episódios.
Sinopse: A história
ficcional de Cecil Gaines jovem negro do sul dos Estados Unidos que em 1957
conseguiu um emprego como mordomo da Casa Branca posto que ocupou até sua
aposentadoria em 1986. Cecil foi testemunha dos bastidores e dramas do poder de
presidentes como John Kennedy Richard Nixon e Ronald Reagan. Sua posição lhe
trouxe também problemas em casa com a esposa Gloria e com seu filho Louis um
jovem engajado em movimentos antissistema. O filme marca o retorno do diretor
Lee Daniels às questões de igualdade racial e social depois do sucesso de
Preciosa Uma história de esperança.
Lee Daniels se
consagrou dirigindo “Preciosa”, um conto de fadas contemporâneo, sombrio, mas
que havia ali um sinal de esperança e superação. Esses ingredientes novamente
ele usa em “O Mordomo da Casa Branca”, que é baseado em uma reportagem de
jornal. O filme se inspira na história real de um mordomo negro que serviu os
presidentes dos Estados Unidos entre os anos 50 e 80. Cecil (Whitaker) surge
como uma espécie de Forrest Gump da capital americana, onde fica observando de
perto os principais momentos políticos
do país, principalmente com o começo dos direitos civis dos negros que intensificou
no inicio dos anos 60.
Enquanto o
protagonista fica em cima do muro somente observando, a trama coloca o filho como
um jovem revolucionário, atuando ao lado de personalidades como Martin Luther
King, Malcom X e com o partido Panteras Negras. Isso acaba servindo para mostrar como a raça negra, ou qualquer outra
daquela época, sofria com hipocrisia de um governo que valorizava o discurso da liberdade. Há então um
equilíbrio entre o negro pai que serve aos brancos e o filho que luta pela
igualdade, em meio aos principais acontecimentos da historia americana, o que
faz por demais lembrar um pouco Forrest Gump, mas que no geral, essa formula
funciona. O elenco de estrelas
por vezes rouba a cena em diversos momentos, sendo que os Presidentes são
interpretados por grandes talentos. Contudo, o mais importante deles (Kennedy),
é interpretado pelo sem sal James Marsden (X-Men), que quase compromete uma das
principais partes da trama. Mas o destaque fica mesmo para Forrest Whitaker (O
Ultimo Rei da Escócia), que atravessa as várias décadas de vidas de Cecil de
forma convincente e por vezes emocionante. “O Mordomo da Casa Branca” é o típico
filme que os membros da academia
do Oscar gostam: defesa de direitos civis, história americana e acima de tudo,
uma trama sobre superação.
É claro que o
principal propósito de todo esse épico era fechar a saga de servidão e luta com
a eleição de Barack Obama. Acontece que os recentes equívocos que mancharam a
imagem do presidente tiram um pouco da graça no ato final que pretendia ser inesquecível.
Apesar de ser um tema importante que não pode ser esquecido, de uma
trilha imponente e de uma ótima reconstituição de época, o filme meio que quebra
á cara por soar meio que pretensioso demais nos seus minutos finais cruciais.
Mas se formos
esquecer os erros políticos americanos da realidade, o filme pode sim ser bem
visto.
Nos dias 21 e 22 de novembro,
eu estarei participando do curso Narrativas Seriadas: Da TV ás novas mídias,
criado pelo CENA UM e ministrado pela
professora e publicitária Sheron Neves. Enquanto os dois dias não chegam, por
aqui, estarei me relembrando e compartilhando com vocês, sobre as series que eu
assisti ao longo desses anos e que entraram para á historia da televisão.
AS PANTERAS
Sinopse: A série Charlie's Angels, que
no Brasil recebeu o nome de As Panteras narrava as aventuras de três lindas
garotas, graduadas com honras pela Academia de Polícia, que depois de atuarem
como simples policiais vão trabalhar para agência de investigação denominada
Charlie Townsend, cujo chefe era conhecido apenas por Charlie, um misterioso
milionário anônimo que as coordenavam através de um "viva-voz".
As Panteras foi apresentado
originalmente nos Estados Unidos, pela rede ABC, entre 22 de setembro de 1976 a
24 de junho de 1981, num total de 116 episódios, de aproximadamente 50 minutos,
em cinco temporadas. Assim como outras séries da época, ela foi exibida por
aqui pela saudosa Sessão Aventura e se tornando também um grande sucesso. No
inicio do ano 2000, a Columbia lançou uma versão cinematográfica, mas que
sinceramente nem precisava ter existido.
Ilha da Fantasia
Sinopse: A série conta a
história de uma ilha paradisíaca onde qualquer desejo pode ser realizado. O
anfitrião dessa ilha é o senhor Roarke, juntamente com seu auxiliar, o pequeno
Tattoo, um anãozinho muito simpático.
Produzida por Aaron Spelling
e Leonard Goldberg de 1978 a 1984, a série foi outro grande sucesso no programa
Sessão Aventura na época. Engraçado que quando me lembro dela, eu nunca
entendia direito as tramas, já que sempre eram com personagens diferentes quando
chegavam à ilha em cada episódio e somente senhor Roarke e Tattoo é que permaneciam em
toda a serie. Curiosamente, Hervé Villechaize (o Tatto) viria a ser um pequeno
vilão no horrível 007 Contra o homem da Pistola de Ouro e Ricardo Montalbán (Sr. Roarke) viria a se tornar um
dos maiores vilões da série cinematográfica de Jornada nas Estrelas em A Ira de
Khan.
Sinopse: Richard Phillips
(Tom Hanks) é um comandante naval experiente, que aceita trabalhar com uma nova
equipe na missão de entregar mercadorias e alimentos para o povo somaliano.
Logo no início do trajeto, ele recebe a mensagem de que piratas têm atuado com
frequência nos mares por onde devem passar. A situação não demora a se
concretizar, quando dois barcos chegam perto do cargueiro, com oito somalianos
armados, exigindo todo o dinheiro a bordo. Uma estratégia inicial faz com que
os agressores recuem, apenas para retornar no dia seguinte. Embora Phillips
utilize todos os procedimentos possíveis para dispersar os inimigos, eles
conseguem subir à bordo, ameaçando a vida de todos. Quando pensa ter conseguido
negociar com os piratas, o comandante é levado como refém em um pequeno bote.
Começa uma longa e tensa negociação entre os sequestradores e os serviços
especiais americanos, para tentar salvar o capitão antes que seja tarde.
Se a trilogia do Borne, estrelado
por Matt Damon fez sucesso, tanto de publico como de critica e ter conquistado três
Oscars no terceiro filme, muito se deve a uma pessoa: Paul Greengrass. Ao lado
de Christopher Nolan (Cavaleiro das Trevas) Greengrass talvez seja um dos
poucos cineastas atuais que consiga trazer uma verossimilhança nas seqüências de
ação, nas quais faz com que o publico que assiste acredite nelas e ao mesmo
tempo sinta uma tensão genuína. Por conta desse talento, dirigindo uma trama
baseada em fatos verídicos surpreendentes, o resultado final seria no mínimo
positivo.
Baseado no livro "A Captain's Duty :
Somali Pirates, Navy SEALs, and Dangerous Days at Sea", sendo escrito pelo
verdadeiro Richard Phillips, acompanhamos a historia desse ultimo (interpretado
com intensidade por Tom Hanks), tendo o seu navio atacado por apenas quatro
piratas da Somália, mas que é o suficiente para a trama se descarrilar para
momentos de pura tensão. A situação somente piora, no momento que os quatro
piratas sequestram o capitão, ficam presos dentro de um bote, onde dai então
começa a longa negociação com os serviços especiais americanos.
Tudo é muito bem orquestrado,
sendo que Greengrass reserva o tempo na tela para a construção dos personagens
principais: Phillips (Hanks) é veterano no mar, profissional em todos os sentidos
e que acima de tudo arrisca a vida para proteger a sua tripulação. Já do lado
dos piratas da Somália temos o líder Muse (Barkhad Abdi, ótimo) que não poupara
os meios que forem necessários para adquirir o que quer no navio, nem que para
isso arrisque tudo. O que é apresentado na tela são dois lados da mesma moeda,
mas que as circunstâncias os colocaram em vidas diferentes.
Embora nos torçamos para que
capitão Philips saia bem dessa, ao mesmo tempo o roteiro não entrega a velha
formula de mocinho e bandido que tanto vemos nos filmes americanos. Aqui nos é
apresentado pessoas comuns, que tentam sobreviver no seu dia a dia, mas que
infelizmente as circunstâncias fazem que seus mundos diferentes um do outro se
colidem de tal forma que simplesmente não há volta. Os piratas estão ali
saqueando, pois acreditam que não há escolha para eles na vida e que a
pirataria é o seu único meio de vida.
Culpamos quem nessa
situação? Os países que não ajudaram a Somália? O próprio governo daquele país?
As escolhas erradas que aqueles indivíduos tomaram? Cada um que assiste a trama
tira suas próprias conclusões!
Polemicas a parte, do
segundo ao terceiro ato da trama é uma verdadeira claustrofobia, já que os
protagonistas principais ficam presos dentro de um bote e é onde que os
destinos de cada um deles está selado. Até lá, Greengrass cria uma verdadeira
montanha russa emocional, na qual só aumenta essa sensação graças a sua câmera movimentada,
sempre passando a sensação documental, embalado com uma montagem ligeira e que
da uma verdadeira aula de como se faz as cenas. Tudo isso se da de encontro nos
minutos finais da trama, onde os momentos cruciais se aproximam e Greengrass
passa a mesma sensação de um terrível e amargo fim, assim como foi visto nos
duros minutos finais de Vôo United 93.
Não tenho duvidas que o
filme se torne o franco favorito em montagem, além de claro de uma indicação
para o cineasta e para Hanks, que pode se tornar o franco favorito no ano que
vem. Filme indispensável, para aqueles que buscam ação e suspense, mas tudo na
medida certa e muito bem dirigida.
NOTA: Eu assisti o filme numa
pré-estréia mas já irá estrear neste final de semana.
Nos dias 21 e 22 de
novembro, eu estarei participando do curso Narrativas Seriadas: Da TV ás novas
mídias, criado pelo CENA UM e ministrado
pela professora e publicitária Sheron Neves. Enquanto os dois dias não chegam,
por aqui, estarei me relembrando e compartilhando com vocês, sobre as series
que eu assisti ao longo desses anos e que entraram para á historia da
televisão.
SUPER MAQUINA
Sinopse: (David
Hasselhoff) Michael Knight, um justiceiro
que, com a ajuda de KITT (Knigh Industries Two Thousand), um carro super
tecnológico com inteligencia aritificial e personalidade, lutava contra o
crime.
Criado pelo canal
NBC, a série teve quatro temporadas e no total de 90 episódios. Poucas pessoas
se lembram, e não acreditam quando eu digo, mas me lembro claramente que os
primeiros episódios foram exibidos na saudosa Sessão Aventura da Globo, para depois ser
comprada pela TVS (que viria se tornar o SBT). Me lembro que como a série virou
mania na época, principalmente entre os jovens que adorariam ter um carro como
Kitt.
A série gerou de tudo
um pouco, desde álbum de figurinhas e brinquedos, sendo que todo moleque que se
preze na época (como eu), queria um Kitt e um boneco do Michael Knight para brincar adoidado no quintal. Bons
tempos.
DURO NA QUEDA
Sinopse: estrelado
por Lee Majors, Douglas Barr e Heather Thomas. A história girava principalmente
em torno de Colt Seavers (Majors), um dublê de Hollywood que dividia seu tempo
entre o cinema e resolver crimes e mistérios para colher à recompensa.
Criado pelo canal
ABC, a série oitentista teve cinco temporadas e no total de 113 episódios. Lee
Majors já era mundialmente conhecido pela clássica série do Homem de Seis Milhões
de dólares, sendo que ambas as series fizeram o maior sucesso aqui no Brasil e
tornou cara conhecida por todos os brasileiros. Misturando boas doses de
aventura e ao mesmo tempo uma divertida homenagem com relação à profissão de duble
do cinema americano, a série se tornou sucesso absoluto entre a garotada.
Quem viveu naquela
época, sabe muito bem que todas as crianças queriam a poderosa pick-up 4×4 para
brincar dentro ou fora de casa. Aqui no Brasil a Glasslite lançou, na mesma
época, um carrinho inspirado no veiculo, que funcionava à fricção e tinha
tração nas quatro rodas.
Sinopse: Amor Bandido é uma
aventura de dois garotos Ellis e seu amigo Neckbone que encontram um homem
chamado Mud escondido numa ilha no Mississippi. Mud conta histórias fantásticas
-- ele matou um homem e caçadores de recompensa vingativos estão atrás dele.Ele
diz que planeja encontrar o amor de sua vida e fugir com ela Juniper que está
esperando por ele na cidade. Céticos porém intrigados Ellis e Neckbone
concordam em ajudá-lo. Não demora muito para as previsões de Mud se tornarem
realidade e a pequena cidade ver uma bela garota e uma fila de caçadores de
recompensa a postos.
A perda da inocência, ou
encarar o fato que aquele conto de fadas não era bem assim no que se acreditava,
é sempre difícil de ser encarado, mas é preciso vê-lo de frente para poder
então abrir novos rumos na vida. No seu
filme anterior (O Abrigo), o diretor Jeff Nichols usava a possível catástrofe natural
como uma espécie de metáfora sobre a crise econômica que se alastrou nos EUA. Aqui,
ele usa a foz que desagua no imenso Mississippi, como uma espécie de símbolo com
relação a nossa própria vida, que é cheia de possibilidades, infinitos lugares
que ainda pode-se ir, mesmo quando a vida lhe decepciona e lhe desencoraja a navegá-la.
Na trama, Ellis (Tye
Sheridan de Arvore da Vida) vive um garoto, que durante um passeio de barco,
conhece Mud (Matthew McConaughey), foragido da justiça que tenta se reunir com
sua amada, Juniper (Reese Witherspoon). Ellis resolve ajudar o estranho porque,
inconscientemente, tenta refazer com Mud e Juniper o amor partido de seus pais
que estão se divorciando. Ao mesmo tempo, o jovem enxerga em Mud como uma espécie
de exemplo do que ele acredita sobre o amor, mas ao mesmo tempo irá aprender
com ele que não é bem assim que as coisas funcionam com relação aos sentimentos.
Embora aparente ser uma
trama simples, o filme gradualmente apresenta a transformação de cada um dos
personagens, fazendo com que eles amadureçam, tanto nas suas ações, como também
da forma como cada um deles enxergava o mundo. Descoberto no filme A Arvore da
Vida, Tye Sheridan e sem sombra de duvida a mais nova promessa do cinema
americano: expressivo e cheio de capacidade, Sheridan nos brinda com um
personagem que facilmente nos identificamos. Pois assim como Ellis, a maioria
de nos sempre sofreu com o golpe duro da realidade, mas que é preciso a gente
sentir, para então sobrevivermos aos desafios mais simples da vida.
Matthew McConaughey por sua
vez prova de uma vez por todas que é um ator versátil, fazendo do seu Mud uma
pessoa cheia de vida, sonhadora, mas que não escapou das decepções que a vida
lhe trouxe, principalmente quando o assunto é o amor. Com Ellis, ele enxerga o
garoto romântico e cheio de esperança que já foi um dia, mas que será preciso
se reerguer e enfrentar sozinho as correntezas de vida e agarrar novas
oportunidades que ela pode trazer. O filme ainda tem as participações excepcionais
de Reese Witherspoon,Sam Shepard (Os Eleitos) e Michael Shannon, que já havia
trabalhado com o diretor em O Abrigo sendo o protagonista.
Embora com um final que
poderia ir mais além se fosse um pouco mais corajoso, Amor Bandido, é um ótimo filme
para aqueles que procuram se identificar com os personagens, que aqui, é uma
identificação universal e muito bem vinda.
Nos dias 21 e 22 de
novembro, eu estarei participando do curso Narrativas Seriadas: Da TV ás novas mídias,
criado pelo CENA UM e ministrado pela
professora e publicitária Sheron Neves. Enquanto os dois dias não chegam, por
aqui, estarei me relembrando e compartilhando com vocês, sobre as series que eu
assisti ao longo desses anos e que entraram para á historia da televisão.
Jornada Nas Estrelas
- A Série
Sinopse: Aqui estão
as viagens da nave Enterprise. Sua missão de cinco anos: explorar novos mundos,
buscar novas formas de vida e novas civilizações. Ir com toda a coragem até
onde nenhum ser humano jamais chegou. É o ano de 2264. 201 anos depois que o
homem viajou mais rápido que a velocidade da luz, e 113 anos depois da primeira
viagem da Enterprise nx-01, o Capitão James T. Kirk e sua tripulação partem na
constitucional USS Enterprise. No decorrer dos primeiros 3 anos, a tripulação
da Enterprise irá conhecer enganadores e vigaristas, assassinos e psicopatas,
seres poderosos o suficiente para controlar a mente de comunidades inteiras, e
seres tão frágeis para controlar suas próprias capacidades mentais. Os membros
da Enterprise serão amados, ameaçados, seduzidos, assassinados, convidados para
procriação, duplicados, ressuscitados e forçados a retroceder no tempo. Eles
serão obrigados a lutar por suas vidas e pelas vidas de seus amigos. E ao longo
desses desafios, uma aliança vai nascer entre três improváveis amigos: o ousado
e carismático capitão, o irascível doutor e o imperturbável Vulcano.
Embora cultuada nos
anos 60, 70 e 80, somente fui conhecer essa maravilhosa série no inicio dos
anos 90, quando ela teve suas reprises exibidas no canal da falecida Rede Manchete.
Como todo leigo que se preze no principio, achava que era uma série de TV baseada
em Guerra nas Estrelas, mas somente quando comecei a assistir, que não só o
nome era diferente, como também as tramas iam contra a maré. Enquanto a saga intergaláctica
de George Lucas ia para um lado que lembrava as antigas matinês de aventura, Jornada
nas Estrelas era bem mais cerebral, com tramas criativas e inesquecíveis.
Criado por Gene
Roddenberry e exibido pelo canal NBC, pode-se dizer que a série era à frente do
seu tempo, pois apresentava tramas que por vezes fazia uma dura critica a
sociedade daquele período, quando ainda existia o preconceito no ar. No elenco
principal, havia não somente um alienígena (Spock), como também um japonês (Sulu),
um russo (Chekov) e uma negra (Uhura), interpretada pela atriz Nichelle Nichols
e que entrou para historia ao protagonizar junto com William Shatner (Capitão Kirk)
o primeiro beijo inter-racial transmitido nos EUA. Com isso, era uma série que
fortalecia a união dos povos, não importando a sua raça e credo e com o tempo (embora
tardio) o publico foi compreendendo á real proposta do programa.
Infelizmente nem tudo
foram flores para a série, já que nunca era um estouro em audiência, mas que
pelo menos mantinha um publico fiel da época do começo ao fim, Ao termino da
terceira temporada, a serie acabou sendo cancelada, mas para a surpresa de
todos, o real sucesso que ela conseguiria seria somente nas reprises ao longo
dos anos e que fez com se tornasse, no que se pode dizer, do primeiro fenômeno de séries de
tv da historia da televisão americana. Mas se alguns consideravam o ponto final
da saga de Kirk e Spock e companhia estavam muito enganados.
Quando Guerra nas
Estrelas foi um verdadeiro estouro nas bilheterias, todos os estúdios da época
queriam uma fatia desse bolo. A Paramount
que tinha os direitos da série naquele período, tinha o interesse no principio
em fazer uma nova temporada na época e trazendo novamente o elenco original.
Mas vendo que o sucesso seria maior no cinema, a possível serie acabou virando
o primeiro de muitos filmes para o cinema que dura até hoje.
Mais informações sobre
todos os filmes de Jornada nas Estrelas você clica aqui.
PERDIDOS NO ESPAÇO
Sinopse: No ano 1997, a Terra sofre com sua
superpopulação. O Professor John Robinson, sua esposa Maureen, seus filhos
(Judy, Penny e Will) e o Major Don West são selecionados para viajar pelo
espaço até um planeta do sistema Alpha Centauri a fim de estabelecer uma
colônia da Terra para que outras pessoas possam viver lá. Eles estão a ir em
uma espaçonave batizada de Júpiter 2. No entanto, o doutor Zachary Smith, um
agente de um governo inimigo, é enviado para sabotar a missão. Ele é bem
sucedido em reprogramar o robô B9 para destruir os equipamentos da nave 8 horas
após a decolagem, mas no processo atrasa-se ficando na espaçonave que decola
com ele a bordo. Ele então tenta desativar o robô, mas este percebe que foi
desligado e se auto religa. Sem saber do perigo que ele criou para todos, o
doutor Zachary Smith decide acordar a família Robinson que estava em tubos de
hibernação e quando o pessoal menos espera, o robô B9 inicia a sua programação,
conseguindo destruir o sistema de navegação, rádio e vários aparelhos
importantes da espaçonave antes de ser desativado. Com a espaçonave em sérias
avarias e já muito distante da rota programada, todos a bordo tornam-se
perdidos no espaço e agora lutam tentando encontrar o caminho de volta para
casa.
O seriado, produzido
pela CBS e que tinha como criador e produtor executivo Irwin Allen, foi ao ar
pela primeira vez nos Estados Unidos em setembro de 1965 e permaneceu até março
de 1968 no total de três temporadas. Não
posso dizer muito a respeito sobre essa série, já que na época que se tornou
sucesso por aqui eu era recém nascido. Segundo a minha mãe, o programa havia
passado na rede Bandeirantes no inicio dos anos 80 e ela acompanhou do começo
ao fim. Somente tive um vislumbre do programa, quando ele foi exibido por aqui
na TV 2 Guaíba onde eu tive a chance de ver alguns episódios.
Assim como Jornada
nas Estrelas, é uma serie que gerou inúmeros fãs fieis até hoje e que lembram
com muito carinho os personagens principais, principalmente com relação ao Doutor
Smith, interpretado com intensidade pelo ator Jonathan Harris. A serie ganharia
uma versão cinematográfica em 1998, mas sem nenhum êxito.
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